terça-feira, 23 de julho de 2019

TEXTO: HISTÓRIA DO DIA 3



YURI GAGARIN
O PRIMEIRO HOMEM NO ESPAÇO
Em um dia 12/04 como este, no ano de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin se tornava o primeiro ser humano a viajar pelo espaço sideral.
Yuri Alekseievitch Gagarin nasceu em Klushino, Província de Smolensk, no dia 09/03/1934, um dos quatro filhos de Aleksei Ivanovitch Gagarin e Anna Timofeievna Gagarina, trabalhadores rurais de uma fazenda coletiva soviética.
Quando Smolensk ficou sob ocupação nazista os dois irmãos de Yuri foram deportados para a Alemanha onde foram transformados em escravos. 
Casa onde viveu Gagarin.
Muito interessado por aviões e pelo espaço, Gagarin fez curso de vôo e acabou se tornando aviador, ingressando na Escola de Pilotos de Orenburg, onde passou a pilotar aeronaves militares.

Após ganhar suas asas (concluir sua instrução), Gagarin se casou com Valentina Ivanovna Goryacheva em 1957, com quem teve duas filhas (Galina Gagarina, Yelena Yurievna Gagarina), e logo foi transferido para Murmansk, onde ficou lotado na Base Aérea de Luostari. 
Essa base era perto da Noruega e o clima fechado do lugar tornava os vôos quase sempre arriscados, o que tornou Gagarin um piloto muito hábil. Ainda em 1957 ele ascendeu à patente de Tenente da Força Aérea Soviética e dois anos depois chegou a Tenente Sênior.
Em 1960, quando foi iniciada a seleção para pilotos do Programa Espacial Soviético, Gagarin foi um dos 20 pilotos selecionados após rigorosos testes e depois escolhido para chefiar a missão e ser o primeiro cosmonauta.
Sua escolha baseou-se em sua origem humilde, sua personalidade cativante, sua liderança e sua baixa estatura e peso, considerando o tamanho da cápsula na qual o vôo seria realizado que “...media 4,4 metros de comprimento e 2,4 metros de diâmetro.1
O vôo era de imenso risco, considerando que o Programa Espacial Soviético enviara 48 cães ao espaço, vinte dos quais morreram. A bela cadelinha Laika foi apenas a primeira e mais famosa deles. 
A bela cadelinha Laika.
Contudo, a despeito dos riscos envolvidos, Gagarin embarcou na cápsula Vostok 1, acoplada ao foguete Soyuz-R-7 que foi lançado da Base de Baikonur, no Casaquistão às 09:07hs. 
Base de Baikonur, no Casaquistão


A cápsula Vostok 1


Viajando a uma velocidade de 28000 km/h e a uma altitude de 315km, Gagarin chegou ao espaço se tornou o primeiro ser humano a ficar fisicamente fora do Planeta Terra e a poder vê-lo da janela da cápsula. Aquele foi um dos momentos em que se pode ver a roda da História girar.
O cosmonauta soviético completou a volta ao planeta em um vôo que durou 01:48 hs. Nas comunicações da nave com a base em terra Gagarin teria dito que “A Terra é azul. Como é maravilhosa. Ela é incrível!” mas há quem diga que não, que essa frase foi proferida após o pouso.
Ao ver a Terra ele teria dito “Através da janela, eu vejo a Terra. O chão é claramente identificável. Eu vejo rios e as dobras do terreno. Tudo é tão claro…”.2
Gagarin não precisou pilotar a nave, pois tudo foi automatizado, embora ele tivesse condições de assumir os controles em caso de extrema necessidade. Após a reentrada na atmosfera ele ejetou e desceu de pára-quedas. 
A cápsula Vostok 1 após o pouso.
Quando a notícia foi divulgada, Yuri Gagarin tornou-se instantaneamente uma celebridade mundial, passando a visitar diversos países onde foi sempre recebido com grandes festividades, inclusive no Brasil. 



O Programa Espacial Soviético seguiu assombrando o mundo com suas conquistas: “Valentina Tereshkova foi a primeira mulher no espaço; dois anos depois, o cosmonauta Alexei Leonov foi o primeiro a flutuar por dez minutos fora de sua cápsula; e, no ano seguinte, o módulo Luna 9 pousou na Lua.”3
Acima, Gagarin em Varsóvia e abaixo, no Brasil, com o Presidente Jânio Quadros.



Os americanos, dentro do contexto da Guerra Fria, também entraram na Corrida Espacial, mas só foram marcar um gol decisivo em 1969 com a conquista da Lua, na qual Neil Armstrong imprimiu a marca dos pés. Ou seria Stanley Kubrick?


1https://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/ha-45-anos-morria-em-voo-yuri-gagarin-primeiro-homem-a-chegar-ao-espaco,955149eed4bad310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
2https://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/ha-45-anos-morria-em-voo-yuri-gagarin-primeiro-homem-a-chegar-ao-espaco,955149eed4bad310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
3http://www.dw.com/pt-br/1961-yuri-gagarin-no-espa%C3%A7o/a-495389



Fontes e Imagens:
https://educacao.uol.com.br/biografias/yuri-gagarin.htm
https://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/ha-45-anos-morria-em-voo-yuri-gagarin-primeiro-homem-a-chegar-ao-espaco,955149eed4bad310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/04/viagem-pioneira-de-yuri-gagarin-ao-espaco-completa-55-anos.html
https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/201604124119226-gagarin-10-fatos/
https://br.sputniknews.com/fotos/201604124118249-galeria-fotos-repercussao-voo-Gagarin-Brasil-mundo/
https://br.sputniknews.com/fotos/201604124118249-galeria-fotos-repercussao-voo-Gagarin-Brasil-mundo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Vostok
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laika
https://pt.wikipedia.org/wiki/Iuri_Gagarin
http://brazilian-pop-politics.blogspot.com.br/2012/04/yuri-gagarin-visits-brazil-1961.html
https://pics-about-space.com/yuri-gagarin-and-his-wife?p=3
http://www.space.com/17764-laika-first-animals-in-space.html


http://www.thelivingmoon.com/45jack_files/03files/Launch_Sites_Baikonur.html



COMEÇA A GUERRA DO CONTESTADO
INVESTIMENTO, DESPREZO E MISÉRIA
No início do Séc XX os estados de SC e PR disputavam uma faixa de terra de quase 50000m2 em suas fronteiras.
Nesta mesma área um empresário americano estava construindo uma ferrovia ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul e ganhou da União 15km de terra de cada lado da ferrovia.
Nestas terras ele implantou uma área para colonos europeus viverem e uma serraria.
As pessoas que já moravam nas terras antes foram expulsas e os madeireiros viram seus negócios fracassarem diante da concorrência do americano.
Sem ter a quem recorrer os prejudicados viram-se na necessidade de recorrer aos céus.
MISÉRIA E MESSIANISMO
A Inglaterra aguarda a volta do Rei Arthur, assim como Portugal aguarda a volta do Rei D. Sebastião. São mitos que sobrevivem na cultura popular daqueles países.
Na região do Contestado também havia um mito semelhante pois, em 1844, o monge João Maria supostamente realizou milagres e desapareceu. Em 1894 outro monge de nome igual fez o mesmo, reuniu muitos adeptos mas depois de algum tempo, sumiu também.
Logo, fixou-se no imaginário o mito do retorno do monge milagreiro. E ele “voltou”.
Em 1898 outro monge surgiu, dessa vez chamado José Maria, e quando a situação econômica piorou muito, aumentou na mesma proporção o número das pessoas que começaram a dar ouvidos à sua pregação.
MONARQUIA SEBASTIANISTA
As pessoas começaram a acreditar que José Maria era o João Maria que retornava e formaram uma comunidade sob suas ordens.
Na comunidade “Monarquia Celeste” José Maria pregava que D. Sebastião voltaria para lutar em favor do povo, que a República era a lei do diabo e que o fim do mundo estava próximo.
O comércio foi substituído por trocas, pequenos fazendeiros se juntaram a eles e uma milícia foi formada e armada.
Esse movimento inquietou os coronéis da área que pediram socorro ao governo, afirmando que seria preciso combater a Monarquia de Taquaruçu, local onde estava o monge.
Sabendo disso o grupo deslocou-se ao Paraná.
EQUÍVOCOS E COMBATES
Quando os seguidores do monge chegaram aos limites de Palmas no Paraná, o governo de lá pensou que Santa Catarina estava invadindo sua área, isso por conta da antiga disputa sobre a região.
Tropas foram enviadas para expulsar os invasores. Estes venceram o primeiro combate, mas perderam o monge. Os fiéis o enterraram sob madeira para facilitar a ressurreição dele e do exército de D. Sebastião.
Logo os governos de Santa Catarina e Paraná formaram uma nova tropa com 700 homens que conseguiu expulsar os fiéis e queimar a comunidade, fazendo com que os moradores se refugiassem em Caraguatá, local de difícil acesso. E agora os fiéis tinham nova liderança.
JOANA D'ARC BRASILEIRA
Como José Maria estava demorando a voltar do túmulo com seu exército, a jovem Maria Rosa, com 15 anos, tornou-se líder ao afirmar que recebia ordens do monge morto.
Ela foi chamada de Joana d'Arc, pois usava cavalo e roupas brancas e flores no cabelo.
O ataque do governo a Caraguatá terminou em fuga desordenada dos soldados e, com esta vitória, os rebeldes passaram a receber muitos adeptos. Mas o governo não queria reviver as derrotas de Canudos e logo voltou a atacar.
Adotando táticas de guerrilha como defesa, os rebeldes passaram ao contra ataque saqueando fazendas e cidades e destruindo cartórios. Caraguatá, sob epidemia de tifo, foi abandonada.
CALMARIA E GUERRA TOTAL
As tropas do governo pensaram que a guerra terminara, mas os rebeldes fugidos de Caraguatá se reagruparam em Santa Maria e de lá partiam para atacar as cidades vizinhas.
Com o domínio de cerca de 250km2 de terras, os rebeldes assustaram o governo que nomeou o General Setembrino de Carvalho para chefiar 7000 soldados contra os “inimigos do estado”.
O exército restabeleceu as ferrovias e construiu o Campo de Aviação do Caçador, inaugurando o uso de aviões pelas Forças Armadas.
Setembrino enviou mensagem aos rebeldes prometendo devolução de terras a quem se entregasse e tratamento severo a quem não depusesse as armas.
CERCO, FOME E MASSACRE
Mudando de tática, Setembrino evitou o confronto direto e cercou Santa Maria fazendo com que houvesse fome no local. Velhos, mulheres e crianças foram se rendendo, dando mais tempo de comida aos rebeldes.
Deodato Manuel Ramos, o “Adeodato” assumiu a liderança dos rebeldes, mudou o núcleo do povoado para o vale e começou a executar quem queria se render ao Exército.
O ataque final se iniciou em 08/02/1915 e a devastação e massacre dos redutos rebeldes terminou em 05/04/16.
O último líder, Adeodato fugiu mas acabou se entregando após longa perseguição. Morreu na prisão em tentativa de fuga.
Fonte e Imagens:




http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html




COMEÇA O II CONCÍLIO DE NICEIA
O Segundo Concílio de Niceia (atual Iznik - Turquia), que começou em 24 de setembro de 787 d.C. e terminou em 23 de outubro do mesmo ano, foi o 7º Concílio Ecumênico da Igreja Cristã.
Concílios Ecumênicos eram ocasiões em que se reuniam todos os bispos da igreja para discutir e decidir questões relativas à doutrina e à disciplina dentro da igreja.
No caso em tela, o encontro foi convocado por uma questão doutrinária: discutir e abolir ou não a proibição da adoração de imagens de santos.
A adoração de ícones tinha sido proibida a partir do Concílio de Hieria (realizado em 754 d.C. em Hieria, a atual Fenerbahçe-Turquia) e da ação dos Imperadores Leão III, Constantino V e Leão IV.
A destruição de imagens por Leão III
Mas o Concílio de Hieria não contara com a participação dos bispos do Ocidente e nem de qualquer patriarca, de modo que não foi aceito e desqualificado trinta anos depois, quando Tarásio, Patriarca de Constantinopla, assumiu seu posto e demonstrou interesse em uma reaproximação com a Igreja do Ocidente.
A igreja onde foi realizado o Concílio
A convocação do Concílio ocorreu após a morte de Leão IV pois sua esposa, Irene, tornou-se regente por conta da pouca idade do herdeiro do trono, Constantino VI. Irene desejava a volta da adoração de imagens.
Tarásio, com apoio de Irene, convocou o concílio que contaria com a presença do Papa Adriano I.
O encontro começou em Constantinopla, mas distúrbios fizeram com que fosse transferido para Niceia. Ao final, a adoração de imagens foi restabelecida.
Interior da igreja em Niceia-Iznik
O Segundo Concílio de Niceia contou com a participação de 350 pessoas, sendo 308 bispos ou seus representantes. Na cidade ocorreram sete seções e o fragilíssimo embasamento bíblico da decisão de permitir a adoração de imagens foi dado “...a partir das passagens bíblicas de Êxodo 25:19, Números 7:89, Hebreus 9:5, Ezequiel 41:18 e Gênesis 31:34.”

Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_Conc%C3%ADlio_de_Niceia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%ADlio_de_Hieria
https://en.wikipedia.org/wiki/Second_Council_of_Nicaea

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15 de AGOSTO na HISTÓRIA
No dia deste nosso aniversário, e peço perdão pela pouca modéstia, considerando nossa situação diminuta de mero escriba dos fatos, destacamos três acontecimentos que mudaram a História da humanidade:
1 Nascimento de Napoleão;
2 Inauguração do Canal do Panamá;
3 Rendição do Japão na II Guerra Mundial.
Leia abaixo:
NASCE NAPOLEÃO BONAPARTE
No ano de 1769, no dia 15 de agosto, na pequena cidade de Ajaccio, na Ilha da Córsega, nascia o filho do casal Carlo e Maria Letícia Ramolino, uma criança destinada a mudar o mundo: Napoleão Bonaparte!
Carlo Maria Buonaparte e Maria Letícia Ramolino eram pequenos nobres italianos, cujas famílias haviam chegado à ilha no século XVI. Carlo era advogado e chegou a ser nomeado representante da ilha na corte de Luis XVI em 1777. 
A educação do menino Napoleone di Buonaparte (nome original depois afrancesado para a forma que ficou famosa) foi rígida e muito boa e as conexões políticas de seu pai permitiram que entrasse nas escolas militares onde se destacou em matemática, história e geografia. A partir dai sua ascensão foi meteórica.
INAUGURAÇÃO DO CANAL DO PANAMÁ
No ano de 1914, no dia 15 de agosto, ocorria a inauguração do Canal do Panamá, obra que liga os oceanos Atlântico e Pacífico atravessando o território do Panamá, país da América Central.
Escavado em longos trechos e fazendo uso de barragens, eclusas, lagos e rios, o canal parte do Mar do Caribe, percorre 77 quilômetros até chegar ao Oceano Pacífico, encurtando em milhares de quilômetros as distâncias para o transporte de cargas entre a Ásia e as nações banhadas pelo Oceano Atlântico e vice-versa.
Apesar do nome, a região de construção do canal mudou de posse várias vezes, passando da Colômbia para França, depois para os EUA e só foi entregue ao Panamá em 1999.
A obra começou em 1880, chefiada por Ferdinand de Lesseps, “diplomata e empresário francês” que construíra o Canal de Suez. Lesseps fracassou por conta de “...diferenças de tipo de terreno, relevo e clima [...] Chuvas torrenciais, enchentes, desmoronamentos e altíssimas taxas de mortalidade de trabalhadores devido a doenças tropicais, nomeadamente a malária e a febre amarela...”. Lesseps faliu e a obra parou em 1889.
Os EUA, interessados na obra incentivaram a independência do Panamá contra a Colômbia e reiniciaram os trabalhos em 1904, concluindo dez anos depois.
RENDIÇÃO DO JAPÃO NA II GUERRA
No ano de 1945, no dia 15 de agosto, após vencer uma tentativa de golpe de estado por alguns militares, o Imperador Hiroito do Império do Japão anunciava ao povo, em cadeia de rádio, que o país aceitava os termos impostos pelos aliados para rendição incondicional do país.
Durante a Conferência de Potsdam, realizada na Alemanha de 17 de julho e 2 de agosto de 1945, Truman (EUA), Stalin (URSS) e Churchill/Clement Attlee (Grã Bretanha), deram um ultimato ao Japão: rendição incondicional ou aniquilação.

