O
Presidente Arthur Bernardes, eleito dentro do esquema da política do café com leite, que dividia o poder nacional entre mineiros e paulistas, começou seu governo censurando a imprensa (nada
livre) ao fechar o Jornal Correio da Manhã, que publicara cartas falsas atribuídas
a ele durante a campanha.
Em
1924 Bernardes enfrentou revoltas em São Paulo e no Rio Grande do Sul que deram origem
a Coluna Prestes. Acuado, o Presidente colocou o país sob estado de sítio para
poder governar e apoiou uma reforma constitucional que lhe deu mais poderes.
Seu sucessor
foi Washington Luis que, apesar de carioca, vencera a eleição dentro do esquema
da política do café com leite, com apoio de Minas Gerais e São Paulo.
O
novo presidente revogou o estado de sítio mas enfrentou forte oposição,
especialmente por parte dos partidos fora do eixo Minas - São Paulo e de organizações
de trabalhadores rurais e das cidades.
Em
seu governo a polícia foi usada constantemente para reprimir as classe
trabalhadora e a crise do café piorou.
Ao perder
apoio de mineiros e paulistas, Washington Luis lançou Júlio Prestes como
candidato à sua sucessão, enquanto a oposição concorreu com Getúlio Vargas. Júlio
Prestes venceu a eleição mas não assumiu.
Antes
do final do mandato, o assassinato de João Pessoa (26/07/1930), Vice de Vargas,
deu à oposição motivo para iniciar uma marcha revolucionária que partiu do Rio
Grande do Sul até o Rio de Janeiro em 03/10/1930.
No dia
24/10/1930 os Generais Tasso Fragoso e Mena Barreto, em conjunto com o Almirante
Isaias Noronha depuseram Washington Luis e tomaram o governo provisoriamente.
No dia
03/11/1930 o poder foi passado a Getúlio, encerrando assim a República Velha
e iniciando a Era Vargas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário