quarta-feira, 13 de julho de 2016

AGOSTO NA HISTÓRIA

QUEDA DE JERUSALÉM
No ano 70 d.C., as tropas romanas comandadas pelo General Tito, invadiam Jerusalém, iniciando a destruição da cidade, inclusive do Templo de Salomão, reconstruído décadas antes por Herodes, o Grande.
A tomada da cidade colocava, na prática, ponto final à Grande Revolta Judaica, iniciada quatro anos antes, em 66 d.C., quando os judeus se revoltaram contra a ordem de tomada de parte do tesouro do templo, expedida pelo Procurador da Judeia Géssio Floro, representante de Roma.
Os judeus se recusaram a entregar o tesouro e a retaliação romana consistiu na autorização de saque de parte de Jerusalém e na crucificação de alguns judeus eminentes.
Em resposta à repressão, a revolta estourou. Liderados por Eleazar, os revoltosos tomaram o templo e a Torre Antônia anexa, massacrando as tropas romanas mesmo após terem se rendido.
Outras fortalezas foram tomadas, tropas massacradas ou cercadas em Massada, Chipre, Macero e Ascalão.
O Templo de Herodes e a Fortaleza Antônia anexa, no alto à direita.
A primeira força enviada por Roma contra os rebeldes, liderada pelo recém-nomeado Governador da Síria, Caio Céstio Galo, foi dizimada e os sobreviventes se refugiaram na capital da Judeia, Cesareia.
O Imperador Nero enviou, então, Tito Flávio Sabino Vespasiano (Tito pai) à frente de uma força tarefa e substituiu Galo por Caio Licínio Muciano.
Vespasiano marchou para a judeia mas evitou Jerusalém, deixando que os judeus revoltosos, divididos em facções, e que travavam luta fratricida, se enfraquecessem mutuamente. Enquanto isso ele foi retomando o controle do restante da província.
Quando chegou o momento de atacar Jerusalém, a tarefa coube a outro Tito (o filho de Vespasiano, já que este viajara a Roma onde foi aclamado Imperador após a morte de Nero).
Tito filho cercou Jerusalém, posicionando três legiões no lado oeste e enviando uma legião para o Monte das Oliveiras, cortando as rotas de alimentação e fornecimento de água para a cidade.
Flavio Josefo narra o horror que este cerco trouxe aos moradores da capital:
É então um caso miserável, uma visão que até poria lágrimas em nossos olhos, como os homens agüentaram quanto ao seu alimento ... a fome foi demasiado dura para todas as outras paixões... a tal ponto que os filhos arrancavam os próprios bocados que seus pais estavam comendo de suas próprias bocas, e o que mais dava pena, assim também faziam as mães quanto a seus filhinhos... quando viam alguma casa fechada, isto era para eles sinal de que as pessoas que estavam dentro tinham conseguido alguma comida, e então eles arrombavam as portas e corriam para dentro... os velhos, que seguravam bem sua comida eram espancados, e se as mulheres escondiam o que tinham dentro de suas mãos, seu cabelo era arrancado por fazerem isso... (Guerras dos Judeus, livro 5, capítulo 10, seção 3).
Quando as tropas romanas conseguiram destruir partes da muralha de Jerusalém, a cidade foi invadida, a Fortaleza Antônio retomada, o Templo de Salomão destruído e seus tesouros saqueados, segundo Sulpício Severo por ordem de Tito, o que é negado por Flavio Josefo, alegando que não foi possível conter a fúria dos soldados romanos.
Ainda segundo Josefo, “foram levados cativos durante toda esta guerra foi verificado ser noventa e sete mil...”. Tito recebeu o título de Imperator mas recusou a coroa de oliveira, menosprezando assim o valor de seus adversários.

A Fortaleza de Massada. 

À direita (rocha mais clara)a rampa construída pelos romanos.

