O Vagão
n° 2419 D
A foto acima mostra a
Clareira do Armistício, na Floresta de Compiègne, França.
Neste local, em
11/11/1918, dentro do Vagão n° 2419 D, pertencente ao Marechal
Francês Ferdinand Foch, o representante alemão Matthias Erzberger,
assinou o Armistício
que encerrou a Primeira Guerra Mundial.
Nas imagens abaixo,
fotos do dia do evento. O Marechal e sua equipe ao lado do vagão e
uma imagem da clareira, no dia da assinatura.
Uma estátua do
Marechal foi erguida, assim como um monumento onde uma águia caída
representa a derrota alemã. Em 1927 os franceses construíram um
museu especialmente para proteger o vagão. Em 1929 uma enorme placa
foi gravada com a frase: “Aqui, no décimo primeiro aniversário de
1918, sucumbiu o criminoso orgulho do Império Alemão. Vencido pelos
povos livres que ele tentou escravizar.” (tradução livre). Nas
imagens abaixo, os monumentos que circundam a clareira e o vagão,
dentro do museu.
Mas, geralmente muito
lenta, a roda da História por vezes gira de forma mais rápida. Onze
anos depois da colocação da placa, os alemães estavam de volta. Em
uma operação militar fulminante, a Wermacht atravessou a Floresta
das Ardenas, cercou as tropas aliadas na Bélgica e conquistou a
França. Então o Vagão n° 2419 D foi retirado de seu repouso e
recolocado no mesmo local onde estivera em 1918.
Dentro dele, no dia
22/06/1940, os franceses general Charles Huntziger e o embaixador
Léon Noël, compareceram perante Adolf Hitler, que logo retirou-se,
e assinaram a rendição francesa. Nas imagens abaixo, a retirada do
vagão do museu, Hitler e Goering observando a estátua de Foch,
soldados observando o monumento da águia caida e um Hitler
sorridente e saltitante por conseguir sua vingança.
Após a assinatura da
rendição francesa, o Vagão n° 2419 D foi levado para Alemanha
onde foi exposto e depois incorporado à rede ferroviária do III
Reich. Quando a derrota da Alemanha tornou-se inevitável, em Abril
de 1945, o 2419 D foi levado para Vila de Crawinkel pela SS,
destruído e queimado, para evitar que assistisse a uma nova rendição
alemã.
Nas imagens abaixo,
fotos recentes da Clareira do Armistício e de uma réplica do Vagão
n° 2419 D, recolocada no museu.
Por mais que se tente,
e ainda que as tentativas sejam feitas por forças imensas e
terríveis, nada pode ser mais poderoso, dentro dos registros da
História, do que a inexorabilidade do tempo e suas voltas. A
História do Vagão n° 2419 D, que assistiu a queda de impérios,
mostra que Clio não se deixa contornar. Abaixo o Ato de Rendição
Militar da Alemanha, de 07/05/1945, com a assinatura do Marechal
Jodl, Chefe do Alto Comando.
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