segunda-feira, 14 de junho de 2021

MONGÓLIA: DE GENGHIS KHAN A MARCO POLO - Parte X

 

MONGÓLIA

DE GENGHIS KHAN A MARCO POLO

Parte X

CONQUISTADOR ATÉ A MORTE[10]

Em 1218 Gengis recebeu um presente inusitado, a cabeça de um de seus generais enviada pelo Império Corásmio, ao Norte da Pérsia, para onde o general tinha sido enviado em missão diplomática.

Nunca os corasmianos haviam cometido erro tão fatal.

Gengis Khan arregimentou um exército estimado em 200 mil soldados e armas de cerco e devastou as cidades da Pérsia uma a uma, matando milhões de pessoas.

Em Nixapur a devastação foi tal que não restou ninguém vivo, nem mesmo os animais e a crueldade mongol se tornou lendária, assustando a Europa por muito tempo.

Depois da Pérsia Gengis Khan enviou seus generais para a Rússia e a Ucrânia, que também tiveram vastas regiões tomadas.

Mas, em 1221 Gengis teve de retornar ao seu reino para punir Hsi Hsia que havia se recusado a enviar soldados para a expedição à Pérsia.

No dia 18 de agosto de 1227, após vencer uma batalha, Gengis morreu de uma doença que lhe causou febre e dores de cabeça por alguns dias.

Cientistas atuais acreditam que ele foi vitimado pela peste bubônica, que grassava entre as tropas na época.

Com a morte do líder, seu filho, Ogedai, se tornou o próximo Khan por escolha de Gengis. Antes, porém, seu outro filho, Tolui, exerceu o governo até a eleição que ratificou Ogedai como novo Khan.

Continua

 



[10]https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan – Acesso: 29/09/20




quarta-feira, 2 de junho de 2021

CHURCHILL - Parte 31

CHURCHILL – Parte XXXI [1] [2]
Quando a França caiu sob domínio Alemão, Churchill falou à nação via rádio anunciando que agora os britânicos eram os únicos vitoriosos de 1918 a seguirem lutando: “Faremos nosso melhor para sermos dignos dessa elevada honra. Defenderemos nossa ilha natal e lutaremos, inconquistáveis, até que a maldição de Hitler seja removida da humanidade. Temos certeza de que no fim tudo se recomporá.”.
Ele também ordenou a retirada das tropas da França, proibiu a divulgação do afundamento do navio de passageiros Lancastria e suas 3000 mortes e recebeu Charles de Gaulle, contratando um relações públicas para moldar a imagem do general francês para que se tornasse o foco da resistência francesa.
Além disso atuou para cessar a busca por bodes expiatórios para a crise: “De uma coisa tenho certeza: se iniciarmos uma contenda entre passado e presente, perderemos o futuro.
Ele demonstrava e buscava sempre infundir otimismo, mas não ocultava de ninguém os tempos difíceis agora mais próximos, como na ocasião em que celebrou o aumento da produção de aviões de 245 para 363 semanais: “Caberia aos pilotos [...] a glória de salvarem sua terra natal, sua ilha pátria e tudo aquilo que amam dos mais mortíferos ataques”.
Em 18/06 seu discurso, na Câmara dos Comuns, foi neste mesmo sentido:
Acho que está começando a Batalha da Inglaterra. Dessa batalha depende a sobrevivência da civilização cristã. Dela depende nossa vida britânica e a longa continuação de nossas instituições e de nosso império. A fúria e o poderio do inimigo devem voltar-se contra nós em breve. Hitler sabe que precisará vencer-nos nessa ilha ou perderá a guerra. Se conseguirmos fazer-lhe frente, toda a Europa pode ser livre, e a vida do mundo pode caminhar para terras mais vastas e mais ensolaradas, mas, se falharmos, então todo o mundo, inclusive os Estados Unidos e tudo o que conhecemos e de que cuidamos, cairá no abismo de uma nova era de trevas, ainda mais sinistra, e talvez mais prolongada, pelas luzes de uma ciência pervertida. Por isso, vamos juntar-nos em torno do nosso dever e empenharmo-nos em que, se o império britânico e sua comunidade durarem mil anos, os homens possam dizer: “Foi seu mais glorioso momento.” (<<<<<pg. 110-111)
Os bombardeios alemães já voavam sobre a Inglaterra. 120 deles causaram 9 mortes de civis a Leste do pais. Era uma situação que se tornaria corriqueira, avisou Churchill em sessão secreta do Parlamento. O atraso da ajuda americana e a expectativa pela invasão levou Winston a uma tensão extrema que acabava sendo descontada nos auxiliares próximos. 
Clementine precisou intervir através de uma carta que foi escrita, depois rasgada e depois enviada a ele em pedaços:
Meu querido,
Espero que me perdoe por dizer algumas coisas que sinto que você deve saber. Um homem próximo de você (um amigo devotado) procurou-me e disse-me que há o risco de seus colegas e subordinados não simpatizarem com você devido ao seu jeito duro, sarcástico e autoritário — [...] Por outro lado, se é sugerida uma ideia (digamos, numa palestra), você é tão desdenhoso que atualmente já não são sugeridas ideias, sejam boas ou más.
[...]
Meu querido Winston, devo confessar que notei uma deterioração nos seus modos; não é tão amável quanto costumava ser. [...] Além disso, você não conseguirá os melhores resultados por meio da irascibilidade e da rudeza. Eles criarão desafeição ou uma mentalidade de escravos. […] Por favor, perdoe sua amada, devotada e vigilante. Clemmie. (<pg. 111-112)
Quando as negociações para rendição francesa começaram os alemães exigiram, como esperado, a entrega dos navios da Marinha Francesa e levaram os franceses a assinar sua rendição no mesmo lugar (Floresta de Compiègne) e no mesmo vagão de trem (Vagão n° 2419 D [3]) no qual a Alemanha assinara o armistício de 1918. 
Sugerimos uma pausa para leitura do texto indicado na Nota de Rodapé acima, que conta a História da rendição francesa. Também pode ir diretamente clicando AQUI.
Hitler dançou de alegria neste dia 22/06/1940 e depois foi visitar Paris onde declarou “Foi o sonho da minha vida poder ver Paris. Eu não posso dizer como estou feliz por ter esse sonho realizado hoje.”. 
Após a visita ao túmulo de Napoleão ele disse que “Esse foi o maior e melhor momento da minha vida”. [4]
Hitler pensou em desfilar mas depois desistiu da ideia: “Eu não estou com disposição para um desfile de vitória. Ainda não estamos no final.[5] Os soldados alemães, no entanto, desfilaram triunfantes pela Avenida Champs Elysée.
Os Parisienses choram ao assistir as tropas alemãs desfilarem em sua capital.

CONTINUA

[1]    GILBERT, Martin. Churchill : uma vida, volume 2. tradução de Vernáculo Gabinete de tradução. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2016.

[2]    Em relação às referências das páginas, que fazemos ao final de alguns parágrafos, por uma questão estética e de não ficar sempre repetindo, criamos um código simples com o símbolo “<”. Sua quantidade antes da referência da página indica a quantos parágrafos anteriores elas se relacionam. Exemplo: A referência a seguir se refere ao parágrafo que ela finaliza e mais os dois anteriores  (<<pg.200-202).

[3]   Conheça nosso texto sobre esse vagão no link abaixo:
     http://reino-de-clio.blogspot.com/2014/01/o-bonde-da-historia.html

[4]   Hitler's triumphant tour of Paris, 1940
     https://rarehistoricalphotos.com/hitler-in-paris-1940/

[5]   Ibid.