terça-feira, 23 de julho de 2019

TEXTO: HISTÓRIA EXTRAORDINÁRIA 3




DIA INTERNACIONAL DA MULHER
A HISTÓRIA
Assim como em todas as lutas sociais, o Dia Internacional da Mulher foi uma conquista paulatina, que avançou através da força de mobilizações pela busca de direitos básicos dentro da sociedade após muita controvérsia.
Há, por exemplo, dois incêndios e muitas mortes na suposta escolha desta data, 08 de março, como o Dia Internacional da Mulher, um deles falso, o outro verdadeiro e nenhum deles a real origem.
Em 08/03/1857, na cidade de New York, um grupo de trabalhadoras ocupou a fábrica onde trabalhavam 16hs por dia recebendo 1/3 do salário dos homens. O protesto pedia a redução da jornada quase escravocrata. O dono da fábrica, então, teria ordenado que esta fosse trancada e incendiada com as trabalhadoras dentro, ocasionando a morte de 130 delas.1 Este relato é um mito.
O incêndio verdadeiro ocorreu em 25/03/1911, na mesma New York, na fábrica têxtil de nome Triangle Shirtwaist Company e “...vitimou 146 pessoas, sendo 125 mulheres e 21 homens.2. A fábrica estava trancada com os empregados dentro, mas não havia manifestação no momento e o incêndio não foi proposital. 
O incêndio da Triangle.
A luta das mulheres por um tratamento menos desumano ocorria desde o século anterior e já em maio de 1908 um dia dedicado a elas foi celebrado nos EUA. Em 28/02/1909 uma grande mobilização grevista parou cerca de 500 fábricas no Dia da Mulher, organizado pelo Partido Socialista da América.
No ano seguinte foi realizada, em Copenhagen – Dinamarca, a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, no contexto da Segunda Internacional Socialista e lá decidiu-se, por meio da proposta apresentada por Clara Zetkin, instituir uma data anual com "...objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações" 3 A data escolhida foi o dia 19 de março, que chegou a ser celebrado no ano seguinte em alguns países. 
Clara Zetkin e Alexandra Kollontai
A data 08 de março, porém, só teve seu momento histórico sete anos depois, durante a I Guerra Mundial, quando um grupo de mulheres da Rússia organizou um protesto contra a participação do país no conflito, contra o Csar Nicolau II e contra as péssimas condições de vida em geral.
Esse acontecimento levou à Revolução de Fevereiro e à abdicação de Nicolau II, pois as tropas do governo passaram a se recusar a reprimir as manifestações. Assim, foram as mulheres que deram o impulso definitivo que girou a roda da História na Rússia Csarista. 
Alexandra Kollontai propôs, e Lenin aceitou, oficializar a data após a Revolução de modo que ela tornou-se oficial em vários países da esfera de influência da URSS.
No ocidente, embora tenham ocorrido celebrações na década de 20, a data foi pouco lembrada até ser resgatada pelo movimento feminista dos anos 60. Mas foi somente em 1975 que celebrou-se o Ano Internacional da Mulher e, a partir de então, o Dia Internacional da Mulher em 08 de março.4
O Reino de Clio parabeniza a todas as mulheres nesta sua data de muitas lutas, importantes conquistas e muita, muita História! 
1http://www.portaldafamilia.org/datas/diadamulher/origem8demarco.shtml
2http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-mulher.htm
3https://novaescola.org.br/conteudo/301/por-que-8-de-marco-e-o-dia-internacional-da-mulher
4http://www.un.org/en/events/womensday/history.shtml


Fontes e Imagens:
http://www.un.org/en/events/womensday/history.shtml
http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-mulher.htm
https://novaescola.org.br/conteudo/301/por-que-8-de-marco-e-o-dia-internacional-da-mulher
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio_na_f%C3%A1brica_da_Triangle_Shirtwaist
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandra_Kollontai
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clara_Zetkin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_Fevereiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher

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CALENDÁRIO JULIANO
Em 01/01/45 a.C., entrava em vigor o Caledário Juliano, após um estudo ordenado por Júlio César na qualidade de Pontifex Maximus de Roma.
O sistema de datação até então em uso era o Calendário Romano, que era Lunar, tinha 10 meses, 304 dias e, curiosamente, não incluia os 61 dias de inverno. Ele foi supostamente estabelecido por Rômulo, fundador da cidade.
Seus meses eram assim denominados: Mártio (31 dias); April (30 dias); Maio (31 dias); Júnio (30 dias); Quintil (30 dias); Sextil (30 dias); Setembro (30 dias); Outubro (31 dias); Novembro (30 dias); Dezembro (30 dias).
Por volta de 713 a.C., o calendário foi reformado, também supostamente, por Numa Pompílio, o segundo Rei de Roma. Ele incluiu “...os meses de Januarius (29 dias) e Februarius (28 dias) no final do calendário aumentando o seu tamanho para 355 dias...”, passando o sistema para Luni-Solar, iniciando os meses em coincidência com as fases da Luz e adicionando um mês ocasionalmente, para adequar ao ciclo solar.

