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CATORZE DE JULHO
QUEDA DA BASTILHA
INÍCIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA
No ano de 1789, no dia 14, o povo da França executava o roubo de 30 mil fuzis do arsenal francês e tomava a Bastilha, prisão símbolo do regime absolutista francês.
Após o reinado de Luis XIV, o poder absoluto do rei foi sendo descentralizado e cada vez mais os burgueses assumiam cargos antes exclusivos da nobreza que, contudo, ainda vivia no luxo e no fausto.
Os cofres do país estavam vazios por conta das guerras contra a Inglaterra, Rússia e Prússia e do apoio à Independência dos EUA.
A seca de 1785, a fome de 1788 e a disparada dos preços em 1789 levaram o povo à revolta.
Artesãos e operários realizaram greves, os camponeses se revoltaram e o exército, fraco, não podia combatê-los de forma eficaz.
Com a situação econômica se deteriorando, os bancos se recusaram a emprestar dinheiro ao governo.
Quando este tentou diminuir os privilégios da nobreza, o parlamento e a assembléia de notáveis convocada pelo rei vetaram todas as tentativas.
A solução foi a convocação dos Estados Gerais, uma assembléia especial na qual as classes sociais da França expressavam sua opinião.
Ao longo da História a Nobreza e o Clero sempre votavam unidos, derrotando a Burguesia por 2x1. Só que desta vez os burgueses se uniram ao povo para pressionar pelo voto direto e não delegado.
Com isso a burguesia, que pôde contar com os votos dos nobres e clérigos descontentes, venceu a votação, transformando os Estados Gerais em Assembléia Nacional Constituinte (ANC).
Na iminência de perder o poder, o Rei Luis XVI enviou tropas para cercar a Assembléia, mas era tarde. O povo, em revolta, apoio a ANC e invadiu os arsenais, roubando os fuzis com que tomou a Bastilha.
Ainda demoraria muito, custaria muito sangue e cabeças, inclusive as do Rei Luis XVI e de sua esposa, Maria Antonieta, mas a revolução triunfaria na França.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Geral.html
WILLIAN WALLACE DERROTADO...
No dia 22 de Julho de 1298, na Batalha de Falkirk, as tropas do Rei Inglês, Eduardo I – Longshanks, derrotava as tropas escocesas, lideradas por Willian Wallace.
A História se passa de forma bem diferente do que mostrado no maravilhoso filme (apenas um filme) de Mel Gibson.
Eduardo I fora chamado pelos próprios escoceses, em 1291, para arbitrar a disputa pelo trono escocês, que era pretendido por vários nobres, entre eles Robert de Bruce e John Balliol.
O trono escocês estava vago pois o rei anterior, Alexandre III, falecera em 1286 sem deixar herdeiro homem. Sua neta, Margarida, então com três anos, herdaria o trono e estava prometida em casamento para o filho do rei inglês.
Mas Margarida morreu, de modo que Eduardo Longshanks fez exigências que tornavam a Escócia, na prática, reino vassalo da Inglaterra. O Rei Escocês escolhido no tribunal foi John Balliol, que aceitou a sujeição aos ingleses.
Estátua de William Wallace |
Isso fez dele muito impopular na Escócia. Mas, diante das exigências cada vez maiores de Eduardo I, John fez aliança secreta com o Rei da França, Felipe o Belo. Quando Eduardo Longshanks descobriu invadiu a Escócia. A despeito de ter abraçado a causa de seu país, John Balliol não conseguiu reunir um exército forte e acabou renunciando. A guerra continuou sob a liderança de Andrew Moray e William Wallace.
Ambos conseguiram uma importante vitória na Batalha da Ponte de Stirling, mas Andrew morreu de um ferimento e Wallace assumiu sozinho o comando das tropas.
Nomeado Guardião da Escócia, Wallace passou a invadir e saquear o Norte da Inglaterra até que Eduardo I reagiu avançando país adentro rumo à capital, Edimburgo. Wallace posicionou suas tropas perto da cidade de Falkirk, para impedir esse avanço.
O exército de Wallace se posicionou com longas lanças fincadas no chão e com isso resistiu muito bem à cavalaria inglesa. Mas a própria cavalaria escocesa fugiu em meio ao combate, exatamente como mostrado no filme.
Assim, a posição defensiva de Wallace, que funcionara contra a cavalaria, tornou-se uma armadilha, pois era uma posição estática que acabou cercada e atacada pelos arqueiros ingleses. Vitória arrasadora de Longshanks.
Wallace fugiu para prosseguir na luta, mas foi capturado e morto em 1305. A guerra ainda perduraria vários anos. Eduardo Longshanks morreu em 1307 e seu filho, Eduardo II, prosseguiu a luta, mas foi derrotado na Batalha de Bannockburn em 1314.
Agora a Escócia estava em vantagem e voltou a invadir o Norte da Inglaterra. Eduardo II morreu em 1327 e em 01/05/1328, através do Tratado Edimburgo-Northampton, os ingleses reconheceram a vitória e a independência da Escócia, com Robert de Bruce como Rei.
Fontes e Imagens:
http://pt.encydia.com/es/Batalha_de_Falkirk
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Falkirk_(1298)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_de_independ%C3%AAncia_da_Esc%C3%B3cia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_IV_de_Fran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Wallace
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_I_de_Inglaterra
http://www.film4.com/reviews/1995/braveheart
http://unisci24.com/197245.html
https://plentyoftweed.wordpress.com/history-vs-hollywood-episode-2-braveheart/
https://www.youtube.com/watch?v=fDb9hHLyFME
http://sixseeds.patheos.com/watchinggod/2014/09/braveheart-a-different-sort-of-freedom/
No ano de 1776, no dia 04 de Julho, ocorria a assinatura da Declaração da Independência e nascia os Estados Unidos da América.
A situação que levou ao rompimento das colônias com a Inglaterra ocorreu após o término das guerras contra os franceses, apoiados por índios americanos e canadenses.
A coroa inglesa precisava de dinheiro para cobrir os custos da guerra e como esta beneficiara as colônias, foi delas que a conta foi cobrada através de leis que o Parlamento Inglês aprovou.
Em 1764 foi criado o imposto sobre o açúcar, em 1765 uma taxação sobre atos oficiais, jogos de baralho, almanaques, livros, etc.
No ano seguinte, 1766, foi aprovada a supremacia do Parlamento Inglês sobre a legislação das colônias além de mais impostos sobre a importação de chumbo, vidro, tinturas, chá e papel.
Os protestos gerados nas 13 colônias foi imenso e todas essas leis foram revogadas em 1770, exceto os impostos sobre o chá.
Mas a gravidade dos conflitos ocorridos entre 1770-1775, como o incêndio do navio Gaspee e o descarte no mar da carga de chá pelo grupo Boston Tea Party (1773), fez com que o rompimento se tornasse irreversível.
A reação inglesa jogou mais gasolina na fogueira pois revogou a autonomia de Massachusetts, concedeu autonomia a Quebec (atual Canadá), fechou o Porto de Boston e deportou os culpados pelos conflitos, obrigando suas famílias a abrigar tropas inglesas. Não poderia resultar em outra coisa que não mais conflitos...
Uma série de manifestos sobre os direitos dos súditos foi publicada e a união das 13 colônias em um movimento unificado nasceu e foi crescendo entre 1774-1775.
No ano seguinte, 1776, foi formado um comitê de cinco membros a quem coube formular uma declaração de independência. Reunidos na Filadélfia os membros elaboraram e Thomas Jefferson redigiu o documento que, assinado em 04/07/1776, marcou o nascimento dos EUA.
A liberdade total, porém, só veio mesmo em 1781, quando as tropas inglesas sob comando de Lord Cornwallis, cercadas por terra pelas tropas americanas e francesas de George Washington e por mar pela Marinha da França, aceitou a rendição em Yorktown.
Dois anos depois, em 1783, o tratado de paz entre a Inglaterra e a nova nação americana foi assinado.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Geral.html
No ano de 1789, no dia 14 de Julho, o povo da França executava o roubo de 30 mil fuzis do arsenal francês e tomava a Bastilha, prisão símbolo do regime absolutista francês.
Após o reinado de Luis XIV, o poder absoluto do rei foi sendo descentralizado e cada vez mais os burgueses assumiam cargos antes exclusivos da nobreza que, contudo, ainda vivia no luxo e no fausto.
Os cofres do país estavam vazios por conta das guerras contra a Inglaterra, Rússia e Prússia e do apoio à Independência dos EUA.
A seca de 1785, a fome de 1788 e a disparada dos preços em 1789 levaram o povo à revolta.
Artesãos e operários realizaram greves, os camponeses se revoltaram e o exército, fraco, não podia combatê-los de forma eficaz.
Quando este tentou diminuir os privilégios da nobreza, o parlamento e a assembléia de notáveis convocada pelo rei vetaram todas as tentativas.
A solução foi a convocação dos Estados Gerais, uma assembléia especial na qual as classes sociais da França expressavam sua opinião.
Ao longo da História a Nobreza e o Clero sempre votavam unidos, derrotando a Burguesia por 2x1. Só que desta vez os burgueses se uniram ao povo para pressionar pelo voto direto e não delegado.
Com isso a burguesia, que pôde contar com os votos dos nobres e clérigos descontentes, venceu a votação, transformando os Estados Gerais em Assembléia Nacional Constituinte (ANC).
Na iminência de perder o poder, o Rei Luis XVI enviou tropas para cercar a Assembléia, mas era tarde. O povo, em revolta, apoio a ANC e invadiu os arsenais, roubando os fuzis com que tomou a Bastilha.
Ainda demoraria muito, custaria muito sangue e cabeças, inclusive as do Rei Luis XVI e de sua esposa, Maria Antonieta, mas a revolução triunfaria na França.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Geral.html
FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO
PAULO
Todos os anos, no dia 29 de
junho, é celebrada a festa de São Pedro.
O que a maioria
dos cristãos ignora é que a festa também é de São Paulo!
Assim sendo, essa inclusão de
mais um santo na festa não é motivo exatamente de alegria, pois a data marca o
martírio de ambos, ocorrido em Roma, por ordem do Imperador Nero que, por
sinal, adorava uma fogueira, aparentemente!
Pedro foi o primeiro apóstolo
de Jesus e ganhou este nome do próprio Mestre, pois se chamava Simão. Nascera
provavelmente em Betsaida e era pescador em Cafarnaum.
Após a morte de Jesus, Pedro
passou seu tempo pregando entre as cidades de Jerusalém, Antióquia e Roma, onde
foi morto entre 64 e 67 d.C.
Paulo,
antes chamado Saulo, era original de Tarso e fez carreira como perseguidor dos
cristãos até que uma visão o fez mudar de lado.
Suas
pregações auxiliaram imensamente na difusão do cristianismo nas cidades
mediterrâneas até ser decapitado entre 64-67 d.C. por ordem de Nero, segundo a
tradição cristã.
A
Festa de São Pedro e São Paulo atualmente integra as Festas Juninas, celebração
derivada da cristianização da festa pagã do Midsommar (ou Mid Summer - Meio do
verão).
O
Midsommar é comemorado durante o solstício de verão, o dia mais longo do ano no
Hemisfério Norte.
Na
ocasião, e por quase toda Europa, e também nas Américas, os povos celebram
acendendo fogueiras.
Com
o advento do cristianismo a festa passou a ser associada à pessoa de João
Batista, com data fixada em 24/06, embora no caso dos pagãos o dia possa variar
entre 19 e 25 de junho, como no caso dos países nórdicos e dos praticantes da
Wicca.
Os
romanos também celebravam nesta época, no caso deles, porém, a festa era
dedicada ao deus do trovão noturno, Sumanus.
São Pedro no trono, à direita São Paulo e à esquerda São João Batista |
O
Reino de Clio considera que é sempre bom saber exatamente sobre o que estamos
celebrando. E agora vamos à fogueira, ao forró e às comidas típicas! Viva
Junho!
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_junina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_de_S%C3%A3o_Pedro_e_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sumano
Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_junina#/media/File:The_Feast_of_Saint_John.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/03/Caravaggio-Crucifixion_of_Peter.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso#/media/File:Decapitaci%C3%B3n_de_San_Pablo_-_Simonet_-_1887.jpg
ABJURAÇÃO DE GALILEU
Em 1633, no dia 22 de junho, Galileu
Galilei era conduzido ao Tribunal da Santa Inquisição, diante do qual renunciou
à tese de Copérnico de que a Terra girava em torno do Sol, ideia que defendera
em sua obra "Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo".
Essa renúncia o livrou da
morte na fogueira. Após manifestar sua renúncia, ao sair do tribunal para a
prisão teria pronunciado a famosa frase "Eppur si muove!" (contudo, ela se move).
Trecho da Abjuração de
Galileu(1):
Mas como fui aconselhado, por
este Ofício, a abandonar totalmente a falsa opinião que sustenta que o Sol é o
centro do mundo e que é imóvel, e proibido de sustentar, defender ou ensinar a
falsa doutrina de qualquer modo; [...] de coração e com verdadeira fé, abjuro,
amaldiçoo e detesto os ditos erros e heresias e de uma maneira geral todo erro
ou conceito contrário `a dita Santa Igreja; e juro não mais no futuro dizer ou
asseverar qualquer coisa verbalmente ou por escrito que possa levantar suspeita
semelhante sobre minha pessoa...
(1) http://www.netmundi.org/filosofia/2013/03/17/a-carta-de-abjuracao-de-galileu-galilei/
Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Galileo_facing_the_Roman_Inquisition.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Galileos_Dialogue_Title_Page.png
MASSACRE DA PRAÇA
TIAN'ANMEN
Em um dia como este 04/06, no ano de 1989, terminavam as manifestações iniciadas em 15/04 e lideradas por
estudantes chineses mas que contavam com a participação de intelectuais e
trabalhadores urbanos de Pequim, (Beijing).
Os protestos ocorriam na
forma de marchas pacíficas e eram contra a corrupção e a repressão do governo,
a demora no avanço das reformas econômicas iniciadas pelo governo de Deng
Xiaoping, a inflação e o desemprego.
A morte (natural) do
ex-Secretário Geral do Partido Comunista, Hu Yaobang, considerado liberal e que
houvera sido expulso do governo, serviu de motivo para as manifestações que
começaram em reuniões de oração pelo falecido, evoluíram para greves
estudantis, greves de fome e foram crescendo até se tornarem grandes marchas e
se espalharem para outras cidades.
O governo da China deliberou
sobre a forma de enfrentar os protestos e acabou decidindo pela dissolução das
manifestações à força. Em 20 de maio, após vários pedidos pelo fim dos
protestos, foi decretada lei marcial e em 03 de junho foram enviados tanques e
tropas para Pequim e a Praça Tian'anmen, ou Praça da Paz Celestial.
Boa parte da população de
Pequim reagiu à intervenção militar, colocando barreiras para atrasar os
tanques e enfrentando os soldados que revidaram com metralhadoras.
O número de mortos varia
entre 400 e 2600, além de várias prisões, expulsão de jornalistas estrangeiros,
censura e controle de informações.
Como a praça estava
desocupada pelos manifestantes quando os tanques chegaram, o termo Massacre da
Praça Tian'anmen não está correto, já que não ocorreram mortes na praça em
si. Os confrontos
e mortes, inclusive de soldados, ocorreram antes de os tanques chegarem à praça.
No dia seguinte, 05/06, um
jovem desrespeitou a proibição, invadiu a área restrita e parou uma coluna de
tanques que vinha em sentido contrário.
O termo não existia ainda,
mas a foto daquele momento “viralizou” e o homem virou capa das principais
revistas e jornais ao redor do mundo, telejornais, filmes, documentários, etc.
Até hoje não se sabe com
certeza a identidade do rapaz, nem se está vivo, pois as versões conflitantes
lhe atribuem nomes e destinos diferentes.
Durante e após o fim das
manifestações cerca de 900 pessoas foram presas. Os trabalhadores presos foram
executados, os estudantes receberam penas mais leves. Profissionais da imprensa
chinesa que apoiaram os protestos foram expulsos e o Presidente Zhao Ziyang
perdeu o posto, que foi assumido por Jiang Zemin.
Deng Xiaoping - Zhao Ziyang - Jiang Zemin
|
Os acontecimentos daqueles dias ainda hoje são um tabu na China
que sufocou a oposição e calou as insatisfações populares com um crescimento
econômico extraordinário desde então. A plena liberdade política, contudo,
ainda é uma conquista distante para os chineses.
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Fontes e Imagens:
http://www.infoescola.com/historia/massacre-da-praca-da-paz-celestial/
http://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-o-protesto-da-paz-celestial/
http://www.estudopratico.com.br/massacre-da-praca-da-paz-celestial/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deng_Xiaoping
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jiang_Zemin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zhao_Ziyang
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protesto_na_Pra%C3%A7a_da_Paz_Celestial_em_1989
https://www.betterworldinternational.org/blog/8-ordinary-people-change-world/
http://paginaglobal.blogspot.com.br/2014_06_02_archive.html
https://ricardonagy.wordpress.com/2010/09/19/refuse-resist/
http://otrabalho.org.br/praca-da-paz-celestial-25-anos-depois/
Em
um dia 17/05 como este, no ano de 1536, Anne Boleyn (Ana Bolena) perdia
o posto de Rainha Consorte da Inglaterra por ordem do Rei Henrique
VIII, até então seu marido.
Terminava
o casamento que mudara a História da Inglaterra e do Cristianismo, por
ter ocasionado a separação entre o Rei e a Rainha original, Catarina de
Aragão, e por ter levado Henrique VIII a romper com a Igreja Católica,
fundando a Igreja Anglicana.
Ana
Bolena nasceu em data e local incertos entre os anos de 1501-1507 em
"Blickling, Norfolk ou Hever, Kent, Inglaterra". Seus pais eram Thomas
Bolena, 1.º Conde de Wiltshire e Elisabeth Howard. Ele linguista e
diplomata da corte do Rei Henrique VII, ela filha do Duque de Norfolk.
