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terça-feira, 28 de julho de 2020

CHURCHILL - Parte 20


CHURCHILL – Parte XX [1] [2]
A intenção do Presidente Hindenburg e dos demais políticos membros de seu governo ao apoiar Hitler para o cargo de Chanceler era cercá-lo, envolvê-lo em um governo de coalizão mantendo o controle. Mas pouco tempo depois, a imprensa de oposição já estava sob censura e milhares de adversários presos.
Enquanto isso a Inglaterra concluia ter dificuldades financeiras que impediam seu rearmamento. Churchill passou a alertar sistematicamente contra as intenções de Hitler e a denunciar a perseguição aos judeus que já se verificava na Alemanha. (<pg. 558-561)
Neste período a questão da autonomia da Índia voltou à tona. O governo insistia em seus planos e Churchill proclamava sua visão sobre a incapacidade de os indianos, divididos entre hindus e muçulmanos, de se auto governarem.
Uma comissão foi formada e ele convidado a participar, mas a maioria dos membros era indicada por já concordar com o governo, de modo que Winston se retirou. (<pg. 561-564)
Enquanto isso, na Alemanha, Hitler consolidava seu poder e a perseguição aos judeus. Churchill lembrou que, após a guerra, era consenso que a democracia na Alemanha era uma questão de segurança para os britânicos, e que essa democracia deixara de existir e que a inferioridade bélica agora era o único fator de alívio:
Não posso deixar de me regozijar com o fato de os alemães não terem os canhões pesados, os milhares de aviões militares e os tanques de vários tamanhos que têm pedido para que sua situação seja similar à de outros países. (<pg. 566)
Mas até relatórios secretos do próprio governo britânico denunciavam que a Alemanha já estava reconstruindo seu poder militar, começando pelos aviões. Mas o governo britânico insistiu no desarmamento mesmo após Hitler retirar a Alemanha da Conferência!
Churchill seguiu fazendo seus discursos de alerta e defendendo o imediato reforço da Força Aérea, considerando o que a Alemanha já vinha fazendo: “Temo o dia em que os meios de ameaça ao coração do império britânico estarão nas mãos dos atuais governantes da Alemanha” (<pg. 567-574)
Em 02/08/1934 o Presidente da Alemanha Hindenburg morreu. Poucas semanas antes ele havia ordenado a morte de seus opositores dentro do partido, dentre eles Ernst Röhm, comandante das SA, a maior das tropas nazistas naquele momento.




[1]    GILBERT, Martin. Churchill : uma vida, volume 1. tradução de Vernáculo Gabinete de tradução. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2016.

[2]    Em relação às referências das páginas, que fazemos ao final de alguns parágrafos, por uma questão estética e de não ficar sempre repetindo, criamos um código simples com o símbolo “<”. Sua quantidade antes da referência da página indica a quantos parágrafos anteriores elas se relacionam. Exemplo: A referência a seguir se refere ao parágrafo que ela finaliza e mais os dois anteriores  (<<pg.200-202).
Ernst Röhm e Paul von Hindenburg
No dia seguinte Hitler acumulou seu cargo tornando-se simplesmente Führer e as Forças Armadas Alemãs “fizeram um juramento pessoal de obediência incondicional a Hitler como seu novo comandante-chefe.

Churchill seguiu denunciando a situação alemã e conclamando pelo imediato rearmamento britânico, mas era ridicularizado e sendo obrigado a ouvir pérolas de imbecilidade como essa de Clement Atlee sobre hitler: “Acho que podemos dizer que sua ditadura está gradualmente se desfazendo.” (<<pg. 576-577)
Negociadores do "Desarmamento"
Neste momento, como ficou claro anteriormente, a nosso ver três questões opunham Churchill ao governo: a questão do desarmamento das potências europeias, já abandonada pela Alemanha; o rearmamento britânico, que Winston via como uma eficaz arma para dissuadir Hitler de seus sonhos de expansão; e a autonomia da Índia, que Churchill via com maus olhos pelas divisões internas daquele país mas, também, como uma questão de salvaguarda futura em uma eventual guerra.
Ele não queria deixar sem controle um território que poderia abastecer o império. Logo, essas questões aparentemente distintas, estavam entrelaçadas na mente dele, e todas eram pensadas sempre sob o ponto de vista da defesa do país.
Em uma transmissão radiofônica ele fez mais um daqueles pronunciamentos que soam como profecias tal a precisão com que se cumpriram vários anos depois:
Receio que, se olharmos bem para o que se move contra a Grã-Bretanha, veremos que a única escolha possível é a escolha que nossos antepassados tiveram de enfrentar, a saber, submeter ou preparar o país. Ou submetemos o país à vontade de uma nação mais poderosa ou preparamos o povo para defender nossos direitos, nossas liberdades e sem dúvida nossas vidas. Se nos submetermos, nossa submissão deve ser oportuna. Se nos prepararmos, não o devemos fazer tarde demais. A submissão trará consigo pelo menos a entrega e a distribuição do império britânico e a aceitação pelo nosso povo do que quer que o futuro prepare para pequenos países como Noruega, Suécia, Dinamarca, Holanda, Bélgica e Suíça numa dominação teutônica da Europa. (<<<pg. 581-582)
Termina aqui o primeiro volume. Aguarde a continuidade da série.
Imagens
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lorde_Randolph_Churchill
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jennie_Jerome
https://pt.wikipedia.org/wiki/Winston_Churchill
https://en.wikipedia.org/wiki/Winston_Churchill
https://en.wikipedia.org/wiki/Agadir_Crisis
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Fernando_da_%C3%81ustria-Hungria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofia,_duquesa_de_Hohenberg
https://en.wikipedia.org/wiki/Cuban_War_of_Independence
https://www.magnoliabox.com/products/elizabeth-ann-everest-nanny-to-winston-churchill-xjf265582
https://www.iwm.org.uk/collections/item/object/205026821
https://it.wikipedia.org/wiki/File:War_Industry_in_Britain_during_the_First_World_War_Q84077.jpg
https://richardlangworth.com/churchill-womens-suffrage
https://br.pinterest.com/pin/53691420542912606/?lp=true
https://pt.wikipedia.org/wiki/Horatio_Herbert_Kitchener
https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Gascoyne-Cecil,_3.%C2%BA_Marqu%C3%AAs_de_Salisbury
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Madista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_dos_B%C3%B4eres
https://www.historyanswers.co.uk/news/verdun-100-years-on-only-in-history-of-war-issue-27/
http://www.bbc.co.uk/ahistoryoftheworld/objects/e8PR3gMRSIi8tdbjui6OHQ
https://en.wikipedia.org/wiki/Winston_Churchill_in_politics,_1900%E2%80%931939
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Balfour
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_VII_do_Reino_Unido
https://manchesterarchiveplus.wordpress.com/2015/02/21/churchill-and-manchester/
https://winstonchurchill.hillsdale.edu/winston-clementine-churchill-cooper/
https://www.elmundo.es/album/internacional/2015/01/23/54c25062e2704e2b618b4581_3.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Henry_Asquith
https://www.express.co.uk/news/history/579871/Winston-Churchill-Clementine-wife
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_V_do_Reino_Unido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_de_Agadir
https://lesobservateurs.ch/2014/04/29/gb-arrete-pour-racisme-pour-avoir-cite-churchill/
http://www.historynet.com/churchills-aerial-adventures.htm
http://www.bbc.co.uk/newsbeat/article/32445981/gallipoli-the-famous-battle-explained
https://winstonchurchill.org/publications/finest-hour-extras/churchill-first-world-war/
https://owlcation.com/humanities/Winston-Churchill-in-the-Trenches
https://winstonchurchillblog.wordpress.com/2015/11/15/churchill-exhibit-2/
https://firstworldwarhiddenhistory.wordpress.com/category/united-kingdom/winston-churchill/
https://www.alamy.com/stock-photo/the-clemenceau-and-the-foch.html
http://katehon.com/article/armistice-day-november-11th-1918-2016
http://loucraft.blogspot.com/2012/11/armistice-day-11-november-1918.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Russian_Civil_War
https://firstworldwarhiddenhistory.wordpress.com/category/ireland/1916-easter-rising/
https://www.jpost.com/Christian-News/Today-in-History-Churchill-visits-Mandatory-Palestine-449569
https://pt.wikipedia.org/wiki/T._E._Lawrence
https://en.wikipedia.org/wiki/Anglo-Irish_Treaty
https://en.wikipedia.org/wiki/James_Craig,_1st_Viscount_Craigavon
https://en.wikipedia.org/wiki/Michael_Collins_(Irish_leader)
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89amon_de_Valera
https://en.wikipedia.org/wiki/Bonar_Law
https://pt.wikipedia.org/wiki/Stanley_Baldwin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ramsay_MacDonald
https://it.m.wikipedia.org/wiki/File:Churchill_Chamberlain_Baldwin.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratados_de_Locarno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Greve_geral_de_1926_no_Reino_Unido
https://www.marxist.com/90-years-since-the-british-general-strike-the-lessons-for-today.htm
http://ciml.250x.com/archive/events/english/1926_british_general-strike/1926_british_general_strike_4_may.html
https://es.wikipedia.org/wiki/British_Gazette
https://www.marxist.com/90-years-since-the-british-general-strike-the-lessons-for-today.htm
http://theboulevardiers.com/2015/01/18/william-randolph-hearst-boulevardier-of-the-year/
https://winstonchurchill.hillsdale.edu/great-contemporaries-charlie-chaplin/
https://winstonchurchill.hillsdale.edu/meeting-hitler-1932/
https://br.pinterest.com/pin/570901690242041899/?lp=true
https://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_von_Papen
https://en.wikipedia.org/wiki/Kurt_von_Schleicher
https://en.wikipedia.org/wiki/Ernst_R%C3%B6hm
https://en.wikipedia.org/wiki/Paul_von_Hindenburg