A guerra ainda duraria mais três anos, embora boa parte desse tempo fosse gasto apenas no cerco a Massada, fortaleza de difícil acesso construída por Herodes, o Grande, e ocupada por rebeldes sicários e suas famílias, que terminaram por cometer suicídio coletivo quando a queda da fortaleza era iminente.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_guerra_judaico-romana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Destrui%C3%A7%C3%A3o_de_Jerusal%C3%A9m
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerco_de_Massada
http://www.estudosdabiblia.net/2002322.htm
http://www.arqnet.pt/portal/calendario/agosto.html

Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Francesco_Hayez_017.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=u7dPf35D4X0
http://blogs.universal.org/bispomacedo/2016/05/28/a-revolta-judaica/
http://vexilla-regis.blogspot.com.br/2015/11/blood-sacrifice-new-temples-perfect_19.html




11 DE AGOSTO


RODRIGO BÓRGIA É ELEITO PAPA!

Em um 11 de agosto, do ano de 1492, portanto dois meses antes da chegada de Colombo à América, terminava o Conclave que elegeu o futuro Papa Alexandre VI.

O novo Papa, nascido Rodrigo de Borja, nascera em 01 de janeiro de 1431 em Valência, Espanha e era sobrinho do Papa Calixto III que, na longa tradição de beneficiar a família através do papado, encaminhou a carreira do jovem Rodrigo.


Não que o rapaz fosse incompetente, pois se formara em Leis na Universidade de Bolonha, mas, com ajuda do tio Papa, foi elevado de bispo a Cardeal e Vice-Chanceler da Igreja tendo servido a nada menos que cinco Papas. Com a nomeação cardinalícia, Rodrigo entrou na linha de sucessão do trono de Pedro.

Em um tempo em que o voto de celibato não era exatamente o mais respeitado entre os clérigos, Rodrigo teve muitas amantes, duas delas famosas, Vanozza Catarei e Giulia Farnese, além de sete a oito filhos aos quais beneficiou de todas as formas possíveis dentro do alcance de seu cargo.
Giulia e Vanozza

A eleição, realizada na Capela Sistina, obra do Papa Sisto VI, contou com outros dois candidatos além de Rodrigo: Ascânio Sforza e Giuliano della Rovere. E, na melhor tradição dos conclaves da época, o espírito que inspirou o votos do Colégio Cardinalício era dourado como ouro!

Rodrigo Bórgia usou sua fortuna para doar grandes somas de dinheiro e terras aos eleitores e também negociou os principais cargos da Igreja para seduzi-los, além da cessão de bispados, arcebispados e dioceses que rendiam muito dinheiro para quem os comandasse.
Uma vez no posto tratou de nomear quase todos os homens da família como cardeais e acumular para seus filhos postos e fontes de riqueza. As mulheres também não escaparam de casamentos arranjados no interesse do poder familiar, sendo o exemplo mais eloquente a bela Lucrécia Bórgia, mal afamada filha do Papa.
Lucrécia
Naturalmente a oposição das tradicionais famiglias italianas foi ferrenha, mas contornada com ouro, casamentos, acordos dos mais diversos e até mesmo o veneno ou o punhal.
Girolamo Savonarola, que alcançou grande prestígio com suas pregações moralistas em Florença, acabou desacreditado e enforcado.
O que não impediu que o próprio Papa sofresse diversas tentativas de morte e perdesse um de seus filhos, Pedro, assassinado, com as suspeitas recaindo sobre o irmão Césare Bórgia, aquele a quem Maquiavel considerava exemplo de príncipe.
Césare Bórgia
Quando o Papa Bórgia, Alexandre VI morreu, suspeita-se que envenenado, a Césare também coube a honra da suspeita.
Vale mencionar ainda que foi durante o papado de Alexandre VI que foram assinados a Bula Inter Caetera e o Tratado de Tordesilhas, dividindo o Novo Mundo entre Portugal e Espanha.
Tratado de Tordesilhas

 


