terça-feira, 23 de julho de 2019

TEXTO: VALE A LEMBRANÇA 1




ACIDENTE NUCLEAR EM CHERNOBYL
Em um dia 26/04 como este, no ano de 1986, ocorria a explosão do reator 4 da Usina Nuclear de Chernobyl, situada perto do povoado Pripyat, na Ucrânia, à época parte da URSS.
A usina nuclear começou a ser construída em 1970 e atingiu a operação do Reator 4 em 1983 com mais dois reatores em construção quando ocorreu o acidente. A produção, de 01 gigawatt, abastecia quase 10% da Ucrânia em 1986.
Há versões diferentes para explicar as causas do acidente. Primeiro, foi atribuído a erro humano e depois a falhas no projeto do reator. Um misto das duas hipóteses parece ser a causa mais provável.
De fato, as condições de funcionamento do reator eram potencialmente perigosas e as hastes de controle eram feitas com material que poderia causar instabilidade.1
Mas, a despeito disso, naquele fatídico dia 26/04/1986, os operadores do reator conduziram uma experiência de alto risco que deu muito errado...
O teste consistia em “...observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia.” e para realizá-lo foi necessário quebrar protocolos de segurança como, por exemplo, interromper “...a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator.” o que levou ao superaquecimento do reator apesar do funcionamento em baixa potência.2
Pouco tempo depois, às 01:23hs, o Reator 4, carregado de Urânio-235, explodiu, fazendo voar o teto de 1200 toneladas e espalhando material radioativo 400 a 500 vezes pior do que as bombas de Hiroshima e Nagazaki. As chamas, que atingiram 2000 graus, só se apagaram dez dias depois, após o uso de toneladas de areia e chumbo para conter o fogo.3


O operário Vladimir Evdochenko, sobrevivente da tragédia, revela que sentiu o enorme tremor da explosão: "Tudo tremeu, como um terremoto. Abri a porta e olhei em direção ao reator número 4, a cerca de 50 metros, e vi que lá não havia luz. Do teto caíam gotas de água, havia vapor."4 Ele diz que o teste no Reator 4 fora proposto a todas as usinas soviéticas, mas que só Chernobyl aceitou realizar. E por isso este autor que vos escreve dá imensas graças ao Pai Celestial.
A nuvem radioativa logo cobriu Pripyat e seguiu se espalhando e chegando a atingir 75% da Europa. As autoridades soviéticas só evacuaram a cidade no dia seguinte, mas o assunto foi tratado como sigiloso.5
Somente dois dias depois, em 28/04, o alerta veio da Suécia, cujos medidores detectaram aumento maciço nos níveis de radiação sobre o país, mas o Presidente Soviético, Mikail Gorbachev, só se pronunciou sobre o assunto em 14 de maio.6
Entre 500 a 800 mil pessoas trabalharam na época e nos anos seguintes para isolar o reator com concreto. Cerca de 200 toneladas de magma radioativo ainda se encontram no local.
Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas das redondezas, tornando Pripyat uma cidade fantasma. 
Dezenas de milhares morreram ou ficaram com graves sequelas devido ao trabalho de isolamento do reator.


Uma quantidade de pessoas difícil de estabelecer em números foi ou ainda vai ser vítima de doenças por exposição à radiação proveniente de Chernobyl.


Nos dias atuais, com o risco cada vez maior de novo vazamento no local, uma nova cobertura está em construção para isolamento do caixão de concreto que recobre o magma radioativo ainda existente em Chernobyl.
Visto de Pripyat, o domo que vai cobrir a área do Reator 4 em Chernobyl.

