sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

MONGÓLIA: DE GENGHIS KHAN A MARCO POLO - Parte XI

 


TOREGUENE – UMA MULHER GOVERNA A MONGÓLIA13

Se os homens governantes do Império Mongol eram os Khans, uma mulher tinha o título feminino de Khatun, ou Grã Khatum, no caso dela.

Toreguene nasceu em 1246, era uma naimanita (nascida no território Naimã) e foi dada em casamento a Cudu, o futuro Dair Usum (Líder) do clã dos merquites.

Quando Gengis Khan conquistou o cã merquita tomou a esposa de Cudu e a deu a seu filho Ogedai. Assim, Toreguene se tornou uma princesa da Mongólia.

Quando Ogedai morreu, em 1241, quem assumiu a regência foi outra mulher, Moqe, que fora uma das esposas de Gengis Khan, herdada pelo falecido Ogedai. No entanto, Toreguene teve apoio de Chagatai, outro filho de Gengis Khan, para assumir o poder regencial.

Uma vez estabelecida no poder, Toreguene afastou a maioria dos auxiliares de seu marido falecido e nomeou seu próprio ministério, por assim dizer, e fez de uma mulher xiita de nome Fátima sua principal auxiliar.

Durante cinco anos Toreguene administrou o Império Mongol com grande sabedoria, conciliando os conflitos entre os clãs e entre os muitos familiares de Gengis Khan.

O reconhecimento internacional a seu governo veio pela visita de personalidades reais como o sultão da Turquia e de Bagdá, enviados da Rússia e da Geórgia.

Toreguene direcionou os esforços do governo para fazer de seu filho, Güyük, o novo Grão Khan que, enquanto ela governava, evitou voltar à capital e viajou pelos clãs em busca de apoio para a eleição que viria, o Kurultai.

O Kurultai aconteceu em 1246, perto de Karakorum e Güyük foi eleito. Toreguene, então, partiu para seu palácio perto do Rio Emit onde morreu no mesmo ano, talvez por ordem do próprio filho.

Continua