13 DE AGOSTO
QUEDA DE TENOCHTITLÁN
No ano de 1521, provavelmente no dia 13 de agosto, ocorria a queda da grande cidade asteca de Tenochtitlán, tomada pelos conquistadores espanhóis liderados por Hernán Cortéz.
Os Astecas, também chamados Mexicas, viveram onde hoje é o México e o auge de sua civilização foi entre os séculos XIV e XVI.
Os mexicas, originários de Aztlán, chegaram às margens do lago Texcoco, vindos de Chapultepec, de onde haviam sido expulsos. Junto ao lago se estabeleceram e formaram uma aliança de três cidades que viria a dominar o futuro Império Asteca: Texcoco, Tiacopan e Tenochtitlán.
A sociedade asteca era formada pelo Imperador e Chefe Militar (eleito), sacerdotes, demais chefes militares, artesãos, trabalhadores urbanos e camponeses. Uma outra divisão comumente aceita pela historiografia era entre nobres (pipiltin), camponeses, (calpulli) e o povo, (macehualtin). Os pochtecas eram os comerciantes, que viajavam a fazias as vezes de espiões para o governante.
A região onde se estabeleceram os astecas era alagada, mas eles desenvolveram técnicas agrícolas impressionantes, construindo ilhas de cultivo, denominadas Chinampas, canais de drenagem e aquedutos que traziam água das montanhas.
A própria cidade de Tenochtitlán, que possuia templos imensos, largas e retas avenidas, foi construída no meio de um pântano!
Os astecas também se desenvolveram imensamente nas artes, confeccionando ricos tecidos, trabalhando com ouro e prata, realizando grandes avanços na pintura e também na matemática, astronomia e criando uma escrita pictórica.
Eles eram politeístas, adoravam os astros e as forças da natureza e realizavam sacrifícios humanos em larga escala.
Em 1519, ano da chegada dos espanhóis, residiam cerca de 300 mil pessoas em Tenochtitlán e a cidade jamais seria tomada por menos de 700 europeus, mesmo que reforçados por aliados, se antes não tivessem aberto as portas a eles. Quando tentaram voltar atrás já era tarde.
O Imperador Asteca, Montezuma, recebeu e hospedou os espanhóis com grande deferência quando estes se apresentaram como representantes do Rei da Espanha, Carlos I. Nestes primeiros contatos, os espanhóis já deixaram atrás de si o principal inimigo que haveria de ajudar na dizimação dos astecas: a varíola.
Quando a guerra veio, os europeus se fortaleceram fazendo alianças com povos rivais dos astecas, para o que contaram com a ajuda da índia Malinche, que era tradutora dos espanhóis e se tornou amante de Cortéz.
Tenochtitlán foi cercada durante sete meses, mas o armamento superior dos espanhóis e o enfraquecimento dos astecas por conta das doenças, fez com que a resistência chegasse a um fim. Mais um genocídio europeu nas Américas estava começando.
Fontes:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Geral.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tenochtitl%C3%A1n
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerco_de_Tenochtitlan
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_do_Imp%C3%A9rio_Asteca

Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Conquest_of_Tenochtitlan.jpg
https://www.youtube.com/watch?v=hKeTFa4m7cQ
http://www.dailystormer.com/the-history-of-the-conquest-of-mexico-the-battle-on-the-causeway-and-the-fall-of-tenochtitlan/

https://ensaiosfragmentados.com/2013/05/09/tenochtitlan-o-planejamento-urbano-asteca/

15 DE AGOSTO

No dia deste nosso aniversário, e peço perdão pela pouca modéstia, posto nossa situação diminuta de mero escriba dos fatos, destacamos três acontecimentos que mudaram a História da humanidade:

NASCE NAPOLEÃO BONAPARTE

No ano de 1769, no dia 15 de agosto, na pequena cidade de Ajaccio, na Ilha da Córsega, nascia o filho do casal Carlo e Maria Letícia Ramolino, uma criança destinada a mudar o mundo: Napoleão Bonaparte!
Carlo Maria Buonaparte e Maria Letícia Ramolino eram pequenos nobres italianos, cujas famílias haviam chegado à ilha no século XVI. Carlo era advogado e chegou a ser nomeado representante da ilha na corte de Luis XVI em 1777. 
A educação do menino Napoleone di Buonaparte (nome original depois afrancesado para a forma que ficou famosa) foi rígida e muito boa e as conexões políticas de seu pai permitiram que entrasse nas escolas militares onde se destacou em matemática, história e geografia. A partir dai sua ascensão foi meteórica.

INAUGURAÇÃO DO CANAL DO PANAMÁ
No ano de 1914, no dia 15 de agosto, ocorria a inauguração do Canal do Panamá, obra que liga os oceanos Atlântico e Pacífico atravessando o território do Panamá, país da América Central.

