sexta-feira, 7 de julho de 2017

A REVOLUÇÃO PAULISTA DE 1932

NOVE DE JULHO
REVOLUÇÃO DE 1932
No ano de 1932, no dia 09, ocorria o início da rebelião armada dos paulistas contra o governo federal chefiado por Getúlio Vargas.
A revolta vinha no ambiente da crise econômica mundial de 1929 e no início do governo Vargas, que ascendera ao poder pela Revolução de 1930.
Para responder à queda das exportações de café, o principal produto brasileiro, Vargas criara o Conselho Nacional do Café, que decidira pela compra do grão aos produtores e a subsequente queima, como forma de pressionar os preços para cima.
Apesar deste apoio, a elite paulista se ressentia pela perda do poder político, posto que Vargas governava por decretos na ausência de um texto constitucional que o limitasse.
Em 1931 começou a organização de um movimento em prol da promulgação de uma nova constituição que se espalhou por RS, SP, MG e RJ. A oposição começou a formar associações entre os partidos políticos para pressionar.
Do outro lado o movimento dos tenentes pressionava pela não realização de eleições, pois isso significaria a volta das elites da República Velha e do coronelismo ao poder.
Atendendo aos apelos por uma nova Carta Magna, em 24/02/1932 Getúlio Vargas publicou o anteprojeto da Constituição, que previa grandes mudanças, e o novo código eleitoral.
Este projeto era um grande avanço, pois permitia o voto das mulheres e de classes tais como sindicatos de patrões e empregados, que poderiam eleger deputados que os representassem.
Isso, obviamente, não agradava as elites, especialmente de São Paulo, pois a mudança do sistema eleitoral que permitira a política do café com leite não garantia que retomassem o poder. E uma onda de boatos começou a se espalhar, inflamando a população, principalmente em São Paulo.
Quando, em 22/05/1932, Osvaldo Aranha foi a São Paulo, espalhou-se o boato de que ele vinha fazer imposições ao Interventor Pedro de Toledo, que governava o estado.
Com isso uma multidão saiu às ruas para protestar e, quando tentaram invadir a sede do Partido Popular Progressista (tenentista), a reação policial resultou na morte de quatro jovens, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais formaram o nome de uma entidade que simbolizou o movimento dali em diante: o MMDC.
O MMDC começou a arrecadar doações para compra de armas visando combater o governo Vargas. Em 09/07/1932 eclodiu a luta armada na qual as tropas paulistas eram comandadas pelos Generais isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger e pelo ex Interventor Pedro de Toledo.

Os paulistas contavam com o apoio dos gaúchos, cariocas e mineiros, mas o RS e MG mudaram de lado e, no RJ, o líder revoltoso Agildo Barata e seus seguidores foram presos, de modo que SP ficou sozinho na luta e acabou cercado.
Menos de três meses depois, após muitos combates e a perda de 633 homens, São Paulo se rendeu. Getúlio venceu mas atendeu aos apelos por uma nova Constituição, promulgada em 16/07/1934. 
A primeira mulher eleita para um cargo público no Brasil, Drª. Carlota Pereira de Queirós, participou de sua confecção.
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Fonte e Imagens:

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