Diante da recusa japonesa, foram lançadas as bombas atômicas em Hiroshima (6/8) e Nagasaki (9/8). Já no dia seguinte o imperador aceitava a rendição, mas o anúncio formal só foi feito cinco dias depois, culpando pela capitulação “uma nova e mais cruel bomba, cujo poder destrutivo é incalculável, levando à morte grande quantidade de vítimas inocentes."

Dezessete dias depois, em 02/09/1945, a rendição seria formalmente assinada pelo General Umezu Yoshijiro, a bordo do navio USS Missouri, na baía de Tóquio. Terminava o mais sangrento conflito da História humana.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Panam%C3%A1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_de_Lesseps
http://www.japaoemfoco.com/aniversario-da-rendicao-do-japao/
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/5701/conteudo+opera.shtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Potsdam

Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
http://thehayride.com/tag/labi/
http://voos.rumbo.pt/voos/baratos/marselha-ajaccio 
http://www.usnews.com/opinion/blogs/world-report/2014/08/15/what-100-years-of-the-panama-canal-says-about-global-trade
http://henstridgephotography.com/FHP%20Volume%203%20Issue%209/
https://www.youtube.com/watch?v=Pv0upmpPw3c
http://www.nytimes.com/2015/08/15/world/asia/shinzo-abe-japan-premier-world-war-ii-apology.html?_r=0
http://iotwreport.com/original-sound-of-japan-emperors-war-end-speech-released/
http://www.gettyimages.com/event/the-asahi-shimbun-108296450#-picture-id482830334




FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
Todos os anos, no dia 29 de junho, é celebrada a festa de São Pedro.
O que a  maioria dos cristãos ignora é que a festa também é de São Paulo!
Assim sendo, essa inclusão de mais um santo na festa não é motivo exatamente de alegria, pois a data marca o martírio de ambos, ocorrido em Roma, por ordem do Imperador Nero que, por sinal, adorava uma fogueira, aparentemente!
Pedro foi o primeiro apóstolo de Jesus e ganhou este nome do próprio Mestre, pois se chamava Simão. Nascera provavelmente em Betsaida e era pescador em Cafarnaum.
Após a morte de Jesus, Pedro passou seu tempo pregando entre as cidades de Jerusalém, Antióquia e Roma, onde foi morto entre 64 e 67 d.C.
Paulo, antes chamado Saulo, era original de Tarso e fez carreira como perseguidor dos cristãos até que uma visão o fez mudar de lado.
Suas pregações auxiliaram imensamente na difusão do cristianismo nas cidades mediterrâneas até ser decapitado entre 64-67 d.C. por ordem de Nero, segundo a tradição cristã. 
A Festa de São Pedro e São Paulo atualmente integra as Festas Juninas, celebração derivada da cristianização da festa pagã do Midsommar (ou Mid Summer - Meio do verão).
O Midsommar é comemorado durante o solstício de verão, o dia mais longo do ano no Hemisfério Norte.
Na ocasião, e por quase toda Europa, e também nas Américas, os povos celebram acendendo fogueiras. 
Com o advento do cristianismo a festa passou a ser associada à pessoa de João Batista, com data fixada em 24/06, embora no caso dos pagãos o dia possa variar entre 19 e 25 de junho, como no caso dos países nórdicos e dos praticantes da Wicca.
Os romanos também celebravam nesta época, no caso deles, porém, a festa era dedicada ao deus do trovão noturno, Sumanus. 
São Pedro no trono, à direita São Paulo e à esquerda São João Batista
O Reino de Clio considera que é sempre bom saber exatamente sobre o que estamos celebrando. E agora vamos à fogueira, ao forró e às comidas típicas! Viva Junho!

Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_junina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_de_S%C3%A3o_Pedro_e_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sumano


Imagens:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_junina#/media/File:The_Feast_of_Saint_John.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/03/Caravaggio-Crucifixion_of_Peter.jpg

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso#/media/File:Decapitaci%C3%B3n_de_San_Pablo_-_Simonet_-_1887.jpg


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SURGE JACK, O ESTRIPADOR
No ano de 1888, no dia 31 de Agosto, Jack Estripador fazia sua primeira vítima, de acordo com estudiosos do tema.
A vítima foi Polly, apelido de Mary Ann Nichols, como era conhecida em Whitechapel. Ela nascera em Shoe Lane (26/08/1845) e era mãe de 05 filhos, 03 homens e 02 mulheres.
Polly morreu na noite de 30/08 ou madrugada de 31/08 na rua Buck's Row, atual Durward Street, onde seu corpo foi descoberto às 03:40hs.

Sua morte foi extremamente violenta, ocasionada por cortes profundos na garganta além de vários cortes no abdomen e esviceração.
Registro de Óbito de Mary Ann Nichols
Várias outros assassinatos foram cometidos depois, sempre com violência extrema.
A partir de Setembro o assassino teria escrito cartas à Scotland Yard, sendo 03 delas consideradas genuínas. Na primeira, de 25/09/1888, o assassino se autodenominou Jack, o Estripador.

Na segunda carta, datada de 01/10/1888 ele assumiu um duplo homicídio e na terceira, de 15/10/1888, Jack enviou junto com a carta um pedaço do rim de uma das vítimas, alegando ter comido o restante.
A primeira carta de Jack

A famosa carta, intitulada "Do Inferno".
A polícia não conseguiu encontrar o assassino e a investigação da época, em torno de sete, depois doze suspeitos, não levou a nada.