1    https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobyl
2    http://brasilescola.uol.com.br/historia/chernobyl-acidente-nuclear.htm
3    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/chernobyl-desastre-nuclear-na-ucrania-completa-30-anos.html
4    http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,testemunha-do-desastre-nuclear-de-chernobyl-ha-30-anos-relata-momentos-de-desespero,1860737
5    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/chernobyl-desastre-nuclear-na-ucrania-completa-30-anos.html
6    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/chernobyl-desastre-nuclear-na-ucrania-completa-30-anos.html



Fontes e Imagens:
http://www.infoescola.com/fisica/acidente-da-usina-nuclear-de-chernobyl/
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/chernobyl-desastre-nuclear-na-ucrania-completa-30-anos.html
http://www.megacurioso.com.br/acidentes-estranhos/58749-21-fatos-surpreendentes-sobre-o-acidente-nuclear-de-chernobyl.htm
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Acidente de Chernobyl"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/historia/chernobyl-acidente-nuclear.htm>. Acesso em 16 de marco de 2017.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Nuclear_de_Chernobil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chernobil
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/19526810/Cronologia-Avances-cientificos-y-tecnologicos-del-Siglo-XX.html
http://93fm.radio.br/3114-2/
https://www.buzzfeed.com/matthewtucker/sur-ces-photos-30-ans-ont-passn-depuis-la-catastr?utm_term=.or0xxJYP1#.augmmeoLG
http://www.historiaemfoco.com.br/single-post/2016/04/27/CHERNOBYL-Olhar-de-um-sobrevivente
http://www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=53788
http://tops10.znoticias.net/los-10-lugares-que-fueron-destruidos-por-el-hombre
http://bigpicture.ru/?p=764018
https://www.pinterest.com/efffe/chernobyl-25-yrs-later/



http://opiniaoenoticia.com.br/economia/efeitos-do-acidente-de-chernobyl-ainda-estao-presentes-apos-25-anos/


A CABANAGEM (PARÁ 1835-1840)
Em um dia como hoje, no ano de 1835, começava a Cabanagem, uma das revoltas do período regencial. A regência era o governo provisório, instalado até que o Imperador D. Pedro II, então com nove anos, atingisse a maioridade e pudesse assumir o trono.
A população pobre do Pará, composta majoritariamente por índios, mestiços e ex-escravos, vivia em cabanas de taipa, individuais ou coletivas, nas margens dos rios, principalmente nos arredores de Belém.
Os poucos que conseguiam trabalho remunerado só eram menos explorados que os escravos e a maioria mal tinha o que vestir, usavam farrapos e se mantinham com uma agricultura de subsistência, criações, caça e pesca.
A situação de penúria levou essas pessoas à revolta e, no início, eles contaram com o apoio dos senhores rurais contra o governo da província nomeado pela regência, pois eles queriam que o cargo fosse ocupado por um deles e não por alguém vindo de fora. 

Quando os pobres começaram a exigir mudanças que eram contra os interesses da elite, os senhores logo retiraram o apoio e a situação mudou.
Contando com cerca de três mil homens armados, a maioria com foices e facões, os revoltosos conseguiram tomar Belém em Agosto de 1835 e esta foi a única ocasião em que o povo chegou a tomar o poder através de uma revolta.
Contudo, sem um plano de governo, sem receber qualquer ajuda externa, sofrendo a oposição da aristocracia rural e com uma miséria enorme para resolver, o governo popular não durou muito.
Quando as tropas do império chegaram a Belém não demoraram para massacrar impiedosamente os rebeldes e esse morticínio teria atingido a astronômica cifra de quase 50% da população revoltada.  
A Cabanagem foi mais uma mancha sangrenta na História do Brasil, onde toda tentativa de redução das desigualdades sociais, armada e rebelde ou pacífica e democrática, é imediatamente combatida com toda força pela elite dominante.
O Brasil jamais aprende as lições da própria História...


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A PRISÃO DOS TEMPLÁRIOS1
Em um dia como este 13 de outubro, no ano da graça de 1307, parte dos cristãos da ordem religiosa mais rica do mundo eram presos em várias partes da França, em uma operação orquestrada digna dos filmes de espionagem atuais.
Estamos falando dos Cavaleiros Templários, ou Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.
A Ordem dos Templários foi fundada após a Primeira Cruzada (1096), em 1118 ou 1119, na cidade de Jerusalém e seu objetivo original era proteger os lugares sagrados do cristianismo, bem como os peregrinos que vinham de toda Europa para visitar a cidade, comumente pela estrada de Jafa. 
Seu fundador foi Hugue de Payens, junto com outros 8 cavaleiros. Eles foram acolhidos no palácio de Andrew de Montbard, um dos nove fundadores, e que ficava na esplanada do que restara do Templo de Salomão (dai o nome, Templários), perto da Mesquita de Al Aksa. As regras da ordem eram extensas mas, basicamente, envolviam os votos de “pobreza, castidade, devoção e obediência”.
Os Papas Honório II e Inocêncio II reconheceram oficialmente a Ordem, este último chegando a fazê-lo na Bula Papal “Omne datum optimum, emitida em 29 de março de 1139” concedendo aos Templários isenções de taxas e impostos, concedendo privilégios e o direito a que o Mestre do Templo (ou grão-mestre) respondesse apenas ao Papa e a mais ninguém, colocando a ordem fora do alcance do poder dos reis.
Com o tempo, tornou-se uma ordem de grande reputação militar e passou a se envolver nas guerras religiosas e políticas do Crescente Fértil e também na Europa.
Também passou a amealhar muito dinheiro tanto de doações quanto de depósitos feitos em seus quarteis, depois castelos, mosteiros e abadias, que recebiam o dinheiro dos viajantes para que ficassem seguros, longe do alcance de assaltantes. O atual sistema bancário teve seu embrião criado pelos Templários. 
Toda essa riqueza era destinada a financiar as atividades dos cavaleiros na Terra Santa, mas também foi utilizada na construção de inúmeras fortalezas, igrejas e quarteis que se espalharam pela Europa.

O dinheiro também serviu para conceder enormes empréstimos a reis endividados e esse pode ter sido o verdadeiro motivo que levou ao fim da ordem.

É bem verdade que corriam muitos boatos e acusações contra os Templários, principalmente em relação aos rituais secretos da ordem, cuja simbologia não era compreendida pelos leigos que faziam acusações de envolvimento com o diabo.

Também é verdade que o prestígio da ordem caiu bastante, e a finalidade básica para existência dela se perdeu, após a derrota para as forças de Saladino, que retomaram Jerusalém.

Mas a dívida imensa do Rei da França Felipe IV, o Belo, para com a ordem, parece ter sido o principal motivo da pressão que este fez sobre o Papa para que ordenasse a prisão dos cavaleiros e o confisco de seus bens. Assim o Felipe não teria mais que quitar as dívidas e ainda ficaria com todas as riquezas e propriedades da ordem na França. 
Felipe, o Belo, era pai da Rainha da Inglaterra, lindamente representada por Sophie Marceau no filme Coração Valente. Ela é a princesa enviada para negociar com William Wallace (Mel Gibson). E se esta lhe pareceu uma informação irrelevante, saiba que é mesmo.
A pressão do rei sobre o Papa fez efeito, de modo que no dia 14/09/1307 a ordem de prisão e confisco foi emitida e executada, como já dissemos, em 13/10/1307, uma sinistra sexta-feira 13!
Foram presos 138 cavaleiros, dentre eles o Mestre do Templo, Jackes de Molay. No documento papal os Templários foram acusados de “heresia, imoralidade, sodomia e diversos outros crimes.” e permaneceram presos a espera de julgamento. 
Todos foram interrogados e torturados de tal maneira que o próprio Papa questionou o rei por isso e ordenou a instauração de uma investigação própria, bem como recomendou a transferência dos presos para outros países.
O resultado dessa investigação foi a absolvição dos acusados. A despeito disso o papa ordenou a distribuição dos bens dos Templários para a Ordem dos Hospitalários, com exceção dos bens contidos em “Portugal, de Castela, de Aragão e de Maiorca”.
Ainda presos na França, os cavaleiros Jacques de Molay, Hughes de Pairaud, Geoffroy de Charnay e Geoffroy de Gonneville forma condenados a prisão perpétua, pena que cumpririam sob os cuidados da Igreja.
Mas Felipe, o Belo, ordenou que Jacques de Molay e Geoffrey de Charnay fossem raptados e queimados vivos na Île de la Cité, uma das ilhas do Rio Sena, em Paris no dia 18/03/1314. 
Consta que, já com a fogueira acesa, Jacques de Molay amaldiçoou os que o condenavam e teria gritado em direção ao camarote do Rei: “Todos vocês serão amaldiçoados até a 13ª geração”.
Se a maldição foi verdadeira ou não, o Papa Clemente V morreu em 20/04/1314 e Felipe, o Belo, morreu em 29/11/1314. 



Fontes e Imagens

DOMINGUES, Joelza Ester. A queda dos Templários e a maldição de Jacques de Molay. Blog: Ensinar História. Disp.: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/a-queda-dos-templarios-e-a-maldicao-de-jacques-de-molay/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templ%C3%A1rios

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_de_Molay#A_pris%C3%A3o_e_o_processo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_IV_de_Fran%C3%A7a




DISCURSO DE MARTIN LUTHER KING
No ano de 1963, no dia 28 de agosto, o pastor protestante e líder político Martin Luther King Jr. proferia o célebre discurso “Eu Tenho um Sonho”, das escadarias do Lincoln Memorial, em Washington – EUA.
Nascido em 15/01/1929, em Atlanta – Geórgia, King participou dos movimentos civis em Montgomery - Alabama, incluindo o boicote aos ônibus, após Rosa Parks, mulher negra da cidade, se negar a dar seu lugar a um branco dentro do transporte público. O movimento foi vitorioso e logrou acabar com a discriminação racial nos transportes coletivos dos EUA.

Após esta vitória, King participou da fundação da Conferência da Liderança Cristã do Sul, movimento que praticava a desobediência civil. As ações do grupo, que geralmente atingiam os racistas onde era mais doloroso (o bolso), eram combatidas com violência pelas forças da lei, o que gerou uma onda de indignação nos EUA.
Uma dessas ações foi a Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, durante a qual King proferiu seu discurso para cerca de 200 mil pessoas.

Suas palavras, consideradas um dos mais belos discursos da História, ajudaram na aprovação do Ato de Direitos Civis de 1964 e do Ato de Direitos do Voto de 1965, nos quais a discriminação racial legalizada sofreu duríssimos golpes nos EUA.
Vejamos seu discurso abaixo, que podemos assistir no vídeo posterior:
Eu Tenho Um Sonho
“Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.
Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.
Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.
Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.

De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de “vida, liberdade e à procura de felicidade”.
É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: “Saldo insuficiente”.
Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.
Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia.
Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.
Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte.

Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina.
Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma.
Esta nova militância maravilhosa que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino.
E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsicamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder.
Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”.
Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente”.
Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial.
Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.
Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”
Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.
Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.
Eu tenho um sonho que um dia “todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”.
Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.
Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:
Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.
Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!

E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.
E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de New Hampshire.
Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.
Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.
Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.
Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.
Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.
Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.
Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe.
E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra:
Finalmente livres! Finalmente livres!
Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."

Martin Luther King


Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eu_Tenho_um_Sonho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King_Jr.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa_Parks
https://pt.wikipedia.org/wiki/Boicote_aos_%C3%B4nibus_de_Montgomery
http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2013/08/confira-a-traducao-na-integra-do-discurso-feito-por-martin-luther-king-ha-50-anos-4248603.html
http://okok1111111111.blogspot.com.br/2013/08/martin-luther-king-jr-i-have-dream.html
http://www.history.com/topics/black-history/martin-luther-king-jr/pictures/martin-luther-king-jr/martin-luther-king-giving-dream-speech
http://genius.com/Martin-luther-king-jr-i-have-a-dream-annotated
http://www.sandiegouniontribune.com/news/2013/aug/28/martin-luther-king-i-have-a-dream/


ABJURAÇÃO DE GALILEU
Em 1633, no dia 22 de junho, Galileu Galilei era conduzido ao Tribunal da Santa Inquisição, diante do qual renunciou à tese de Copérnico de que a Terra girava em torno do Sol, ideia que defendera em sua obra "Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo".  
Essa renúncia o livrou da morte na fogueira. Após manifestar sua renúncia, ao sair do tribunal para a prisão teria pronunciado a famosa frase "Eppur si muove!" (contudo, ela se move).
Trecho da Abjuração de Galileu(1):

Mas como fui aconselhado, por este Ofício, a abandonar totalmente a falsa opinião que sustenta que o Sol é o centro do mundo e que é imóvel, e proibido de sustentar, defender ou ensinar a falsa doutrina de qualquer modo; [...] de coração e com verdadeira fé, abjuro, amaldiçoo e detesto os ditos erros e heresias e de uma maneira geral todo erro ou conceito contrário `a dita Santa Igreja; e juro não mais no futuro dizer ou asseverar qualquer coisa verbalmente ou por escrito que possa levantar suspeita semelhante sobre minha pessoa...

(1) http://www.netmundi.org/filosofia/2013/03/17/a-carta-de-abjuracao-de-galileu-galilei/

Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Galileo_facing_the_Roman_Inquisition.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Galileos_Dialogue_Title_Page.png

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17 DE SETEMBRO
ASSINATURA DA CONSTITUIÇÃO DOS EUA
A primeira e única constituição dos EUA até hoje foi discutida entre os dias 25 de maio e 17 de setembro de 1787 na Filadélfia-Pensilvânia, sendo sinal da estabilidade política daquela nação, onde quase não há espaço para golpes e afrontas à democracia.
O documento original é composto por sete artigos que dão as linhas básicas da divisão dos três poderes, os direitos dos estados dentro do sistema federalista adotado e o formato de ratificação pelos mesmos.
A Carta Magna americana recebeu 27 alterações ao longo dos séculos e as dez primeiras emendas estabeleceram os direitos civis, ampliados por emendas posteriores.
A nosso ver, a emenda mais significativa foi a XIII, aprovada durante a Guerra Civil, no governo de Abraham Lincoln, que aboliu a escravatura:
Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.
É a segunda Carta Magna mais antiga do mundo ainda em vigor e a mais curta delas. O povo americano aprende, desde a mais tenra idade, o valor de suas leis e o juramento de defesa da Constituição é presente até mesmo em muitas escolas.
Neste ponto, os EUA são um bom exemplo que o Brasil deveria seguir, em especial nossa classe política. Mas, olhando o governo que temos hoje isso seria, nos parece, esperar demais.

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SETE DE SETEMBRO
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Mais do que a D. Pedro, o Brasil deve sua independência a uma mulher, a austríaca Leopoldina, conforme veremos abaixo:
Quando as movimentações separatistas contra Portugal começaram, a princesa Leopoldina escreveu ao seu pai, o Imperador da Áustria, que no Brasil “...todos os dias há novas cenas de revolta; os verdadeiros brasileiros são cabeças boas e tranquilas; as tropas portuguesas estão animadas pelo pior espírito, e meu esposo […] não dá exemplo de firmeza...” (CASSOTTI pg. 163)
Essa indecisão de D. Pedro, que chegou a se entusiasmar com a ordem de retornar a Portugal, começou a mudar em fins de 1821, mostrando a crescente influência da esposa e dos irmãos Andrada, resultando no Dia do Fico (09/01/1822).
Dia do Fico
A partir de então os acontecimentos foram se precipitando com a ordem de retenção de todas as determinações vindas de Portugal até a vistoria de D. Pedro (21/01/1822), a não admissão de oficiais portugueses no beija-mão do aniversário da princesa (22/01) e a partida do regente para o Sul em março.
Em 13/08/1822, a fim de viajar para pacificar a província de São Paulo, D. Pedro nomeou Leopoldina presidente dos negócios do governo. Este curto período serviu para estreitar a colaboração da princesa com José Bonifácio de Andrada, com quem compartilhava “...ideias monárquicas e liberalismo moderado […] ideia do Brasil relativamente independente...” (CASSOTTI pg. 178)
Infelizmente, 15 dias após deixar o Rio de Janeiro, D. Pedro conheceu a mulher que destruiria seu casamento e seu governo: Domitila de Castro.
Alheia a mais uma traição, Leopoldina escrevia constantemente sem receber resposta do marido. Estava preocupada, em especial com o desembarque de 600 homens chegados em embarcações militares na Bahia.
Sob a ameaça de ataque que pairava sobre a capital, o Conselho de Estado foi reunido em 02/09/1822 e decidiu, por sugestão de Bonifácio e aprovação unânime de todos os membros, escrever ao regente rogando-lhe a proclamação da independência.

