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sábado, 30 de janeiro de 2021

MONGÓLIA: DE GENGHIS KHAN A MARCO POLO - Parte V


MONGÓLIA

DE GENGIS KHAN A MARCO POLO

Parte V

O RETORNO

O exílio de Genghis na China durou 10 longos anos até Borte conseguir resgatar o marido.

Em seu regresso, Genghis passou a pregar a união de toda Mongólia sob uma única liderança, a dele, é claro.

Também se empenhou em formular as leis que seriam comuns a todos.1

Esse conjunto de leis, denominado Iassa, era bastante conservador com objetivo de manter o exército livre das disputas tribais de outrora.

Um dos trechos, bastante elucidativo, diz que "a maior felicidade para um mongol é vencer o inimigo, roubar seus tesouros, matar seus servos, escapar no galope de seus cavalos bem nutridos e servir-se do ventre de suas mulheres e filhas".2

Sua pregação deu um resultado parcial, pois vários clãs se uniram a ele. A maioria, contudo, ficou ao lado de Jamuca, seu atual grande rival.

Com isso, a Mongólia se dividiu em dois grandes exércitos e o confronto final estava próximo!3

Continua.

 

1  https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan – Acesso: 24/09/20

2  KOBAYASHI, Elisa. O que foi o Império Mongol? Nova Escola.

Disp.: https://novaescola.org.br/conteudo/2373/o-que-foi-o-imperio-mongol – Acesso: 24/09/20

3  https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan – Acesso: 24/09/20

 

 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

MONGÓLIA: DE GENGHIS KHAN A MARCO POLO - Parte IV

MONGÓLIA

DE GENGIS KHAN A MARCO POLO

Parte IV

O SEQUESTRO

Temudjin e sua família não demoraram muito a refazer parte de suas posses através de seus contatos com outros clãs, mas a vida nômade foi uma imposição por parte da perseguição movida contra eles por Targutai e pelo clã Merquita.1

Neste período ele se tornou líder da família ao assassinar seu irmão. Nesta época assumiu o nome Genghis, que seria Guerreiro Perfeito.

Targutai conseguiu sequestrar Borte, a esposa de Temudjin, quando Chitedu, ex-marido da mãe de Temudjin, de quem o pai do garoto roubara a esposa, cercou-os e a capturou.2

Então, para resgatar a esposa, Temudjin orquestrou a primeira aliança militar, com o clã de Jamuca, amigo de infância, e Toghrul, líder dos Caraítas.3

O resultado foi a destruição do Clã Merquita e o resgate da esposa Borte, que estava grávida de um filho que Temudjin assumiu como sendo dele, mas sobre cuja paternidade sempre pairaram dúvidas.4

Essa vitória militar também proporcionou a ele formar seu próprio clã, com os guerreiros sobreviventes de ambos os lados e mais alguns Jamucas que abandonaram seu clã para seguir Temudjin.5

Mas Jamuca se ressentiu por Temudjin levar seus guerreiros e ordenou que fosse perseguido, obrigando-o a se exilar na China, onde foi humilhado.

Seus comandantes militares sobreviventes dessa perseguição tiveram sorte bem pior pois “foram fervidos em caldeirões e o próprio Jamuka desfilou no campo de batalha com as cabeças de dois inimigos amarradas ao seu cavalo.”. 6

Continua

 

1  https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan – Acesso: 24/09/20

2  Ibid – Acesso: 24/09/20

3  VILELA, Túlio. Império Mongol (1) - A história de Genghis Khan, o líder do Império Mongol. UOL

Disp.: https://novaescola.org.br/conteudo/2373/o-que-foi-o-imperio-mongol – Acesso: 24/09/20

4  https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan – Acesso: 24/09/20

5  Ibid – Acesso: 24/09/20

6  VILELA, Túlio. Império Mongol (1) - A história de Genghis Khan, o líder do Império Mongol. UOL

Disp.: https://novaescola.org.br/conteudo/2373/o-que-foi-o-imperio-mongol – Acesso: 24/09/20

 

