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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

REVISTA REINO DE CLIO - EDITAL

REVISTA REINO DE CLIO - ISSN: 2358-5218

Edição nº 9 – 2019

Edital de Publicação

OBJETIVO:

Visitar, pesquisar e fotografar Museus, Igrejas antigas, monumentos e outros sítios de valor histórico e/ou arqueológico, para publicação certificada (não remunerada) na Edição de nº 09 da Revista Reino de Clio.


PRAZO PARA RECEBIMENTO DOS TRABALHOS PARA AVALIAÇÃO:

01/02/2019 a 15/03/2019

PRAZO PARA AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS:

16/03/2019 a 31/03/2019

PUBLICAÇÃO PREVISTA:

15/04/2019


METODOLOGIA:

  • Pesquisa de internet sobre o local a ser fotografado para coleta de informações básicas;
  • Composição de texto de no máximo 1 lauda com essas informações;
  • Visita ao local para realizar o registro fotográfico do local;
  • Para o registro de monumentos o trabalho deve conter fotos do entorno do local, bem como de todos os ângulos possíveis com a câmera ou celular na horizontal, além de focalização aproximada dos detalhes como, por exemplo, placas informativas, esculturas, etc;
  • Para o registro de sítios históricos e/ou arqueológicos o trabalho deve conter fotos do entorno do local, bem como de todos os ângulos possíveis com a câmera ou celular na horizontal, além de focalização aproximada dos detalhes como, por exemplo, objetos, inscrições, desenhos,  pinturas, placas, esculturas, etc;
  • Para o registro de museus o trabalho deve conter fotos do entorno do local, fotos externas da edificação, da recepção, placas informativas, etc. Para as exposições do museu alvo do trabalho, deve-se primeiro fotografar vistas gerais do ambiente da exposição (da sala ou salão), seguindo, então, ao trabalho de fotografar os itens de cada exposição ou sala. Para ver um exemplo de museu fotografado com esse formato, clique AQUI;
  • Para o registro de igrejas ou similares (a preferência é por ambientes com pouca ou nenhuma modernização), seguir o roteiro conforme as imagens abaixo. É de suma importância ter sempre o máximo cuidado e respeito pelos locais religiosos que se vai fotografar e isso inclui tirar chapéu, bonés ou tocas de qualquer espécie, usar roupas recatadas, estar sempre em silêncio, não usar flash e não atrapalhar ritos em andamento.
    Fotos externas de todos os ângulos possíveis (com o celular/câmera sempre na posição horizontal), conforme as setas fora do retângulo vermelho. Só usar o celular na vertical se não houver outra forma de capturar a imagem na horizontal.
    Ao adentrar a igreja, fotografar o ambiente a partir da porta (ou depois das primeiras colunas se elas forem atrapalhar a tomada da imagem), bem como as laterais do ponto de vista oposto, conforme as primeiras setas sobre a cor azul dentro do retângulo vermelho.
    Fotografar o altar também como visto do meio da igreja, para uma imagem de média aproximação em relação à imagem capturada da entrada;
    Algumas igrejas possuem nichos ou capelas laterais, com oratórios e/ou imagens. Esses locais podem ser fotografados com o celular/câmera na vertical, assim como as imagens de santos. Certifique-se de que o enquadramento é o mais aproximado possível sem cortar a imagem. Os demais detalhes devem, sempre que possível, ser fotografados na horizontal.
    A nave da igreja (cadeiras e porta de entrada) devem ser fotografadas com o fotógrafo posicionado no altar, de costas para este.
    O registro dos altares deve seguir o mesmo roteiro como se fosse uma igreja em si, ou seja, fotos na horizontal, com distância que permita visão ampla, das laterais a partir de ponto de vista oposto (diagonal) e dos detalhes. Para registrar mais aproximadamente o altar principal e as imagens, pode-se usar o aparelho na horizontal e o zoom.
    Após o término da operação, checar as fotos para ver se não há nenhuma delas de má qualidade ou tremidas.
    Algumas igrejas possuem corredores laterais, túmulos e sacristias. Sempre que possível deve-se fotografar tais ambientes com os mesmos métodos especificados acima.
    Para ver um exemplo de igreja fotografada com esse formato, clique AQUI.
    As fotos devem ser enviadas para o e-mail abaixo:
    revistareinodeclio@gmail.com
    Além das fotos e do texto, as seguintes informações devem estar presentes no e-mail:
    Nome do autor, RG, CPF, cidade, local fotografado, data da coleta das imagens e a seguinte declaração:
    Declaro para os devidos fins que cedo ao Sr. Marcello Eduardo Kierkigard Lima Campos, sem qualquer tipo de remuneração, presente ou futura, o direito irrestrito de publicação das fotos do local acima citado, que seguem anexas.
    O participante pode fotografar mais de um local, mas para cada local fotografado deve ser enviado um e-mail separado.
    Cada local fotografado que seja aprovado para publicação receberá um certificado equivalente a 10hs de atividade.
    Dúvidas? Escreva para o e-mail acima citado.