Reunião do Conselho de Estado no qual a Independência de fato foi decidida.
O documento foi assinado e, junto com ele, seguiram cartas de Leopoldina e Bonifácio para o príncipe. D. Pedro as recebeu por volta das 16hs do dia 07 de setembro de 1822, às margens do Riacho Ipiranga, em São Paulo.
Segundo Laurentino Gomes (1822), "...do ponto de vista formal, a Independência foi feita por Leopoldina e Bonifácio, cabendo ao príncipe apenas o papel teatral de proclamá-la na colina do Ipiranga.
Ali o príncipe leu também uma carta de seu pai, o Rei D. João VI, que o conclamava a obedecer às cortes de Lisboa, e outra do Cônsul-Geral da Grã-Bretanha, informando que havia a possibilidade de que fosse destituído em favor do irmão Miguel, “...medida extrema que, ao que parece, contava com o aval de […] Metternich...” (pg. 182)
A carta de Leopoldina, que segundo Cassotti, tocou profundamente o orgulho masculino do marido, terminava com uma daquelas frases capazes de inflamar ainda hoje qualquer coração minimamente patriota:
O Brasil será em vossas mãos um grande país. O Brasil vos quer para seu monarca. Com vosso apoio ou sem vosso apoio, ele fará sua separação. O pomo está maduro, colheio-o já, senão apodrecerá […] Já dissestes aqui o que ireis fazer em São Paulo. Fazei, pois. (CASSOTTI pg. 183)

Ao vacilante Pedro só cabia um caminho e ele, sob o peso das Irradiações da Pureza de um daqueles raros momentos em que se percebe a roda da História girar, proclamou a nossa Independência, cumprindo, assim, sua missão. Nascia então, por pressão da princesa Austríaca e de vários outros, o Brasil!
Apesar de importar pouco, é sabido que aquele momento histórico não foi como representado por Pedro Américo no famoso quadro "O Grito do Ipiranga".
D. Pedro não montava o belo cavalo branco, mas uma boa mula baia. A viagem, de Santos a São Paulo, resultaria em roupas amarrotadas e sujas de lama, sem contar as constantes paradas por conta do desarranjo intestinal do príncipe.
O testemunho presencial do Padre Belchior, que leu as cartas para D. Pedro, conta que este tremeu de raiva, tomou-lhe os papéis das mãos, amassou e pisou. Perguntada sua opinião, Belchior sugeriu a proclamação da independência como único caminho.
O Padre conta que D. Pedro parou depois, ainda desmontado no meio da estrada, e declarou, conforme descreve Laurentino Gomes (1822):
Padre Belchior, eles o querem, eles terão a sua conta. As cortes me perseguem, chamam-me com desprezo de rapazinho e de brasileiro. Pois verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações. Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil, para sempre, separado de Portugal.

