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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A VITORIA CRISTÃ EM ROMA -VIII



IN HOC SIGNO VINCES - COM ESTE SÍMBOLO VENCERÁS!

Segundo Lissner7, Maxêncio formou um exército composto de “...170.000 infantes e de 18.000 cavaleiros.”(pg. 480) e estabeleceu sua sede em Roma, ordenando a destruição do acesso à cidade, as pontes sobre o Rio Tibre.

Ele contava com muitas vantagens. Um exército duas vezes maior que o de Constantino, o apoio da Guarda Pretoriana, as muralhas da cidade e um bom abastecimento de alimentos.

Por seu turno, Constantino conseguiu recrutar um exército composto de “...90.000 infantes e de 8.000 cavaleiros...”(pg. 480), com o qual chegou às portas de Roma.

Ele ainda conquistou apoio ao redor de Roma, que fora isolada com a derrubada das pontes, e, mais ainda, contava com a simpatia do próprio povo de Roma, dentro dos muros.

Lissner conta que o confronto decisivo ocorreu em 28/10/312 d.C. Na Ponte Mílvia, sobre o Rio Tibre. Maxêncio, que ordenara sua destruição para cortar o acesso a Roma construíra, ao lado, uma ponte de barcos, para permitir passagem às suas tropas.

A Historiografia da época revela um acontecimento milagroso, relacionado a esta batalha. Com algumas diferenças entre si, os relatos de Lactâncio8 e Eusébio de Cesaréia9 dão conta de que Constantino teve uma visão no céu (e depois um sonho), onde lhe foi mostrada uma mensagem: in hoc signo vinces10 (com este símbolo vencerás) e as letras “x” e “p” conjugadas (que são as primeiras letras da palavra Cristo em grego: ΧΡΙΣΤΟΣ11).

Constantino ordenou que o símbolo fosse pintado nos escudos e nos estandartes de seu exército, que, assim caracterizado, marchou para enfrentar as tropas de Maxêncio.

Este consultara os oráculos sibilinos que lhe informaram que o inimigo de Roma morreria, de modo que partiu convicto da vitória. Ele posicionou suas tropas em longa linha de frente, tendo o Rio Tibre na retaguarda, o que dificultou a mobilidade.12

Constantino ordenou um ataque de cavalaria que, apesar do menor número, conseguiu romper a cavalaria de Maxêncio e fazer carga sobre a infantaria cuja linha também rompeu.

Na fuga por sobre a ponte de barcos Maxêncio caiu no rio, morrendo afogado. Quem não conseguiu atravessar antes do colapso da estrutura foi capturado ou morto pelos soldados de Constantino.

Se Constantino teve realmente uma visão espiritual, ou se apenas usou um habilíssimo estratagema para encorajar seus soldados (provavelmente de maioria cristã), o fato é que seu exército inferior derrotou as numerosas mas mal comandadas e pouco motivadas tropas de Maxêncio.

Em 29/10/312 Constantino entrou triunfalmente em Roma, sendo saudado pela população que também podia ver a cabeça de Maxêncio exibida como prova de sua morte. Parece que o inimigo de Roma era ele próprio!

Continua...

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