 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

CHURCHILL - Parte 26

CHURCHILL – Parte XXVI [1] [2]
A política de apaziguamento de Chamberlain já estava em andamento pois no início de 1938 ele já falava em uma nova divisão na África e no qual a Alemanha “seria incluída no acordo, tornando-se uma das potências coloniais africanas”. Enquanto isso os discursos de Churchill lhe renderam a perda do contrato para publicação de artigos no Evening Standard. O Daily Telegraph, porém, passou a publicá-los.
Em 12/03/1938 Hitler promoveu a anexação da Áustria, o chamado Anschluss,[3] e “Num período de 24 horas, milhares de pessoas hostis ao novo regime nazista foram presas e enviadas para campos de concentração. Centenas foram mortas a tiros.” (<<<<<pg. 52-55)
Anexação da Áustria pelos nazistas
Churchill logo denunciou que a próxima vítima seria a Tchecoslováquia e que a Inglaterra deveria juntar-se à França para proteger o pais centro-europeu que agora, após a anexação da Áustria, estava cercado territorialmente pela Alemanha. Mas em reunião da Comissão de Política Externa do Gabinete a Tchecoslováquia foi descrita como “uma unidade instável na Europa Central” de modo que a não se tomariam “quaisquer medidas para manter essa unidade”. Lorde Halifax declarou que “distinguia os esforços raciais germânicos, que ninguém podia questionar, e a ânsia de conquista numa escala napoleônica, à qual ele não dava crédito”.(pg. 57-58)
Não demorou muito e, como Churchill previra, Hitler voltou os olhos para a Tchecoslováquia. Queria anexar a região dos Sudetos, onde a maioria da população era de origem alemã. O governo Tcheco resistiu, de modo que Chamberlain tentou negociar um acordo no qual um plebiscito decidiria a questão.
Mas Chamberlain não resistiu muito quando Hitler exigiu a entrega sem plebiscito nenhum. Logo voltou a Londres se gabando de “ter estabelecido certo grau de influência pessoal sobre Herr Hitler” e satisfeito por Herr Hitler não voltar atrás com sua palavra”. Hilário se não fosse trágico. Mas ele foi bem feliz encontrar-se com Hitler, Mussolini e o francês Daladier para negociar a entrega do pais alheio à sanha nazista. Ele acreditava realmente que se podia negociar com o ditador alemão:
Desde que assumi o cargo que desempenho, meu principal propósito foi trabalhar para a pacificação da Europa por meio da remoção de suspeições e animosidades que há muito empesteiam o ar. O caminho que conduz à conciliação é longo e cheio de obstáculos. A questão da Tchecoslováquia é a mais recente e talvez a mais perigosa. Agora que está ultrapassada, creio que é possível fazer progressos no caminho do bom senso.(<pg; 62)
Em 29/09/1938 foi fechado o Acordo de Munique.[4] Fechado por Chamberlain, Hitler, Mussolini e Daladier, as negociações deixaram de fora a delegação da Tchecoslováquia, principal interessada, a quem foi dada apenas a escolha entre aceitar ou não, sem abordagem dos termos que significaram:
A ocupação alemã das áreas em que predominava a língua alemã começaria no dia seguinte, sem plebiscito e sem demora. Onde era incerta uma maioria linguística, haveria um plebiscito. Nas áreas transferidas, a Alemanha tomaria todas as fortificações, armas e instalações industriais.[5] (<pg; 62)
Chamberlain retornou triunfante a Londres, certo de ter garantido a paz. 
Chamberlain triunfante
Foi festejado no Parlamento apesar de ser crescente o número dos que achavam o acordo um insulto. Churchill, “O Profeta”, alertou:
O Acordo de Munique foi uma derrota total e absoluta. Num período de tempo que pode ser medido por anos, mas que também pode ser medido apenas por meses, a Tchecoslováquia será engolida pelo regime nazista. Quando Hitler decidir olhar para oeste, a Grã-Bretanha e a França lamentarão amargamente a perda da linha de fortes da Tchecoslováquia. Muitas pessoas, sem dúvida honestamente, acreditaram que estavam apenas a abandonar os interesses da Tchecoslováquia, mas eu receio que descobriremos que comprometemos profundamente e pusemos talvez em perigo fatal a segurança e até a independência da Grã-Bretanha e da França. (<pg. 63)
Poucos meses depois, em 15/03/1939 Hitler já tomara o resto da Tchecoslováquia criando o Protetorado da Boêmia e Morávia. Quando Churchill escreveu a Chamberlain “insistindo num imediato estado de preparação total das defesas antiaéreas britânicas” a resposta foi “Tenho consumido muito tempo considerando o assunto que menciona, mas não é tão simples quanto pode parecer.
Hitler em Praga fazendo Chamberlain de paspalho...
Alguns dias depois, após a invasão alemã de Praga, Chamberlain deu à Polônia a garantia de independência, mas não contra violações de fronteiras e nem foi claro em relação do chamado Corredor Polonês. Em outras palavras, garantiu apenas dúvidas.
O rápido degringolar da situação fez com que até mesmo parte da imprensa começasse a cobrar a nomeação de Churchill para um posto no governo: “Em 10 de maio, o News Chronicle publicou uma sondagem em que 56% dos interrogados diziam querer Churchill no Gabinete, 26% eram contra e 18 por cento não sabiam.” Mas quanto a isso Chamberlain era de uma firmeza e resistência titânicas. (<<pg. 72-75)
CONTINUA



