COMEÇA O CONCÍLIO DE
CLERMONT
A tragédia humana que foram as Cruzadas começou a se
desenvolver no Concílio de Placência, Itália. Realizado entre os dias 01 e 05
de março de 1095, ele foi convocado pelo Papa Urbano II após o conflito entre
Roma e o Imperador Henrique IV, do Sacro Império Romano-Germânico. Durante a
reunião foi apresentado o pedido de socorro do Imperador Bizantino Aleixo I Comneno,
que lutava contra os turcos.
Descrito por Amin Maalouf como “...quinquagenário de
baixa estatura, olhos cintilantes de malícia, de barba bem cuidada, modos
elegantes, sempre paramentado de ouro e ricas roupagens azuis...”[1], Aleixo
I pretendia o envio de mercenários, mas o que Roma lhe enviou superou negativamente
suas expectativas.
Diante do pedido de socorro bizantino, o Papa Urbano II
vislumbrou a chance de, a partir de uma causa comum, reunir toda a cristandade
em torno de seu comando único![2]
O Papa, então, convocou outro concílio, marcado para novembro
daquele mesmo ano na cidade de Clermont, atual Clermont-Ferrand, França.
Na ocasião Urbano II prometeu o perdão dos pecados para
quem fosse à Terra Santa combater os pagãos.[3] Foi
estrondosamente aclamado por ricos e pobres e, a partir dali, ele próprio e o
clero passaram a pregar a Guerra “Santa” pela Europa.
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