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segunda-feira, 29 de abril de 2024

O DESASTRE DO HINDENBURG

 

LZ 129 HINDENBURG

LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível construído pela empresa Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha.

O dirigível, até os dias atuais, retém o título de a maior nave a voar.[2] Foi um ícone da indústria alemã amplamente empregado como tal na propaganda nazista.[3] Seu primeiro voo foi em 1936 e foi usado em 63 voos durante 14 meses até o seu fim trágico em 6 de maio de 1937.

Conhecido como Zepelim, o dirigível, com 245 metros de comprimento era sustentado no ar por 200 mil metros cúbicos de hidrogênio. Manteve o título de maior dirigível em operação de 1935 até 1937 e ainda detém o de maior nave a voar, mesmo nos dias atuais.[3]

Era impulsionado por quatro motores Mercedes-Benz de 1.200 HP cada, que moviam hélices de mais de 6 metros de altura. O dirigível tinha autonomia de voo de 16.000km quando abastecido.[4]

O dirigível era inflado com hidrogênio, e não hélio, principalmente devido ao preço, que era mais barato. O uso do hidrogênio diminuía a dependência do hélio que era em sua maior parte importado dos Estados Unidos.[5]



O Hindenburg voou pela primeira vez em 4 de março de 1936 em um voo teste em Friedrichshafen com 87 pessoas a bordo. A pintura inicial continha os anéis olímpicos numa forma de promover os Jogos Olímpicos de 1936, fazendo um voo de demonstração durante a cerimônia de abertura.

O primeiro voo comercial se deu em 31 de março de 1936 em uma viagem de quatro dias de Friedrichshafen para o Rio de Janeiro,[6] um dos quatro motores quebrou e o dirigível teve de fazer um pouso em Recife. Na viagem de volta, outro motor quebrou no Saara forçando aterrizagens não programadas no Marrocos e na França.

No total, o Hindenburg cruzou 17 vezes o Atlântico, sendo 10 viagens para os Estados Unidos e 7 para o Brasil. Uma viagem da Alemanha para os Estados Unidos custava 400 dólares.[7]

O Zeppelin Hindenburg voa sobre Recife, ou "o Ricife".





Em sua última viagem saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 110 km/h, chegando à Costa Leste dos Estados Unidos em 6 de maio de 1937.[3]

DESASTRE

Naquele dia, ao preparar-se para aportar no campo de pouso da base naval de Lakehurst (Lakehurst Naval Air Station), em Nova Jersey, EUA, o gigantesco dirigível Hindenburg contava com 97 ocupantes a bordo, sendo 36 passageiros e 61 tripulantes, vindos da Alemanha.

Durante as manobras de pouso, às 19 horas e 30 minutos, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo de mortos foi de 13 passageiros, 22 tripulantes a bordo e 1 técnico em solo, totalizando 36 fatalidades.

O gás de hidrogênio usado para mantê-lo no ar, altamente inflamável, foi tio como causa do enorme incêndio que tomou conta da aeronave e durou exatos 30 segundos.

Logo após o evento, o governo alemão também sugeriu, de imediato, que uma sabotagem derrubara o grandioso Zeppelin, que representava a superioridade tecnológica daquele país.[8][9][10] Ambas as afirmações iam-se mostrar, contudo, essencialmente incorretas após as investigações.[3]

A comissão americana, que investigou o acidente junto com a companhia Zeppelin, atribuiu falha humana ao acidente. Uma brusca manobra momentos antes do pouso causou o rompimento de um dos tanques de hidrogênio e uma faísca dera a início à ignição.[3]

Investigações posteriores, mais detalhadas, realmente atrelaram a origem das chamas a faíscas elétricas que se desencadearam ao se lançar as amarras ao solo no processo de pouso, geradas pela descarga de energia eletrostática acumulada no dirigível.

O hidrogênio, que também contribuiu de forma indireta para o incêndio, queima com chama azulada, quase invisível.[3] Uma aeronave de dimensões idênticas, o LZ-130 Graf Zeppelin II, que substituiria o veterano LZ-127, chegou a ser construída por completo, mas foi desmontada em 1940, sem nunca ter operado regularmente.



Hipótese da tinta incendiária


Uma outra hipótese aventada, chamada de "Incendiary Paint Theory" (IPT), culpava não o gás hidrogênio mas sim a própria estrutura do balão, construído com tecido de algodão impermeabilizado com acetato de celulose e recoberto com pó aglutinado de alumínio (a fim de conferir-lhe uma cor prateada permitindo o destaque da suástica) ligeiramente inflamáveis — pelo início e pela veloz propagação das chamas após iniciadas, essas vermelhas e amarelas, conforme relatos.[3]



Airships: A Hindenburg and Zeppelin History site[1]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Desastre_do_Hindenburg

https://pt.wikipedia.org/wiki/LZ_129_Hindenburg#Desastre

[1] "Hindenburg Statistics." - airships.net, visitada em 19 de junho de 2015.

[2] The Editors of Encyclopaedia Britannica. «The Hindenburg, Before and After Disaster». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 7 de maio de 2020

[3] Kruszlnicki, Karl – Grandes Mitos da Ciência – Editora Fundamentos - 1ª edição - São Paulo, SP – 2013 – ISBN 978–85-395-0164-9

[4] «1937: Explosão do dirigível Hindenburg – DW – 06/05/2023». dw.com. Consultado em 22 de maio de 2023

[5] «Como funciona um dirigível?». Super. Consultado em 22 de maio de 2023

[6] «Hindenburg Flight Schedule». Airships.net (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2023

[7] «Maiden voyage». Airships.net

[8] «1937: Explosão do dirigível Hindenburg» (em alemão). Dw.de

[9] «A tragédia do Hindenburg». Editora Abril. Aventuras na História (ed. 116). 27 páginas. 2013

[10] Hinderburg Burns in Lakehusrt crash - 21 known dead, 12 missing, 64 escape - The New York Times - pág. 1 – 6 de maio de 1937








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