Ana Bolena em dois momentos de sua vida. Jovem e mais velha. |
Ao
retornar à Inglaterra tornou-se dama de companhia de Catarina de
Aragão, esposa do Rei Henrique VIII, notório por seus casos
extraconjugais dos quais o mais recente era com a irmã de Ana, Maria
Bolena.
Tataraneta
de um chapeleiro e aparentada com um santo (São Thomas Becket), a vida
de Ana Bolena foi sempre cercada dos mexericos das cortes e da busca
incessante de poder e influência junto ao Rei por parte de seus
familiares. Rumores chegaram a afirmar que ela seria filha de Henrique
VIII, que teria sido amante da mãe de Ana na juventude, o que certamente
teria sido um escândalo de proporções bíblicas!
Mas
o boato perde credibilidade quando é fortemente apoiado pelos católicos
adversários do rei, que negava ter tido qualquer envolvimento com
Elizabeth Howard. O mais provável é que tenha ocorrido uma confusão
entre os nomes da mãe de Ana com Elizabeth Blount, essa sim, conhecida
amante do rei.
Antes
do casamento real com Henrique VIII, Ana quase se tornou Condessa na
Irlanda, por conta de um arranjo de casamento que não chegou a se
concretizar. Por amor, ela quase se casou com Henry Percy, futuro Conde
de Northumberland, com quem Ana teve um relacionamento secreto que foi
descoberto e proibido por influência do Cardeal Wolsey, então Chanceler
da Inglaterra.
Quando
Ana e o Rei se conheceram ele era amante de Maria Bolena e já estava
descontente com sua esposa legítima, a Rainha Catarina de Aragão, por
esta não lhe dar um herdeiro homem para assumir a coroa. Encantado com a
moça, que não era tão bela mas era espirituosa e bem humorada, Henrique
VIII logo começou a cortejá-la insistentemente, sendo sempre recusado.
Esta
recusa teria sido a provável causa do grande encantamento do Rei por
Ana, que mostrou grande determinação ao afirmar que se não pudesse ser
esposa, amante não seria.
A
partir dai Henrique VIII, usando o argumento da falta de um herdeiro
homem e do suposto parentesco com a Rainha, que seria sua cunhada (viúva
de seu irmão), trabalhou junto ao Vaticano para anulação do casamento.
Carta da Inglaterra ao Vaticano para anulação do casamento de Henrique VIII. |
A carta seguiu com 85 selos de nobres que apoiavam a solicitação do Rei. |
O
casamento ocorreu em segredo, no dia 25/01/1533, quando Ana já estava
grávida. O divórcio do Rei e da Rainha só foi oficializado em 23/05/1533
e o casamento com Ana foi validado em 28/05 do mesmo ano. Poucos dias
depois, em 01/06, Ana Bolena foi coroada na Abadia de Westminster.
Relativamente
poucas pessoas compareceram ao banquete cerimonial, mostrando a forte
impopularidade da nova rainha. Quando as notícias chegaram a Roma,
Henrique VIII foi excomungado pelo Papa.
Henrique VIII e o Papa Clemente VII. |
O
casamento também se deteriorou porque Ana não soube ou não quis lidar
pacificamente com os casos extraconjugais do marido, talvez por receio
de ser descartada caso uma das amantes desse ao rei o tão sonhado
herdeiro homem. Há relatos de que a rainha chegou a agredir fisicamente a
nova amante do Rei, Jane Seymor.
A Rainha Catarina de Aragão e Jane Seymor. |
Ela
e mais cinco supostos (e não comprovados) amantes, inclusive o irmão da
Rainha (Jorge Bolena) foram presos na Torre de Londres. Os homens foram
mortos dia 17/05. A decaptação de Ana foi marcada para o dia seguinte.
A Torre de Londres. |
Ana
comportou-se bravamente durante estes momentos, reclamando do adiamento
da execução, do atraso do carrasco e caminhando de cabeça erguida
quando o momento finalmente chegou.
Apesar
dos cuidados de Cromwell, ocorreram vazamentos seletivos do
acontecimento. O mais aceito deles, feito por Edward Hall, informa que
as últimas palavras de Ana Bolena foram estas, proferidas aos presentes:
Bom
povo cristão, eu não vim aqui para passar sermão; eu vim para morrer.
De acordo com a lei e pela lei fui julgada para morrer, e, portanto, eu
não direi nada contra isso. Não vim aqui para acusar qualquer homem, nem
para falar daqueles que me acusaram e condenaram à morte, mas eu rezo a
Deus que salve o rei e mantenha-o por muito tempo reinando sobre vocês,
pois príncipe mais misericordioso jamais existiu, e para mim ele sempre
foi bom, gentil, e senhor soberano. E se alguma pessoa intervir em
minha causa, eu peço a ele [o rei] que o julgue melhor. E assim eu me
despeço do mundo e de vocês, e cordialmente peço-lhes que rezem por mim.1
Acredita-se
que Ana não contestou sua condenação e proferiu palavras elogiosas a
Henrique VIII por ser o usual na época mas, principalmente, para que sua
filha Elisabeth e sua família não incorressem na ira do Rei por culpa
dela.
Após
o discurso Ana teve os adornos que carregava retirados para deixar o
pescoço livre para receber o golpe do carrasco. No momento final o
carrasco teria pedido a espada em voz alta, levando a condenada a virar
um pouco a cabeça para olhar. Esse pedido (encenado, posto que o
carrasco já estava com a espada), teria a intenção de provocar um leve
movimento da vítima, facilitando o golpe.
Quando
este foi dado, ocorreu com precisão, separando cabeça e corpo em uma
única espadada. Os restos mortais de Ana Bolena foram colocados em uma
caixa de flechas e sepultados no piso da capela de St. Peter ad Vincula,
dentro do próprio complexo da Torre de Londres.
Suposto local de execução de Ana Bolena e a Capela de St. Peter ad Vincula ao fundo. |
A suposta sepultura de Ana Bolena. |
Long Live The Queen!
1 https://rainhastragicas.com/2016/05/19/eu-me-despeco-deste-mundo-e-de-voces-as-ultimas-palavras-de-ana-bolena/
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Fontes e Imagens:
https://tudorbrasil.com/2014/09/15/10-fatos-que-voces-deve-saber-sobre-ana-bolena/
https://rainhastragicas.com/2013/04/11/escandalo-na-corte-seria-ana-bolena-filha-de-henrique-viii/
https://rainhastragicas.com/2016/05/19/eu-me-despeco-deste-mundo-e-de-voces-as-ultimas-palavras-de-ana-bolena/
https://rainhastragicas.com/2016/05/19/eu-me-despeco-deste-mundo-e-de-voces-as-ultimas-palavras-de-ana-bolena/
http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/historia-ana-bolena-reinado-henrique-viii-681249.shtml
https://rainhastragicas.com/2014/05/19/a-exumacao-de-ana-bolena/
https://seuhistory.com/biografias/ana-bolena
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_I_de_Espanha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_Wolsey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_VIII_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_Bolena
http://famouswonders.com/tower-of-london-near-the-river-thames/
http://creatingit.org/wp-content/uploads/2016/09/st-peter-ad-vincula-and-execution-place-for-jane.jpg
HISTÓRIA DO DIA DO TRABALHO
O
1º de Maio é o dia do trabalho e/ou do trabalhador em vários países do
mundo e também no nosso amado Brasil. Mas, tanto aqui como em muitos
países, a conquista desse dia foi cercada de muitas lutas.
A
escolha da data tem ligação com a greve realizada em Chicago no ano de
1886 quando milhares de trabalhadores protestaram pela redução da
jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
O
protesto de 01/05 terminou pacificamente, mas três dias depois, em
04/05, a Revolta de Haymarket resultou na morte de 08 policiais após a
explosão de uma bomba. Quando a polícia abriu fogo, 11 manifestantes
morreram e dezenas ficaram feridos.
Os 08 líderes do movimento foram presos, processados e, mesmo sem provas de participação no lançamento da bomba, foram condenados, quatro deles à morte. Um deles cometeu suicídio e os demais acabaram absolvidos pelo governador do estado de Illinois.
Acima o julgamento dos líderes do movimento de Chicago e abaixo as execuções. |
A data do primeiro protesto, 01/05, foi adotada pela Internacional Socialista de Paris em 20/06/1889 como dia de mobilização dos trabalhadores pela jornada de 08 horas diárias. Dois anos depois, na mesma Paris, os manifestantes foram duramente reprimidos pela polícia, resultando em 10 mortes.
Mas
aquele terrível sacrifício não foi em vão, pois em 23/04/1919, o Senado
da França aprovou a adoção da jornada de 08 horas e transformou o dia
01/05 em feriado.
Quando
a URSS fez da data um feriado nacional, vários outros países adotaram a
mesma medida. Nos EUA a data não foi reconhecida, mas a jornada de 16
horas foi reduzida para 08 horas em 1890.
No
Brasil a data vem sendo lembrada desde 1890, mas só ganhou força mesmo
após a chegada dos imigrantes que traziam as ideias de organização dos
trabalhadores de seus países.
Em
1917 uma grande greve geral paralisou a cidade de São Paulo e o
movimento cresceu até que, em 1925, o Presidente Arthur Bernardes
instituiu o Dia do Trabalho também no Brasil.
Desse
dia em diante, o 1º de Maio passou a ser um dia de protestos da classe
trabalhadora até que Getúlio Vargas passou a fazer uso da data para
anunciar medidas governamentais de benefício ao trabalhador e a
organizar celebrações, desfiles e festas nas quais o governo era
exaltado.
Em
01/05/1940 Getúlio anunciou a criação do salário mínimo e, no ano
seguinte, a criação da Justiça do Trabalho. Em 1943 foi instituída a CLT
(massacrada agora pelo governo de MT e seus compadres). Os aumentos do
salário mínimo também passaram a ser anunciados nesta data.
Com
a supressão de direitos e o arrocho salarial promovidos pela Ditadura
Militar, aos poucos a data foi sendo retomada como dia de protestos e
manifestações da classe trabalhadora.
Nossa gratidão a todos aqueles que deram suas vidas por um tratamento mais humano por parte dos patrões aos trabalhadores.
Monumento aos mártires de Chicago. Chegará o dia em que nosso silêncio será mais poderoso do que as vozes que você está estrangulando hoje. |
Trabalhadores do Mundo! Uni-vos!
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Fontes e Imagens:
http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-do-trabalho.htm
http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2011/04/historia-do-dia-do-trabalho-1
http://radioagencianacional.ebc.com.br/geral/audio/2015-05/conheca-historia-do-dia-do-trabalho-celabrado-em-varios-paises-hoje
http://pt.euronews.com/2016/05/01/significado-e-historia-do-1-de-maio-dia-do-trabalhador
http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=%201&moe=212&id=10581
http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/04/dia-do-trabalho-conheca-como-surgiu-o-feriado-do-dia-1o-de-maio
https://noticias.terra.com.br/educacao/voce-sabia/o-dia-do-trabalhador-e-comemorado-no-mundo-inteiro,d018aaccde6da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_Haymarket
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Trabalhador
https://www.thenation.com/article/may-4-1886-riot-erupts-haymarket-square-chicago/
http://www.banya08.com/2016_05_01_archive.html
https://chicagology.com/notorious-chicago/haymarket/
https://blogs.loc.gov/inside_adams/2016/05/the-haymarket-handbills-paper-as-dynamite/
http://www.famous-trials.com/Haymarket
http://odia-a-historia.blogspot.com.br/2016/05/estado-novo-brasileiro.html
http://boletimoperario.blogspot.com.br/2013/09/greve-geral-1917-sao-paulo-sp.html
https://www.thoughtco.com/labor-history-of-the-19th-century-1773911
ACIDENTE NUCLEAR EM CHERNOBYL
Em
um dia 26/04 como este, no ano de 1986, ocorria a explosão do reator 4
da Usina Nuclear de Chernobyl, situada perto do povoado Pripyat, na
Ucrânia, à época parte da URSS.
A
usina nuclear começou a ser construída em 1970 e atingiu a operação do
Reator 4 em 1983 com mais dois reatores em construção quando ocorreu o
acidente. A produção, de 01 gigawatt, abastecia quase 10% da Ucrânia em
1986.
Há
versões diferentes para explicar as causas do acidente. Primeiro, foi
atribuído a erro humano e depois a falhas no projeto do reator. Um misto
das duas hipóteses parece ser a causa mais provável.
De
fato, as condições de funcionamento do reator eram potencialmente
perigosas e as hastes de controle eram feitas com material que poderia
causar instabilidade.1
Mas,
a despeito disso, naquele fatídico dia 26/04/1986, os operadores do
reator conduziram uma experiência de alto risco que deu muito errado...
O teste consistia em “...observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia.” e para realizá-lo foi necessário quebrar protocolos de segurança como, por exemplo, interromper “...a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator.” o que levou ao superaquecimento do reator apesar do funcionamento em baixa potência.2
Pouco
tempo depois, às 01:23hs, o Reator 4, carregado de Urânio-235,
explodiu, fazendo voar o teto de 1200 toneladas e espalhando material
radioativo 400 a 500 vezes pior do que as bombas de Hiroshima e
Nagazaki. As chamas, que atingiram 2000 graus, só se apagaram dez dias
depois, após o uso de toneladas de areia e chumbo para conter o fogo.3
O operário Vladimir Evdochenko, sobrevivente da tragédia, revela que sentiu o enorme tremor da explosão: "Tudo
tremeu, como um terremoto. Abri a porta e olhei em direção ao reator
número 4, a cerca de 50 metros, e vi que lá não havia luz. Do teto caíam
gotas de água, havia vapor."4 Ele
diz que o teste no Reator 4 fora proposto a todas as usinas soviéticas,
mas que só Chernobyl aceitou realizar. E por isso este autor que vos
escreve dá imensas graças ao Pai Celestial.
A
nuvem radioativa logo cobriu Pripyat e seguiu se espalhando e chegando a
atingir 75% da Europa. As autoridades soviéticas só evacuaram a cidade
no dia seguinte, mas o assunto foi tratado como sigiloso.5
Somente
dois dias depois, em 28/04, o alerta veio da Suécia, cujos medidores
detectaram aumento maciço nos níveis de radiação sobre o país, mas o
Presidente Soviético, Mikail Gorbachev, só se pronunciou sobre o assunto
em 14 de maio.6
Entre 500
a 800 mil pessoas trabalharam na época e nos anos seguintes para isolar
o reator com concreto. Cerca de 200 toneladas de magma radioativo ainda
se encontram no local.
Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas das redondezas, tornando Pripyat uma cidade fantasma.
Dezenas de milhares morreram ou ficaram com graves sequelas devido ao trabalho de isolamento do reator.
Uma
quantidade de pessoas difícil de estabelecer em números foi ou ainda
vai ser vítima de doenças por exposição à radiação proveniente de
Chernobyl.
Nos
dias atuais, com o risco cada vez maior de novo vazamento no local, uma
nova cobertura está em construção para isolamento do caixão de concreto
que recobre o magma radioativo ainda existente em Chernobyl.
Visto de Pripyat, o domo que vai cobrir a área do Reator 4 em Chernobyl. |
3 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/chernobyl-desastre-nuclear-na-ucrania-completa-30-anos.html
4 http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,testemunha-do-desastre-nuclear-de-chernobyl-ha-30-anos-relata-momentos-de-desespero,1860737
5 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/chernobyl-desastre-nuclear-na-ucrania-completa-30-anos.html
6 http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/chernobyl-desastre-nuclear-na-ucrania-completa-30-anos.html
O NY Times anuncia 866 resgates e (±)1.250 mortes7
|
Em um dia 15 de abril como este, no ano de 1912, o HMS Titanic encontrava-se com o iceberg que o levou às profundezas do Atlântico Norte em sua viagem inaugural.
Muito já foi escrito sobre essa tragédia que parece ser um daqueles temas inesgotáveis da História tal o fascínio que exerce sobre tantas gerações.
Talvez a causa disso esteja nos detalhes novos que vão sendo descobertos e que são julgados pelos leigos segundo os próprios critérios contemporâneos, bem como pelos estudiosos, que fazem a análise contextualizada.
Causa espécie o conhecimento, já bastante difundido, de que o número de botes salva-vidas no Titanic não era suficiente para todos os passageiros3 (o que era aceito na época) e que as pessoas da primeira-classe tiveram preferência de embarque4 (o que também era aceito) mas, no caos do momento, muitos destes ficaram de fora.
Mas mesmo essa aceitação tácita não justifica que botes tenham sido lançados ao mar com um número de pessoas bem inferior à capacidade máxima, só para não incomodar algumas madames mais exigentes quanto ao próprio conforto. Essa é uma informação que mantém aceso o interesse pelo assunto, seja verdadeira ou não.
Uma informação que goza de menos conhecimento público é a de que o Dr. Donald Olson, físico da Universidade do Texas, e uma equipe de astrônomos, afirmou que a proximidade da Lua com a Terra no início de 1912, a maior em 1400 anos5, teria deslocado, ao influenciar as marés, a massa de icebergs para a rota do Titanic.
Outra informação pouco difundida é a de que o Historiador Britânico Tim Maltin afirma que uma miragem6 pode ter confundido os observadores da torre de vigia que só avistaram o iceberg tarde demais. Além disso, a noite espetacularmente estrelada de 14/04/1912, teria confundido os observadores do Californian, (o navio mais próximo), em relação aos foguetes e códigos de luz enviados pela embarcação agonizante, impedindo assim, que o socorro fosse feito.
Fotografia de um iceberg na vizinhança do local do naufrágio do Titanic, tirada em 15 de abril de 1912 pelo camareiro chefe do Prinz Adalbert que disse que o iceberg possuia tinta vermelha igual àquela encontrada no casco do Titanic.8
|
Enfim, parece que tudo convergiu inevitavelmente para aquele final e isso abre espaço para avaliações no campo da metafísica, sobre carma e destino, que nós não descartamos, embora, enquanto ciência, a História não tenha condições de validar essas afirmações que ainda estão fora do que pode ser comprovado com meios terrenos.