É evidente que tal sistema era precário, passando períodos de até 10 anos sem a introdução do mês adicional. Em 46 a.C. César percebeu que as festividades programadas para março seriam realizadas em pleno inverno, e ordenou a reforma.
Assim sendo, inspirado no calendário egípcio, o ano deixou de iniciar em Março, passando a começar em Janeiro, os meses passaram a ter 30 ou 31 dias, sendo que Fevereiro ficou com 29 dias, e 30 dias a cada 3 anos.

CALENDÁRIO EGÍPCIO NO TEMPLO DE KARNAK
No Calendário Juliano os meses eram assim denominados: Januarius (31); Februarius (29 ou 30); Martius (31); Aprilis (30); Maius (31); Junius (30); Julius (31); Sextilis (30); September (31); October (30); November (31); December (30).
O Imperador Otávio Augusto determinou a inclusão do ano bissexto para cada quatro anos e o Senado mudou o nome do mês Sextilis para Augustus, trazendo o dia 29 de Februarius (Fevereiro) para o mês de Agosto, que ficou, então, com 31 dias, igual ao mês de seu tio César (Julius – 31). Foi assim que Fevereiro passou a ter apenas 28 dias.
O Calendário Juliano vigorou até 24/02/1582, quando foi substituído pelo Calendário Gregoriano, que vigora até nossos dias.
A Igreja Ortodoxa, porém, segue utilizando o Calendário Juliano e atualmente a diferença entre ambos é de 13 dias.
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Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_juliano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_romano


https://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_gregoriano








20 DE SETEMBRO
ALEXANDRE CRUZA O RIO TIGRE
Em um dia como este, no ano de 331 a.C., Alexandre cruzava o Rio Tigre (atual Iraque) com suas tropas e iniciava a última etapa da conquista do Império Aquemênida (Persa).
Alexandre III da Macedônia, mais conhecido como Alexandre – O Grande, nasceu em Pela em 20 ou 21 de julho de 356 a.C. Ele era filho de Filipe II e Olímpia de Épiro, foi instruído por Aristóteles e tornou-se rei dos macedônios após a morte por assassinato de seu pai em 336 a.C.
Uma vez no trono, Alexandre gastou a maior parte de seu tempo em conquistas militares que levaram à construção de um dos maiores impérios de todos os tempos.
Em 334 a.C., após pacificar rebeliões entre os gregos, Alexandre cruzou o Helesponto (Estreito de Dardanelos na atual Turquia). Suas tropas contavam com 48 mil soldados, 6100 cavaleiros e 120 navios com tripulação de 38 mil marinheiros.
Uma a uma as cidades e principais portos da Ásia Menor foram caindo sob domínio de Alexandre que esmagava a resistência Persa. Foi nesta primeira etapa que, na cidade de Górdio, Alexandre cortou o famoso Nó Górdio com sua espada.
Representação da Batalha de Isso
Quando o Rei Dario III contra atacou em 333 a.C., forçou Alexandre a recuar, mas este venceu a Batalha de Isso, na qual Dario III foi obrigado a fugir, deixando para trás seus tesouros, sua esposa, suas filhas e até a própria mãe.
A família de Dario III perante Alexandre
Em 332 a.C. Alexandre conquistou a região da Síria, Egito, o Levante e Israel. Após todas essas conquistas, em 331 a.C. Alexandre retornou sua atenção para Dario III.
Alexandre cruzou o Rio Eufrates após o qual esperava ser confrontado pelas forças de Dario III, mas este não se apresentou, de modo que o macedônio subiu para o Norte em busca de pasto e suprimentos. 
Quando informações deram conta que as defesas de Dario III seriam montadas ao longo do Rio Tigre, Alexandre o cruzou em local não defendido. Neste dia, um eclipse lunar foi tido como presságio da vitória sobre os persas.
Quando a ocasião do confronto chegou, os exércitos se defrontaram na planície de Gaugamela. 
As forças de Dario eram em número bem maior que as de Alexandre, embora o tradicional exagero que ocorre sempre que se conta soldados persas não permita sequer um número aproximado.
Mas é certo que Dario contava com muito mais soldados em seu multi-étnico exército. Ele tinha, ainda, carros de combate com lâminas nas rodas, que rodavam sob caminhos pré determinados e preparados, visando quebrar a linha da infantaria inimiga.
Esses carros laminados eram uma arma mortal, mas seu funcionamento estava condicionado a que as tropas adversárias viessem em formação ao seu encontro. E Alexandre era muito inteligente para conceder tal erro.
O macedônio marchara à noite e providenciara alimentação e repouso aos seus homens antes da batalha, enquanto os homens de Dario aguardavam em formação de combate por longo tempo.
As forças foram dispostas em linha reta, frente a frente, como queria Dario, mas quando a batalha começou as formações de Alexandre se moveram de forma totalmente inesperada, deslocando os flancos para a direita e esquerda, saindo do traçado dos carros laminados.
Quando estes avançavam em perseguição, os soldados de Alexandre abriam espaços para sua passagem, atingindo os condutores com lanças e flechas. Diante disso, Dario começou a mover suas forças de acordo com os movimentos dos macedônios, ao mesmo tempo em que ordenava um avanço geral.
Mas os lanceiros de Alexandre conseguiram prejudicar o movimento da cavalaria persa, abrindo uma brecha pela qual Alexandre penetrou com sua cavalaria e infantaria rumo à retaguarda das forças persas, em direção aonde estava o próprio Dario III.
Dario III foge novamente
Em risco de ser capturado o rei persa fugiu novamente. Até o final da noite as imensas tropas persas haviam sido derrotadas e estavam em fuga, seu acampamento fora tomado. Alexandre era, agora, o Rei da Ásia.
Túmulos dos Reis Persas, entre eles Dario I e Xerxes
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_II_da_Maced%C3%B3nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ol%C3%ADmpia_do_Epiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Aquem%C3%AAnida#A_queda_do_imp.C3.A9rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Isso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Gaugamela
http://orig12.deviantart.net/b7b8/f/2011/018/2/8/the_battle_of_gaugamela_by_jlluesma-d37hw6b.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tigre