sábado, 4 de julho de 2020

CHURCHILL - Parte 19


CHURCHILL – Parte XIX [1] [2]
Fora do governo Churchill passou a trabalhar na escrita de outros livros bem como na formação de uma aliança liberal-conservadora que garantisse a saída dos Trabalhistas do governo. Sem sucesso, viajou ao Canadá e EUA com os filhos. Clementine não estava bem e preferiu ficar em casa.
No Canadá ele fez discursos nas principais cidades, cruzou o país no trem particular do magnata do aço americano Charles Schwab,[3] conheceu e foi hospedado por William Randolph Hearst [4] (que o contratou como colunista de seus jornais), conheceu Charles Chaplin, esteve no deserto de Mojave e no Gran Canyon, Chicago e nos campos de batalha da Guerra Civil estadunidense.




[1]    GILBERT, Martin. Churchill : uma vida, volume 1. tradução de Vernáculo Gabinete de tradução. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2016.

[2]    Em relação às referências das páginas, que fazemos ao final de alguns parágrafos, por uma questão estética e de não ficar sempre repetindo, criamos um código simples com o símbolo “<”. Sua quantidade antes da referência da página indica a quantos parágrafos anteriores elas se relacionam. Exemplo: A referência a seguir se refere ao parágrafo que ela finaliza e mais os dois anteriores  (<<pg.200-202).

[3]   Charles Michael Schwab (18/02/1862 - 18/10/1939) foi um magnata do aço americano. Sob sua liderança, a empresa Bethlehem Steel tornou-se a segunda maior fabricante de aço dos Estados Unidos e um dos expoentes mais importantes da indústria pesada no mundo. Em seu tempo, ele era tão popular por suas realizações comerciais óbvias quanto por seu estilo de vida perdulário, que acabou levando à ruína.
     https://es.wikipedia.org/wiki/Charles_M._Schwab

[4]   William Randolph Hearst (29/04/1863 – 14/08/1951) foi um empresário americano do ramo de editoras que criou uma enorme rede de jornais. Seus métodos influenciaram a indústria do jornalismo nos Estados Unidos.
     https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Randolph_Hearst
Churchill e Charles Chaplin
Winston estava em Nova York no dia da Quebra da Bolsa de Valores, na qual teve prejuízos na casa de dez mil libras onde quase presenciou um suicídio e visitou a Bolsa. (<pg. 536-537) Lá encontrou um cenário de caos ordenado:
Eu esperava ver um pandemônio, mas havia uma surpreendente calma e ordem perante os meus olhos. Os membros da Bolsa andavam para lá e para cá como uma cena em câmara lenta de uma formiga tonta, propondo uns aos outros enormes maços de títulos por um terço de seu valor anterior e não encontrando, durante muitos minutos, alguém com coragem suficiente para adquirir as fortunas garantidas que eles se viam obrigados a oferecer. (<<<pg. 538)
Neste período, sem consultar sua opinião, os Conservadores apoiaram o governo trabalhista na proposta de dar certa autonomia à Índia que “seria, dentro de poucos anos, governada por indianos, tanto a nível nacional quanto provincial.”.
Churchill considerava de hindus e muçulmanos não estavam preparados para terem um governo central devido às disputas religiosas e criticava duramente a discriminação contra os dalits,[5] ou intocáveis, por parte dos hindus.
Tal posicionamento o colocou em rota de colisão, mais uma vez, com os cabeças do Partido Conservador mas angariou-lhe muito apoio com os demais membros.
A separação entre ambos, que resultou na criação do Paquistão tempos depois, prova que, mais uma vêz, o “clarividente” Winston tinha certa razão. (<<<pg. 538-546)
Quando chegou o período de novas eleições os Conservadores voltaram à ribalta, subindo de 260 para 470 cadeiras, as vertentes Trabalhistas caíram de 287 para 65, as tendências liberais subiram de 59 para 65 cadeiras. Apesar disso o governo era de coalizão e Ramsay MacDonald seguiu como Primeiro-Ministro.
Churchill não foi convidado para nenhum cargo e suas atenções estavam voltadas para o lançamento do “último volume das memórias de guerra de Churchill, The World Crisis : The Eastern Front”.
Então Winston voltou aos EUA para uma série de palestras remuneradas e artigos de jornal. Desta vez Clementine foi com ele. Mas o pléripo novaiorquino não durou muito, em 11/12/1931 ele foi atropelado por um carro indo se restabelecer nas Bahamas. Somente no final de janeiro de 1932 voltou aos EUA para proferir suas palestras. (<<pg. 547-549)
Apesar de estar fora do governo, Churchill seguia com seus artigos e discursos. Neste período defendia a cooperação entre os países de língua inglesa, basicamente EUA e Inglaterra, contra a Rússia, defendia cooperação mundial contra a crise econômica e contra as pretensões da Alemanha que demonstrava interesse na recuperação de territórios perdidos em 1918.
Em março de 1932 as eleições naquele país resultaram em 11 milhões de votos para o Partido Nazista que posteriormente, em abril, conquistou 40% do Parlamento.



[5]   O termo dalit foi utilizado pela primeira vez em finais do século XIX pelo ativista Jyotirao Phule para designar o que, no sistema de castas do hinduísmo, são designados como "shudras", grupo formado por trabalhadores braçais, considerados pelos escritos bramânicos, sobretudo o Manava Dharmashastra, como "intocáveis" e impuros. O termo deriva de uma palavra em sânscrito que significa tanto "chão" quanto "feito aos pedaços". Desse modo, conota que a condição dos "dalits" é de oprimido e, portanto, não podem reverter essa situação. O termo, assim, é considerado preferível, pelos ativistas e intelectuais dalits, aos mais pejorativos "shudra" e "intocáveis".
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dalit

Churchill em Munique quando tentou se encontrar com Hitler.
Neste ambiente, Churchill era contra um acordo de desarmamento que igualasse as forças alemãs ao exército da França. Em viagem à Alemanha (entre fins de agosto e setembro) esteve em Munique onde tentou se encontrar com Hitler, que recusou.
De volta à Inglaterra Churchill adoeceu e aproveitou a convalescença para seguir viajando e enriquecendo com os contratos pelos livros que ia escrevendo. (<<<pg. 550-554)
Mas o ambiente político na Europa não relaxava e nem tirava férias. O novo Chanceler da Alemanha, Franz von Papen,[6] exigiu “igualdade de estatuto para os armamentos germânicos”, em outras palavras, poder armar o país ao mesmo nível da França.