[1]    GILBERT, Martin. Churchill : uma vida, volume 2. tradução de Vernáculo Gabinete de tradução. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2016.

[2]    Em relação às referências das páginas, que fazemos ao final de alguns parágrafos, por uma questão estética e de não ficar sempre repetindo, criamos um código simples com o símbolo “<”. Sua quantidade antes da referência da página indica a quantos parágrafos anteriores elas se relacionam. Exemplo: A referência a seguir se refere ao parágrafo que ela finaliza e mais os dois anteriores  (<<pg.200-202).

[3]    Anschluss é uma palavra do idioma alemão que significa conexão, anexação, afiliação ou adesão. É utilizada em História para referir-se à anexação político-militar da Áustria por parte da Alemanha em 1938.
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Anschluss

[4]    O Acordo de Munique foi um tratado datado de 29/09/1938, na cidade de Munique, na Alemanha, entre os líderes das maiores potências da Europa à época. O tratado foi a conclusão de uma conferência organizada por Adolf Hitler, o líder do governo nazista da Alemanha. A Checoslováquia não foi convidada para a conferência. A conferência é vulgarmente conhecida na República Checa como a "Sentença de Munique". A frase "traição de Munique" também é usada frequentemente, uma vez que as alianças militares em vigor entre a Checoslováquia, Reino Unido e França foram ignoradas. Foi alcançado com cerca de uma hora e meia um acordo, assinado a 30/09 mas datado de 29/09/1938. Adolf Hitler, Neville Chamberlain, Édouard Daladier e Benito Mussolini foram os políticos que assinaram o Acordo de Munique. O ajuste dava à Alemanha os Sudetos (Sudetenland), começando em 10 de outubro, e o controle efetivo do resto da Checoslováquia, desde que Hitler prometesse que esta seria a última reivindicação territorial da Alemanha.
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_de_Munique

[5]    Após o Anschluss (anexação da Áustria pela Alemanha nazista) em março de 1938, a próxima ambição do líder nazista Adolf Hitler era a anexação da Checoslováquia. O pretexto alegado foi privações sofridas por populações de etnia alemã que viviam nas regiões norte e oeste da fronteira da Checoslováquia, conhecidos coletivamente como os Sudetos. Sua incorporação à Alemanha nazista iria deixar o restante da Tchecoslováquia impotente para resistir à ocupação posterior. A decisão para a tomada seguida da anexação da Tchecoslováquia foi decidida no dia 30/09/1938, numa reunião em Munique, onde se encontraram Hitler, Edouard Daladier, Mussolini e Arthur Chamberlain (um dos grandes mentores da anexação). A reunião decidiu a anexação para a "paz mundial". O nome do tratado para anexação foi: Pacto de Munique, que destroçou a soberania da Checoslováquia. Assim, a Checoslováquia durante a Segunda Guerra Mundial (período em que o país foi ocupado pelos nazistas), abrange essencialmente o período entre 15/03/1939 até 08/05/1945. Em 15/03/1939, as tropas alemãs invadiram a Boêmia e a Morávia. A então jovem Checoslováquia não foi capaz de resistir aos invasores e foi ocupada durante um período de seis anos. Por um lado, o Protetorado da Boêmia e Morávia é praticamente anexado ao Terceiro Reich, por outro lado, a República Eslovaca seria um país independente, porém um Estado fantoche da Alemanha nazista, que não é ocupada pelas tropas alemãs.
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Ocupa%C3%A7%C3%A3o_alem%C3%A3_da_Checoslov%C3%A1quia