A respeito dos que sobreviveram, um grupo de 700 pessoas, temos Histórias bem impactantes também.9 Como a dos irmãos Edmond e Michel Navratil, de 3 e 2 anos respectivamente, cujo pai os havia trazido na viagem sem o conhecimento ou consentimento da mãe de quem havia se separado.
Antes de morrer o pai colocou os irmãos num bote e pediu-lhes que dissesse à mãe que a amava. A mãe os encontrou somente em 16 de maio de 1912 após ver sua foto em um jornal.
Michel viveu na França e morreu aos 92 anos de idade. Edmond chegou a se alistar no Exército Francês durante a II Guerra, mas teve que sair por problemas de saúde, morrendo aos 43 anos.
Os gêmeos Edmond e Michel Navratil |
Margareth Brown, que teria inspirado a personagem Molly, rica amiga de Rose e Jack no filme de James Cameron, era relativamente famosa e havia concorrido a uma eleição estadunidense antes de as mulheres terem direito a voto. Ela estava voltando aos EUA por conta da doença de seu neto e liderou o Comitê de Sobrevivência do Titanic que arrecadou milhares de dólares para ajudar os sobreviventes necessitados. Morreu aos 65 anos em New York.
Margareth Brown |
Temos também a História de Violett Constance Jessop, comissária de bordo e depois enfermeira que trabalhou nos navios Olympic, Titanic e Britannic, todos os três naufragados com ela a bordo, que sobreviveu em todos os casos. Violett só morreu aos 83 anos, em terra firme.
Violett Constance Jessop |
A maioria dos mortos cujos corpos foram resgatados está enterrada em quatro cemitérios:
No Fairview Lawn Cemetery estão 121 vítimas, no Cemitério Católico Monte das Oliveiras estão 19 sepultamentos e o Cemitério Barão de Hirsch concentra 10 vítimas, todos na cidade de Halifax, Canadá.10
Fairview Lawn Cemetery - Entrada |
As lápides dos mortos no Titanic |
No Fairview Lawn Cemetery está a lápide da criança desconhecida, com a inscrição "Erguido à memória de uma criança desconhecida cujos restos foram recuperados após o desastre do "Titanic" - 15 de abril de 1912". Posteriormente, em 2007, a criança foi identificada como sendo Sidney Leslie Goodwin, que tinha 19 meses quando morreu junto com toda sua família.
Os Goodwin estavam de mudança para os EUA onde o pai, Joseph Frederick Goodwin, pretendia trabalhar em uma estação de energia recém-inaugurada a convite de seu irmão Thomas. Joseph comprou passagens para o SS New York de Southampton, mas uma greve nas minas de carvão atrasou a viagem e a família foi transferida para o Titanic...
É por Histórias como esta, que pululam em todo tipo de desastre, que não descartamos o componente metafísico que a ciência não consegue alcançar.
O bebê Sidney Leslie Goodwin e a Lápide de Joseph Dawson |
Também no Fairview Lawn Cemetery está a lápide de J. Dawson, que muitas pessoas pensam se tratar do Jack Dawson, personagem vivido por Leonardo Di Caprio no filme de James Cameron. Mas J. Dawson é, na verdade, Joseph Dawson, “um irlandês que trabalhava na sala de caldeira do Titanic como um aparador de carvão.”
Lamentamos muito a perda de vidas no desastre do Titanic. Lamentamos ainda mais o pensamento da época que considerava existir uma escala de importância classificando prioridades econômicas no salvamento de vidas humanas.
1 Adaptado
a partir de texto contido na obra História, Humanidade e Carma, da
Editora Ordem da Cruz da Verdade.
3 A
investigação feita pela Associação Comercial Britânica chegou a conclusões
revoltantes. Os escaleres do Titanic tinham lotação para 1.178 pessoas, ou seja
um têrço da capacidade do navio. Seus 16 escaleres e quatro botes de borracha
tinham salvo apenas 711 náufragos, e 400 pessoas perderam a vida inutilmente.
Sobre o Californian também pesava terrível condenação. Vira os foguetes do
Titanic mas não tinha recebido os avisos telegráficos, porque o
radiotelegrafista adormecera.
Hanson W. Baldwin. O Titanic Não Afunda –
Acesso em 18/04/14
Disp:
http://thetitanic.no.comunidades.net/index.php?pagina=1115665014
4 A
diferença nas acomodações evidenciavam as delimitações e diferenças entre as
três classes que ocupavam o transatlântico. Distinções que explicam os números
de vítimas salvas no desastre. Dos números de passageiros resgatados: 203 de
325 da primeira classe foram salvos (62%), 118 de 285 da segunda (41%) e 178 de
706 da terceira classe (apenas 25%) com apenas um terço das crianças
resgatadas.
Yasmim Alves. Dossiê Titanic - 100
anos do Desastre. Lugar de Memória – Acesso em 18/04/14
Disp: http://blugardememoria.blogspot.com.br/2012/04/dossie-titanic-100-anos-do-desastre.html
5 O que
afundou o Titanic? Teria sido uma maldição, uma fraude ou simplesmente estava
escrito nas estrelas.
Disp.:
http://molhoingles.com/titanic-100-anos-5-teorias-da-conspiracao/Aces: 18/04/14
6 O
historiador começou por investigar numerosos registros da temperatura da água e
do ar da zona do naufrágio, recolhidos em 1912, por navios que navegavam nas
proximidades do Titanic, tendo descoberto alterações bruscas de temperatura,
quer da água quer do ar. Estas alterações consubstanciam a chamada Corrente do
Labrador, numa corrente de água gelada vinda da Gronelândia. O arrefecimento do
ar quente junto da água criam condições perfeitas para uma miragem, tal como as
observáveis no deserto. Desta forma, o choque térmico pode criar um efeito
óptico que eleva o horizonte acima da linha real, dificultando a visão clara de
uma linha do horizonte que se confunde entre o mar e o céu, como chegou a
revelar o comandante do Californian que desta forma sempre procurou se defender
por não ter feito rumo ao Titanic. Essa noite estrelada, clara, de miragem e de
falso horizonte fez com que os vigias do Titanic não tivessm visto a tempo o
enorme icebergue que o Titanic acabaria por colidir por estibordo, em inglês, starboard,
o lado das estrelas... O historiador britânico Tim Maltin afasta o erro humano
e conclui que foi a Mãe Natureza a única responsável pela tragédia do Titanic.
Miragens na origem da tragédia do Titanic.
Revista Cruzeiros. – Acesso em 18/04/14
Disp:
http://blogue.cruzeirosonline.com/2012/04/miragens-na-origem-da-tragedia-do_14.html
7 The
New York Times front page for April 16, 1912 headlines the grim news about the
Titanic disaster.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_New_York_Times_front_page_for_April_16,_1912_headlines_the_grim_news_about_the_Titanic_disaster..jpg#filehistory
Disp:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5d/Titanic_iceberg.jpg .
Acesso: 18/04/14
9 https://incrivel.club/inspiracao-historias/o-que-aconteceu-com-os-sobreviventes-do-naufragio-do-titanic-455310/
Em um dia como este 15/03, no ano 44 a.C., Júlio César era morto no Senado de Roma pelos golpes traiçoeiros de seus inimigos.
O
Reino de Clio presta homenagem a um dos maiores políticos e generais da
História trazendo o relato de Suetônio sobre a morte do ditador romano.1
A escrita, em antigo português de Portugal, foi mantida. Vamos a Suetônio:
Mais
de 60 cidadãos conspiraram contra elle; tinham à frente C. Cassio,
Marco e Decimo Bruto. Vacillaram ao principio sobre a forma de se
desfazerem do oppressor; se, na assembleia de Campo de Marte, no momento
em que chamasse as tribus aos suffragios, uma parte d'entre os
conjurados o deitaria por terra, e outra o massacraria então; ou se o
atacariam na rua Sagrada ou á entrada do theatro.
Mas
quando a assembleia do senado fosse indicada para os idos de março na
sala construída por Pompeu, elles concordariam todos a não procurar
momento nem logar mais favoráveis.
Prodígios tocantes annunciaram a César o seu fim próximo.
Alguns
mezes antes, colonos a quem elle dera terras na Campania, querendo ali
edificar casas, escavaram antigos túmulos com tanta mais curiosidade,
que de tempos em tempos encontraram monumentos antigos ; acharam n'um
sitio, onde se dizia que Capys, o fundador de Capua, estava sepultado,
uma mesa de bronze com uma inscrípção em grego cujo sentido era que,
quando se descobrissem as cinzas de Capys, um descendente de Júlio seria
morto pela mão dos seus parentes, e seria vingado pelas desgraças da
Itália.
Não se pôde encarar este facto como fabuloso ou inventado ; é Cornelio Balbo, amigo intimo de César, que o conta.
Pelo
mesmo tempo soube-se que os cavallos que César tinha consagrado no dia
da passagem do Rubincon, e que deixara pastando em liberdade, se
abstinham de todo o alimento e choravam abundantemente. O adivinho
Spurinna o avisou, num sacrifício, que estava ameaçado d'um perigo, ao
qual se exporia antes dos idos de março.
Na
véspera d'estes mesmos idos, pássaros de differentes espécies, voaram
d'um bosque visinho e fizeram em pedaços uma carriça que se havia
empoleirado em cima da sala do senado com um ramo de louro no bico. Na
própria madrugada do dia em que foi assassinado, pareceu-lhe durante o
somno, que voava acima das nuvens, e que tocava na mão de Júpiter.
Sua
mulher Calpurnia sonhou que o alto da casa caía e seu marido fora
ferido com successivos golpes nos braços. As portas da sua camara
abriram-se por si mesmo.
Área do Teatro Argentina em Roma, onde ficava o Forum de Pompeu, no qual César foi assassinado. |
Todas
estas razões e a sua saúde, que sentia já muito enfraquecida, o fizeram
hesitar, se deveria ficar em casa e addiar o que resolvera fazer n'esse
dia no senado ; mas Decimo Bruto o aconselhou a não faltar ao senado,
cujos membros o esperavam em grande numero e desde muito tempo.
Saiu
pela quinta hora do dia. Apresentaram-lhe uma memoria que continha um
detalhe da conjuração, que elle misturou com outras que tinha na mão
esquerda, como se a reservasse para a ler n'outra occasião.
Imolaram-se
varias victimas, sem que uma só desse presagios felizes, e arrostando
esses terrores religiosos, entrou no senado, zombando de Spurinna: «Afinal, os idos de março chegaram, vindos sem accidente, dizia elle», a que respondeu o adivinho : «os idos não passaram ainda.»
Quando
tomou o seu logar, os conjurados o cercaram como para lhe fazerem a
corte, e immediatamente Tullio Cimber, que se encarregara de dar começo á
tragedia, aproximou-se como para lhe pedir uma mercê. Tendo-lhe César
feito signal para deixar para outra occasião o pedido, Cimber o agarrou
pelo alto da túnica. «É uma violência!» exclamou César.
Então,
um dos dois Casca o feriu com um punhal um pouco abaixo do collo, César
agarrou-lhe no braço, e lhe enterrou um punção que tinha na mão. Quer
arremete-lo, mas uma segunda punhalada o detém ; vê de todos os lados o
ferro levantado sobre elle; então cobre a cabeça com a sua veste e com a
mão esquerda abaixa a túnica para cair mais decentemente.
Deram-lhe
vinte e três golpes. No primeiro soltou um gemido sem proferir palavra
alguma. Outros, comtudo, contam, que César disse a Bruto que avançava
para o ferir: «E tu também, meu filho!» Ficou algum tempo estendido no chão.
Todos haviam fugido. Por fim, três escravos o levaram para casa n'uma liteira, d'onde lhe pendia um dos braços.
De tantas feridas, a única que o seu medico Antiscio achou mortal, foi a segunda que recebera no peito.
Os
conjurados tinham resolvido arrastar o cadáver para o Tibre, de
declarar os seus bens confiscados e todos os seus actos nullos, mas o
receio que tiveram do cônsul António e de Lépido, general de cavallaria,
os deteve.
Depois,
a pedido de Lúcio Pisão, seu sogro, abriu-se o testamento, que foi lido
na casa de António. César havia-o feito no mez de setembro anterior,
numa casa de campo, chamada Lavicanum, e confiara-o á primeira das
vestaes.
O salão do Senado ficaria ao fundo da imagem, em parte já coberta pela rua, abaixo do prédio rosado. |
Q.
Tuberon conta que, desde o seu primeiro consulado até ao começo da
guerra civil, costumava ter mencionado no testamento C. Pompeu para seu
herdeiro, e que tinha até lido esta clausula n'uma arenga que fizera aos
soldados.
Mas
pelas suas ultimas disposições nomeava três herdeiros, os seus segundos
sobrinhos : C. Octávio com três quartos da herança ; Lúcio Pinario e
Quinto Pedio tinham a ultimo quarto.
No
fim do testamento adoptava Octávio e lhe dava o seu nome. Declarava
vários dos seus assassinos tutores de seus filhos, se os houvesse.
Collocou Decimo Bruto na segunda classe dos seus legatários, deixava ao
povo romano os seus jardins sobre o Tibre e 300 sesterceos por cabeça.
No
dia marcado para as exéquias, levantou-se uma fogueira no Campo de
Marte, ao pé do tumulo de Júlia, e uma capella dourada defronte da
tribuna dos oradores, pelo modelo do templo de Vénus Mãe; ali se
collocou um leito de marfim, coberto d'um estofo de ouro e de púrpura
sobrepujado d'um tropheo d'armas e da mesma túnica, que vestia quando
fora assassinado.
Como
se não acreditava que o dia fosse bastante para a multidão daquelles
que traziam offertas para a fogueira, se se observasse a marcha fúnebre,
declarou -se que, cada pessoa iria sem ordem e pelo caminho que
conviesse, levar as suas dadivas ao Campo de Marte.
Nos
jogos funerários, cantaram-se vários trechos compostos para excitar a
piedade e a indignação, como o monologo de Ajax na peça de Pacuvio, que
tem por titulo : As armas de Achilles: Foi o seu salvador para ser sua
victima, etc, e o de Electra d'Accio, mais ou menos similhante.
Em
logar de oração fúnebre, o cônsul António mandou ler por um arauto o
ultimo senatus-consulto que lhe concedia todas as honras divinas e
humanas, e o juramento pelo qual todos se obrigavam a defende-lo com
risco da própria vida. Accrescentou muito poucas palavras esta leitura.
Magistrados
em funcções ou tendo deixado o cargo, conduziram o leito de estado para
a praça publica. Uns queriam queima-lo no santuário de Júpiter, outros
no senado.
De
repente dois homens armados de espadas e trazendo dois chuços, deitaram
fogo ao leito com tochas, e logo cada um se apressou a deitar-lhe
madeira secca, bancos, cadeiras de juizes, e tudo que se encontrasse á
mão.
Dois
tocadores de flauta e histriões deitaram os fatos triumphantes de que
estavam revestidos para a cerimonia; os veteranos legionários, as armas
com que se haviam enfeitado para as exéquias do seu general; as mulheres
os seus adornos e os de seus filhos.
Os
estrangeiros tomaram parte neste luto publico ; deram uma volta em
torno da fogueira, patenteando o seu desgosto cada um ao uso do seu
paiz. Os próprios judeus velaram algumas noites ao pé das cinzas.
Logo depois das exéquias, o povo correu com fachos ás casas de Bruto e de Cassio, e só com muito custo foi repellido.
Encontrou
um certo Helvio Cinna, que tomaram pelo tribuno Cornelio Cinna, que. na
véspera havia arengado violentamente contra César ; foi massacrado e
trouxeram-lhe a cabeça espetada no cabo d'uma lança.
Depois, erigiram na praça publica uma columna de mármore de Africa, de vinte pés de altura, com a inscripção:
AO PAE DA PÁTRIA
Durante muito tempo o povo ia ali offerecer sacrifícios, formar votos e terminar certas desavenças jurando pelo nome de César.
[…]
Durante
os jogos que o seu herdeiro Augusto celebrou para sua apotheose, um
cometa cabelludo brilhou durante sete dias; apparecia pela undécima hora
do dia, e dizia-se ser a alma de César recebida nos céus...
É
assim que Suetônio narra a morte do homem que, a despeito de sua
trajetória sangrenta, salvou Roma de si mesma e concedeu a seus inimigos
uma piedade e buscou uma harmonia que poucos antes e depois dele
praticaram. O pagamento por isso foi a traição e a morte.
Contudo, a diferença é que, enquanto César vive no panteão dos grandes líderes políticos e militares, dentre os quais é um primus inter pares, seus assassinos vivem na infâmia da História e ali permanecerão para sempre, pois é lá, MT, o lugar dos traidores.
AVE CÉSAR!
1 Obra Roma Galante – Crônica escandalosa da corte dos doze Césares, tradução de Guilherme Rodrigues, publicado pela João Romano Torres & Cia, de Lisboa, pgs. 34 - 38
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Imagens:
http://seuhistory.com/hoje-na-historia/assassinado-julio-cesar-de-roma
http://www.keywordsking.com/YW50b255IGZ1bmVyYWwgb3JhdGlvbg/
http://fadomduck2.blogspot.com.br/2015_08_01_archive.html
http://m.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/69925-novo-diagnostico-aponta-que-julio-cesar-nao-sofria-de-epilepsia.htm
http://www.biography.com/people/julius-caesar-9192504
https://omundonumamochila.com.br/category/italia/
http://www.heritage-history.com/index.php?c=academy&s=char-dir&f=antony
http://www.eonimages.com/media/8d0fc9ec-3a63-11e0-983b-37ad3c946b85-mark-antony-delivers-funeral-oration-for-julius-caesar
http://superrara.deviantart.com/art/Calpurnia-s-Dream-83704225
Entre os meses de fevereiro e março de 1945 as esperanças de vida ou morte de uma nação inteira se concentraram em um pequeno e árido pedaço de terra, uma ilha, que tornara-se alvo estratégico militar de importância vital. Referimo-nos à ilha de Iwo Jima, a última linha defensiva entre as forças navais americanas e o solo sagrado do Japão. Referimo-nos à célebre Batalha de Iwo Jima!
Defendida por cerca de 22.000 soldados, comandados pelo Tenente-general Tadamichi Kuribayashi, Iwo Jima deveria ser mantida até o último homem e sua tomada deveria custar tantas vidas de soldados americanos que desencorajasse uma invasão ao Japão.
Para os americanos a importância da ilha estava em seus 3 campos de pouso e em eliminar o último bastião de defesa fora do próprio Japão, de onde ataques poderiam ser lançados contra as forças americanas e de onde os japoneses monitoravam a passagem das esquadrilhas de bombardeios, alertando as defesas anti-aéreas para ataques iminentes.
Acima o único aeroporto da ilha atual, fica sobre o Campo de Pouso 02, da Época da guerra. Abaixo os restos do Campo 03 e, mais abaixo, construções que foram feitas sobre o local onde ficava o Campo 01.
Entre Julho de 1944 e fevereiro de 1945 o comandante Kuribayashi transferiu as linhas defensivas das praias para uma complexa rede de túneis, planejados por engenheiros especializados em minas, vindos do Japão, escavados no Monte Suribachi, um vulcão inativo de pouco mais de 150m de altura no extremo sul da ilha. Abaixo uma visão geral da área do desembarque e closes mais próximos do Monte Suribachi e da praia.
Outras posições defensivas foram construídas ou escavadas de modo a deixar os invasores sob um intenso fogo cruzado. Abaixo uma visão geral da área do desembarque americano e na sequência, planos mais restritos do monte, da praia e, por fim, a região Norte da ilha, onde ficou o QG da defesa japonesa.
Após três dias de intensos bombardeios navais, os americanos chegaram. Na madrugada de 19 de fevereiro, furiosos bombardeios aéreos e navais só obtiveram silêncio como resposta das defesas japonesas. Por volta das 9 da manhã 30 mil fuzileiros chegaram às praias, mas somente após avançarem cerca de 500 metros terra adentro é que a artilharia japonesa atacou.
O Monte Suribachi foi tomado apenas em 23 de fevereiro. Em seu cume foi feita a famosa foto de Joe Rosenthal, a "Raising the Flag on Iwo Jima". A conquista da ilha foi consolidada apenas em 26 de março.
Os americanos contabilizaram cerca de 7.000 mortos dentre 26.000 atingidos. Dos japoneses foram feitos apenas 200 prisioneiros dentre os quase 22.000 defensores da ilha. Em 22 de março o comandante Kuribayashi transmitiu uma última mensagem, por rádio, onde reconhecia a derrota iminente, o valor de seus soldados e pedia perdão ao Imperador:
Os americanos contabilizaram cerca de 7.000 mortos dentre 26.000 atingidos. Dos japoneses foram feitos apenas 200 prisioneiros dentre os quase 22.000 defensores da ilha. Em 22 de março o comandante Kuribayashi transmitiu uma última mensagem, por rádio, onde reconhecia a derrota iminente, o valor de seus soldados e pedia perdão ao Imperador:
Estou satisfeito em poder relatar que tenazmente lutamos bem contra a superioridade material esmagadora do inimigo. Todos os meu oficiais e soldados merecem a mais alta recomendação. Todavia humildemente peço perdão a Sua Majestade de não ter correspondido às expectativas e tenha que ceder a ilha ao inimigo, depois de ter visto morrer tantos oficiais e soldados.1
Tomo a liberdade de comparar a Batalha de Iwo Jima à Batalha das Termópilas. Reconheço, logicamente, que nesta esteve em jogo a sobrevivência da democracia grega frente aos conquistadores e agressores Persas, enquanto naquela os cruéis conquistadores e agressores eram os japoneses, agora em retirada. E aqui não vai qualquer absolvição aos japoneses. Mas comparo os homens de ambos os tempos, em seu inacreditável desapego à vida frente a um senso de dever para com sua Pátria. E, também, a coragem, embora suicida (portanto reprovável), diante da diferença de poderio militar.
Tanto os gregos quanto os japoneses terminaram derrotados pelas forças imensamente superiores que combateram, mas, a nossa simpatia, especialmente após assistir ao filme “Cartas de Iwo Jima”, de Clint Eastwood, fica com os que caíram vencidos, assim como com seu comandante. É difícil pensar em Tadamichi Kuribayashi sem lembrar de Leônidas...
Vale lembrar, contudo, que, se a resistência feroz dos japoneses de Iwo Jima de fato fez com que os americanos repensassem uma invasão ao Japão, por outro lado serviu para justificar o ataque nuclear a Hiroshima e Nagazaki...
102 ANOS DA
PRISÃO DE MATA HARI
"Prostituta
sim, traidora jamais!"
Em um dia 13/02, na cidade de Paris em
1917, ocorria a prisão da suposta espiã Mata Hari, suspeita de ser agente dupla
para França e Alemanha durante a I Guerra Mundial.
Margaretha Geertruida Zelle, depois
MacLeod, nasceu a 07/08/1876 em Leeuwarden – Friesland – Holanda, filha de Adam
Zelle e Antje van der Meulen, que lhe deram mais três irmãos e uma infância
abastada e de excelente instrução até os 13 anos, por conta dos investimentos
bem sucedidos do pai em petróleo.
Em 1889 Adam faliu, em 1891 Antje morreu
e em 1893 Margaretha ganhou uma madrasta. Quando a família original se desfez,
ela se mudou para a casa do padrinho em Sneek, onde tentou formação para
lecionar. Mas o diretor da escola a assediou e ela foi retirada da escola, indo
morar com um tio em Haia.
Em 11/07/1895, já com 18 anos, Margaretha
se casou com Rudolf MacLeod, Capitão do Exército Colonial Holandês, a quem
conhecera através de um anúncio de jornal (!).
Após o enlace, que catapultou a moça para
a alta sociedade holandesa, e o nascimento do primeiro filho Norman-John
MacLeod (30/01/1897), o casal se mudou para Malang, na Ilha de Java, onde
nasceu a menina Louise Jeanne MacLeod (02/05/1898).
O comportamento errático e violento do
Capitão Rudolf, e a morte por envenenamento do pequeno Norman, levou o casal à
separação e a uma dolorosa disputa judicial por bens e pela guarda da menina
Louise.
Louise, Norman e o Capitão Rudolf |
Neste período Margaretha aprendeu
costumes e danças malaios, tornando-se dançarina e adotando o nome artístico de
Mata Hari, que significa Olho do Dia (Sol). Em 1906 foi concretizado o divórcio
do casal e à mãe coube a guarda de Louise, cabendo ao pai o pagamento de
pensão, o que não fez.
Nesta época Mata Hari já estava morando
em Paris e fazendo algum sucesso como dançarina exótica devido às suas
habilidades de dança e à sua beleza que foi descrita assim:
Grande, esbelta, ela exibe sobre seu
maravilhoso pescoço, flexível e cor de âmbar, uma face fascinante,
perfeitamente ovalada, cuja expressão sibilina e tentadora impressiona. A boca,
vigorosamente desenhada, traça uma linha móvel, desdenhosa, muito carnuda, sob
um nariz reto e fino cujas asas palpitam sobre duas covinhas sombreadas nos
limites de seus lábios. Os magníficos olhos, ligeiramente puxados, aveludados e
melancólicos, são envoltos por longos cílios encurvados e têm qualquer coisa de
hindu. Seu olhar é enigmático: perde-se no vazio. Os cabelos, muito pretos,
repartidos ao meio, montam em sua face um quadro de impenetráveis ondulações. (1)
Em pouco tempo Mata Hari já estava se
apresentando para príncipes em casas badaladas como o Museu Guimet, onde
começou, e o Olympia de Paris. Entre os anos de 1910 e 1911, porém, ela se afastou
dos palcos para viver como amante do banqueiro Félix Rousseau.
Mata Hari em apresentação no Museu Guimet |
Quando o romance terminou Mata Hari
conseguiu, através do ex amante Albert Kiepert, agendar apresentações para 1914
no Metropol de Berlim, planos que a deflagração da I Guerra Mundial interromperam.
Por conta da guerra, Mata tentou voltar a
Paris através da Suiça, mas foi impedida após interrogatório na fronteira. Só
conseguiu permissão para retornar à Holanda. Em 1916 tentou novamente viajar
para França através da Inglaterra, sem sucesso de novo, pois os ingleses já
desconfiavam que fosse espiã alemã, alertados que foram pela equivocada
inteligência italiana.
Quando finalmente conseguiu viajar,
passou a ser seguida por policiais franceses que, até 1917, não encontraram
nada realmente suspeito.
Na França Mata Hari conheceu e se
apaixonou pelo Oficial russo Vladimir de Masloff, que foi ferido no olho, sendo
internado no hospital militar de Vittel onde, para visitá-lo, Mata Hari
precisava de autorização do Capitão Georges Ladoux.
Crente de que Mata Hari era espiã alemã,
Ladoux tentou "cooptar" a inimiga condicionando a autorização de
visita a que Mata espionasse os alemães. E ela aceitou, interessada no
dinheiro!
Enviada à Espanha, Mata Hari se hospedou
no Hotel Ritz de Madrid e logo fez contato com o "Capitão Hauptmann
Kalle, adido militar da embaixada alemã" em busca de informações.
Mas Kalle percebeu logo que a mulher era
uma espiã, muito fraca por sinal, e começou a abastecê-la de informações
falsas, ao mesmo tempo que transmitia para Berlim informações fúteis que Mata
Hari lhe passava, mas usando um código antigo que, ele sabia, os ingleses e
franceses conseguiriam facilmente decifrar. Esse detalhe, que poderia ter salvo
Mata Hari em seu julgamento, não foi informado ao tribunal.
Quando voltou a Paris, certa de que
fizera um excelente trabalho, Mata Hari foi presa, acusada de ser agente dupla,
dentro do contexto de caça a bodes expiatórios que as derrotas francesas
ensejavam.
Mata Hari presa |
Em seu julgamento, Mata Hari confessou
que fora procurada na Holanda pelo Cônsul Alemão Karl Kroemer que lhe ofertou
dinheiro para espionar os franceses, o que ela aceitou, mas jamais cumpriu. O
juri, juntando essa confissão ao conhecimento das informações passadas na
Espanha, condenou Mata Hari à morte.
Diz a lenda que, a 15/10/1917 em
Vincennes – Paris, diante do pelotão de fuzilamento, Mata Hari soprou um beijo
para os soldados perfilados.
No centro da página a notícia do fuzilamento. |
Segundo Philippe Collas, autor de Mata
Hari – Sa Véritable Histoire: “Mata Hari é culpada porque era imoral. Uma
mulher liberada, um símbolo sexual, uma mulher livre.” (2)
Livro de recortes de Mata Hari |
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Fontes e Imagens:
(1)
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/mata_hari.html
(2)
http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/mata-hari-seu-pecado-amar-demais-436037.shtml
Fontes e Imagens:
https://en.wikipedia.org/wiki/Mata_Hari
http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/mata-hari-seu-pecado-amar-demais-436037.shtml
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/mata_hari.html
http://seuhistory.com/noticias/mata-hari-espia-mais-famosa-do-inicio-do-seculo-xx-prostituta-sim-mas-traidora-jamais
http://alunosonline.uol.com.br/historia/mata-hari.html
http://brasileiros.com.br/2017/01/o-fuzilamento-de-mata-hari-mais-famosa-espia/
http://neinordin.com.br/mata-hari-2/
COROAÇÃO DE ELIZABETH
I DA INGLATERRA
Em um dia 15/01 como hoje, em
1559, Elizabeth Tudor era coroada Rainha da Inglaterra e Irlanda na Abadia de
Westminster, após a morte de Maria I, sua meia irmã.
Filha de Henrique VIII e Ana
Bolena, Elizabeth nasceu na linha de sucessão ao trono inglês, mas lá
permaneceu apenas por dois anos e meio, até a execução de Ana Bolena a mando do
rei, quando foi declarada filha ilegítima.
Henrique VIII e Ana Bolena |
Quando Henrique VIII morreu, em
1547, foi sucedido por seu filho com Joana Seymour, Eduardo VI que governou por
apenas seis anos e, por sua vez, nomeou sua prima Joana Grey como sucessora,
ignorando as reivindicações de Maria e Elizabeth.
Mas o reinado de Joana foi curto,
durando apenas nove dias. Quando o Conselho Privado Real retirou-lhe o apoio,
transferindo-o para Maria, Joana foi presa e condenada à morte, sendo executada
no ano seguinte.
Maria, filha de Henrique VIII e
Catarina de Aragão, sucedeu Joana e governou por cinco anos sem, contudo, gerar
um herdeiro, o que recolocou Elizabeth na linha de sucessão ao trono.
Maria e Elizabeth |
Como Maria era católica e
Elizabeth era protestante, a religião foi foco de atritos entre ambas,
fazendo-as o ponto de apoio para os quais convergiam os mais diversos
interesses partidarizados.
Maria quase condenou a meia irmã à
morte após a Rebelião de Wyatt em 1554, mas Elizabeth se defendeu muito bem e
foi inocentada pelos rebeldes, de modo que apenas foi posta em prisão
domiciliar até a morte da rainha, o que ocorreu em 17/11/1558.
Residência onde Elizabeth cumpriu prisão domiciliar. |
Elizabeth, que tinha 25 anos
quando se tornou rainha e já gozava de grande popularidade entre o povo,
comprometeu-se em fazer um governo apoiado em “...bons conselhos e
consultas.”
No campo mais explosivo, o
religioso, Elizabeth se manteve protestante, mas adotou vários símbolos
católicos, cultivou a imagem de virgem, afastou-se dos radicais puritanos e
revogou as leis que permitiam a perseguição religiosa.
Abadia de Westminster |
Como uma das maiores
representantes do absolutismo inglês, a Rainha Virgem reinou por 44 anos e
durante seu governo a Inglaterra se tornou uma potência marítima e cultural,
sobretudo pela estabilidade proporcionada.
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Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_I_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_VIII_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_VI_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joana_Grey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_I_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Wyatt_(filho)
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Westminster_Abbey_(6761119615).jpg
A BATALHA DE IWO JIMA
Entre
os meses de fevereiro e março de 1945 as esperanças de vida ou morte de uma
nação inteira se concentraram em um pequeno e árido pedaço de terra, uma ilha,
que tornara-se alvo estratégico militar de importância vital. Referimo-nos à
ilha de Iwo Jima, a última linha defensiva entre as forças navais americanas e
o solo sagrado do Japão. Referimo-nos à célebre Batalha de Iwo Jima!
Defendida
por cerca de 22.000 soldados, comandados pelo Tenente-general Tadamichi Kuribayashi, Iwo Jima
deveria ser mantida até o último homem e sua tomada deveria custar tantas vidas
de soldados americanos que desencorajasse uma invasão ao Japão.
Para
os americanos a importância da ilha estava em seus 3 campos de pouso e em
eliminar o último bastião de defesa fora do próprio Japão, de onde ataques
poderiam ser lançados contra as forças americanas e de onde os japoneses
monitoravam a passagem das esquadrilhas de bombardeios, alertando as defesas
anti-aéreas para ataques iminentes.
Acima o único aeroporto da
ilha atual, fica sobre o Campo de Pouso 02, da Época da guerra. Abaixo os
restos do Campo 03 e, mais abaixo, construções que foram feitas sobre o local
onde ficava o Campo 01.
Entre Julho de 1944 e fevereiro de 1945 o comandante
Kuribayashi transferiu as linhas defensivas das praias para uma complexa rede
de túneis, planejados por engenheiros especializados em minas, vindos do Japão,
escavados no Monte Suribachi, um vulcão inativo de
pouco mais de 150m de altura no extremo sul da ilha. Abaixo uma visão geral da área do
desembarque e closes mais próximos do Monte Suribachi e da praia.
Outras
posições defensivas foram construídas ou escavadas de modo a deixar os
invasores sob um intenso fogo cruzado. Abaixo uma visão geral da área do
desembarque americano e na sequência, planos mais restritos do monte, da praia
e, por fim, a região Norte da ilha, onde ficou o QG da defesa japonesa.
Após
três dias de intensos bombardeios navais, os americanos chegaram. Na madrugada
de 19 de fevereiro, furiosos bombardeios aéreos e navais só obtiveram silêncio
como resposta das defesas japonesas. Por volta das 9 da manhã 30 mil fuzileiros
chegaram às praias, mas somente após avançarem cerca de 500 metros terra adentro
é que a artilharia japonesa atacou.
O
Monte Suribachi foi tomado apenas em 23 de fevereiro. Em seu cume foi feita a
famosa foto de Joe Rosenthal, a "Raising the
Flag on Iwo Jima". A conquista da ilha foi consolidada apenas em 26 de
março.
Os americanos contabilizaram cerca de 7.000 mortos dentre 26.000 atingidos. Dos japoneses foram feitos apenas 200 prisioneiros dentre os quase 22.000 defensores da ilha. Em 22 de março o comandante Kuribayashi transmitiu uma última mensagem, por rádio, onde reconhecia a derrota iminente, o valor de seus soldados e pedia perdão ao Imperador:
Estou satisfeito em poder
relatar que tenazmente lutamos bem contra a superioridade material esmagadora
do inimigo. Todos os meu oficiais e soldados merecem a mais alta recomendação.
Todavia humildemente peço perdão a Sua Majestade de não ter correspondido às
expectativas e tenha que ceder a ilha ao inimigo, depois de ter visto morrer
tantos oficiais e soldados.1
Tomo a liberdade de comparar a Batalha de Iwo Jima à
Batalha das Termópilas. Reconheço, logicamente, que nesta esteve em jogo a
sobrevivência da democracia grega frente aos conquistadores e agressores
Persas, enquanto naquela os cruéis conquistadores e agressores eram os
japoneses, agora em
retirada. E aqui não vai qualquer absolvição aos japoneses.
Mas comparo os homens de ambos os tempos, em seu inacreditável desapego à vida
frente a um senso de dever para com sua Pátria. E, também, a coragem, embora
suicida (portanto reprovável), diante da diferença de poderio militar.
Tanto
os gregos quanto os japoneses terminaram derrotados pelas forças imensamente
superiores que combateram, mas, a nossa simpatia, especialmente após assistir
ao filme “Cartas de Iwo Jima”, de Clint Eastwood, fica com os que caíram
vencidos, assim como com seu comandante. É difícil pensar em Tadamichi Kuribayashi
sem lembrar de Leônidas...
Vale
lembrar, contudo, que, se a resistência feroz dos japoneses de Iwo Jima de fato
fez com que os americanos repensassem uma invasão ao Japão, por outro lado
serviu para justificar o ataque nuclear a Hiroshima e Nagazaki...
22 DE SETEMBRO
A BATALHA DE MARATONA
Antecedentes
Entre os anos de 500 e 494 a.C., as cidades de Atenas e Erétria apoiaram Mileto, cidade de origem grega da Ásia Menor[1], em sua revolta contra os persas.
Essa e outras cidades de origem grega da Ásia Menor “...há muito submetidas à Pérsia, eram igualmente os celeiros tanto das cidades jônicas como das do território central grego.”[2]
Mas as relações entre os gregos e persas eram relativamente pacíficas até então. Quando partiu para conquista da Trácia, por exemplo, Dario I contou com apoio de uma grande frota naval grega, que “...navegou da Jônia até a foz do Ister (atual Danúbio).”[3]
O confronto aconteceu por causas variadas. Uma delas teria sido o ressentimento dos gregos pelo domínio persa, apesar de que “Os costumes, as crenças e as próprias instituições de cada cidade foram respeitadas. Havia mesmo liberdade intelectual...”[4]
Quando a Pérsia conquistou o Estreito de Bósforo, passando a dominar o comércio na região, o fez em prejuízo dos gregos e benefício dos fenícios, o que constituiu uma causa econômica do conflito.[5]
A situação se deteriorou completamente quando a Pérsia tentou interferir na política interna de Atenas, apoiando a volta da tirania de Hípias, que fora expulso da cidade. Quando a revolta surgiu em Mileto, Atenas se uniu à Erétria, enviando tropas para atacar Sardes. Foram derrotados pelos persas.[6]
Dario I fez concessões aos derrotados, “...o estabelecimento de um cadastro parece ter permitido uma distribuição mais equitativa do imposto e certas cidades foram autorizadas a conservar a constituição democrática que tinham promulgado desde 498.” [7]
Mas Dario I, que vira o potencial destrutivo de uma revolta na Ásia Menor, apesar da falta de unidade dos gregos, parece ter percebido que a região estaria sempre em perigo enquanto as cidades da Grécia peninsular se mantivessem livres de sua autoridade.[8] Quatro anos depois da vitória, ele enviou um exército para punir aquelas cidades gregas, iniciando a I Guerra Médica (Os gregos chamavam os persas de Medos, daí Médicas).
A PRIMEIRA GUERRA MÉDICA
A quantidade de soldados e navios empregados pelos persas é variável como o número de historiadores a escrever sobre ela, de modo que não há como cravar um número exato de soldados.
Os primeiros alvos da ofensiva persa foram as cidades de Naxos e Erétria, que foram tomadas. Em seguida o exército invasor se dirigiu à Ática (território grego) e desembarcou em Maratona.[9]
O local, indicado por Hipias, era importante por conta das vantagens estratégicas que proporcionava: “Uma praia de areia, abrigada dos ventos do Norte e do Oriente, fornecia um abrigo seguro à frota persa; a planície de Maratona oferecia casualmente o campo livre a manobras de cavalaria, contra as quais a infantaria ateniense seria impotente.[10]
Uma frota bem protegida, apoiando um exército numeroso, que escolhera o lugar ideal para lutar com seus melhores recursos. Tudo pendia para o lado persa em Maratona. A célebre batalha estava prestes a começar.
A BATALHA DE MARATONA
A Baia de Maratona, vista a partir do lado oposto ao ancoradouro persa. No centro da imagem, ao fundo, o Cabo Cinosura. Google Street View
Sob o comando de Dátis, os persas atracaram seus navios na baia de Maratona, na qual o Cabo Cinosura protegeria os navios dos ventos. O local parece ter sido escolhido também pela proximidade de um lago, hoje seco, que serviria de fonte de água ao exército.[11]
Apesar da distância, a notícia do desembarque logo chegou a Atenas onde Milcíades, um dos líderes atenienses, clamou pelo ataque imediato.[12]
Um emissário foi enviado a Esparta para solicitar ajuda, mas estes responderam que “não podiam fazê-lo imediatamente, pois não queriam infringir a lei que os proibia de se porem em marcha antes da lua cheia...”[13], de modo que as forças que Milcíades conseguiu reunir partiram sem os reforços pretendidos.
Os atenienses teriam se deslocado pela rota que “...passa através de Palene, contorna o monte Pentélico por sudeste e acede a planície de Maratona também por sudeste.”[14] e, acampados no santuário de Héracles, receberam o reforço de tropas de Plateia. As forças gregas tomaram posição por entre as árvores do santuário de Héracles, impedindo o uso da cavalaria persa.[15]
A Praia Schinias, local onde ancorou a frota persa. No centro da imagem, ao fundo, o Cabo Cinosura. Google Street View
O Monte Agrieliki nas imediações da provável localização do Santuário de Héracles, onde teriam acampado os gregos. Google Street View
Sem poder usar sua força principal e premido pela iminente chegada dos espartanos, Dátis foi obrigado a confiar no maior número de sua infantaria.[16] Então os gregos saíram do bosque e a batalha começou.[17]
Há divergências quanto ao posicionamento das tropas para a batalha e as versões são duas. Na primeira os persas teriam se posicionado de costas para o mar, entre dois rios que desaguavam na baia.[18]
Na segunda os persas se alinharam com o mar à sua esquerda, e os gregos avançaram com as águas à direita, hipótese defendida por Sekunda, considerando a informação de que muitos persas fugiram para a área de vegetação chamada Grande Marisma, já próxima à praia onde estava ancorada a frota.[19]
As duas hipóteses: à esquerda os gregos atacam em direção ao mar. À direita os gregos atacam com o mar à sua direita.
Quando o ataque começou os gregos avançaram por cerca de 1200m e correram outros 300m quando os persas dispararam as flechas. No choque inicial houve equilíbrio e os combates corpo a corpo prolongaram-se.[20]
Depois as tropas persas do centro conseguiram fazer recuar os gregos. Heródoto afirma que os atenienses ocuparam a ala direita e os plateus a esquerda, mas na parte central “...as fileiras não eram muito compactas, tendo aí o exército o seu ponto fraco;”[21] e foi justamente no centro que os persas levaram vantagem, fazendo recuar as forças gregas.
Os persas poderiam ter vencido se as laterais gregas não rompessem suas linhas à esquerda e à direita, fazendo-as fugir em direção aos navios.[22]
Na perseguição, os gregos chegaram à praia de Schinias, onde os fugitivos persas da ala esquerda tentavam embarcar em seus navios que recuavam para águas mais profundas.[23]. Segundo Heródoto:
A batalha de Maratona foi longa e cheia de peripécias. Os bárbaros conseguiram desbaratar as fileiras do centro do exército ateniense, pondo em fuga os remanescentes; mas as duas alas compostas de Atenienses e Plateus atacaram as forças persas que haviam rompido o centro do exército, impondo-lhes uma derrota irreparável. Vendo-as fugir, lançaram-se em sua perseguição, matando e esquartejando quantos encontraram pela frente, até a beira-mar, onde se apoderaram de alguns dos navios inimigos. [24]
Área próxima ao provável centro dos combates (desconsiderando eventuais avanços ou recuos do mar). Google Street View
A Praia Schinias, local do acampamento persa, para onde os soldados fugiram em busca de seus navios. Google Street View
Não é difícil imaginar que soldados desesperados tentando embarcar a qualquer custo tenham se tornado alvos fáceis para os perseguidores gregos ao mesmo tempo em que prejudicavam a partida dos barcos. Sekunda afirma que os gregos capturaram sete deles.[25]
Área do Grande Marisma, região pantanosa na época da batalha, nas imediações da Praia Schinias, para onde os soldados persas fugiram e de onde poucos sairam. Google Street View
Menos sorte ainda tiveram os fugitivos da ala esquerda persa, refugiados no Grande Marisma pois, quase impossibilitados de chegar aos navios, coisa que poucos lograram fazer, tornaram-se alvos ainda mais fáceis para os gregos.[26]
(GIORDANI;
1967) pg. 118
http://it.wikipedia.org/wiki/Battaglia_di_Maratona.
Acesso: 16/05/15
http://it.wikipedia.org/wiki/Battaglia_di_Maratona.
Acesso: 16/05/15
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BATALHA DE ACTIUM
A Batalha Naval de Actium, na qual as forças de Otavio César, sob comando de Marcus Vipsanius Agripa, enfrentaram a frota de Marco Antônio e Cleópatra, aconteceu em 02/09/31 a.C.
Ocorrida no contexto da guerra civil romana que encerrou a aliança política conhecida como Segundo Triunvirato, ela foi o combate decisivo, que selou a sorte dos contendores e mudou a História do mundo antigo ocidental.
À época, o Segundo Triunvirato não existia mais na prática, pois Lépido, que estava na África, fora paulatinamente afastado das decisões importantes e apenas os demais membros, Otávio e Antônio, dividiam o poder de fato, com este governando as províncias do Oriente e aquele governando Roma.
Marco Antônio - Lépido - Otávio César - Cleopatra |
Os inimigos de ambos estavam mortos ou exilados e a aliança fora selada com o casamento de Antônio com a irmã de seu parceiro, Otávia. Quando Marco Antonio se aliou a Cleópatra porém, a situação começou a mudar. Ele abandonou a esposa, irmã de Otávio, e passou a viver com a Rainha do Egito em Alexandria.
A crise política romana chegou ao ponto sem retorno quando Marco Antônio fez as chamadas Doações de Alexandria, na qual o general cedia territórios de Roma a seus filhos com Cleópatra:
O filho de Cleópatra e Antônio, Alexandre Hélio, foi proclamado rei da Armênia e da Pártia (por conquistar).
O outro filho do casal, Ptolomeu Filadelfo, recebeu a Síria e a Cilícia.
A filha, Cleópatra Selene, obteve a Cirenaica e a Líbia.1
Acima a divisão proposta por Antônio. |
A loucura de Marco Antônio denunciada no Senado. |
Quando a notícia deste ato chegou a Roma, Otávio denunciou Antônio no Senado e conseguiu a aprovação dos Senadores para uma declaração de guerra contra o Egito. A batalha estava prestes a começar!
Marco Antônio se dirigiu à Grécia. Lá ele reuniu, com apoio de Cleópatra, entre 300 e 400 barcos, sendo naus de guerra e de transporte. Seu plano era invadir a Itália, levando suas tropas em direção a Roma.
Otávio, por seu lado, construiu uma frota nova, contando com 250 navios. Ele não queria travar combate em solo italiano e agiu de forma a manter as tropas de Antônio em território grego, bloqueando a seus navios o acesso à península italiana.
Acima e abaixo, vistas aéreas atuais do local da batalha. |
Quando Antônio estabeleceu sua base no promontório de Actium, no atual Golfo de Arta, Grécia, Otávio desembarcou suas tropas, sob o comando de Marcus Vipsanius Agripa, ao Norte, avançando depois rumo ao Sul, para atacar os adversários por terra.
Mas o movimento que deu início às hostilidades foi naval: o afundamento da frota de transporte de Antônio, quando transportavam suprimentos para Actium. Quando a frota de Otávio chegou, bloqueou as rotas marítimas de seu adversário.
Acima e abaixo, vistas atuais do local da batalha. |
Percebendo as dificuldades que teriam pela frente, muitos soldados de Antônio desertaram, obrigando-o a incendiar vários de seus navios que ficaram sem tripulação.
A situação deixou Marco Antônio com apenas duas alternativas: lutar em terra, opção preferida pelas tropas devido a maior experiência, ou atacar a frota de Otávio, na esperança de romper o bloqueio.
Esta última, que era a opção preferida por Cleópatra, foi a escolhida. Ela e Antônio acreditavam que seus navios, mais pesados e armados com disparadores de projéteis (balistras), levariam vantagem sobre as embarcações mais leves de Otávio.
Mas a leveza também garantia melhor margem de manobra e logo a frota de Otávio estava em vantagem. Na primeira oportunidade, Cleópatra fugiu com seus navios, sendo rapidamente seguida por Marco Antônio.
Diante da fuga de seu comandante, as tropas navais e terrestres de Antônio sucumbiram ou renderam-se naquele dia ou logo nos dias seguintes.
Algum tempo depois, Otávio desembarcou em Alexandria, capital do Egito, para terminar de vez o assunto com Antônio. Mas este cometeu suicídio.
Quando teve uma proposta de aliança recusada, seu filho Cesarion morto e na iminência de ser exibida em um desfile romano, Cleópatra também se suicidou.
Com o fim de seus inimigos, Otávio César anexou o Egito ao império e retornou a Roma como líder incontestável. Contudo, se na prática detinha o poder absoluto, também soube manter as aparências, preservando as instituições republicanas mas reservando-lhes um papel cada vez mais meramente decorativo.
Quando anunciou que renunciaria aos cargos que detinha, o Senado implorou que os mantivesse e outorgou-lhe o título de Augusto. Roma, que era um império, tinha agora um Imperador.
Começava um dos governos mais exitosos de toda a História!
AVE CÉSAR! AVE AUGUSTUS!
1https://pt.wikipedia.org/wiki/Doa%C3%A7%C3%B5es_de_Alexandria
http://corvobranco.tripod.com/ArtigosHT/ht_batalhaActium.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_%C3%81ccio
Imagens:
Area of the Battle of Actium, Preveza. Harry Gouvas
http://prevezamuseum.spaces.live.com
http://www.mlahanas.de/Greece/Cities/PrevezaActium01.html
Actium Battlefield – Aerial View
http://www.colorado.edu/classics/clas1061/Text/RFHO14.htm
The Donations of Alexandria Map
http://questgarden.com/72/85/5/081109184839/process.htm
Battle of Actium
http://ximene.net/home/research-topics/history/roman-empire/the-super-power/the-principate/
Anthony and Cleopatra. Painting by Agnes Pringle - photo credit: Laing Art Gallery
http://www.bbc.co.uk/arts/yourpaintings/paintings/the-flight-of-antony-and-cleopatra-from-the-battle-of-acti37069
Cartago era neste local.
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A BATALHA DE CANAS1 |
O desespero tomou conta de Roma quando a notícia da
tragédia militar do Lago Trasímeno, derrota catastrófica imposta por Hannibal
ao exército romano, chegou à cidade e a situação ficou ainda mais crítica
quando se soube que cerca de 4 mil cavaleiros foram mortos ou presos em
emboscada quando tentavam socorrer as tropas de Flamínio.
Então o Senado, fazendo uso de um recurso extremo, elegeu,
por meio de votação popular, um Ditador. O escolhido, Quintus Fabius Maximus,
concentrava o poder dos dois cônsules por um período de seis meses. Como
garantia de manter algum controle, o Senado nomeou o segundo em comando, o Magister
Equitum Minucius Rufo.
Um recrutamento foi logo convocado para formação de quatro
legiões. A falta de opções mais favoráveis fez com que predominassem soldados
veteranos ou muito jovens. O autor Mark Healy1
informa que, segundo Tito Livio, Fabius partiu com duas legiões, informação
mais confiável que a de Polibio, quando diz que o Ditador levou as quatro
legiões recém-formadas.
Assim, quando reuniu-se às quatro legiões de Gemino, Fabius
Maximus partiu para o Sul ao encalço de Hannibal, contando agora com cerca de
30 mil homens sob seu comando supremo.
Hannibal, por sua vez, seguira pela Úmbria para a costa do
Mar Adriático (arredores de Piceno), onde recuperou e descansou suas forças,
avançando ainda mais para o Sul, saqueando e queimando colheitas.
Cidade de Piceno.
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As tropas de Fabius alcançaram Hannibal nas imediações da
Apúlia e este logo ordenou a posição de batalha, mas os romanos não lhe
concederam o combate. Aquartelaram-se em um terreno mais elevado e aguardaram,
adotando uma tática quase de guerrilha, com pequenas escaramuças que minavam o
moral das tropas cartaginesas e aumentava a própria.
Arredores da atual Apulia. |
Mas Hannibal não podia aguentar tal desgaste por muito
tempo e levantou acampamento em direção Oeste, onde passou por Benevento e atacou
Campânia saqueando e incendiando a fértil região de Falernus. O plano era que
as províncias se sublevassem contra Roma, mas isso não ocorreu. Tampouco Fabius
concedeu o desejado combate aos cartagineses, apesar da fortíssima oposição de
Minucius Rufo e dos oficiais. Entretanto, o caminho de saída de Falernus foi
bloqueado em um desfiladeiro por 4 mil soldados romanos.
Atual região de Campânia, ao sul de Benevento. |
A fértil região do Ager Falernus nos dias atuais. |
Sem poder passar o inverno naquele vale, Hannibal elaborou
uma brilhante estratégia para atravessar o desfiladeiro guarnecido pelos
romanos. Improvisou tochas nos chifres de 2 mil bois e os enviou por outro
caminho. Pensando que os cartagineses estavam saindo por outra rota, os romanos
abandonaram o desfiladeiro e Hannibal o atravessou tranquilo seguindo, depois,
para a cidade de Geronium, que logo tomou e massacrou os habitantes.
Região de Campobasso, ao sul de Larino. A vila de Geronium ficava na área. |
E para melhorar a situação de Hannibal, Fabius foi chamado
a Roma onde recebeu dos senadores o pejorativo título de Cunctator (Contemporizador).
