Baixe o Papiro de Ani completo para sua coleção de imagens. Clique na imagem acima e faça o download. |
O PAPIRO DE ANI
Ernest
Alfred Thompson Wallis Budge, inglês, nascido na Cornualha em
27/07/1857 e falecido em 23/11/1934, foi, na visão de alguns, um dos
maiores responsáveis pelo fascínio que a História do Egito
desperta ao longo dos tempos. Na visão de outros foi um dos maiores
ladrões de artefatos egípcios dos mesmos tempos!
Diretor
de antiguidades egípcias e asiáticas do Museu Britânico, escritor
de mais de 100 livros, alguns com erros depois descobertos,
parece-nos que ele não media esforços e meios, escusos ou não,
para obter todos os artefatos antigos valiosos nos quais pudesse
colocar as mãos, segundo se pode perceber das informações trazidas
no documentário O Livro dos Mortos, do History Channel, produzido
por Tim Evans e dirigido por Petra Hafner.
No mesmo documentário, Stuart Tyson Smith, Phd, Professor da Univeristy of California Santa Barbara diz que “Ele praticamente pilhava e saqueava, comprando o que via...”. Já James Wasserman, escritor e ocultista, contemporiza dizendo que “As pessoas fazem julgamentos totalmente extemporâneos. Comprar objetos culturais naquele tempo era normal.”
Esta
é a mesma linha de pensamento de Carol A. R. Andrews, autora de
vários livros sobre o Egito. No documentário ela declarou que “Não
devemos olhá-lo como mero ladrão de culturas. Não se pensava
assim...”, o que difere um pouco do pensamento de Zahi
Hawass, à época do documentário Chefe do Conselho Supremo de
Antiguidades: “Para mim era ladrão...”
À esquerda Wallis Budge. À direita Zahi Hawass. |
Ani
era escriba, uma espécie de contador do Templo de Osíris, que
viveu, provavelmente, durante o reinado de Seti I ou de seu filho,
Ramsés II. Vivendo em Tebas e convivendo diretamente com o cotidiano
de um dos pólos centrais da religião, Ani preocupava-se ainda mais
com a vida após a morte.
O funeral de Ani. Ao centro as mulheres choram a perda. |
O Ba (alma) sobre o Kat (corpo) mumificado de Ani. |
Wallis
Budge o comprou ainda com o selo intacto e, ao abri-lo, deparou-se
com 24 metros de magníficas ilustrações coloridas e escrita
excelente. O Papiro de Ani possui 65 orações e encantamentos e
cerca de 150 ilustrações coloridas.
No centro da imagem, Anúbis protege a múmia de Ani. |
Segundo
o documentário do History dá a entender, Wallis Budge teria pago a
um dono de hotel vizinho ao depósito para escavar um túnel até o
quarto onde os objetos estavam e roubá-los. Para que a operação
não fosse ouvida pelos guardas ele providenciou uma refeição
“batizada” que os fez dormir pesadamente!
Wallis
Budge acreditava que o papiro se perderia se fosse levado ao museu do
Cairo. Assim, quando chegou ao Museu Britânico, com o intuito de
preservar e estudar o precioso artefato, Wallis Budge tomou a
providencial atitude de... cortá-lo em pedaços!
...
O Capítulo 125 - Ani faz as Confissões Negativas, afirmando não ter cometido uma série de pecados. |
Anúbis pesa o coração de Ani contra a Pena da Verdade de Maat, deusa da Justiça. Toth anota o resultado observado por Ammut, sempre pronto a devorar os reprovados. |
Hórus conduz Ani (que se ajoelha) perante Osíris e suas irmãs, Isis e Néftis. |
Ani, e sua esposa Tutu, apresentam uma mesa de oferendas a Hórus. |
Ani
parece ter vencido a tortuosa estrada rumo ao Campo dos Juncos!
Continua...
Imagem:
http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Papyrus_of_Ani?uselang=pt-br
Nenhum comentário:
Postar um comentário