Assim, este momento Histórico da primeira declaração do príncipe não incluiu o famoso grito “Independência ou Morte!” e nem estavam ao redor dele os soldados.
A frase célebre só seria proferida depois, já na presença dos soldados de sua escolta, os futuros Dragões da Independência quando, depois de retirar de seu chapéu os símbolos de Portugal e atirá-los ao chão, D. Pedro gritou “E viva o Brasil livre e independente!”, acrescentando, só então e logo após “Será nossa divisa de ora em diante: Independência ou Morte!
O gesto histórico da Proclamação da Independência foi jubilosamente aclamado pelo povo, agora brasileiro, mas foi mal visto na maioria das cortes europeias, em especial na Áustria, impressão que Leopoldina tratou logo de combater, em cartas escritas ao pai.
Coroação de D. Pedro I - Leopoldina está no alto à esquerda.
Quando D. Pedro foi coroado Imperador, D. Leopoldina estava à sua frente, vestindo “...um longo manto de cetim verde e amarelo bordado de ouro...”, ocupando um lugar de destaque que, certamente, fizera por merecer. 
Uma vez restabelecida a verdade dos fatos, convém celebrar nossa independência com esse olhar de gratidão ao passado, mas sem esquecer da necessária reflexão no presente, com vistas ao futuro. 
A cada brasileiro, cumpre avaliar fatos inegáveis:
1) Nossas maiores empreiteiras, que competiam com as maiores do mundo, foram quebradas, não pela corrupção que praticaram, e não há santos em nenhum lugar do mundo nesse meio, mas por nosso sistema judicial politizado;
2) Nossa maior empresa pública, a Petrobrás, hoje não serve mais ao seu dono, o povo, mas aos acionistas que precisam ter lucro com a gasolina caríssima que pagamos;
3) A Embraer, empresa nossa que competia pelo mercado mundial de aviação, foi vendida pelo preço pouco maior que o de um hotel;
4) Nossos campos de petróleo do Pré-Sal, cujo dinheiro estava destinado em parte à educação e saúde, hoje são leiloados a preço de banana, para empresas que ainda recebem isenção de impostos!
5) O governo é avisado de que fazendeiros vão tocar fogo na Amazônia com 3 dias de antecedência e nada faz; 
6) Países estrangeiros recebem isenções tributárias para nos exportar leite, trigo e etanol, prejudicando nossos próprios produtores e sem nenhuma contrapartida; 
Reflita o caro leitor se nossa independência é uma certeza ainda e se o futuro ainda é algo a ser esperado com otimismo. 
Neste 7 de setembro de 2019, cada brasileiro deveria refletir e se perguntar: 
Como tudo isso está realmente acontecendo diante dos meus olhos, o que eu vou fazer a respeito? Ou não vou fazer nada e começar a pagar uma conta de sofrimento que depois será cobrada infinitamente dos meus filhos e netos? 
ACORDA BRASIL!

1Marsilio Cassotti. A biografia íntima de Leopoldina: a imperatriz que conseguiu a independência do Brasil. São Paulo: Planeta, 2015
2GOMES, Laurentino. 1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.






NASCE NAPOLEÃO BONAPARTE

No ano de 1769, no dia 15 de agosto, na pequena cidade de Ajaccio, na Ilha da Córsega, nascia o filho do casal Carlo e Maria Letícia Ramolino, uma criança destinada a mudar o mundo: Napoleão Bonaparte!
Carlo Maria Buonaparte e Maria Letícia Ramolino eram pequenos nobres italianos, cujas famílias haviam chegado à ilha no século XVI. Carlo era advogado e chegou a ser nomeado representante da ilha na corte de Luis XVI em 1777.

A educação do menino Napoleone di Buonaparte (nome original depois afrancesado para a forma que ficou famosa) foi rígida e muito boa e as conexões políticas de seu pai permitiram que entrasse nas escolas militares onde se destacou em matemática, história e geografia.
A partir dai sua ascensão foi meteórica.
Félicitations Majesté! Vive l'Empereur!



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