O comando ficou com Minucius e este, por conta de um erro de Hannibal,
conseguiu a vitória em um pequeno confronto, o que aumentou a confiança do
Senado em uma vitória em campo aberto e rendeu ao vitorioso poderes equiparados
ao do Ditador Fabius.
Com o comando dividido, Fabius e Minucius separaram as
tropas e Minucius logo foi atacar Hannibal perto de Geronium, sendo salvo da
aniquilação total por Fabius. Por sorte o inverno já se aproximava novamente e
a campanha foi suspensa.
Com o fim do prazo da ditadura de Fabius, os dois novos
cônsules assumiram o comando das tropas em meio às disputas políticas do
Senado, onde as facções dividiam-se quanto a estratégia para enfrentar
Hannibal. Os Cônsules eleitos, adeptos da estratégia de atacar, foram Varrão e
Emílius Paulo, os mandatos de Gemino e Régulo foram renovados e oito novas
legiões foram mobilizadas. Segundo os números de Políbio, Roma contava agora
com 80 mil soldados e 6 mil cavaleiros.
Ao final do inverno Hannibal saiu de Geronium e dirigiu-se
a Canas, uma cidadela em ruínas onde os romanos armazenavam grãos, azeite, etc.
Na Região, além dos alimentos, Hannibal posicionava-se muito bem
estrategicamente e forçava dois movimentos dos romanos, a busca de alimentos em
outros locais e o tão esperado confronto.
Nesta colina ficava a cidadela de Canas (Cannae), que Hannibal tomou junto com os suprimentos romanos. |
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Mark Healy1 acredita
que o cartaginês montou seu acampamento onde hoje fica a cidade de San
Ferdinando di Puglia, e que os romanos se estabeleceram nas imediações da atual
Trinitapoli, divididos em dois campos.
Periferia de San Ferdinando di Puglia, provável local do acampamento de Hannibal. |
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O local da batalha no contexto do mapa da Itália. |
No alto Trinitapoli, no meio San Ferdinando di Puglia e abaixo a colina de Canas. |
Em 02 de agosto de 216 a.C., 70 mil romanos cruzaram o Rio Aufido
(atual Ofanto) e 10 mil permaneceram na guarda dos acampamentos. Ao lado
direito das tropas, comandando 1600 membros da cavalaria, o Cônsul Emílius
Paulo, que escolheu ficar com o rio à sua direita, de modo a limitar o terreno
dos cartagineses.
Ponte sobre o Rio Aufido (atual Òfanto) cruzado pelos romanos para a batalha. |
O plano era forçar um combate frontal entre as cavalarias,
permitindo que a infantaria romana, bem mais numerosa que a de Hannibal, desse
conta do recado. Mas, essas delimitações não dificultavam apenas a mobilidade
cartaginesa... O espaço de manobra da própria infantaria era mínimo.
Hannibal, por sua vez, posicionou suas cavalarias em frente
às romanas, mas não formou sua infantaria em linha reta, adotando, porém, uma
formação em curva que obrigaria os romanos a avançar as laterais de sua
infantaria para a área entre as tropas e cavalarias de Cartago.
Quando o combate finalmente começou, a cavalaria sob
comando de Paulo foi a primeira a ceder e os cavaleiros de Hannibal tiveram
terreno livre para contornar a retaguarda romana e atacar a cavalaria de Varrão
por trás.
No choque das infantarias as tropas romanas obrigaram os
cartagineses a recuar, mas não conseguiram romper a linha, apenas fizeram o
côncavo virar convexo (ou vice-versa, não sei), e rapidamente tinham entrado na
armadilha. Com a pressão imensa de tantos soldados avançando e empurrando, logo
os romanos não conseguiam nem levantar os braços para usar as espadas.
As linhas vermelhas mostram o movimento das tropas romanas e as azuis são os soldados de Hannibal. |
Quando as cavalarias cartaginesas livraram-se de seus
oponentes romanos, fecharam o cerco pela retaguarda das legiões e o massacre começou.
Muitos morreram sem poder se mover.
Foi um terrível banho de sangue no qual 47 mil soldados
romanos foram mortos, assim como 2700 cavaleiros, dentre estes estavam Paulo,
Gemino e Minucius. Quase 20 mil romanos foram feitos prisioneiros. Os que
conseguiram escapar refugiaram-se em Canusium (atual Canosa di Puglia).
Porém, mais uma vez, Hannibal relutou em atacar Roma diretamente, preferindo forçar novos combates em campo aberto do que cercar a cidade. Mas o erro de um
combate como esse não seria mais cometido por Roma. A resposta da cidade foi
que não negociaria.
Entrada de Canusium, atual Canosa di Puglia, local de refúgio dos romanos que conseguiram escapar do massacre de Canas. |
Roma sabia que tinha o tempo em seu favor e ordenou novo
recrutamento. A cidade eterna dispunha de recursos aparentemente ilimitados e
adotara uma nova estratégia.
Hannibal veria, aos poucos, suas tropas serem reduzidas
pelas necessidades de controlar áreas tomadas e, sem receber reforços de
Cartago, foi enfraquecendo, mas a memória de sua espetacular vitória naquele dia, viveria para sempre.
1Todas as informações deste texto provém da obra “Canás 216 a.C. - Aníbal dizima as
legiões” (da série Grandes Batalhas da Osprey), de autoria de Mark Healy. As
imagens são de vários sites da internet e do Google Street View.
NOVE DE JULHO
REVOLUÇÃO DE 1932
No ano de 1932, no dia 09, ocorria o início da rebelião armada dos paulistas contra o governo federal chefiado por Getúlio Vargas.
A revolta vinha no ambiente da crise econômica mundial de 1929 e no início do governo Vargas, que ascendera ao poder pela Revolução de 1930.
Para responder à queda das exportações de café, o principal produto brasileiro, Vargas criara o Conselho Nacional do Café, que decidira pela compra do grão aos produtores e a subsequente queima, como forma de pressionar os preços para cima.
Apesar deste apoio, a elite paulista se ressentia pela perda do poder político, posto que Vargas governava por decretos na ausência de um texto constitucional que o limitasse.
Em 1931 começou a organização de um movimento em prol da promulgação de uma nova constituição que se espalhou por RS, SP, MG e RJ. A oposição começou a formar associações entre os partidos políticos para pressionar.
Do outro lado o movimento dos tenentes pressionava pela não realização de eleições, pois isso significaria a volta das elites da República Velha e do coronelismo ao poder.
Atendendo aos apelos por uma nova Carta Magna, em 24/02/1932 Getúlio Vargas publicou o anteprojeto da Constituição, que previa grandes mudanças, e o novo código eleitoral.
Este projeto era um grande avanço, pois permitia o voto das mulheres e de classes tais como sindicatos de patrões e empregados, que poderiam eleger deputados que os representassem.
Isso, obviamente, não agradava as elites, especialmente de São Paulo, pois a mudança do sistema eleitoral que permitira a política do café com leite não garantia que retomassem o poder. E uma onda de boatos começou a se espalhar, inflamando a população, principalmente em São Paulo.
Quando, em 22/05/1932, Osvaldo Aranha foi a São Paulo, espalhou-se o boato de que ele vinha fazer imposições ao Interventor Pedro de Toledo, que governava o estado.
Com isso uma multidão saiu às ruas para protestar e, quando tentaram invadir a sede do Partido Popular Progressista (tenentista), a reação policial resultou na morte de quatro jovens, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais formaram o nome de uma entidade que simbolizou o movimento dali em diante: o MMDC.
O MMDC começou a arrecadar doações para compra de armas visando combater o governo Vargas. Em 09/07/1932 eclodiu a luta armada na qual as tropas paulistas eram comandadas pelos Generais isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger e pelo ex Interventor Pedro de Toledo.
Os paulistas contavam com o apoio dos gaúchos, cariocas e mineiros, mas o RS e MG mudaram de lado e, no RJ, o líder revoltoso Agildo Barata e seus seguidores foram presos, de modo que SP ficou sozinho na luta e acabou cercado.
Menos de três meses depois, após muitos combates e a perda de 633 homens, São Paulo se rendeu. Getúlio venceu mas atendeu aos apelos por uma nova Constituição, promulgada em 16/07/1934.
A primeira mulher eleita para um cargo público no Brasil, Drª. Carlota Pereira de Queirós, participou de sua confecção.
Fonte e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html.
A MORTE DE FRANZ FERDINAND
Em um dia 28/06, no ano de 1914, ocorria o assassinato, por atentado a tiros, do Arquiduque Franz Ferdinand, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro na cidade de Sarajevo, na Bósnia Herzegovina.
Franz Ferdinand nasceu na cidade austríaca de Graz em 18/12/1863. Ele era filho de Karl Ludwig e Maria Annunziata e se tornou herdeiro do trono após dois incidentes: o suicídio de Rudolf Franz, herdeiro do trono, e a renúncia de Karl em favor do filho mais velho. O imperador à época era Franz Joseph I.
Militar desde os 14 anos, apesar de jamais ter recebido treinamento adequado, Franz atingiu o posto de Major General aos 31 anos e tinha grande influência no meio militar do império. Um ano antes de sua morte foi nomeado Inspetor Geral das Forças Armadas.
Em 1894 conheceu e se apaixonou pela Condessa Sophie Maria, com quem não podia se casar porque a moça não era da realeza. Eles mantiveram um romance em segredo até que gerasse um grande escândalo ao ser descoberto.
Mas, apesar da não autorização do casamento por parte do Imperador, Franz se manteve firme até que o “papa Leão XIII, o czar Nicolau II da Rússia, e o kaiser Guilherme II da Alemanha” enviaram pedidos ao Imperador e este liberou o casamento sob as condições de que a esposa não teria direito aos privilégios e títulos reais e nem seus filhos seriam herdeiros do trono.
O Casamento de Franz Ferdinand e Sophie Maria |
Celebrado em 01/07/1900, o casamento não contou com a participação de nenhum membro importante da família imperial e dali em diante Sophie , apesar de receber os títulos de Princesa de Hohenberg e Duquesa de Hohenberg, sempre ficava à parte nas cerimônias oficiais, com exceção das solenidades militares e, exatamente por isso, Sophie acompanhou o esposo a Sarajevo naquele dia fatídico.
Contrário às aspirações húngaras por mais autonomia e mais liberal em relação aos demais povos componentes do Império, Franz Ferdinand discordava em muitos aspectos com o Imperador Franz Joseph I, que não viu com maus olhos sua morte em Sarajevo.
Quando chegou à capital Bósnia, após assistir a exercícios militares que foram vistos como provocação na vizinha Sérvia, Franz e Sophie foram recebidos com deferência por autoridades locais que disponibilizaram um comboio de seis veículos, um dos quais conversível, no qual embarcaram Franz, Sophie, o governador local e um oficial militar.
A primeira parada foi em um quartel para rápida inspeção e, em seguida, o comboio seguiu em direção à Câmara Municipal. Foi neste trajeto que começaram os atentados.
Os planos para matar o Arquiduque formavam uma teia complexa que começara a ser tecida em 1913 pelo grupo Mão Negra (grupo de nacionalistas e pan-eslavistas sérvios do qual participava o “chefe da inteligência militar sérvia, coronel Dragutin Dimitrijević”), e que tinha como primeiro alvo o Governador Oskar Potiorek, que estava no carro com Franz e Sophie.
Em março de 1914, quando o atentado contra o governador deveria acontecer, os planos foram modificados diante do agendamento da visita do Arquiduque à cidade. Essa visita foi atrasada, assim como os planos, por conta da doença do Imperador. Quando este se recuperou, a viagem do herdeiro do trono foi reagendada.
Seis homens de Belgrado, a maioria muito jovens, foram recrutados para a missão: Mehmedbašić, Vaso Čubrilović, Cvjetko Popović, Gavrilo Princip, Trifun Grabež e Nedjelko Čabrinović. Eles percorreram um roteiro digno de filmes de espionagem, com treinamento, entrega de armas e cápsulas de suicídio, viagem de barco, passagem por um túnel secreto mediante apresentação de senha, etc, até chegar a Sarajevo. No dia do atentato, os seis homens foram posicionados ao longo do percurso da comitiva, de modo que haveria seis oportunidades de matar o arquiduque.
Quando a comitiva passou pelo primeiro terrorista, Mehmedbašić, este não conseguiu jogar a bomba com a qual estava munido, mesmo caso de Vaso Čubrilović, armado com bomba e pistola.
O próximo terrorista, Nedeljko Čabrinović, porém, conseguiu jogar sua bomba que, no entanto, quicou no carro e caiu na rua explodindo sob o veículo que vinha logo atrás, ferindo 20 pessoas.
Čabrinović engoliu sua cápsula de veneno e pulou no rio. Mas não conseguiu nem morrer, pois vomitou o veneno e o rio era muito raso, de modo que foi capturado.
Os outros três terroristas também falharam em seus ataques pois a comitiva partiu em disparada rumo à Câmara Municipal. Triste pelo fracasso, Gravilo Princip entrou em um bar para afogar as mágoas. Ele não sabia, mas este era o lugar certo na hora quase certa.
Na Câmara, a irritação de Franz Ferdinand foi amainada pelas doces palavras da esposa. O restante dos compromissos do dia foi cancelado e uma visita aos feridos no hospital foi programada. O casal embarcou no mesmo carro aberto, um percurso foi traçado, mas o motorista do carro não foi avisado.
Quando a comitiva partiu o motorista desavisado entrou por uma rua não programada e, quando manobrou para retornar ao roteiro planejado, o motor do carro “morreu” bem perto de onde Gravilo Princip estava.
Desta vez ele não perdeu a oportunidade. De uma distância aproximada de cinco metros, disparou apenas dois tiros. Um dele acertou o Arquiduque na veia jugular e o outro no abdôme de Sophie. Gravilo foi preso imediatamente e o casal foi levado à casa do governador, mas nada podia ser feito.
Franz Ferdinand e Gravilo Princip |
Sem saber, ou sem se importar, da gravidade de seus ferimentos, Franz Ferdinand dizia que não tinha nada e tentava socorrer a esposa: "Sofia, Sofia! Não morra! Viva para nossos filhos!". Mas Sophie morreu e Franz morreu dez minutos depois.
Começava ali um efeito dominó que logo colocaria a maior parte das principais nações do mundo, e suas colônias, em uma guerra mundial sem precedentes.
Fontes e Imagens:
https://seuhistory.com/hoje-na-historia/arquiduque-e-assassinado-em-estopim-da-primeira-guerra
https://tokdehistoria.com.br/tag/arquiduque-franz-ferdinand-da-austria/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Lu%C3%ADs_da_%C3%81ustria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Anunciata_das_Duas_Sic%C3%ADlias
https://de.wikipedia.org/wiki/Rudolf_von_%C3%96sterreich-Ungarn
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofia,_Duquesa_de_Hohenberg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Fernando_da_%C3%81ustria-Hungria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atentado_de_Sarajevo
MASSACRE DA PRAÇA TIAN'ANMEN
Em um dia como este 04/06, ano ano de 1989, terminavam as manifestações iniciadas em 15/04 e lideradas por estudantes chineses mas que contavam com a participação de intelectuais e trabalhadores urbanos de Pequim, (Beijing).
Os protestos ocorriam na forma de marchas pacíficas e eram contra a corrupção e a repressão do governo, a demora no avanço das reformas econômicas iniciadas pelo governo de Deng Xiaoping, a inflação e o desemprego.
A morte (natural) do ex-Secretário Geral do Partido Comunista, Hu Yaobang, considerado liberal e que houvera sido expulso do governo, serviu de motivo para as manifestações que começaram em reuniões de oração pelo falecido, evoluíram para greves estudantis, greves de fome e foram crescendo até se tornarem grandes marchas e se espalharem para outras cidades.
O governo da China deliberou sobre a forma de enfrentar os protestos e acabou decidindo pela dissolução das manifestações à força. Em 20 de maio, após vários pedidos pelo fim dos protestos, foi decretada lei marcial e em 03 de junho foram enviados tanques e tropas para Pequim e a Praça Tian'anmen, ou Praça da Paz Celestial.
Boa parte da população de Pequim reagiu à intervenção militar, colocando barreiras para atrasar os tanques e enfrentando os soldados que revidaram com metralhadoras.
O número de mortos varia entre 400 e 2600, além de várias prisões, expulsão de jornalistas estrangeiros, censura e controle de informações.
Como a praça estava desocupada pelos manifestantes quando os tanques chegaram, o termo Massacre da Praça Tian'anmen não está correto, já que não ocorreram mortes na praça em si. Os confrontos e mortes, inclusive de soldados, ocorreram antes de os tanques chegarem à praça.
No dia seguinte, 05/06, um jovem desrespeitou a proibição, invadiu a área restrita e parou uma coluna de tanques que vinha em sentido contrário.
O termo não existia ainda, mas a foto daquele momento “viralizou” e o homem virou capa das principais revistas e jornais ao redor do mundo, telejornais, filmes, documentários, etc.
Até hoje não se sabe com certeza a identidade do rapaz, nem se está vivo, pois as versões conflitantes lhe atribuem nomes e destinos diferentes.
Durante e após o fim das manifestações cerca de 900 pessoas foram presas. Os trabalhadores presos foram executados, os estudantes receberam penas mais leves. Profissionais da imprensa chinesa que apoiaram os protestos foram expulsos e o Presidente Zhao Ziyang perdeu o posto, que foi assumido por Jiang Zemin.
Deng Xiaoping - Zhao Ziyang - Jiang Zemin
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Os acontecimentos daqueles dias ainda hoje são um tabu na China que sufocou a oposição e calou as insatisfações populares com um crescimento econômico extraordinário desde então. A plena liberdade política, contudo, ainda é uma conquista distante para os chineses.