Escavado em longos trechos e fazendo uso de barragens, eclusas, lagos e rios, o canal parte do Mar do Caribe, percorre 77 quilômetros até chegar ao Oceano Pacífico, encurtando em milhares de quilômetros as distâncias para o transporte de cargas entre a Ásia e as nações banhadas pelo Oceano Atlântico e vice-versa.
Apesar do nome, a região de construção do canal mudou de posse várias vezes, passando da Colômbia para França, depois para os EUA e só foi entregue ao Panamá em 1999.
A obra começou em 1880, chefiada por Ferdinand de Lesseps, “diplomata e empresário francês” que construíra o Canal de Suez. Lesseps fracassou por conta de “...diferenças de tipo de terreno, relevo e clima [...] Chuvas torrenciais, enchentes, desmoronamentos e altíssimas taxas de mortalidade de trabalhadores devido a doenças tropicais, nomeadamente a malária e a febre amarela...”. Lesseps faliu e a obra parou em 1889.

Os EUA, interessados na obra incentivaram a independência do Panamá contra a Colômbia e reiniciaram os trabalhos em 1904, concluindo dez anos depois.

RENDIÇÃO DO JAPÃO NA II GUERRA
No ano de 1945, no dia 15 de agosto, após vencer uma tentativa de golpe de estado por alguns militares, o Imperador Hiroito do Império do Japão anunciava ao povo, em cadeia de rádio, que o país aceitava os termos impostos pelos aliados para rendição incondicional do país.

Durante a Conferência de Potsdam, realizada na Alemanha de 17 de julho e 2 de agosto de 1945, Truman (EUA), Stalin (URSS) e Churchill/Clement Attlee (Grã Bretanha), deram um ultimato ao Japão: rendição incondicional ou aniquilação.
Diante da recusa japonesa, foram lançadas as bombas atômicas em Hiroshima (6/8) e Nagasaki (9/8). Já no dia seguinte o imperador aceitava a rendição, mas o anúncio formal só foi feito cinco dias depois, culpando pela capitulação “uma nova e mais cruel bomba, cujo poder destrutivo é incalculável, levando à morte grande quantidade de vítimas inocentes."
Dezessete dias depois, em 02/09/1945, a rendição seria formalmente assinada pelo General Umezu Yoshijiro, a bordo do navio USS Missouri, na baía de Tóquio. Terminava o mais sangrento conflito da História humana.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Panam%C3%A1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_de_Lesseps
http://www.japaoemfoco.com/aniversario-da-rendicao-do-japao/
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/5701/conteudo+opera.shtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Potsdam

Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
http://thehayride.com/tag/labi/
http://voos.rumbo.pt/voos/baratos/marselha-ajaccio
http://www.usnews.com/opinion/blogs/world-report/2014/08/15/what-100-years-of-the-panama-canal-says-about-global-trade
http://henstridgephotography.com/FHP%20Volume%203%20Issue%209/
https://www.youtube.com/watch?v=Pv0upmpPw3c
http://www.nytimes.com/2015/08/15/world/asia/shinzo-abe-japan-premier-world-war-ii-apology.html?_r=0
http://iotwreport.com/original-sound-of-japan-emperors-war-end-speech-released/
http://www.gettyimages.com/event/the-asahi-shimbun-108296450#-picture-id482830334

18 DE AGOSTO
MORTE DE GENGIS KHAN
No ano de 1227, no dia 18 de agosto, morria o lendário líder mongol Gengis Khan, conquistador responsável pela construção de um dos maiores impérios já existentes sobre a Terra.
Gengis Khan era príncipe de sangue por ser um suposto bisneto de Kabul Khan, que governara a Mongólia unificada décadas antes. Seu nome original era Temujin, filho do casal Yesugei e Hoelun.
Temujin nasceu, provavelmente, em 1162, às margens do Rio Orhon e sucedeu seu pai aos treze anos de idade. Consta que assassinou o próprio irmão mais velho por conta de uma disputa de caça.
Sua primeira vitória militar ocorreu em 1203, contra a tribo dos Keraites e, a partir dai, não parou mais, recebendo o título de Gengis Khan (Imperador Universal) e iniciando uma campanha de conquistas que durou 25 anos de guerras.
Neste período os mongóis conquistaram grande parte da China, vastas áreas na Rússia e na Pérsia, Hungria e Polônia, chegando a ameaçar a Europa Ocidental.
O tamanho do Império Mongol, comparado ao Império Romano. Ambos não coexistiram.

Ao contrário do que se pode pensar, Gengis Khan era um planejador meticuloso e suas campanhas militares eram precedidas de vários meses de planejamento com o “reconhecimento das estradas, do envio de batedores e espiões e de armazenamento de víveres nas etapas previstas.
Após uma conquista, quando não raras vezes todos os inimigos, suas famílias e até animais domésticos eram assassinados, Gengis Khan ordenava a reconstrução das localidades destruídas, realocando populações sob novas administrações e implantando sistemas que unificavam o império:
No Império Mongol, que ele levou 20 anos para criar e outros tantos para consolidar, era possível ir da China ao Oriente Médio e à Europa por uma rede de estradas protegidas, ao comercializar produtos usando padrões de peso e câmbio definidos por um poder centralizado. No século 13, já circulava pelas terras tomadas por Gêngis Khan o papel-moeda, impresso em gráficas, 200 anos antes de Johannes Gutemberg criar a impressão com tipos móveis no Ocidente. Iletrados, os mongóis mantinham pessoas de cada povo conquistado em importantes postos da administração pública. Recrutavam especialistas de outras nações para seguir com eles: astrônomos muçulmanos, engenheiros chineses (que construíam canhões), mineiros germânicos... Gente de culturas e religiões distintas conviviam pacificamente.
Em 1227 Gengis enviara tropas para mais conquistas na Rússia e Ucrânia. Quando estourou uma revolta entre o povo dos tangutes, o próprio Khan retornou para combatê-los e vencê-los. Mas, após esta última vitória, Gengis Khan foi acometido de febre e dores de cabeça que o levaram à morte.
Além do legado cultural, Gengis Khan pode ter deixado atrás de si uma herança genética que unifica nada menos que 12 milhões de pessoas, ou cerca de 8% da população que vivem entre o Oceano Pacífico e o Mar Cáspio.
É o que supõe geneticistas britânicos da Universidade de Oxford quando examinaram cromossomos de homens da Ásia. Esse Gengis Khan era mesmo um conquistador! 
Fontes:
http://www.sohistoria.com.br/biografias/gengis/
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/ele_fez_o_mundo_tremer.html
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/conheca-historia-lider-mongol-gengis-khan-706646.shtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8334.shtml

Imagens:
http://www.terminals.hol.es/genghis-khan-essay.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Genghis_Khan_Equestrian_Statue
http://acsmongols.weebly.com/extent-of-influence.html
Google Street View

22 AGOSTO
ENTRADA DO BRASIL NA II GUERRA MUNDIAL
No ano de 1942, no dia 22 de agosto, após o torpedeamento de vários navios na costa nordestina, o Brasil declarou guerra contra a Alemanha nazista.
O Presidente Getúlio Vargas mantivera o Brasil na posição de neutralidade, pois isso dava ao país condições de tirar vantagem dos dois lados do conflito e o país era cortejado tanto pelos aliados, em especial os EUA, quanto o Eixo.
Foi com essa estratégia que Getúlio conseguiu apoio americano para construção da Siderúrgica de Volta Redonda, que veio a colocar o país finalmente no rumo da industrialização.
Getúlio fez essa situação de neutralidade vantajosa perdurar o quanto foi possível, até que o sistemático afundamento de navios brasileiros fez a opinião pública clamar pela guerra.
Em Março de 1942 bens de alemães, italianos e japoneses foram confiscados e em Maio do mesmo ano foi decretado o Estado de Beligerância. Os ministros de Getúlio que eram favoráveis ao Eixo deixaram o governo.
Também em 1942, um encontro de diplomatas americanos rompeu relações do continente com o Eixo, exceto Chile e Argentina.
Apesar de todos esses movimentos, foi somente com o afundamento dos navios brasileiros na costa de Sergipe que a guerra foi finalmente declarada.

