DOIS DE JULHO
INDEPENDÊNCIA DA BAHIA
No ano de 1823, no dia 02,
ocorria a entrada, em Salvador, de quase nove mil militares que travaram a
guerra pela antiga capital do Brasil, após a Proclamação da Independência.
Quando as cortes portuguesas
retornaram a Lisboa em 26/04/1821, a Bahia já estava dividida entre os que
apoiavam a manutenção do status do Brasil como Reino Unido a Portugal, e os que
desejavam a volta do país à condição de colônia.
Os conflitos na Bahia começaram antes do Sete de Setembro. Em 12/07/1821 os portugueses residentes em Salvador já se aquartelavam para a luta e em 12/11/1821 ocorreu um confronto com soldados brasileiros na Praça da Piedade, com vários mortos de saldo.
Quando foi nomeado um Comandante
das Armas contrário aos desejos dos brasileiros, o Brigadeiro Inácio Luís
Madeira de Melo, a situação se tornou irreversível.
A posse do comandante foi
atrasada enquanto a população demonstrava seu apoio ao Brigadeiro Manuel Pedro.
Mas Madeira de Melo conseguiu ser empossado como membro de uma junta militar e
em 18/02/1822 desfilou provocativamente pelas ruas da cidade.
No dia 19/02/1822 os
conflitos começaram. Inicialmente os portugueses saíram em vantagem, tomando um
quartel e chegando mesmo a invadir o Convento da Lapa, onde foi assassinada a
abadessa Joana Angélica. O Forte São Pedro foi tomado e o Brigadeiro Manuel
Pedro foi preso e enviado a Lisboa. Madeira de Melo triunfara.
Mas foi uma vitória que não
trouxe a paz. Alguns dias depois, em 21/03/1822, os portugueses foram
apedrejados na procissão de São José. Com o passar das semanas os brasileiros
foram organizando a resistência no Recôncavo Baiano com a adesão de várias
cidades.
Mas, enquanto os portugueses
recebiam reforços, os brasileiros não podiam contar com o apoio de D. Pedro,
ainda preso aos laços de Portugal. Somente após a Proclamação da Independência
o Rio de Janeiro enviou reforços aos brasileiros.
Obrigados a desembarcar em
Maceió, as forças do General Labatut, conseguiram arregimentar reforços na
marcha por terra de Alagoas à Bahia.
Vários combates ocorreram,
com destaque para a Batalha do Pirajá, onde os portugueses quase obtiveram uma
vitória devastadora. Os brasileiros já receberiam a ordem de retirada, mas o
Corneteiro Luis Lopes mudou o toque para Carga de Cavalaria. Mas não havia uma
cavalaria!
Os portugueses, pensando que
seriam atacados pelos cavalarianos, assustaram-se e recuaram, ao passo que os
brasileiros contra-atacaram, vencendo a batalha!
Com esta derrota e o bloqueio
naval de Salvador pela armada do Almirante Thomas Cochrane, o destino dos
portugueses comandados por Madeira de Melo estava selado.
Em 02/07/1823 eles embarcaram
em 83 barcos rumo a Portugal. As tropas vitoriosas no Pirajá, sob comando do
Coronel João de Souza Meira Girão, foram as primeiras a adentrar triunfantes a
capital, Salvador, passando sob o arco de flores feito pelas freiras do
Convento da Soledade. Viva a Bahia e o Brasil!
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_da_Bahia#2_de_julho:_data_m.C3.A1xima_da_Bahia
Imagens:
Antônio Parreiras: O
Primeiro Passo para a Independência da Bahia, Palácio do Rio Branco, Salvador,
Bahia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_da_Bahia#/media/File:Parreiras_O_Primeiro_Passo_para_a_Independ%C3%AAncia_da_Bahia.png
Presciliano Silva.
Entrada do Exército Libertador
http://www.cms.ba.gov.br/memorial_fato_int.aspx?id=4
http://manualdoturista.com.br/bahia-independencia-do-brasil/
http://www.luizmotivador.com.br/materia/educacao/11187/Hoje+%C3%A9+celebrado+o+2+de+julho,+Dia+da+Independ%C3%AAncia+da+Bahia
QUATRO
DE JULHO
No ano de 1776, no dia 04,
ocorria a assinatura da Declaração da Independência e nascia os Estados Unidos
da América.
A situação que levou ao
rompimento das colônias com a Inglaterra ocorreu após o término das guerras
contra os franceses, apoiados por índios americanos e canadenses.
A coroa inglesa precisava de
dinheiro para cobrir os custos da guerra e como esta beneficiara as colônias,
foi delas que a conta foi cobrada através de leis que o Parlamento Inglês
aprovou.
Em 1764 foi criado o imposto
sobre o açúcar, em 1765 uma taxação sobre atos oficiais, jogos de baralho,
almanaques, livros, etc.
No ano seguinte, 1766, foi aprovada
a supremacia do Parlamento Inglês sobre a legislação das colônias além de mais
impostos sobre a importação de chumbo, vidro, tinturas, chá e papel.
Os protestos gerados nas 13
colônias foi imenso e todas essas leis foram revogadas em 1770, exceto os
impostos sobre o chá.
Mas a gravidade dos conflitos
ocorridos entre 1770-1775, como o incêndio do navio Gaspee e o descarte no mar
da carga de chá pelo grupo Boston Tea Party (1773), fez com que o rompimento se
tornasse irreversível.
A reação inglesa jogou mais
gasolina na fogueira pois revogou a autonomia de Massachusetts, concedeu
autonomia a Quebec (atual Canadá), fechou o Porto de Boston e deportou os
culpados pelos conflitos, obrigando suas famílias a abrigar tropas inglesas.
Não poderia resultar em outra coisa que não mais conflitos...
Uma série de manifestos sobre
os direitos dos súditos foi publicada e a união das 13 colônias em um movimento
unificado nasceu e foi crescendo entre 1774-1775.
No ano seguinte, 1776, foi
formado um comitê de cinco membros a quem coube formular uma declaração de
independência. Reunidos na Filadélfia os membros elaboraram e Thomas Jefferson
redigiu o documento que, assinado em 04/07/1776, marcou o nascimento dos EUA.
A liberdade total, porém, só
veio mesmo em 1781, quando as tropas inglesas sob comando de Lord Cornwallis,
cercadas por terra pelas tropas americanas e francesas de George Washington e
por mar pela Marinha da França, aceitou a rendição em Yorktown.
Dois anos depois, em 1783, o
tratado de paz entre a Inglaterra e a nova nação americana foi assinado.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Geral.html
NOVE
DE JULHO
No ano de 1932, no dia 09,
ocorria o início da rebelião armada dos paulistas contra o governo federal
chefiado por Getúlio Vargas.
A revolta vinha no ambiente
da crise econômica mundial de 1929 e no início do governo Vargas, que ascendera
ao poder pela Revolução de 1930.
Para responder à queda das
exportações de café, o principal produto brasileiro, Vargas criara o Conselho
Nacional do Café, que decidira pela compra do grão aos produtores e a
subsequente queima, como forma de pressionar os preços para cima.
Apesar deste apoio, a elite
paulista se ressentia pela perda do poder político, posto que Vargas governava
por decretos na ausência de um texto constitucional que o limitasse.
Em 1931 começou a organização
de um movimento em prol da promulgação de uma nova constituição que se espalhou
por RS, SP, MG e RJ. A oposição começou a formar associações entre os partidos
políticos para pressionar.
Do outro lado o movimento dos
tenentes pressionava pela não realização de eleições, pois isso significaria a
volta das elites da República Velha e do coronelismo ao poder.
Atendendo aos apelos por uma
nova Carta Magna, em 24/02/1932 Getúlio Vargas publicou o anteprojeto da
Constituição, que previa grandes mudanças, e o novo código eleitoral.
Este projeto era um grande
avanço, pois permitia o voto das mulheres e de classes tais como sindicatos de
patrões e empregados, que poderiam eleger deputados que os representassem.
Isso, obviamente, não
agradava as elites, especialmente de São Paulo, pois a mudança do sistema
eleitoral que permitira a política do café com leite não garantia que
retomassem o poder. E uma onda de boatos começou a se espalhar, inflamando a
população, principalmente em
São Paulo.
Quando, em 22/05/1932,
Osvaldo Aranha foi a São Paulo, espalhou-se o boato de que ele vinha fazer
imposições ao Interventor Pedro de Toledo, que governava o estado.
Com isso uma multidão saiu às
ruas para protestar e, quando tentaram invadir a sede do Partido Popular
Progressista (tenentista), a reação policial resultou na morte de quatro
jovens, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais formaram o nome de
uma entidade que simbolizou o movimento dali em diante: o MMDC.
O MMDC começou a arrecadar
doações para compra de armas visando combater o governo Vargas. Em 09/07/1932
eclodiu a luta armada na qual as tropas paulistas eram comandadas pelos
Generais isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger e pelo ex Interventor Pedro de
Toledo.
Os paulistas contavam com o
apoio dos gaúchos, cariocas e mineiros, mas o RS e MG mudaram de lado e, no RJ,
o líder revoltoso Agildo Barata e seus seguidores foram presos, de modo que SP
ficou sozinho na luta e acabou cercado.
Menos de três meses depois, após
muitos combates e a perda de 633 homens, São Paulo se rendeu. Getúlio venceu
mas atendeu aos apelos por uma nova Constituição, promulgada em 16/07/1934. A
primeira mulher eleita para um cargo público no Brasil, Drª. Carlota Pereira de
Queirós, participou de sua confecção.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html
CATORZE
DE JULHO
No ano de 1789, no dia 14, o
povo da França executava o roubo de 30 mil fuzis do arsenal francês e tomava a
Bastilha, prisão símbolo do regime absolutista francês.
Após o reinado de Luis XIV, o
poder absoluto do rei foi sendo descentralizado e cada vez mais os burgueses
assumiam cargos antes exclusivos da nobreza que, contudo, ainda vivia no luxo e no fausto.
Os cofres do país estavam
vazios por conta das guerras contra a Inglaterra, Rússia e Prússia e do apoio à
Independência dos EUA.
A seca de 1785, a fome de 1788 e a
disparada dos preços em 1789 levaram o povo à revolta.
Artesãos e operários
realizaram greves, os camponeses se revoltaram e o exército, fraco, não podia
combatê-los de forma eficaz.
Quando este tentou diminuir
os privilégios da nobreza, o parlamento e a assembléia de notáveis convocada
pelo rei vetaram todas as tentativas.
A solução foi a convocação
dos Estados Gerais, uma assembléia especial na qual as classes sociais da
França expressavam sua opinião.
Ao longo da História a
Nobreza e o Clero sempre votavam unidos, derrotando a Burguesia por 2x1. Só que
desta vez os burgueses se uniram ao povo para pressionar pelo voto direto e não
delegado.
Com isso a burguesia, que
pôde contar com os votos dos nobres e clérigos descontentes, venceu a votação,
transformando os Estados Gerais em Assembléia
Nacional Constituinte (ANC).
Na iminência de perder o
poder, o Rei Luis XVI enviou tropas para cercar a Assembléia, mas era tarde. O
povo, em revolta, apoio a ANC e invadiu os arsenais, roubando os fuzis com que
tomou a Bastilha.
Ainda demoraria muito,
custaria muito sangue e cabeças, inclusive as do Rei Luis XVI e de sua esposa,
Maria Antonieta, mas a revolução triunfaria na França.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Geral.html
VINTE DE JULHO
POUSO DO HOMEM NA LUA
No ano de 1969, no dia 20, o
homem pisava pela primeira vez no solo da Lua, honra que coube a Neil
Armstrong.
Neil Armstrong, e seus
companheiros Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, compunham a missão Apolo
11, parte integrante do Projeto Apolo, a tentativa americana de conquista do
espaço na disputa contra a URSS, no contexto da Guerra Fria.
Apesar do número, a Apolo 11
foi a quinta missão tripulada do projeto e a primeira a pousar no solo da Lua.
A nave Colúmbia decolou em
16/07/1969 do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral ,
Flórida, às 13:32hs.
Seu objetivo era a região lunar conhecida como Mar de
Tranquilidade, “uma grande área plana, formada de lava basáltica
solidificada, na linha equatorial da face brilhante do satélite”.
A alunisagem ocorreu às
20:17hs de 20/07/1969. Neil Armstrong avisou a base: “Houston, aqui Base da
Tranquilidade. A Águia pousou”. Uma das maiores audiências televisivas de
toda História acompanhava o momento a partir de quase todos os cantos do mundo.
Somente depois de seis horas
e meia após o pouso ocorreu o primeiro contato físico do homem com a Lua.
Neil Armstrong desceu os
degraus do módulo lunar e saltou para o protetor de patas. Dali ele testou a
consistência do solo e o pisou pela primeira vez, pronunciando a frase
imediatamente gravada na História:
“É um pequeno passo para o
homem, um salto gigantesco para a humanidade.”
A URSS colocara o primeiro
homem no espaço. Os EUA colocavam o primeiro homem na Lua. E a Guerra Fria
seguia seu curso...
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apollo_11
Imagens:
http://www.reconstruindoopassado.com.br/apollo11.php
http://moonpans.com/prints/wall_size_prints.htm
http://pics-about-space.com/apollo-11-launch?p=1
http://www.bbc.co.uk/programmes/p01cgb3g/p01cg9v8
https://www.linkedin.com/topic/future-now
http://www.bbc.co.uk/programmes/p01cgb3g/p01cg9v8
INÍCIO DA I GUERRA MUNDIAL
No ano de 1914, no dia 28 de
Julho, o Império Austro-Húngaro declarou guerra a Sérvia após este país recusar
um único ponto do ultimato dado por conta do assassinato do herdeiro do trono,
príncipe Franz Ferdinand.
A Rússia se posicionou ao
lado da Sérvia e mobilizou suas tropas dois dias depois, em 30/07.
Imediatamente a Alemanha exigiu que os russos voltassem atrás.
Quando a França se mobilizou,
a Alemanha fez o mesmo e, em 01/08, sem uma resposta do Csar, declarou guerra
contra a Rússia. Em 02/08 os alemães pediram à Bélgica passagem para suas
tropas e, quando esta recusou em 03/08, passou assim mesmo.
Em 04/08 a Inglaterra
declarou guerra a Alemanha. Em 06/08 foi a vez da Áustria declarar guerra
contra a Rússia e, logo, Montenegro, Turquia, Itália e até o Japão estavam no
conflito.
Como em um efeito dominó, um
a um os países europeus foram entrando em uma guerra na qual todos se achavam
iminentes vencedores.
Começava um dos maiores
banhos de sangue da História humana.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Geral.html
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