Mas em 2014, através de exames de DNA mitocondrial realizado no xale de uma das vítimas (Catherine Eddowes), que nunca fora lavado, Russell Edwards e Jari Louhelainen afirmaram que Jack Estripador seria Aaron Kosminski, um dos suspeitos da polícia na época.
Aaron Kosminski era um “...imigrante judeu de 25 anos, que veio do então Império Russo, que vivia com sua mãe e irmãs.”(1)

Jack Estripador não foi o maior serial killer da História mas foi, com certeza, o mais famoso de todos, embora (e talvez por isso mesmo) sua suposta identidade só tenha sido conhecida mais de um século após os crimes que cometeu. Que esteja bem quente ai embaixo Jack!

Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jack,_o_Estripador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suspeitos_do_caso_Jack,_o_Estripador
(1) http://seuhistory.com/noticias/apos-mais-de-um-seculo-identidade-de-jack-o-estripador-e-finalmente-revelada
http://www.aljazeera.com/mritems/Images/2014/9/8/2014983945211734_20.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Wanted_poster.jpg
http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/02750/ripper_2750609b.jpg



A MORTE DE NICOLAU II
Em um dia 17/07, no ano de 1918, Nikolái Alieksándrovich Románov, o último Csar da Rússia foi assassinado, juntamente com toda sua família, na cidade de Ecaterimburgo, fuzilado pelos soldados do governo Bolchevique.
Nicolai teve a má sorte de ser um homem de mente atrasada, à frente de um país atrasado, mas no seio do qual crescia o embrião da revolta em um tempo de virada da História.
Nicolai nasceu em 18/05/1868 em Tsarskoye Selo, em um dos palácios da família imperial russa, perto da capital, São Petesburgo. Era filho do Csar Alexandre III e de Maria Feodorovna ou princesa Dagmar da Dinamarca, então Csarina Consorte da Rússia.
Aos 13 anos Nicolai se tornou herdeiro direto do trono por conta do assassinato de seu avô, o Csar Alexandre II e a coroação do pai. O garoto então se mudou para o Palácio de Gatchina, fora da capital, por questões de segurança.
Sua educação foi rigorosa, dormia em um quarto sem luxo, de modo a aprimorar sua resistência, aprendeu francês, alemão, inglês, História, geografia, dança, etc. Seu tutor incutia-lhe sempre que possível, a importância do exercício do poder absoluto.
Em 1894 Nicolai ficou noivo de Alice de Hesse-Darmstadt contra a vontade de seus pais pois a moça era de origem alemã, contudo, quando Alexandre II adoeceu e sua morte tornou-se iminente, a autorização para o noivado foi dada. O Csar faleceu antes do casamento ser realizado. Após a cerimônia Alice passou a se chamar Alexandra Feodorovna, Csarina Consorte da Rússia.
Nicolai e Alexandra.
O pai de Nicolai providenciou para que fosse rigorosamente educado, mas não lhe preparou para os deveres de Csar e o pouco treinamento de Nicolai nessa área veio por insistência do Ministro das Finanças Serguei Witte. A despeito disso, quando chegou o momento, o próprio Nicolai reconheceu seu despreparo.
A Coroação de Nicolai II.
Alexandre III mergulhara de vez a Rússia no atraso ao revogar quase todas as reformas feitas por seu pai, Alexandre II, dentre elas a proibição de acesso às universidades para os russos que não tivessem origem nobre![1]
Claro que tal nível de repressão não poderia ser mantido senão pela força bruta da última monarquia absolutista da Europa onde até mesmo os divórcios deveriam ser aprovados pelo Csar![2]
Assim, o poder de Nicolai ao assumir o trono do país mais atrasado da Europa[3] estava baseado em um tripé de frágil equilíbrio formado pela burocracia, o grande e fraco exército e a polícia, chamada Okbrana.[4]
Os problemas começaram já nas festividades do casamento, quando uma festa preparada para o povo acabou em tumulto e mais de 1400 mortes, ficando conhecida como Tragédia de Khodynka.
Vítima da Tragédia de Khodynka.
No governo Nicolai se mostrou muito cioso de seu próprio poder absoluto e, ao mesmo tempo, relutante em usá-lo, passando a impressão de fraco e indeciso.
Marcam o período os ataques a judeus, estimulados por propaganda negativa financiada pelo Ministro do Interior e a Guerra Russo-Japonesa na qual a Rússia foi derrotada pelo Japão, perdendo duas frotas navais. A guerra terminou em 1905, contudo, antes mesmo de seu fim, começariam as revoltas que levariam ao fim da monarquia alguns anos depois.
No dia 21/01/1905 foi anunciada uma marcha pacífica pelas ruas de São Petesburgo. O organizador, Padre Gapon, solicitou a presença do Csar para receber uma petição do povo. Mas os ministros não avisaram ao monarca e, ao invés disso, convocaram mais tropas para impedir as pessoas de chegar ao Palácio de Inverno.
Em 22/01/1905 a marcha foi iniciada e a cada momento recebia o acréscimo de mais e mais pessoas que caminhavam sob o frio e a neve cantando hinos religiosos e o Hino Imperial "Deus salve o Csar".
Em outras palavras, as pessoas acreditavam que o Csar as receberia como um pai e acolheria suas súplicas. Mas ao se aproximarem do Palácio encontraram os bloqueios de soldados que abriram fogo contra a multidão. O saldo foi de 92 mortos e muitos feridos, número que os boatos que chegavam ao interior do país era muitas vezes multiplicado. O divórcio entre o povo e seu Csar estava consumado.
A pressão interna e externa foi tamanha que Nicolai aceitou a convocação de um parlamento, chamado Duma, e a nomeação de um Primeiro Ministro, escolhendo Serguei Witte para o posto. Mas o Csar não pretendia abrir mão do próprio poder, de modo que logo entrou em confronto com os congressistas e a Duma foi dissolvida.
Nicolai e Alexandra na instalação da Duma.
A segunda Duma passou a funcionar em 1907 com Piotr Stolypin como Primeiro Ministro, o qual se encarregou de dissolver este segundo parlamento tão logo teve oportunidade, com apoio do Csar.
A terceira Duma foi mais prudente e deixou de atacar diretamente o governo, passando a se concentrar em questões econômicas conseguindo alguns avanços apesar da oposição de grande parte da nobreza ao trabalho de Stolypin e da Duma que eles classificavam como usurpação ao poder do Csar.
Mas não foi essa oposição que prejudicou Stolypin, foi o ódio que a Imperatriz Alexandra lhe devotava por conta da oposição deste à presença do Monge Rasputin na corte. Nicolai e Alexandra tiveram cinco crianças, sendo as quatro primeiras mulheres (Olga, Tatiana, Maria e Anastásia) e um filho, Alexei, o sonhado herdeiro do trono.
Nicolai II e família.
Mas Alexei tinha a doença real, hemofilia, e por isso inspirava cuidados redobrados. Nas crises, porém, somente Rasputin alcançara algum sucesso no restabelecimento do príncipe herdeiro, de modo que Alexandra, e o próprio Csar, não queriam prescindir da presença do Monge que, obviamente, tirava proveito desse favorecimento, de onde surgiram boatos de que influenciava o Csar em suas decisões de governo.
Em 1912, com o início da quarta Duma, esses rumores encontraram eco até mesmo entre defensores da monarquia.
A despeito de tudo, porém, a população uniu-se em torno do Csar quando a Primeira Guerra Mundial começou. Esse apoio porém só durou até que as ações do exército se tornassem uma série catastrófica de derrotas que resultaram em 215 mil baixas somente em 1914.
A derrota russa em Tannenberg.
Mas, em 1917 a situação das forças armadas era muito pior, pois “No início de 1917, o exército russo tinha perdido 2,7 milhões de homens, mortos ou feridos, e mais de 4 milhões de prisioneiros.[5]A desilusão com os rumos da guerra exauriu o apoio a ela entre os próprios soldados.
E, no caso específico do fracasso militar, a imagem do Csar não escapou incólume, pois Nicolau II “...insistiu em assumir pessoalmente o comando do exército em 1915, isolando-se [...] ao se mudar para o quartel general longe da capital.[6].
O desabastecimento se instalou entre os anos de 1916-1917 quando “Por causa do rigor invernal, que aumenta as dificuldades de transporte, as reservas de farinha na capital estavam quase escotadas. Em fins de fevereiro o governo se viu obrigado a estabelecer um estrito racionamento e as padarias se viram incapazes de trocar todos os cupons.[7].

