quinta-feira, 12 de setembro de 2019

IT – A COISA – CRÍTICA DE FÃ

PENNYWISE ASSUSTADOR COMO SEMPRE!
Como sabem, raramente nos aventuramos no mundo das críticas de filmes. Isso só acontece quando um filme chama muito nossa atenção, a ponto de sentirmos vontade de falar sobre ele com nossos amigos.
O livro IT, de Stephen King, é uma obra prima incontestável, embora não seja a única do autor, a nosso ver o maior escritor de suspense e terror de todos os tempos, tal a sua quantidade de livros que figuram juntos no topo das obras primas do gênero, superando, a nosso ver, nomes como Bram Stoker, Mary Shelley, H. P. Lovecraft, Robert Louis Stevenson e Edgar Allan Poe.
O filme em cartaz é uma refilmagem, sendo que a representação anterior, de 1990, em forma de minissérie, foi um trabalho muito bom, conduzido pelo diretor Tommy Lee Wallace, que fez o que precisam fazer quaisquer diretores e roteiristas para ter sucesso em uma adaptação de obra de Stephen King: não querer saber mais do que o mestre, ou melhor, serem o mais fieis possíveis ao livro tema. 
As modificações não comprometeram o trabalho como foi o caso da última versão de Cemitério Maldito, uma ofensa em termos de deturpação. 

AS CRIANÇAS DE 1990


Na versão de 1990 os atores crianças eram muito carismáticos e os adultos que as sucederam deram conta do recado mesmo sem ter nomes consagrados de Hollywood no elenco. Não foram brilhantes, mas trouxeram as emoções certas nos momentos certos.
OS ADULTOS DE 1990
O destaque, porém, ficou por conta do ator Tim Curry, que encarnou com maestria o palhaço Pennywise, jogando involuntariamente uma carga pesada nas costas de Bill Skarsgård, que atua nos filmes recentes. 

TIM CURRY, O PENNYWISE DE 1990
Nesta versão atual as crianças são tão ou mais carismáticas do que as de 1990, trazendo no elenco algumas carinhas já conhecidas e amadas como o talentoso Finn Wolfhard de Stranger Things. 
Os atores adultos, alguns deles de já consagrado talento como James McAvoy e Jessica Chastain, também dão conta do recado, sem superar, contudo, a turma de 1990. 

Mais uma vez o destaque vai para o ator escalado para dar vida a Pennywise. Bill Skarsgård entrega um palhaço diferente daquele apresentado por Tim Curry, mas nem por isso menos irônico, debochado e assustador, chegando a babar quando interage com suas vítimas.
A trama traz algumas diferenças e tem mais alterações da obra de Stephen King do que a minissérie, mas, com exceção de duas ausências (a esposa de Bill e o marido de Beverlly, que deveriam interferir de forma incisiva mas não aparecem nos momentos chave, é um erro sério) bem como uma cena desnecessária numa casa de espelhos, as alterações ajudam a contar a estória e não desrespeitam a obra tema. 

As referências sutis à outras obras de Stephen King bem como a empolgante participação do próprio, são cerejas nesse bolo delicioso que é o filme.
Saí do cinema satisfeito enquanto fã e recomendo 3 ações: leiam os livros, assistam os filmes atuais e, depois, assistam à minissérie de 1990 (com o cuidado de desprezar as diferenças tecnológicas de 29 anos que separam as duas filmagens).
E para Stephen King um pedido: em 1957 a Coisa atacou Georgie em Derry, voltando depois em 1984. Mas, considerando que o mal ainda persiste no mundo, que tal trazer A Coisa de volta em nosso tempo, para que a geração Iphone a enfrente? Mãos à obra mestre King! 




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