UMA FESTA CRISTÃ EMBRULHADA EM PAGANISMO
A celebração ocidental do
nascimento de Jesus é uma construção cultural milenar que envolveu
uma festa cristã em elementos pagãos.
Vamos verificar os mais importantes
elementos componentes dessa comemoração e encontrar a História de
cada um deles:
A Data Natalícia:
Se a nosso ver não há dúvidas da
existência de Jesus, considerando como fonte o que o insuspeito
Flavio Josefo
escreveu sobre Ele, por outro lado, sobre Seu nascimento em 25 de dezembro há certeza em contrário por
pelo menos três motivos, um bíblico, outro Histórico e, por fim, a
palavra de um Papa.
|
O rigoroso inverno de Israel |
Na Bíblia, em Lucas 2:8, afirma-se
que pastores “estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias
da noite, o seu rebanho”. Considerando a época de inverno no
Hemisfério Norte, os pastores não estariam no frio guardando
rebanho algum, de modo que Jesus deve ter nascido em outra estação
do ano.
A celebração tinha datas
diferentes ao longo do ano
até que foi estabelecida para a época do início do inverno romano
e da festa pagã do Sol Invictus. Os responsáveis por isso foram o
Papa Júlio I, que estabeleceu a data no ano 350 d.C. e o Imperador
Justiniano, que instituiu o feriado em 529 d.C.
|
Papa Julius I - Imperador Justiniano - Papa João Paulo II |
Em 22/12/1993 o Papa João Paulo II
admitiu que a data de nascimento de Jesus não era conhecida e que a
escolha do 25/12 tinha relação com a festa do Sol Invictus.
A Árvore de Natal:
Embora seja muito bonita a teoria de
que Martinho Lutero foi o instituidor do uso do pinheiro enfeitado,
que ele teria visto coberto de neve com o céu estrelado ao fundo,
inspirando o desejo de ter árvore igual dentro de casa,
povos muito mais antigos que os alemães já usavam as árvores com
uma simbologia própria, ligando-as às suas divindades:
Na Assíria a deusa Semiramis havia
feito uma promessa aos assírios, de que quem montasse uma árvore
com enfeites e presentes em casa no dia do nascimento dela, ela iria
abençoar aquela casa para sempre.
Entre os egípcios, o cedro se
associava a Osíris. Os gregos ligavam o loureiro a Apolo, o abeto a
Átis, a azinheira a Zeus. Os germânicos colocavam presente para as
crianças sob o carvalho sagrado de Odin.
Nas vésperas do solstício de
inverno, os povos pagãos da região dos países bálticos cortavam
pinheiros, levavam para seus lares e os enfeitavam de forma muito
semelhante ao que faz nas atuais árvores de Natal. Essa tradição
passou aos povos Germânicos.
O Presépio Natalino:
Um dos poucos símbolos natalinos de
origem realmente cristã, o presépio teria sido criado por Francisco
de Assis, em 1223, na floresta de Greccio, na Itália, fazendo uso de
figuras de argila com o intuito de mostrar às pessoas como fora o
nascimento de Jesus.
Com o tempo a prática foi copiada
nas igrejas e catedrais, depois passou a ser adotada pelos nobres e, por fim, foi popularizada, espalhando-se pela Europa e o restante do
mundo.
O Papai Noel:
Há duas pessoas reais por trás da
figura do bom velhinho que traz presentes no fim de cada ano.
Um deles é o Bispo Basílio de
Cesaréia (na Capadócia – atual Turquia), conhecido como São
Basílio Magno. Influente teólogo, apoiador do Credo de Niceia,
adversário do arianismo e das ideias de Apolinário de Laodiceia., consta que era muito dedicado a cuidar dos pobres e no dia dedicado a
ele, 01/01, é momento de trocar presentes na Grécia.
|
Bispo Basílio - Bispo Nicolau |
O segundo, e que parece ser a maior
inspiração para a figura do Papai Noel, é o Bispo Nicolau de Mira,
ou Nicolau de Bari, benemerente e especialmente dedicado
às crianças, ele é o padroeiro “...da Rússia, da Grécia e
da Noruega. É o patrono dos guardas noturnos na Armênia e dos
coroinhas na cidade de Bari, na Itália, onde estariam sepultados
seus restos.”
Sua associação ao Papai Noel, que
ocorreu na Alemanha e depois se espalhou pelo mundo, viria da suposta prática
sigilosa que adotava para ajudar os necessitados, colocando sacos de
moedas nas chaminés das casas.
Mas, a imagem de São Nicolau, que
sempre foi retratado como um bispo católico, não guarda semelhança com o Papai Noel que vemos nas lojas e enfeites
natalinos.
Essa imagem foi criada, “...na
segunda metade do século 19 pelo ilustrador e cartunista americano
Thomas Nast.”
|
Thomas Nast e sua criação |
Em 1915 a primeira campanha
publicitária utilizando a imagem criada por Nast foi produzida pela
Companhia de Água Mineral White Rock Beverages, e repetida em
1923.13
|
O Papai Noel levando sua carga de água mineral |
Contudo, foi somente em 1931 que a
imagem se tornou mundial, através de uma campanha publicitária da
Coca-Cola que mostrava o barbudinho “...tomando uma garrafa de
Coca-Cola na casa das crianças bondosas.”13
A peça publicitária foi criada a
partir de uma agência que, a pedido da Coca-Cola, criou o bom
velhinho “...caloroso, amigável, agradavelmente gordo e humano,
pintado pelo artista Haddon Sundblom.”13
Conclusão
Essas constatações servem, além
da óbvia informação, para mostrar o quanto a celebração natalina
cristã se afastou se seu verdadeiro objetivo, que é celebrar o
nascimento de Jesus Cristo.
Qualquer olhar minimamente crítico
vai constatar que há muito Jesus deixou de ser o centro das atenções
na Própria festa, substituído pelo Papai Noel, o consumismo, a
comilança e a bebedeira, as falsidades em muitas reuniões
familiares, enfim, uma deturpação avassaladora. Lamentamos isso.
Assim sendo, o Reino de Clio
conclama todos a que, neste Natal, Nosso Senhor Jesus Cristo seja
lembrado em profunda reflexão e que Seu exemplo, e sua
determinação de Amor ao Próximo, possam prevalecer nos corações,
por um mundo melhor, mais inclusivo e mais pacífico em 2016.
E recomendamos relembrar um texto do
ano passado, que relata um momento maravilhoso da História, no qual
a paz prevaleceu entre os homens que tiveram Boa Vontade. Clique aqui
e leia, no final da página, o texto “Trégua de Natal”.
Desejamos a todos os nossos
leitores, e suas famílias, um Natal cheio de paz, alegria e Amor.
Tudo de bom a todos!
Marcello Eduardo