E se na própria capital a situação era esta,  no campo o quadro era ainda pior, de modo que as penúrias econômicas também influíram decisivamente nos eventos que se desencadearam logo a seguir.
Quando a falta de carvão obrigou o fechamento de fábricas que, por sua vez, iniciaram demissões em massa, gigantescas manifestações eclodiram no país: “...em Petrogrado, 150 mil trabalhadores entraram em greve. Um grande número de manifestantes também tomou as ruas em Moscou [...] Carcóvia e Baku.[8].
As manifestações foram se agigantando até 09 de Março, quando “... ocorreram os primeiros choques entre os grevistas e a polícia.[9]. E, a partir da adesão dos socialistas às manifestações dos trabalhadores, estas deixaram de ser contra a incompetência “...dos serviços administrativos, […] mas atacavam o regime político.[10].
O governo ordenou às tropas que atirassem na multidão. Desta vez, contudo, havia muitos soldados apoiando o povo. As tropas sediadas em Petrogrado “onde o grosso dos efetivos era formado por reservistas sensíveis à propaganda dos militantes, paralisou a resistência dos poderes públicos.[11]. Sem suporte militar, o regime desmoronou.
 
Poucos dias depois, Nicolau II abdicou:
Nestes dias decisivos na vida da Rússia, consideramos nosso dever fazer o que pudermos para ajudar nosso povo a se unir e juntar todas as forças para a [...] vitória. Por essa razão, nós, de acordo com a Duma de Estado, consideramos melhor abdicar do trono...[12]
Nicolau II tentou emplacar seu irmão Miguel no trono, mas este se recusou a assumir, de modo que foi instalado um governo provisório de orientação liberal, sob comando do Príncipe Georgy Lvov e Alexander Kerenski no Ministério da Guerra.
Nicolai foi preso junto com toda sua família e assim ficou enquanto a Rússia seguia em convulsão. Quando os bolcheviques assumiram o poder a situação da família imperial começou a declinar até que veio a ordem de Lênin e Sverdlov para a execução que ocorreu em Ecaterimburgo na noite de 16 para 17 de julho.
Reunião do Soviet de Petrogrado.
Soldados armados entraram no quarto onde estava a família e começaram a atirar. Nicolai morreu primeiro, alvejado muitas vezes e suas filhas morreram por último, a golpes de baioneta. Também morreram neste dia o médico, o cozinheiro, o criado e a empregada da família.
Os restos mortais dos Romanov permaneceram sepultados em Ecaterimburgo até 1998, quando foram desenterrados em parte. Em 2008 foram encontrados os restos de Alexei e de uma de suas irmãs. Neste mesmo ano a Suprema Corte Russa reabilitou suas figuras, reconhecendo terem sido vítimas de repressão política.