     
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A REUNIÃO DA SOLUÇÃO FINAL

CONFERÊNCIA DE WANNSEE
Em um dia como este 20 de janeiro, em 1942, ocorria a reunião que iria detalhar o planejamento da Solução Final para o destino dos judeus dentro da Alemanha Nazista e territórios conquistados. A Conferência de Wannsee foi um encontro de líderes nazistas, realizadas no subúrbio berlinense de Wannsee, em uma mansão às margens do lago denominado Grosser Wannsee.
O encontro foi marcado pelo diretor do Gabinete Central de Segurança do Reich, SS-Obergruppenführer Reinhard Heydrich e destinou-se a estabelecer a cooperação de todos os setores envolvidos, especialmente no transporte, na eliminação dos judeus que seriam trazidos de todos os lugares para a Polônia, onde seriam exterminados.
Heydrich agia obedecendo uma ordem escrita e assinada por  Hermann Göring determinando que planejasse a solução da questão judaica, embora o extermínio já tivesse começado logo após a invasão da URSS em junho do ano anterior, 1941.
Hermann Göring e Reinhard Heydrich
Portanto, ao contrário do que alguns pensam, não foi na Conferência de Wannsee que a decisão de exterminar os judeus foi tomada, pois a reunião teve, como primeiro objetivo, apenas determinar a participação de cada órgão do governo nazista envolvido no processo como, por exemplo, os Ministérios das Relações Exteriores, Justiça, Interior e a SS. Em outras palavras, organizar o que já estava acontecendo.
A perseguição aos judeus começou logo no início do governo de Hitler, em 1933 e se intensificou com as Leis de Nuremberg em 1935. A matança indiscriminada porém começou após a invasão da Polônia, em 1939. O plano nazista para o Leste não previa apenas a morte dos judeus, mas também dos eslavos e a ideia era reduzir a população, pela fome, com a morte de 30 milhões de pessoas!
As colheitas fracas na Alemanha nos anos de 1940 e 1941 levou o governo nazista a calcular que os judeus não se encaixavam no número de pessoas que deveriam ser alimentadas e que incluiam os próprios alemães e os trabalhadores escravos das fábricas do III Reich.
Quando a invasão da URSS começou, logo Heydrich estava autorizando a morte de membros do partido comunista, comissários do povo, judeus em cargos públicos, adversários políticos, sabotadores, agitadores e membros da resistência. Não demorou para ordenar que todos os judeus fossem considerados membros da resistência, o que autorizava sua morte indiscriminada.
Heydrich enviou as convocações para a reunião em 29/11/1941, marcando a data do encontro para 09/12/1941 no escritório da Interpol. Porém, devido ao fracasso da tomada de Moscou e a declaração de guerra de Hitler contra os EUA, após o ataque japonês a Pearl Harbor, a conferência foi adiada. O local já havia sido alterado dias antes.
CONVOCAÇÃO PARA A CONFERÊNCIA
Esses eventos levaram Hitler a perceber que a guerra não acabaria cedo como previra e, assim sendo, em 12/12/1941 ele transmitiu aos membros superiores do governo que decidira eliminar os judeus logo, sem esperar pelo fim da guerra.
Os novos convites para o encontro, agora remarcado para 20/01/1942 foram enviados dia 08. Foram 15 participantes, dentre os quais Adolf Eichmann, que depois ficaria famoso por ter sido sequestrado por agentes do Mossad na Argentina, para ser julgado em Israel.
Heydrich iniciou a reunião relembrando as medidas anti-judaicas tomadas desde 1933 e contabilizando a existência de 11 milhões de judeus na Europa com cerca de metade deles fora dos domínios da Alemanha. A intenção era levar os judeus sob domínio da Alemanha para a URSS, onde morreriam “de causas naturais” na construção de estradas. Os restantes deveriam ser “tratados adequadamente”, considerando que poderiam voltar a se reproduzir, o que não era desejado.
LISTA DE ADOLF EICHMANN - JUDEUS DA EUROPA
Essa remoção em massa era uma exigência do processo de mudança dos alemães que iriam colonizar o Leste, especialmente aqueles que havia perdido suas casas nos bombardeios aéreos aliados. O processo incluiria o transporte para guetos de transição na Polônia e, depois, para a URSS.
Nem todos os judeus, porém, seriam deportados rumo a morte pois, segundo Heydrich, “Judeus com mais de 65 anos de idade, e judeus veteranos da Primeira Guerra Mundial que tivessem sido feridos com gravidade ou que tivessem recebido a Cruz de Ferro, podiam ser enviados para o campo de concentração de Theresienstadt em vez de serem mortos.
Os Mischlings de primeiro grau (mestiços com avós judeus) seriam mortos, porém, se fossem casados e tivessem filhos com não-judeus, seriam poupados. Mesmo caso dos que possuissem isenção concedida por altas autoridades. Mas deveriam ser esterilizados ou deportados caso não aceitassem.
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DOS JUDEUS
Os Mischlings de segundo grau (com apenas um dos avós judeu) seriam considerados alemães, a menos que fossem casados com judeus, mischlings de primeiro grau ou tivessem a aparência e o comportamento marcadamente “judaicos”. Casamentos interraciais seriam analisados individualmente.
Após a fala de Heydrich a reunião seguiu menos formal. Não foi registrada nenhuma oposição dos presentes, antes, porém, sugestões para “aperfeiçoar” o processo. Heydrich, que esperava muita resistência, ficou satisfeito com a concordância geral.
PARTICIPANTES DA CONFERÊNCIA DE WANNSEE
O documento final da conferência, denominado Protocolo de Wannsee, foi redigido com termos camuflados, para esconder o terror das decisões que continha. Foram feitas 30 cópias da ata, que foram enviadas aos participantes. A maioria delas foi destruída ao final da guerra, mas uma delas sobreviveu e serviu de prova no Julgamento de Nuremberg.
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Wannsee
https://en.wikipedia.org/wiki/Generalplan_Ost
https://warfarehistorynetwork.com/daily/wwii/the-wannsee-conference-hitlers-final-solution/
https://dirkdeklein.net/2017/07/14/the-minutes-of-the-wannsee-conference-meeting/