Fontes e Imagens:
http://www.infoescola.com/historia/massacre-da-praca-da-paz-celestial/
http://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-o-protesto-da-paz-celestial/
http://www.estudopratico.com.br/massacre-da-praca-da-paz-celestial/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deng_Xiaoping
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jiang_Zemin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zhao_Ziyang
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protesto_na_Pra%C3%A7a_da_Paz_Celestial_em_1989
https://www.betterworldinternational.org/blog/8-ordinary-people-change-world/
http://paginaglobal.blogspot.com.br/2014_06_02_archive.html
https://ricardonagy.wordpress.com/2010/09/19/refuse-resist/
http://otrabalho.org.br/praca-da-paz-celestial-25-anos-depois/
A MUDANÇA DA CAPITAL
Em um dia 17 de março, no ano de 1855, o Povoado de Santo Antônio do Aracaju era elevado à condição de Capital da Província de Sergipe, através da Resolução nº 413/1855, decisão tomada pelo Presidente Ignácio Joaquim Barboza e aprovada pela Assembléia Provincial por 18 votos a favor e 02 contra, dados por Martinho Garcez e o Vigário Barroso, de São Cristóvão, que também era deputado.
Ignácio Barboza era carioca, nascido no Rio de Janeiro em 10/10/1821, formado bacharel em ciências jurídicas e sociais, falava várias línguas, foi juiz municipal na cidade de Paraíba do Sul, RJ, secretário e vice-presidente da Província do Ceará, oficial da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda e suplente de deputado pelo Ceará. Casou-se no Ceará, teve duas filhas e ficou viúvo muito cedo.
Em 07/10/1853 foi nomeado pelo Imperador D. Pedro II como Presidente da Província de Sergipe, posto que assumiu em 17/11/1853, em São Cristóvão. O Imperador escolheu Ignácio por ser alguém de fora de Sergipe e sua intenção era ter alguém isento para mediar as disputas terríveis entre os grupos políticos dos liberais e conservadores.
Como Presidente, Ignácio Barboza se dedicou à segurança pública e à melhora do sistema de exportações de açúcar da província, ação que está diretamente ligada à mudança da capital que foi planejada e posta em ação entre 1854 e 1855.
Ignácio Barboza percebeu a decadência de São Cristóvão, tanto por sua localização distante do oceâno e a dificuldade de acesso de barcos maiores ao Rio Paramopama, quanto pela queda nas exportações de açúcar através do Rio Vaza Barris que estava em terceiro lugar, perdendo para o Rio Real em Estância e o Rio Cotinguiba, de Laranjeiras e Maruim.
Vale do Rio Paramopama - São Cristóvão |
A escolha e a mudança, no entanto, não foram tão abruptas quanto se pode imaginar. Primeiro era preciso tornar nossas exportações independentes da Bahia, o que ocorreu com a publicação do regulamento, em 23/02/1854, que determinava que todo açúcar deveria passar pela Mesa de Rendas de Sergipe, onde os impostos seriam pagos.
No mesmo ano, a Mesa de Rendas de Sergipe foi transferida do Porto das Redes, atual cidade de Santo Amaro das Brotas, para a Barra dos Coqueiros. E logo depois, em 19/01/1855 foi transferida novamente, desta vez para Aracaju, o que já sinalizava que uma mudança estava por vir.
Assim, após a conclusão do canal de ligação entre os rios Pomonga e Japaratuba, que permitia o escoamento da produção do Vale do Japaratuba, as condições de crescimento econômico da região estavam dadas. A mudança era agora não apenas uma vontade, mas uma imposição econômica.
Em 25/02/1855 foi convocada uma reunião na casa do Barão de Maruim, onde os deputados foram convencidos da necessidade de mudar a capital, mas não para Laranjeiras e Maruim, que possuíam rios pequenos, nem para Estância, cuja produção era menor que a do Vale do Cotinguiba, mas para uma nova cidade, planejada e construída do nada. O local escolhido foi a área extremamente bem localizada, abaixo do povoado Santo Antônio do Aracaju.
Colina do Santo Antônio - aqui nasceu Aracaju! |
O povo de São Cristóvão não ficou nada satisfeito com a mudança, mas a resistência não envolveu violência. A insatisfação tomou forma de protestos satíricos, com versinhos depreciativos contra as figuras do Barão de Maruim, do Presidente Ignácio e outros.
Praça São Francisco - São Cristóvão - Sergipe |
Há quem diga que ele pediu ao próprio D. Pedro II que desfizesse a mudança da capital. Obviamente não foi atendido, mas o Imperador com certeza lhe deu razão, pois escreveu em seu diário que considerava um desperdício abandonar aquela estrutura já existente em São Cristóvão : “Talvez tivesse sido melhor abrir canal reunindo o Vaza-Barris ao Cotinguiba do que mudar a capital, inutilizando-se quase tantos edifícios.” (D. Pedro II)
Feita, e tornada irreversível a mudança da capital, Ignácio Barboza não viveu muito mais para ver concretizada sua obra. Contraiu malária pouco tempo depois, foi transferido para Estância mas não resistiu e faleceu em 06/10/1855.
A missão de construir a capital, porém, prosseguiu através do planejamento feito pelo Engenheiro Sebastião Basílio Pirro, que projetou a cidade como um tabuleiro de xadrez. A cidade era limitada entre a atual Praça da Bandeira e o Rio Sergipe (à época ainda chamado de Cotinguiba) e entre a atual Avenida Barão de Maruim e a Praça General Valadão.
Assim nasceu nossa amada Aracaju!
Fontes:
http://anselmovieira.blogspot.com.br/2011/12/artigo-mudanca-da-capital-de-sergipe.html
http://sergipeemfotos.blogspot.com.br/2013/01/mudanca-da-capital-de-sao-cristovao.html
https://fontesdahistoriadesergipe.blogspot.com.br/2010/03/aracaju-historia-da-mudanca-da-capital.html
http://www.infonet.com.br/noticias/cidade//ler.asp?id=183995
http://museuhsergipe.blogspot.com.br/2013/03/revisao-na-biografia-de-joao-bebe-agua.html
http://bainosilustres.blogspot.com.br/2015/01/32-joao-bebe-agua.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%A1cio_Joaquim_Barbosa
Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Aracaju%20160%20Anos!.html
NAPOLEÃO ESCAPA DE ELBA
Em um dia 26/02 como este, no ano de 1815, Napoleão escapava da Ilha de Elba onde se encontrava exilado desde 04/05/1814 em cumprimento ao Tratado de Fontainebleau.
O Tratado fora imposto pelos comandantes da coalizão de países que derrotara a França na Batalha de Paris.
Recolhido no Palácio de Fontainebleau, Napoleão foi intimado a abdicar. Ele ainda tentou deixar seu filho como herdeiro do trono e sua esposa, Maria Luísa da Áustria, como regente, mas sem sucesso.
Encenação da chegada de Napoleão a Elba |
O tratado, porém, permitia que mantivesse o título de Imperador e foi-lhe concedido governar a Ilha de Elba, para onde poderia levar uma pequena corte, 400 soldados, manter alguns navios e receber do governo da França, anualmente, uma quantia de dois milhões de francos.
Nos primeiros meses de exílio o gênio de Napoleão promoveu uma verdadeira revolução administrativa na ilha com a "...construção de estradas e drenagem dos pântanos, impulsionar a agricultura e desenvolvimento de minas, bem como reformar as escolas da ilha e todo o seu sistema legal."(1)
E também consta que o soberano se tornou praticamente uma atração turística!
Conforme afirma Katharine Macdonogh em “A Sympathetic Ear: Napoleon, Elba And The British – From History Today (1994)” (2), no porto de Elba passaram a desembarcar inúmeros oficiais ingleses para conhecer o maior de todos os rivais da Inglaterra. E, segundo os relatos que a autora apresenta, Napoleão os encantou a ponto de torná-los admiradores dali em diante.
Segundo Lord John Russell, Napoleão se mostrou “extremamente bondoso ... sua maneira parece estudada para por a pessoa à vontade por sua familiaridade; Seu sorriso e riso são muito agradáveis” (2)
Outro relato, de Hugh Fortescue, Visconde Ebrington, diz que:
Sua maneira me deixou quase à vontade desde o início, e pareceu incentivar minhas perguntas, que ele respondeu sobre todos os assuntos sem a menor hesitação, e com uma rapidez de compreensão e clareza de expressão além do que eu já vi em qualquer outro homem. (2)
Mas, segundo Shannon Selin em seu blog “Imagining the Bounds of History” (3), logo a consciência do mundo diminuto ao seu redor, em contraste com as memórias do grande comando que exercera, parecem ter feito "cair a ficha" do grande homem. Some-se a isso o descumprimento do tratado pela França, que não efetuou o pagamento que fora prometido.
Este também parece ser o entendimento do Coronel Neil Campbell - comissário britânico na ilha – que escreveu diversas vezes aos seus superiores na Inglaterra informando sobre o declínio financeiro do Imperador, demonstrado nos cortes de obras e despesas gerais e alertando que a falta de pagamento a Napoleão poderia causar sua fuga.(3)
Mas, embora não estivesse totalmente errado, o coronel inglês não sabia que Napoleão já pensava em sair de Elba quando ainda estava em Fontainebleau!
Mantendo-se bem informado sobre o que ocorria na França, Napoleão soube de três fatos que podem tê-lo estimulado a deixar a ilha: a impopularidade de Luis XVIII; as conversas no Congresso de Viena sobre retirá-lo de Elba para outro local bem mais distante; a movimentação para coroar o Duque de Orleans governante da França, o que traria uma situação nova e de difícil reversão.(3)
Assim sendo, já em junho de 1814 havia boatos de que Napoleão pretendia deixar a ilha. Entretanto o acontecimento só foi se concretizar mesmo no ano seguinte quando o Coronel Neil Campbell viajou para Londres em 16/02.
Napoleão imediatamente deu ordens para que suas embarcações fossem preparadas. A partir dai os acontecimentos são como um fantástico roteiro de filme de ação e espionagem!
Portoferraio - Ilha de Elba - Google S.V. |
Segundo Selin, Napoleão ordenou que o navio Inconstant fosse pintado como um navio inglês e abastecido com mantimentos.
Quando uma embarcação britânica aportou em Elba ele ordenou que seu navio fosse escondido para não ser visto e colocou seus soldados para executar serviços corriqueiros de jardinagem! Pouco depois decretou bloqueio do porto evitando a partida de qualquer barco que pudesse alertar o exterior sobre sua fuga.
Em 25/02 ele avisou às autoridades da ilha que partiria e ordenou a impressão de cartas a serem divulgadas na França. No dia 26/02 a frota partiu levando 600 membros da Velha Guarda, 100 lanceiros poloneses desmontados, 300 membros do Batalhão Corso, 50 membros da gendarmeria (guarda) e 100 civis, incluindo empregados. (3)
No mar, a frota chegou a ser abordada por um navio inglês, mas o capitão deste foi enganado pelo capitão a serviço de Napoleão. Em 01/03 a pequena tropa do Imperador desembarcou em “Golfe-Juan, entre Cannes e Antibes”.
Golfe-Juan - França - Google Street View |
Napoleão saudado pelo 5º Regimento |
Algum tempo depois, as tropas do Quinto Regimento, enviadas para deter a marcha de Napoleão rumo a Paris o interceptaram. O soberano se postou sozinho, em frente aos soldados e os conclamou a atirar no próprio Imperador. Como lhes era impossível fazer isso, aderiram a ele e, assim, a marcha se transformou em um cortejo triunfal que chegou a Paris sem disparar nenhum tiro.
Mas isso é uma outra História! Vive L'Empereur!
(1) https://widescience.wordpress.com/2015/03/02/por-que-napoleao-provavelmente-deveria-ter-ficado-no-exilio-na-primeira-vez/
(2) https://www.napoleon.org/en/history-of-the-two-empires/articles/a-sympathetic-ear-napoleon-elba-and-the-british-from-history-today-1994-vol-44/
(3) http://shannonselin.com/2016/02/how-did-napoleon-escape-from-elba/
Fontes e Imagens:
https://widescience.wordpress.com/2015/03/02/por-que-napoleao-provavelmente-deveria-ter-ficado-no-exilio-na-primeira-vez/
https://www.napoleon.org/en/history-of-the-two-empires/articles/a-sympathetic-ear-napoleon-elba-and-the-british-from-history-today-1994-vol-44/
http://shannonselin.com/2016/02/how-did-napoleon-escape-from-elba/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_dos_Cem_Dias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte
https://en.wikipedia.org/wiki/Treaty_of_Fontainebleau_(1814)
http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2016/03/20-de-marco-de-1815-napoleao-bonaparte.html
http://edition.cnn.com/2014/05/06/travel/napoleon-elba/
http://www.lefigaro.fr/livres/2014/11/13/03005-20141113ARTFIG00041-napoleon-sa-relation-intime-avec-le-christianisme.php
https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Paris_(1814)
https://en.wikipedia.org/wiki/File:Montfort_-_Adieux_de_Napoleon_a_la_Garde_imperiale.jpg
https://sonofskye.wordpress.com/2014/05/10/marshal-etienne-jacques-macdonald-of-france-1765-1814/
BATALHA DE GUADALCANAL
Em um dia 08/02 como este, em 1943, terminava a Batalha de Guadalcanal da II Guerra Mundial, entre os aliados (EUA e Gran Bretanha) e as forças do Império do Japão.
Quando a batalha começou, em 07/08/1942, o Império Japonês já tinha atingido sua expansão máxima e perdido a Batalha de Midway, na qual sua capacidade de ação militar no Pacífico foram bem reduzida.
A despeito disso, os japoneses enviaram tropas que tomaram as ilhas de Guadalcanal, onde iniciaram a construção de um aeroporto em Lunga Point, Tulagi, onde construíram uma base naval, e a Ilha Flórida, nas Ilhas Salomão.
O local era estratégico, pois uma vez terminado o aeroporto, o Japão poderia lançar ataques de longo alcance, prejudicando as rotas de suprimento e comunicação entre EUA, Austrália e Nova Zelândia.
Assim, com esse objetivo defensivo em mente, e também a ideia de usar as ilhas como bases de contra-ataques contra o domínio japonês na região, os aliados planejaram invadir as ilhas e expulsar os nipônicos.
A invasão aliada foi feita com o uso de soldados recém saídos do treinamento, utilizando equipamento antiquado, rações e munições reduzidas, considerando a prioridade que o Presidente Roosevelt dava à guerra na Europa.
Foram mobilizados 60 mil homens, "...seis cruzadores pesados, dois cruzadores leves, quinze contratorpedeiros, dezessete navios de transporte, seis de carga e cinco limpadores de minas.".
Devido ao mau tempo, entre os dias 06 e 07/08/1942 essa frota conseguiu se aproximar sem ser detectada e o ataque começou com bombardeios navais contra as praias e instalações japonesas espalhadas pelas ilhas.
O comando da frota coube ao "vice-almirante americano Frank Fletcher (que comandava a partir do porta-aviões USS Saratoga)" enquanto o comando das forças anfíbias ficou com o Almirante Richmond K. Turner. As tropas de desembarque, em sua maioria fuzileiros navais, agiam sob comando do Major-General Alexander Vandegrift.
Nas ilhas Tulagi, Gavutu e Tanambogo os invasores encontraram uma dura resistência, mas até 09/08 já haviam terminado a conquista. Em Guadalcanal a resistência foi pequena e já em 08/08 o aeroporto de Lunga Point estava sob posse dos aliados.
O contra-ataque japonês veio pelo ar, através de aviões que partiam da base de Rabaul (Nova Bretanha) e conseguiram danificar dois navios aliados e derrubar vários aviões dos porta-aviões americanos.
Apesar das perdas de aviões aliados serem inferiores às dos japoneses, os comandantes Fletcher e Turner retiraram suas embarcações da área antes de completar o desembarque de suprimentos, deixando os soldados aliados à mercê da força aérea japonesa, situação piorada pelo resultado da Batalha da Ilha Savo, na qual a Marinha Imperial do Japão causou sérios danos à frota de suprimentos aliados.
A despeito disso, da malária e diarréia, os fuzileiros se instalaram em Guadalcanal e começaram a trabalhar para recuperar o campo de pouso, agora chamado de Henderson, que lhes traria uma rota de suprimentos. Os japoneses se retiraram para além do Rio Maranikau.
As tentativas de retomar a ilha feitas pelos japoneses, a exemplo da Batalha do Rio Tenaru e a Batalha nas Ilhas Salomão Orientais, fracassaram, o que não impediu nenhum dos lados de seguir reforçando suas tropas com homens e material pois se os aliados dominavam os mares e ares durante o dia, utilizando o Campo Henderson, os japoneses dominavam à noite com o "Expresso de Tóquio", transportes navais que chegavam à ilha e voltavam na mesma noite.
Esse fortalecimento levou os japoneses, sob comando do General Kawaguchi, a planejar uma ofensiva dividida em três grupos no que ficou conhecida como Batalha de Edson´s Ridge. Porém, informados da movimentação japonesa, os aliados repeliram todos os ataques e ainda tomaram o quartel general japonês, roubando suprimentos e destruindo todo o equipamento que não poderia ser transportado. Com essa derrota o Japão se viu obrigado a interromper sua expansão para apoiar a retomada de Guadalcanal.
A partir dai uma série de pequenos combates em terra, mar e ar foram reduzindo a capacidade japonesa de impedir ou dificultar muito a chegada de reforços e suprimentos aos aliados. Em 12/12 os japoneses decidiram abandonar Guadalcanal e concentrar esforços em outras áreas.
A evacuação começou no início de fevereiro e foi completada dia 08/02. No dia 09/02/1943 os aliados tinham a posse total de Guadalcanal. Ao todo, os aliados tiveram até 60 mil homens na ilha, 7100 mortos, 7789 feridos, 4 capturados, além da perda de 29 navios e 615 aviões.
Os japoneses, que chegaram a ter 36.200 homens na ilha, perderam 31 mil deles mortos e 1000 capturados, além da perda de 38 navios e de 638 a 880 aviões abatidos.
A perda de Guadalcanal foi catastrófica para o esforço de guerra do Império do Japão e significou a virada do jogo para os aliados que instalaram importantes campos de pouso e portos a partir dos quais partiram a maioria das operações que expulsaram os japoneses de seus territórios conquistados no Pacífico.