Neste dia 24 de Agosto vamos contar duas Histórias tristes:
1 A Erupção do Vesúvio que destruiu Pompéia e Herculanum;
2 O Suicídio de Getúlio Vargas.
Leia abaixo:

ERUPÇÃO DO VESÚVIO
No ano 79 d.C., no dia 24 de agosto, ocorria a erupção do vulcão Vesúvio, na Baia de Nápoles, Itália, atingindo as cidades de Pompéia, Herculanum, Oplontis e Estábia, dentre outras.
Pompéia, a cidade mais famosa das três, fora erguida por volta de 600 a 800 anos a.C., era próspera por conta de suas terras férteis, que incentivavam a agricultura que proporcionava a produção de azeite e vinho. A riqueza também provinha do movimentado porto, onde o comércio variado fazia circular todos os tipos de produtos e escravos.
É pouco provável que a erupção do Vesúvio não tenha sido precedida por tremores de pequena magnitude, mas a longa convivência com a montanha inativa e a perda da memória da última erupção, ocorrida quase dois mil anos antes, teria feito com que os sinais não tenham sido notados.
O vulcão provavelmente foi despertado pelo terremoto ocorrido em 05/02/62 d.C., que pode ter causado fissuras que permitiram a subida do magma que depois viria a explodir na erupção.
Sabe-se que a manhã daquele dia trágico foi normal e silenciosa, pois as pessoas podem ter dormido até mais tarde, após a celebração, no dia anterior, da festa de (suprema ironia) Volcano, o deus do fogo.
A narrativa de Plínio, o Jovem, descreve as fases clássicas de uma erupção: a explosão, seguida da formação de uma imensa coluna de fumaça, a escuridão causada pelo encobrimento da luz do Sol, a chuva de pedras e cinzas e os fluxos piroclásticos.
A explosão e a escuridão repentina devem ter chamado a atenção das pessoas que, ao sairem de suas casas para observar, teriam sido fatalmente atingidas pela chuva de pedras lançadas pela explosão.
Depois disso a causa das mortes foi muito variada, envolvendo desabamentos de telhados pelo peso das pedras e cinzas, asfixia, pisoteamentos e soterramentos:

Uma mulher, de cerca de 30 anos, morreu do lado de fora de um hotel. Levava consigo uma certa quantidade de jóias, incluindo um bracelete de ouro com a inscrição: do mestre para sua escrava. Um homem de negócios, que carregava pelas ruas uma bolsa cheia de ouro, morreu sentado, encostado em uma pilastra. Mesmo quem resolveu aproveitar a fuga em massa para tentar enriquecer deu-se mal. Um saqueador morreu sobre o telhado da “Loja do Salvius” (é exatamente essa a inscrição sobre a porta da casa onde foi encontrado), que vendia anéis e peças de ouro. Uma rica e elegante senhora, usando jóias caras, foi soterrada no galpão em que moravam os gladiadores.(1)
Erupção do Monte Vesúvio em 1944
Plínio, o Jovem, narra a coragem e a presença de espírito de seu tio Plínio, o Velho, que mobilizou a esquadra romana para socorrer as vítimas, vindo a morrer no processo.
As ruínas de Pompéia aos pés do Monte Vesúvio 
O Vesúvio, com essa erupção, soterrou as cidades a seus pés, matando milhares de pessoas. Por outro lado, criou sob suas cinzas, uma cápsula do tempo, congelando um momento específico da História que hoje pode ser estudado nas ruínas das cidades atingidas. 
O Vesúvio destruiu Pompéia e, ao mesmo tempo, a eternizou.


Fontes e Imagens:

(1) http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/furia-vulcano-pompeia-433930.shtml

http://www.eyewitnesstohistory.com/pompeii.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pompeia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ves%C3%BAvio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio,_o_Jovem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erup%C3%A7%C3%A3o_do_Ves%C3%BAvio_de_79
http://ww2today.com/9-may-1944-the-black-market-flourishes-in-italy

http://artnc.org/works-of-art/eruption-mt-vesuvius




SUICÍDIO DE GETÚLIO VARGAS
No ano de 1954, no dia 24 de agosto, o Presidente Getúlio Vargas cometia suicídio na sede do Governo Federal, o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
Getúlio, que fora ditador entre 1930-1945, fora eleito Presidente da República em 1950 e, em meados de 1954 enfrentava uma séria crise política.

O país vivia sob o Governo Dutra e uma nova Constituição, promulgada em 18/12/1946, que reinstituia a figura do Vice-Presidente, fixava em cinco anos o mandato presidencial, tornava o voto obrigatório a partir dos 18 anos e mantinha as conquistas sociais da Carta Magna de 1934.
A despeito disso, o contexto da Guerra Fria contaminara a política nacional e o PCB fora fechado, assim como vários sindicatos e as relações do Brasil com a URSS foram rompidas.
O Governo Dutra se revelou incompetente e era impopular, de modo que quando as eleições de 1950 chegaram, a população estava saudosa dos tempos getulistas. Vargas venceu com 48,7% dos votos, em uma época em que não havia segundo turno.
Ao assumir o governo, Vargas encontrou um país onde a classe industrial cresceram em tamanho e poder, assim como as massas assalariadas e a classe média urbana.
As forças políticas estavam divididas entre liberais entreguistas, que defendiam a abertura da economia à influência dos EUA, e os nacionalistas, que defendiam o incentivo ao capital nacional.

Com habilidade, Getúlio adotou o que considerou a melhor parte das duas visões. Permitiu o capital externo, mas somente em associação com empresas nacionais, manteve os setores estratégicos sob controle do Estado e incentivou ainda mais a industrialização e produção internas.
Mas os EUA não gostaram nada dessas medidas e os empréstimos ao Brasil foram reduzidos. A situação interna também não era tranquila, com muitas greves que eram coibidas por força de lei.
Getúlio então, para pacificar os trabalhadores, deu 100% de aumento no salário mínimo, o que gerou feroz oposição da imprensa e dos militares. Estes, junto com a classe política, começou a tramar a deposição do Presidente.

Tal tarefa nefasta foi facilitada pelo suposto atentado contra jornalista opositor Carlos Lacerda, pois as investigações revelaram que o atirador, Climério Eurides de Almeida, bem como o mandante, Gregório Fortunato, eram membros da segurança presidencial.
A crise se tornou insustentável quando as Forças Armadas, a oposição e a mídia exigiram a renúncia do Presidente. Mas ele preferiu cometer suicídio a renunciar.
Tal gesto gerou uma onda generalizada de revolta do povo. A embaixada americana foi quase destruída, os caminhões de entrega do Jornal O Globo (sempre ela!) foram atacados e Carlos Lacerda teve que fugir do país. Os planos dos golpistas fracassaram e foram engavetados por 10 anos.
Mas eles sempre voltam. Não é Mimimi?