[6]   Franz Joseph Hermann Michael Maria von Papen zu Köningen (Werl, 29/10/1879 — Sasbach, 02/05/1969) foi um político alemão. Ocupou o cargo de Reichskanzler (Chanceler da República de Weimar), de 1 de junho de 1932 a 17 de novembro de 1932. Foi um político erroneamente apresentado com um caráter dúbio. Lutou com unhas e dentes contra os nazistas. Durante a época em que ocupou a chancelaria, para poupar a própria vida e da sua família, em um governo ditatorial e assassino, se disfarçou como um dos seus aliados incondicionais. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_von_Papen  
Franz von Papen e o General Kurt von Schleicher
Sir John Simon, Ministro das Relações Exteriores britânico emitiu nota reafirmando os termos do Tratado de Versalhes de modo que, em protesto, Papen se retirou da Conferência Mundial para o Desarmamento.[7]
Churchill apoiou vigorosamente a declaração de Simon, pois significava um alerta em defesa da paz, considerando que o apaziguamento não adiantava já que O Ministro da Defesa alemão, General Kurt von Schleicher,[8] declarara que “o que quer que as potências decidam, a Alemanha fará o que considerar apropriado em relação ao armamento”.
A despeito disso, porém, o governo britânico estava disposto a satisfazer a Alemanha. Winston previu, então, o fracasso das negociações e já clamava por investimentos maciços na Força Aérea. 
Em discurso no Parlamento Churchill avisou que permitir o rearmamento alemão levaria, necessariamente à exigência da devolução de territórios. Segundo ele, as multidões de jovens que ele vira marchando na Alemanha “Querem armas, e, quando as tiverem, acreditem, exigirão a devolução de seus territórios perdidos.
Mas, a despeito de todos os avisos, o governo inglês seguiu apoiando o desarmamento chegando mesmo a reduzir a própria Força Aérea! Em 30/01/1933 Hitler foi escolhido Chanceler da Alemanha. (<<<<<pg. 554-558)
CONTINUA




[7]   A Conferência para o Desarmamento em Genebra foi uma conferencia da Liga das Nações em 1932 para a redução e limitação do armamento de todas as nações que nela participavam. Todas as grandes potências, Alemanha, Grã-Bretanha, França, e também os Estados Unidos e a URSS participaram, embora não fossem membros da Liga das Nações. Esta conferencia tomou lugar na cidade de Genebra, na Suiça, entre 1932 e 1934, mas terminando de facto apenas a Maio de 1937. Esta conferência provou que ainda era cedo para diversas nações trabalharem conjuntamente pela paz global, pois estavam todos demasiado preocupados com os seus próprios interesses. Em 1935 Hitler iniciou o rearmamento da Alemanha, construindo a partir do nada a Wehrmacht, a Kriegsmarine e a Luftwaffe. A conferência foi terminou oficialmente a Maio de 1937, quando o desarmamento na Europa já era um sonho do passado.
     https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_para_o_Desarmamento_em_Genebra

[8]   Kurt Ferdinand Friedrich Hermann von Schleicher (07/04/1882 a 30/06/1934) era um general alemão e o último chanceler da Alemanha durante a República de Weimar. Um importante ator nos esforços do exército alemão para evitar as restrições do Tratado de Versalhes, Schleicher subiu ao poder como conselheiro próximo do presidente Paul von Hindenburg. Em 1930, ele foi fundamental na derrubada do governo de Hermann Müller e na nomeação de Heinrich Brüning como chanceler.
     https://en.wikipedia.org/wiki/Kurt_von_Schleicher