Chegava o momento de o Brasil enviar seus filhos para defender a liberdade e a humanidade em seu momento mais sombrio.
Fontes:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html 

Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Navios_brasileiros_afundados_na_Segunda_Guerra_Mundial
https://br.pinterest.com/8ima/historical-moments/

24 AGOSTO
ERUPÇÃO DO VESÚVIO
No ano 79 d.C., no dia 24 de agosto, ocorria a erupção do vulcão Vesúvio, na Baia de Nápoles, Itália, atingindo as cidades de Pompéia, Herculanum, Oplontis e Estábia, dentre outras.
Pompéia, a cidade mais famosa das três, fora erguida por volta de 600 a 800 anos a.C., era próspera por conta de suas terras férteis, que incentivavam a agricultura que proporcionava a produção de azeite e vinho. A riqueza também provinha do movimentado porto, onde o comércio variado fazia circular todos os tipos de produtos e escravos.
É pouco provável que a erupção do Vesúvio não tenha sido precedida por tremores de pequena magnitude, mas a longa convivência com a montanha inativa e a perda da memória da última erupção, ocorrida quase dois mil anos antes, teria feito com que os sinais não tenham sido notados.
O vulcão provavelmente foi despertado pelo terremoto ocorrido em 05/02/62 d.C., que pode ter causado fissuras que permitiram a subida do magma que depois viria a explodir na erupção.
Sabe-se que a manhã daquele dia trágico foi normal e silenciosa, pois as pessoas podem ter dormido até mais tarde, após a celebração, no dia anterior, da festa de (suprema ironia) Volcano, o deus do fogo.
A narrativa de Plínio, o Jovem, descreve as fases clássicas de uma erupção: a explosão, seguida da formação de uma imensa coluna de fumaça, a escuridão causada pelo encobrimento da luz do Sol, a chuva de pedras e cinzas e os fluxos piroclásticos.
A explosão e a escuridão repentina devem ter chamado a atenção das pessoas que, ao sairem de suas casas para observar, teriam sido fatalmente atingidas pela chuva de pedras lançadas pela explosão.
Depois disso a causa das mortes foi muito variada, envolvendo desabamentos de telhados pelo peso das pedras e cinzas, asfixia, pisoteamentos e soterramentos:

Uma mulher, de cerca de 30 anos, morreu do lado de fora de um hotel. Levava consigo uma certa quantidade de jóias, incluindo um bracelete de ouro com a inscrição: do mestre para sua escrava. Um homem de negócios, que carregava pelas ruas uma bolsa cheia de ouro, morreu sentado, encostado em uma pilastra. Mesmo quem resolveu aproveitar a fuga em massa para tentar enriquecer deu-se mal. Um saqueador morreu sobre o telhado da “Loja do Salvius” (é exatamente essa a inscrição sobre a porta da casa onde foi encontrado), que vendia anéis e peças de ouro. Uma rica e elegante senhora, usando jóias caras, foi soterrada no galpão em que moravam os gladiadores.(1)
Erupção do Monte Vesúvio em 1944
Plínio, o Jovem, narra a coragem e a presença de espírito de seu tio Plínio, o Velho, que mobilizou a esquadra romana para socorrer as vítimas, vindo a morrer no processo.
As ruínas de Pompéia aos pés do Monte Vesúvio 
O Vesúvio, com essa erupção, soterrou as cidades a seus pés, matando milhares de pessoas. Por outro lado, criou sob suas cinzas, uma cápsula do tempo, congelando um momento específico da História que hoje pode ser estudado nas ruínas das cidades atingidas. 
O Vesúvio destruiu Pompéia e, ao mesmo tempo, a eternizou.

Fontes e Imagens:
(1) http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/furia-vulcano-pompeia-433930.shtml
http://www.eyewitnesstohistory.com/pompeii.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pompeia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ves%C3%BAvio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio,_o_Jovem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erup%C3%A7%C3%A3o_do_Ves%C3%BAvio_de_79
http://ww2today.com/9-may-1944-the-black-market-flourishes-in-italy
http://artnc.org/works-of-art/eruption-mt-vesuvius

24 AGOSTO

SUICÍDIO DE GETÚLIO VARGAS
No ano de 1954, no dia 24 de agosto, o Presidente Getúlio Vargas cometia suicídio na sede do Governo Federal, o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
Getúlio, que fora ditador entre 1930-1945, fora eleito Presidente da República em 1950 e, em meados de 1954 enfrentava uma séria crise política.