[1]    CARTER, Miranda. Os Três Imperadores. Três primos, três impérios e o caminho para a Primeira Guerra Mundial. Trad. Clóvis Marques. Rio de Janeiro, Objetiva, 2013. pg. 69
[2]    Ibid. pg. 61
[3]    SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra Mundial – História Completa. Trad. Roberto Cataldo. Editora Contexto, 2011. pg. 25.
[4]    RODRIGUES, Luiz César B. A Primeira Guerra Mundial – Discutindo a História. São Paulo, Atual, 1994. pg. 26
[5]    SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra Mundial – História Completa. Trad. Roberto Cataldo. Editora Contexto, 2011. pg. 318.
[6]    PIMLOTT, John. A Primeira Guerra Mundial. Bogotá, Colômbia: Editora Norma. pg. 26.
[7]    RENOUVIN, Pierra. La Primera Guerra Mundial. Em língua espanhola. Trad. Jordi García Jacas. Barcelona-Espanha, Editora Montserrat, 1990. pg. 30. Tradução Livre.
[8]    SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra Mundial – História Completa. Trad. Roberto Cataldo. Editora Contexto, 2011. pg. 317.
[9]    RENOUVIN, Pierra. La Primera Guerra Mundial. Em língua espanhola. Trad. Jordi García Jacas. Barcelona-Espanha, Editora Montserrat, 1990. pg. 30. Tradução Livre.
[10]    Ibid pg. 30.
[11]    Ibid pg. 30.
[12]      Fonte: Documents of Russian History, 1914-1917, ed. Frank Alfred Golder (New York: The Century Co., 1927), 297-99. Mencionado em: SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra Mundial – História Completa. Trad. Roberto Cataldo. Editora Contexto, 2011. pg. 317.  

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AUSCHWITZ I
PRECURSOR DO INFERNO
No dia 27 de janeiro, em 1945, eram libertados os prisioneiros dos Campos de Concentração e Extermínio de Auschwitz. Um horror sem paralelo na História. Mas como tudo aquilo começou? Começou em Maio de 1940 quando foi inaugurado o Campo de Concentração de Auschwitz I.
Quando ouço a palavra Auschwitz logo vem à mente a imagem daquela construção longa, de telhado alto, com trilhos de trem na frente. É uma imagem que ficou ainda mais marcante para quem assistiu ao filme "A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg. O diretor americano apresenta o lugar como sendo muito mais sombrio que o campo onde viviam os judeus de Schindler. E deveria ser mesmo...
Mas aquele lugar sinistro não é o Campo de Concentração. Aquela é a entrada do Campo Auschwitz II - Birkenau, o campo de extermínio.
Auschwitz I é onde fica o infame portão com a frase “Arbeit Macht Frei” (O trabalho liberta) e surgiu como campo de concentração funcionando depois mais como a administração de todo o imenso complexo de três campos e das outras dezenas de campos auxiliares.
Mas que o leitor não se engane. Morreu muita gente em Auschwitz I...
As construções iniciais do campo, que fica na localidade polonesa de Oświęcim, tinham servido de alojamento para a artilharia do exército e foram escolhidas para abrigar novo campo, diante da superlotação que já se registrava nas demais instalações espalhadas pela Polônia e Alemanha.
A reforma foi ordenada por Heinrich Himmler em 27 de abril de 1940 e a supervisão das obras coube ao Obersturmbannführer Rudolf Höss, que acabou se tornando o primeiro comandante do novo campo.
Rudolf Höss, prestes a ir ao encontro do chefe...
Após o despejo de todos os moradores das redondezas, foi criada uma área de 40 km2 que fornecia muito espaço para ampliação das instalações e, ao mesmo tempo, isolamento das vilas e cidades mais próximas. Os nazistas não queriam que ninguém soubesse o que aconteceria naquele local...
Os primeiros escravos a trabalhar em Auschwitz foram alemães, trazidos do Campo de Concentração de Sachsenhausen, o primeiro dos campos construído na Alemanha “para confinar ou liquidar em massa opositores políticos, judeus, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, e, posteriormente, milhares de prisioneiros de guerra.1 Sua tarefa era servir como funcionários dentro do complexo.
Os primeiros ocupantes de Auschwitz como prisioneiros trazidos para confinamento foram 728 poloneses, 20 dos quais judeus, que chegaram em junho. Menos de um ano depois, em março de 1941, a quantidade de ocupantes já chegava a 10.900 pessoas, a maioria poloneses.
Dentro do sistema, cada prisioneiro era marcado em suas roupas segundo sua origem. Criminosos comuns recebiam a cor verde, presos políticos recebiam a cor vermelha e a cor amarela era destinada aos judeus.
Estes, junto com os prisioneiros soviéticos, recebiam os piores tratamentos.
Os prisioneiros tinham que trabalhar, geralmente nas fábricas de armas adjacentes. O trabalho era extenuante e a única “folga” era nos dias de Domingo, quando os escravos deveriam se dedicar a limpeza.
Uma das fábricas próximas a Auschwitz.
Para os desobedientes, fugitivos recapturados e suspeitos de sabotagem havia o Bloco 11, considerado a prisão da prisão, que possuia celas de 1,5 m² nas quais quatro prisioneiros eram colocados juntos e onde passavam a noite em pé, o que era um terrível castigo.
Algumas celas do Bloco 11.
Mas estes castigos não eram piores do que aqueles aplicados aos que eram enviados ao porão do Bloco 11, onde ficavam sem água nem comida até que morressem de fome e/ou sede. Outros eram colocados em celas vedadas, na qual morriam asfixiados.
Neste porão foi conduzida a primeira experiência de extermínio com o famigerado gás Zyclon B. 
Latas de Zyclon B, que vinha em forma de pedrinhas que se dissolviam no ar, liberando o gás mortal.
Seiscentos prisioneiros soviéticos e cento e cinquenta poloneses foram trancados por ordem do subcomandante SS-Hauptsturmführer Karl Fritzsch e expostos ao gás, vindo a morrer.
O “êxito” da experiência fez com que uma área maior fosse adaptada para ampliar a eficiência, e um crematório foi construído. 
Acima a câmara de gás de Auschwitz e abaixo o crematório.