Conheça mais um acontecimento marcante desta data em nossa seção Histórias Extraordinárias: A Erupção do Vesúvio e a Destruição de Pompéia! Clique aqui!
Fontes e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html










NOVE DE JULHO
REVOLUÇÃO DE 1932
No ano de 1932, no dia 09, ocorria o início da rebelião armada dos paulistas contra o governo federal chefiado por Getúlio Vargas.
A revolta vinha no ambiente da crise econômica mundial de 1929 e no início do governo Vargas, que ascendera ao poder pela Revolução de 1930.
Para responder à queda das exportações de café, o principal produto brasileiro, Vargas criara o Conselho Nacional do Café, que decidira pela compra do grão aos produtores e a subsequente queima, como forma de pressionar os preços para cima.
Apesar deste apoio, a elite paulista se ressentia pela perda do poder político, posto que Vargas governava por decretos na ausência de um texto constitucional que o limitasse.
Em 1931 começou a organização de um movimento em prol da promulgação de uma nova constituição que se espalhou por RS, SP, MG e RJ. A oposição começou a formar associações entre os partidos políticos para pressionar.
Do outro lado o movimento dos tenentes pressionava pela não realização de eleições, pois isso significaria a volta das elites da República Velha e do coronelismo ao poder.
Atendendo aos apelos por uma nova Carta Magna, em 24/02/1932 Getúlio Vargas publicou o anteprojeto da Constituição, que previa grandes mudanças, e o novo código eleitoral.
Este projeto era um grande avanço, pois permitia o voto das mulheres e de classes tais como sindicatos de patrões e empregados, que poderiam eleger deputados que os representassem.
Isso, obviamente, não agradava as elites, especialmente de São Paulo, pois a mudança do sistema eleitoral que permitira a política do café com leite não garantia que retomassem o poder. E uma onda de boatos começou a se espalhar, inflamando a população, principalmente em São Paulo.
Quando, em 22/05/1932, Osvaldo Aranha foi a São Paulo, espalhou-se o boato de que ele vinha fazer imposições ao Interventor Pedro de Toledo, que governava o estado.
Com isso uma multidão saiu às ruas para protestar e, quando tentaram invadir a sede do Partido Popular Progressista (tenentista), a reação policial resultou na morte de quatro jovens, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais formaram o nome de uma entidade que simbolizou o movimento dali em diante: o MMDC.
O MMDC começou a arrecadar doações para compra de armas visando combater o governo Vargas. Em 09/07/1932 eclodiu a luta armada na qual as tropas paulistas eram comandadas pelos Generais isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger e pelo ex Interventor Pedro de Toledo.
Os paulistas contavam com o apoio dos gaúchos, cariocas e mineiros, mas o RS e MG mudaram de lado e, no RJ, o líder revoltoso Agildo Barata e seus seguidores foram presos, de modo que SP ficou sozinho na luta e acabou cercado.
Menos de três meses depois, após muitos combates e a perda de 633 homens, São Paulo se rendeu. Getúlio venceu mas atendeu aos apelos por uma nova Constituição, promulgada em 16/07/1934. A primeira mulher eleita para um cargo público no Brasil, Drª. Carlota Pereira de Queirós, participou de sua confecção.
 
Fonte e Imagens:

http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html
 
 
 
 
 
 
 
 
 

MASSACRE DA PRAÇA TIAN'ANMEN

Em um dia como este 04/06, no ano de 1989, terminavam as manifestações iniciadas em 15/04 e lideradas por estudantes chineses mas que contavam com a participação de intelectuais e trabalhadores urbanos de Pequim, (Beijing).
Os protestos ocorriam na forma de marchas pacíficas e eram contra a corrupção e a repressão do governo, a demora no avanço das reformas econômicas iniciadas pelo governo de Deng Xiaoping, a inflação e o desemprego.

A morte (natural) do ex-Secretário Geral do Partido Comunista, Hu Yaobang, considerado liberal e que houvera sido expulso do governo, serviu de motivo para as manifestações que começaram em reuniões de oração pelo falecido, evoluíram para greves estudantis, greves de fome e foram crescendo até se tornarem grandes marchas e se espalharem para outras cidades.
O governo da China deliberou sobre a forma de enfrentar os protestos e acabou decidindo pela dissolução das manifestações à força. Em 20 de maio, após vários pedidos pelo fim dos protestos, foi decretada lei marcial e em 03 de junho foram enviados tanques e tropas para Pequim e a Praça Tian'anmen, ou Praça da Paz Celestial.

