IMPERATRIZ LEOPOLDINA
MATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
PARTE XII
O intervalo de alegria pelo
nascimento do Príncipe Herdeiro, porém, durou pouco, pois a amante de D. Pedro
I, Domitila de Castro, também pariu um filho homem e este também recebeu o nome
de Pedro de Alcântara, sobrenome Brasileiro. As ofensas prosseguiam ininterruptas.
Na viagem feita para evitar revoltas na Bahia, D. Pedro I
levou Domitila no mesmo navio que D. Leopoldina, o que foi considerado uma
ofensa por todos.
Laurentino Gomes (1822) informa que "Na travessia
entre o Rio de Janeiro e Salvador, D. Pedro costumava passear pelo convés
acompanhado de Domitila e da princesa Maria da Glória. Também jantavam juntos,
enquanto Leopoldina fazia as refeições sozinha em seus aposentos. Na capital
baiana, o imperador e a amante ficaram hospedados no mesmo prédio. Leopoldina,
em outro, vizinho ao deles..."
Quando, ainda durante a estada na Bahia, se soube da morte
do filho de Domitila, D. Pedro I ordenou um funeral solene e derramou-se em
consolar a amante, o que escandalizou ainda mais a sociedade baiana, cuja despedida
foi muito fria, quando a comitiva imperial partiu.
Quando D. João Vi morreu, D. Pedro I passou a se ocupar
dos assuntos de Portugal, o que não foi bem visto por muitos brasileiros. Na
apresentação de Pedro de Alcântara como herdeiro do trono, o bebê estava no
colo do pai de Domitila, o que também causou indignação. O sofrimento de D.
Leopoldina parecia infinito...