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Guadalcanal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhas_Salom%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lunga_Point
GRANDE COMÍCIO DAS DIRETAS JÁ
Em um dia 25/01, no ano de 1984, dia do Aniversário de 430 anos de fundação da cidade de São Paulo, uma multidão estimada entre 200 a 300 mil pessoas se reuniu na Praça da Sé para exigir o direito de eleger, pelo voto direto, o Presidente do Brasil.
A ideia de um movimento pedindo eleições presidenciais diretas fora lançada em 1983 por Teotônio Vilela, Senador por Alagoas, e se materializou através da Proposta de Emenda Constitucional nº 5, apresentada no Congresso Nacional pelo Deputado Federal do Mato Grosso, Dante de Oliveira.
A mobilização começou em Pernambuco, a 31/03/1983, com um pequeno comício em Abreu e Lima, mas foi crescendo e se espalhando pelo país, apesar da forte oposição governamental e midiática.
Em 15/06 o movimento reuniu 5000 pessoas em Goiânia, 15000 em São Paulo no dia 27/11 e chegou a 40000 pessoas em Curitiba a 12/01/1984.
Os principais fatores que levaram ao crescimento do movimento foram, de um lado, o enfraquecimento da ditadura por conta, basicamente, de seu fracasso econômico e, por outro, da ascensão de lideranças democráticas fortes como Lula, à frente do poderoso Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Franco Montoro - governador de São Paulo, Leonel Brizola – governador do Rio de Janeiro, Tancredo Neves – governador de Minas Gerais e muitos outros ocupantes ou não de cargos públicos relevantes.
Mas foi somente no comício da Praça da Sé naquele 25/01 que as massas realmente afluíram para o movimento e surpreenderam até mesmo os organizadores pela quantidade.
Contando com a apresentação de Osmar Santos, o grande nome das transmissões esportivas do momento, e a participação de muitos artistas famosos e até de jogadores do Corinthians, time no qual o jogador Sócrates e outros haviam implantado a chamada Democracia Corinthiana, o evento foi um retumbante sucesso.
A cantora Fafá de Belém, que já se tornara a musa das diretas por sua peculiar interpretação do Hino Nacional, também se fez presente.
Entre a fala dos políticos e personalidades entremeava-se o grito da multidão: Um, dois, três, quatro, cinco, mil! Queremos eleger o Presidente do Brasil!!!”
Desdenhado pelo Porta-Voz da Presidência, Carlos Átila, que classificou a manifestação como pouco expressiva, o comício foi noticiado pela Rede Globo como se fosse parte da festa pelo aniversário da cidade.
No anúncio da cobertura, a fala do apresentador Marcos Hummel dizia que fora "Um dia de festa em São Paulo. A cidade comemorou seus 430 anos com mais de 500 solenidades. A maior foi um comício na praça da Sé".(1)
Na reportagem, realizada por Ernesto Paglia, surgiram imagens da missa na Catedral da Sé, entrevista com D. Paulo Evaristo Arns, o aniversário de 50 anos da USP, manifestação dos estudantes e, só então, o comício, mostrado como se não fosse apenas um ato político, mas de show, por conta da presença dos artistas participantes do ato.
Este foi um dos momentos mais tristes da história do telejornalismo brasileiro e hoje, quando o país vive sob um governo que não possui o menor respaldo popular, que vem destruindo sistematicamente as poucas conquistas sociais do povo, mais uma vez a Rede Globo se coloca contra o direito deste mesmo povo de escolher o Presidente do Brasil de forma direta, conforme editorial que se pode ler aqui.
Rede Globo... a saúva do Brasil?
(1) http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/globo-admite-pela-primeira-vez-na-televisao-que-errou-nas-diretas-ja-7512
Fontes e Imagens:
http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/01/comicio-da-se-em-1984-deu-a-largada-para-a-campanha-das-diretas-que-nao-viriam-2346.html
http://noticias.band.uol.com.br/brasil/noticia/100000658750/Diretas-Ja-comicio-na-praca-da-Se-foi-emocionante.html
http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/acontece-o-comicio-das-diretas-ja-na-praca-da-se/
http://veja.abril.com.br/brasil/ha-30-anos-em-sao-paulo-o-1o-grande-comicio-das-diretas-ja/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diretas_J%C3%A1
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Os-30-anos-do-comicio-que-a-Globo-transformou-em-festa-/4/30084
http://memoriaglobo.globo.com/erros/diretas-ja.htm
http://msalx.placar.abril.com.br/2013/04/15/1136/hrWu2/faixa-irmo-celso.jpeg?1366042842
http://noticias.r7.com/brasil/fotos/inicio-da-onda-de-manifestacoes-das-diretas-ja-completa-30-anos-hoje-25012014?foto=17
http://www.blogdosarafa.com.br/?p=19913
http://www.seebbauru.org.br/conteudo.php?cid=7&id=6305
http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/93/reflexoes-sobre-um-golpe-em-nossa-historia-1268.html
http://www.sul21.com.br/jornal/comicio-da-se-em-1984-foi-largada-da-campanha-das-diretas-que-nao-viriam/
https://portal4.wordpress.com/2015/04/22/globo-assume-erro-na-cobertura-das-diretas-ja-em-1984/
http://globotv.globo.com/rede-globo/memoria-globo/v/diretas-ja-19831984/2231981/
http://oglobo.globo.com/opiniao/nao-ha-alternativa-fora-da-constituicao-20635041
http://oglobo.globo.com/opiniao/nao-ha-alternativa-fora-da-constituicao-20635041
COROAÇÃO DE ELIZABETH I DA INGLATERRA
Em um dia 15/01 como hoje, em 1559, Elizabeth Tudor era coroada Rainha da Inglaterra e Irlanda na Abadia de Westminster, após a morte de Maria I, sua meia irmã.
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, Elizabeth nasceu na linha de sucessão ao trono inglês, mas lá permaneceu apenas por dois anos e meio, até a execução de Ana Bolena a mando do rei, quando foi declarada filha ilegítima.
Henrique VIII e Ana Bolena |
Quando Henrique VIII morreu, em 1547, foi sucedido por seu filho com Joana Seymour, Eduardo VI que governou por apenas seis anos e, por sua vez, nomeou sua prima Joana Grey como sucessora, ignorando as reivindicações de Maria e Elizabeth.
Mas o reinado de Joana foi curto, durando apenas nove dias. Quando o Conselho Privado Real retirou-lhe o apoio, transferindo-o para Maria, Joana foi presa e condenada à morte, sendo executada no ano seguinte.
Maria, filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, sucedeu Joana e governou por cinco anos sem, contudo, gerar um herdeiro, o que recolocou Elizabeth na linha de sucessão ao trono.
Maria e Elizabeth |
Como Maria era católica e Elizabeth era protestante, a religião foi foco de atritos entre ambas, fazendo-as o ponto de apoio para os quais convergiam os mais diversos interesses partidarizados.
Maria quase condenou a meia irmã à morte após a Rebelião de Wyatt em 1554, mas Elizabeth se defendeu muito bem e foi inocentada pelos rebeldes, de modo que apenas foi posta em prisão domiciliar até a morte da rainha, o que ocorreu em 17/11/1558.
Residência onde Elizabeth cumpriu prisão domiciliar. |
Elizabeth, que tinha 25 anos quando se tornou rainha e já gozava de grande popularidade entre o povo, comprometeu-se em fazer um governo apoiado em “...bons conselhos e consultas.”
No campo mais explosivo, o religioso, Elizabeth se manteve protestante, mas adotou vários símbolos católicos, cultivou a imagem de virgem, afastou-se dos radicais puritanos e revogou as leis que permitiam a perseguição religiosa.
Abadia de Westminster |
Como uma das maiores representantes do absolutismo inglês, a Rainha Virgem reinou por 44 anos e durante seu governo a Inglaterra se tornou uma potência marítima e cultural, sobretudo pela estabilidade proporcionada.
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_I_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_VIII_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_VI_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joana_Grey
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_I_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Wyatt_(filho)
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Westminster_Abbey_(6761119615).jpg
Em um dia como hoje, no ano de 1835, começava a Cabanagem, uma das revoltas do período regencial. A regência era o governo provisório, instalado até que o Imperador D. Pedro II, então com nove anos, atingisse a maioridade e pudesse assumir o trono.
A população pobre do Pará, composta majoritariamente por índios, mestiços e ex-escravos, vivia em cabanas de taipa, individuais ou coletivas, nas margens dos rios, principalmente nos arredores de Belém.
Os poucos que conseguiam trabalho remunerado só eram menos explorados que os escravos e a maioria mal tinha o que vestir, usavam farrapos e se mantinham com uma agricultura de subsistência, criações, caça e pesca.
A situação de penúria levou essas pessoas à revolta e, no início, eles contaram com o apoio dos senhores rurais contra o governo da província nomeado pela regência, pois eles queriam que o cargo fosse ocupado por um deles e não por alguém vindo de fora.
Contando com cerca de três mil homens armados, a maioria com foices e facões, os revoltosos conseguiram tomar Belém em Agosto de 1835 e esta foi a única ocasião em que o povo chegou a tomar o poder através de uma revolta.
Contudo, sem um plano de governo, sem receber qualquer ajuda externa, sofrendo a oposição da aristocracia rural e com uma miséria enorme para resolver, o governo popular não durou muito.
Quando as tropas do império chegaram a Belém não demoraram para massacrar impiedosamente os rebeldes e esse morticínio teria atingido a astronômica cifra de quase 50% da população revoltada.
A Cabanagem foi mais uma mancha sangrenta na História do Brasil, onde toda tentativa de redução das desigualdades sociais, armada e rebelde ou pacífica e democrática, é imediatamente combatida com toda força pela elite dominante.
O Brasil jamais aprende as lições da própria História...
Esse blog / revista beira ao ridículo.
ResponderExcluirVocê(s) expõem temáticas sem nenhuma contextualização, referenciação adequada (Wikipedia, meu deus!), faz panfletagem política e não um dialogo entre História, Política e Economia Política.
A sua revista possui ISSN com a editoração feita por pessoas de sua família.
Meu caro, li coisas em seu blog que parece que foi feito por alunos de primeiro período de História. Use essa energia que direciona a essa produção "científica" para algo realmente sério.
As críticas construtivas são sempre bem vindas. Mas o que vc faz não é crítica construtiva. É depreciação e desrespeito. Assim sendo, buscando não descer ao seu nível abissal, respondo: É meu site, meu blog, minha revista, quem paga para manter sou eu. Assim sendo, não sou obrigado a fazer qualquer diálogo, muito menos para atender àquilo que vc acha que deve ser feito. É por conta de pessoas como vc que a produção historiográfica não tem a liberdade que deveria. As pessoas que publicam na minha revista têm total liberdade para escrever sobre o que quiserem, atendidas as normas básicas. Alguns textos podem parecer feitos por alunos porque alguns são mesmo, ou eram, alunos. E aqui eles não são desprezados. Entretanto, que isso não seja incômodo à sua arrogância e prepotência anônimas. Sugerimos que não leia. Que nem acesse. Nós, certamente, não precisamos de sua audiência. Passar bem e abstenha-se, por favor, de voltar a comentar. Poupe-nos de sua presença desagradável.
ExcluirCaro anônimo,
ExcluirPRimeiramente gostaria que você lesse esse artigo, escrito pela professora, com pós doutorado, Juliana Marques da UNIRIO:
http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2012/02/wikipedia-levada-a-serio/
http://www.biblioteca.unirio.br/news/curso-de-extensao-a-edicao-na-wikipedia-como-forma-de-redacao-pesquisa-e-difusao-do-conecimento
Após essa leitura, acho que se esclarecerá muitas coisas....
Depois gostaria de ponderar com você, caro Anônimo, que, em geral quando se quer aprofundar em um assunto, depois de ler um artigo ou publicação, se busca mais literatura sobre o assunto e, se lê até autores que não têm a mesma linha historiográfica.
Teria muitas outras observações para fazer, contudo, acho que não devo me alongar mais.
Agradeço imensamente Karen Duarte!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOlá caro Anônimo, pelo que vimos em seu ofensivo comentário, você não compreendeu o objetivo do blog desenvolvido pelo nosso colega historiador Marcello Eduardo. Este trabalho busca levar informações históricas para um público menos erudito, mas que busca conhecimento acessível além de livros, periódicos e revistas de cunho científico. Queremos que todos tenha acesso ao conhecimento e buscamos aqui tornar-lo simples e menos cansativo. Queremos aguçar a curiosidade dos que leem para que possam sair deste local e buscar mais conhecimento além daqui. Não esgotamos nenhuma temática, para que o leitor tenha vontade de se aprofundar sozinho. O objetivo de um historiador não é esgotar totalmente um tema, mas abrir caminho para que outros possam seguir seus passos e criar suas próprias teorias. E um conselho para você, da próxima vez em que for formular um comentário, busque apontar formas de melhoria do trabalho alheio, complementando as ideias dos colegas, e tenha pelo menos a coragem de se identificar!
ExcluirAinda assim, agradecemos por seu comentário!
Prezado Anônimo.
ExcluirNão entendo os motivos desse tipo de crítica à trabalhos como o que tem nesse site! Lamentável termo pessoas que parecem viver para agredir àqueles que tentam mudar o panorama da nosso internet! Percebi que você nem mesmo conhece todo o material do colega. Se você ao menos se desse ao trabalho de visitar mais seções, veria que há aqui, além de termos acesso a conteúdos historiográficos provenientes de outros sites de forma organizada, há também trabalhos inéditos e originais, produzidos pelo próprio historiador Marcello Eduardo, nos moldes científicos. Sendo eu historiador e pós graduado na área, uso o site como ferramenta de consulta e de acréscimo aos meus conhecimentos adquiridos na Universidade. E creia, tem sido muito importante para mim.
Vejo também que infelizmente você é apenas mais um desses indivíduos que sentem prazer em fazer críticas que nada ajudam ou acrescentam ao trabalho de pessoas sérias e comprometidas com a disseminação do conhecimento histórico na rede, como o caso do caríssimo colega Marcello Eduardo.
Não acha que apontar algumas melhoras e dar sugestões para engrandecer o trabalho do colega não seriam suficientes e até mais gentil?
Infelizmente hoje temos a internet povoada de pessoas que gostam de espalhar o ódio, e vejo que você é um desses! Por outro lado, felizmente temos pessoas como o colega Marcello que se esforçam para desenvolver trabalhos como esse site, comprometidos com a divulgação do conhecimento - nesse caso o histórico. E melhor ainda, faz esse trabalho com dedicação e compromisso, o que resulta em informações de qualidade.
Por fim, a sugestão que dou à sua pessoa - que nem mesmo tem a capacidade de fazer esse tipo de crítica de forma nomeada, é que permaneça buscando conhecimento na internet, porém que, ao ver algo que acredite poder ser melhorado, que o faça em forma de sugestão. Ou, sendo talvez você um erudito, se esforce tendo a dedicação semelhante a do colega Marcello, e desenvolva um site ou blog para povoar a internet com conhecimento, e não com ódio - como tem feito no momento.
Excelente Antônio! Muito grato!
ExcluirFantástico Carla! Obrigado!
ExcluirMr Anônimo, seus comentários beiram o ridículo. O presente não é feito somente do que ocorreu anteontem. A mão da pré-história, por exemplo, cai ainda pesada em nossos ombros. Ainda somos motivados pelo tilintar das moedas, o sorriso das mulheres e o aplauso dos homens. Quanto a referências, soa até engraçado vir de alguém que escreve como "Anônimo" tal exigência. A Wikipédia pode ser um bom "primeiro passo" em algum assunto e, desde que o leitor dela não se contente com sua superficialidade e ouse mergulhos mais fundos, há referências externas respeitáveis na imensa maioria de seus verbetes. Acusas de falta de contextualização e de parcialismo (panfletagem). Reconheço que manter bom senso, é andar em corda bomba e gasta-se energia com isto. Buda dizia que é como andar sobre fio de Lâmina. Mas prof Marcello faz isto, o senhor não faz. Somente cego não vê a multidisciplinaridade dos textos na Revista Reino de Clio. Por exemplo eu sou médico. Isto inviabiliza escrever sobre história? E se minha formação oferecer um viés que está faltando? Muitos historiadores apontam para peste negra como causa do recuo do mais poderoso reino mongol pos -Gengis Khan. O ISSN foi obtido dentro da lei vigente? Dura lex, sede lex. Se consideras que houve brecha para nepotismo, redirecione sua energia: escreva ao legislativo. Finalmente quanto a produção de "alunos de primeiro período". Geroge Santayanna dizia que o ofício do historiador é: lembrar aos outros o que todos querem esquecer. Enquanto houver acadêmicos (presumo errado, que o mister é um deles? Lamento, isto é preço do anonimato) que não pensem na função sagrada da extensão universitária , de devolver a sociedade algum beneficio ( de preferencia a geração ou organização do verdadeiro conhecimento), os nefelibatas não podem reclamar de indivíduos que tentam fazer a função deles. Assumam as rédeas de sua missão e não fiquem nos seus mundinhos fechados de congresso para só especialistas, disputas de patrocínio, desculpas para fugirem da obrigatoriedade de dar aulas para graduação e desprezo pela partilha de poder (que fundamentalmente é o que é a informação verdadeira). Klaus Provenzano ( klausprovenzano@hotmail.com)
ResponderExcluirFabuloso Klaus! Muito obrigado!
ExcluirToda crítica por mais pesada e ácida que possa parecer no primeiro instante, espera-se que se torne o estopim para que algo melhor aflore em seguida.Porém, para se interiorizar no executor da obra, acarretando assim a alavancagem necessária para que se alcance a desejada "contextualização, referenciação adequada e um dialogo entre História, Política e Economia Política" que se diz esperar, essa crítica só pode partir de alguém que a assuma, pois caso assim não ocorra, o que vimos aqui é tão somente um exercício de inveja e nesse caso só diz respeito ao crítico e não ao criticado.
ResponderExcluirExtraordinário Hercílio! Agradeço! É a maldita e famigerada inveja acadêmica.
Excluir