Cerca de 60 mil pessoas morreram nas novas instalações até que foi convertida em bunker para a SS.
O leitor não estranhe esse número. Lembre-se que estamos falando de Auschwitz I, que era um Campo de Concentração. O campo de extermínio ainda seria implantado.
A despeito disso, e como foi visto, Auschwitz I foi embrião para a indústria da morte nazista em muitos aspectos. E não foi o trabalho que libertou os prisioneiros, foi o Exército Vermelho da União Soviética.
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_concentra%C3%A7%C3%A3o_de_Sachsenhausen 

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Fontes e Imagens:
http://www.infoescola.com/historia/campo-de-concentracao-de-auschwitz/
http://www.dw.com/pt-br/1945-liberta%C3%A7%C3%A3o-de-auschwitz-birkenau/a-1465691
http://www.viajandoporai.com.br/campos-de-concentracao-na-polonia-parte-1-uma-visita-a-auschwitz/
http://www.megacurioso.com.br/guerras/75463-10-fatos-assombrosos-que-voce-talvez-desconheca-sobre-auschwitz.htm
http://avidanofront.blogspot.com.br/2010/12/kapos.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/O%C5%9Bwi%C4%99cim
https://pt.wikipedia.org/wiki/SS-Totenkopfverb%C3%A4nde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Auschwitz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_concentra%C3%A7%C3%A3o_de_Sachsenhausen


















O BRASIL DEIXA DE SER COLÔNIA
Com a invasão de Napoleão e a fuga da Família Real, Portugal deixava de existir como nação livre e a capital do Império Português passava a ser o Brasil. 
Consequentemente, o monopólio comercial português em relação ao nosso país também deixava de existir já que não havia um Portugal livre para onde enviar nossos produtos.
Neste período, buscando adaptar o Brasil às necessidades que surgiam como nova capital do Império, D. João (ainda como príncipe regente em lugar de sua mãe, Maria I – a Louca), tomou várias medidas de modernização tais como a criação do Banco do Brasil, das Juntas de Comércio, Agricultura e Navegação, as academias de Belas Artes e Militar e a Imprensa Régia com o jornal Gazeta do Rio de Janeiro. 
Em 16/12/1815, atendendo sugestão do Ministro Francês Talleyrand no Congresso de Viena, foi criado o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o que, na prática, significou que nosso país deixou de ser colônia de Portugal, passando à situação de reino, em quase igualdade de condições.
Essa situação de novo status foi um grande passo rumo à nossa independência, pois uma vez conquistada, tornava inaceitável um rebaixamento e, quando as cortes de Portugal o tentaram alguns anos depois, foi um poderoso combustível a atiçar a chama da liberdade.  







31 DE AGOSTO
SURGE JACK, O ESTRIPADOR
No ano de 1888, no dia 31 de Agosto, Jack Estripador fazia sua primeira vítima, de acordo com estudiosos do tema.
A vítima foi Polly, apelido de Mary Ann Nichols, como era conhecida em Whitechapel. Ela nascera em Shoe Lane (26/08/1845) e era mãe de 05 filhos, 03 homens e 02 mulheres.
Polly morreu na noite de 30/08 ou madrugada de 31/08 na rua Buck's Row, atual Durward Street, onde seu corpo foi descoberto às 03:40hs.

Sua morte foi extremamente violenta, ocasionada por cortes profundos na garganta além de vários cortes no abdomen e esviceração.
Registro de Óbito de Mary Ann Nichols
Várias outros assassinatos foram cometidos depois, sempre com violência extrema.
A partir de Setembro o assassino teria escrito cartas à Scotland Yard, sendo 03 delas consideradas genuínas. Na primeira, de 25/09/1888, o assassino se autodenominou Jack, o Estripador.

Na segunda carta, datada de 01/10/1888 ele assumiu um duplo homicídio e na terceira, de 15/10/1888, Jack enviou junto com a carta um pedaço do rim de uma das vítimas, alegando ter comido o restante.
A primeira carta de Jack

A famosa carta, intitulada "Do Inferno".
A polícia não conseguiu encontrar o assassino e a investigação da época, em torno de sete, depois doze suspeitos, não levou a nada.

Mas em 2014, através de exames de DNA mitocondrial realizado no xale de uma das vítimas (Catherine Eddowes), que nunca fora lavado, Russell Edwards e Jari Louhelainen afirmaram que Jack Estripador seria Aaron Kosminski, um dos suspeitos da polícia na época.
Aaron Kosminski era um “...imigrante judeu de 25 anos, que veio do então Império Russo, que vivia com sua mãe e irmãs.”(1)

Jack Estripador não foi o maior serial killer da História mas foi, com certeza, o mais famoso de todos, embora (e talvez por isso mesmo) sua suposta identidade só tenha sido conhecida mais de um século após os crimes que cometeu. Que esteja bem quente ai embaixo Jack!

Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jack,_o_Estripador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Suspeitos_do_caso_Jack,_o_Estripador
(1) http://seuhistory.com/noticias/apos-mais-de-um-seculo-identidade-de-jack-o-estripador-e-finalmente-revelada
http://www.aljazeera.com/mritems/Images/2014/9/8/2014983945211734_20.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Wanted_poster.jpg
http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/02750/ripper_2750609b.jpg






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