O país vivia sob o Governo Dutra e uma nova Constituição, promulgada em 18/12/1946, que reinstituia a figura do Vice-Presidente, fixava em cinco anos o mandato presidencial, tornava o voto obrigatório a partir dos 18 anos e mantinha as conquistas sociais da Carta Magna de 1934.
A despeito disso, o contexto da Guerra Fria contaminara a política nacional e o PCB fora fechado, assim como vários sindicatos e as relações do Brasil com a URSS foram rompidas.
O Governo Dutra se revelou incompetente e era impopular, de modo que quando as eleições de 1950 chegaram, a população estava saudosa dos tempos getulistas. Vargas venceu com 48,7% dos votos, em uma época em que não havia segundo turno.
Ao assumir o governo, Vargas encontrou um país onde a classe industrial cresceram em tamanho e poder, assim como as massas assalariadas e a classe média urbana.
As forças políticas estavam divididas entre liberais entreguistas, que defendiam a abertura da economia à influência dos EUA, e os nacionalistas, que defendiam o incentivo ao capital nacional.

Com habilidade, Getúlio adotou o que considerou a melhor parte das duas visões. Permitiu o capital externo, mas somente em associação com empresas nacionais, manteve os setores estratégicos sob controle do Estado e incentivou ainda mais a industrialização e produção internas.
Mas os EUA não gostaram nada dessas medidas e os empréstimos ao Brasil foram reduzidos. A situação interna também não era tranquila, com muitas greves que eram coibidas por força de lei.
Getúlio então, para pacificar os trabalhadores, deu 100% de aumento no salário mínimo, o que gerou feroz oposição da imprensa e dos militares. Estes, junto com a classe política, começou a tramar a deposição do Presidente.

Tal tarefa nefasta foi facilitada pelo suposto atentado contra jornalista opositor Carlos Lacerda, pois as investigações revelaram que o atirador, Climério Eurides de Almeida, bem como o mandante, Gregório Fortunato, eram membros da segurança presidencial.
A crise se tornou insustentável quando as Forças Armadas, a oposição e a mídia exigiram a renúncia do Presidente. Mas ele preferiu cometer suicídio a renunciar.
Tal gesto gerou uma onda generalizada de revolta do povo. A embaixada americana foi quase destruída, os caminhões de entrega do Jornal O Globo (sempre ela!) foram atacados e Carlos Lacerda teve que fugir do país. Os planos dos golpistas fracassaram e foram engavetados por 10 anos.
Mas eles sempre voltam. Não é Mimimi?

Conheça mais um acontecimento marcante desta data em nossa seção Histórias Extraordinárias: A Erupção do Vesúvio e a Destruição de Pompéia! Clique aqui!
Fontes e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html


28 DE AGOSTO


DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING
No ano de 1963, no dia 28 de agosto, o pastor protestante e líder político Martin Luther King Jr. proferia o célebre discurso “Eu Tenho um Sonho”, das escadarias do Lincoln Memorial, em Washington – EUA.
Nascido em 15/01/1929, em Atlanta – Geórgia, King participou dos movimentos civis em Montgomery - Alabama, incluindo o boicote aos ônibus, após Rosa Parks, mulher negra da cidade, se negar a dar seu lugar a um branco dentro do transporte público. O movimento foi vitorioso e logrou acabar com a discriminação racial nos transportes coletivos dos EUA.

Após esta vitória, King participou da fundação da Conferência da Liderança Cristã do Sul, movimento que praticava a desobediência civil. As ações do grupo, que geralmente atingiam os racistas onde era mais doloroso (o bolso), eram combatidas com violência pelas forças da lei, o que gerou uma onda de indignação nos EUA.
Uma dessas ações foi a Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, durante a qual King proferiu seu discurso para cerca de 200 mil pessoas.