Boa parte da população de Pequim reagiu à intervenção militar, colocando barreiras para atrasar os tanques e enfrentando os soldados que revidaram com metralhadoras. 

O número de mortos varia entre 400 e 2600, além de várias prisões, expulsão de jornalistas estrangeiros, censura e controle de informações.
Como a praça estava desocupada pelos manifestantes quando os tanques chegaram, o termo Massacre da Praça Tian'anmen não está correto, já que não ocorreram mortes na praça em si. Os confrontos e mortes, inclusive de soldados, ocorreram antes de os tanques chegarem à praça.
No dia seguinte, 05/06, um jovem desrespeitou a proibição, invadiu a área restrita e parou uma coluna de tanques que vinha em sentido contrário.

O termo não existia ainda, mas a foto daquele momento “viralizou” e o homem virou capa das principais revistas e jornais ao redor do mundo, telejornais, filmes, documentários, etc.
Até hoje não se sabe com certeza a identidade do rapaz, nem se está vivo, pois as versões conflitantes lhe atribuem nomes e destinos diferentes.

Durante e após o fim das manifestações cerca de 900 pessoas foram presas. Os trabalhadores presos foram executados, os estudantes receberam penas mais leves. Profissionais da imprensa chinesa que apoiaram os protestos foram expulsos e o Presidente Zhao Ziyang perdeu o posto, que foi assumido por Jiang Zemin.
Deng Xiaoping - Zhao Ziyang - Jiang Zemin
Os acontecimentos daqueles dias ainda hoje são um tabu na China que sufocou a oposição e calou as insatisfações populares com um crescimento econômico extraordinário desde então. A plena liberdade política, contudo, ainda é uma conquista distante para os chineses.

Fontes e Imagens:
http://www.infoescola.com/historia/massacre-da-praca-da-paz-celestial/
http://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-o-protesto-da-paz-celestial/
http://www.estudopratico.com.br/massacre-da-praca-da-paz-celestial/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deng_Xiaoping
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jiang_Zemin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zhao_Ziyang
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protesto_na_Pra%C3%A7a_da_Paz_Celestial_em_1989
https://www.betterworldinternational.org/blog/8-ordinary-people-change-world/
http://paginaglobal.blogspot.com.br/2014_06_02_archive.html
https://ricardonagy.wordpress.com/2010/09/19/refuse-resist/

http://otrabalho.org.br/praca-da-paz-celestial-25-anos-depois/















MORTE DE OTTO VON  BISMARCK
Em um 30 de Julho como hoje, em 1898, falecia o Chanceler de Ferro da Alemanha, um dos homens mais notáveis de seu tempo na Europa.
Bismarck foi um dos principais responsáveis pela unificação da Alemanha e pela vitória sobre a França em 1870, lançando o 2º Império, ou II Reich, que durou de 1871 a 1918. 
Unificação da Alemanha. Bismarck ao centro de branco.
Ele nasceu em 01/04/1815 na cidade de Schönhausen, filho de Wilhelmine Luise Mencken e Karl Wilhelm von Bismarck. Sua esposa, Johanna von Puttkamer, faleceu em 1894.
Anticlerical apesar de luterano, antissocialista e antiliberal, Bismarck optou pelo uso da força na construção política da nova sociedade alemã unificada.  
Bismarck a cavalo, acompanhando Napoleão III.
A burguesia não tinha muita influência política, mas os ganhos econômicos a mantiveram satisfeita.
Os movimentos sociais não tinham espaço, mas as leis trabalhistas alemãs eram mais avançadas, de modo que não havia muita agitação, sempre sob o rígido controle do governo.
Apesar disso, Bismarck era um conciliador na política externa da Alemanha e assim atuou no Congresso de Berlim em 1878. 
O Kaiser Wilhelm II e Bismarck.
Após desentendimentos com o novo e afoito imperador, o Kaiser Wilhelm II, Bismarck foi demitido em 1890 e se retirou da vida pública.
Não existe “se” na História, mas, acreditamos que se Bismarck não tivesse sido demitido e o Kaiser Wilhelm II persistisse na política conciliatória de seu Chanceler, dificilmente haveria uma Primeira Guerra Mundial e muito menos uma Segunda Guerra Mundial.
Mas, as opções de vida foram outras... 

Bismarck em seu leito de morte.


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