24 AGOSTO
SUICÍDIO
DE GETÚLIO VARGAS
No ano de 1954, no dia 24 de
agosto, o Presidente Getúlio Vargas cometia suicídio na sede do Governo
Federal, o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
Getúlio, que fora ditador
entre 1930-1945, fora eleito Presidente da República em 1950 e, em meados de
1954 enfrentava uma séria crise política.
O país vivia sob o Governo
Dutra e uma nova Constituição, promulgada em 18/12/1946, que reinstituia a
figura do Vice-Presidente, fixava em cinco anos o mandato presidencial, tornava
o voto obrigatório a partir dos 18 anos e mantinha as conquistas sociais da
Carta Magna de 1934.
A despeito disso, o contexto
da Guerra Fria contaminara a política nacional e o PCB fora fechado, assim como
vários sindicatos e as relações do Brasil com a URSS foram rompidas.
O Governo Dutra se revelou
incompetente e era impopular, de modo que quando as eleições de 1950 chegaram,
a população estava saudosa dos tempos getulistas. Vargas venceu com 48,7% dos
votos, em uma época em que não havia segundo turno.
Ao assumir o governo, Vargas
encontrou um país onde a classe industrial cresceram em tamanho e poder, assim
como as massas assalariadas e a classe média urbana.
As forças políticas estavam
divididas entre liberais entreguistas, que defendiam a abertura da economia à
influência dos EUA, e os nacionalistas, que defendiam o incentivo ao capital
nacional.
Com habilidade, Getúlio
adotou o que considerou a melhor parte das duas visões. Permitiu o capital
externo, mas somente em associação com empresas nacionais, manteve os setores
estratégicos sob controle do Estado e incentivou ainda mais a industrialização
e produção internas.
Mas os EUA não gostaram nada
dessas medidas e os empréstimos ao Brasil foram reduzidos. A situação interna
também não era tranquila, com muitas greves que eram coibidas por força de lei.
Getúlio então, para pacificar
os trabalhadores, deu 100% de aumento no salário mínimo, o que gerou feroz
oposição da imprensa e dos militares. Estes, junto com a classe política,
começou a tramar a deposição do Presidente.
Tal tarefa nefasta foi
facilitada pelo suposto atentado contra jornalista opositor Carlos Lacerda,
pois as investigações revelaram que o atirador, Climério Eurides de Almeida,
bem como o mandante, Gregório Fortunato, eram membros da segurança
presidencial.
A crise se tornou
insustentável quando as Forças Armadas, a oposição e a mídia exigiram a
renúncia do Presidente. Mas ele preferiu cometer suicídio a renunciar.
Tal gesto gerou uma onda
generalizada de revolta do povo. A embaixada americana foi quase destruída, os
caminhões de entrega do Jornal O Globo (sempre ela!) foram atacados e Carlos
Lacerda teve que fugir do país. Os planos dos golpistas fracassaram e foram
engavetados por 10 anos.
Mas eles sempre voltam. Não é
Mimimi?
Fontes e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html
Muito interessante a publicaçao!
ResponderExcluirHomem integro e popular, que so queria o bem pra todos.