Suas palavras, consideradas um dos mais belos discursos da História, ajudaram na aprovação do Ato de Direitos Civis de 1964 e do Ato de Direitos do Voto de 1965, nos quais a discriminação racial legalizada sofreu duríssimos golpes nos EUA.
Vejamos seu discurso abaixo, que podemos assistir no vídeo posterior:
Eu Tenho Um Sonho
“Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.
Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.
Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.
Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.

De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de “vida, liberdade e à procura de felicidade”.
É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: “Saldo insuficiente”.
Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.
Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia.
Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.
Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte.

Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina.
Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma.
Esta nova militância maravilhosa que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino.
E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsicamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder.
Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”.
Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente”.
Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial.
Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.
Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”
Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.
Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.
Eu tenho um sonho que um dia “todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”.
Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.
Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:
Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.
Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!

E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.
E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de New Hampshire.
Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.
Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.
Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.
Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.
Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.
Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.
Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe.
E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra:
Finalmente livres! Finalmente livres!
Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."

Martin Luther King


Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eu_Tenho_um_Sonho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King_Jr.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa_Parks
https://pt.wikipedia.org/wiki/Boicote_aos_%C3%B4nibus_de_Montgomery
http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2013/08/confira-a-traducao-na-integra-do-discurso-feito-por-martin-luther-king-ha-50-anos-4248603.html
http://okok1111111111.blogspot.com.br/2013/08/martin-luther-king-jr-i-have-dream.html
http://www.history.com/topics/black-history/martin-luther-king-jr/pictures/martin-luther-king-jr/martin-luther-king-giving-dream-speech
http://genius.com/Martin-luther-king-jr-i-have-a-dream-annotated
http://www.sandiegouniontribune.com/news/2013/aug/28/martin-luther-king-i-have-a-dream/


31 DE AGOSTO
SURGE JACK, O ESTRIPADOR
No ano de 1888, no dia 31 de Agosto, Jack Estripador fazia sua primeira vítima, de acordo com estudiosos do tema.
A vítima foi Polly, apelido de Mary Ann Nichols, como era conhecida em Whitechapel. Ela nascera em Shoe Lane (26/08/1845) e era mãe de 05 filhos, 03 homens e 02 mulheres.
Polly morreu na noite de 30/08 ou madrugada de 31/08 na rua Buck's Row, atual Durward Street, onde seu corpo foi descoberto às 03:40hs.

Sua morte foi extremamente violenta, ocasionada por cortes profundos na garganta além de vários cortes no abdomen e esviceração.
Registro de Óbito de Mary Ann Nichols
Várias outros assassinatos foram cometidos depois, sempre com violência extrema.
A partir de Setembro o assassino teria escrito cartas à Scotland Yard, sendo 03 delas consideradas genuínas. Na primeira, de 25/09/1888, o assassino se autodenominou Jack, o Estripador.

Na segunda carta, datada de 01/10/1888 ele assumiu um duplo homicídio e na terceira, de 15/10/1888, Jack enviou junto com a carta um pedaço do rim de uma das vítimas, alegando ter comido o restante.
A primeira carta de Jack

A famosa carta, intitulada "Do Inferno".
A polícia não conseguiu encontrar o assassino e a investigação da época, em torno de sete, depois doze suspeitos, não levou a nada.

Mas em 2014, através de exames de DNA mitocondrial realizado no xale de uma das vítimas (Catherine Eddowes), que nunca fora lavado, Russell Edwards e Jari Louhelainen afirmaram que Jack Estripador seria Aaron Kosminski, um dos suspeitos da polícia na época.
Aaron Kosminski era um “...imigrante judeu de 25 anos, que veio do então Império Russo, que vivia com sua mãe e irmãs.”(1)

Jack Estripador não foi o maior serial killer da História mas foi, com certeza, o mais famoso de todos, embora (e talvez por isso mesmo) sua suposta identidade só tenha sido conhecida mais de um século após os crimes que cometeu. Que esteja bem quente ai embaixo Jack!

Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jack,_o_Estripador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suspeitos_do_caso_Jack,_o_Estripador
(1) http://seuhistory.com/noticias/apos-mais-de-um-seculo-identidade-de-jack-o-estripador-e-finalmente-revelada
http://www.aljazeera.com/mritems/Images/2014/9/8/2014983945211734_20.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Wanted_poster.jpg
http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/02750/ripper_2750609b.jpg







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