A "NUREMBERG" DO JAPÃO

O JULGAMENTO DE TÓQUIO
Em um dia como este 19 de janeiro, no ano de 1946, o General Douglas Mac Arthur, comandante das Forças Armadas dos Estados Unidos no Extremo Oriente, proclamou a Carta do Tribunal Internacional Militar para o Extremo Oriente, documento que estabelecia as bases legais para o julgamento de crimes cometidos pelos líderes do Império do Japão durante a II Guerra Mundial.
Esses crimes foram divididos em três categorias: "Classe A" (crimes contra a paz), "Classe B" (crimes de guerra) e "Classe C" (crimes contra a humanidade)” referindo-se, a primeira, a ação para iniciar a manter o conflito e as duas últimas referindo-se a atrocidades cometidas durante os conflitos.
Apesar de ser um tribunal que visava os líderes japoneses, o Imperador Hiroito não foi acusado, bem como nenhum outro membro da família imperial, como parte da estratégia estadunidense de pacificar o Japão deixando ao país um símbolo em torno do qual pudesse se reunir.
O tribunal também não serviu para julgar funcionários e militares subalternos, o que ocorreu em outros tribunais, realizados em outras cidades e países, a exemplo da China, que instituiu 13 tribunais que produziram “504 condenações e 149 execuções”.
O julgamento foi presidido por onze juízes, um de cada país aliado na Guerra do Pacífico: “Estados Unidos da América, República da China, União Soviética, Reino Unido, Países Baixos, Governo Provisório da República Francesa, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Índia Britânica e Filipinas”.
A abertura dos trabalhos ocorreu em 03/05/1946 com o discurso do Procurador-Geral Joseph Keenan. Quando chegou sua vez, a defesa dos 28 acusados rejeitou o nome de William Web como Presidente do Julgamento, no que foi atendida, e tentou anular o julgamento argumentando ser impossível não matar em guerras bem como individualizar culpas em crimes internacionais, o que foi rejeitado.
Nas sessões seguintes a acusação prosseguiu listando os acordos e tratados internacionais violados e a sequência de eventos que se iniciou com a invasão da China após o incidente da Manchúria em 1928, bem como as inúmeras violações, chacinas, pilhagens, torturas, etc.
A defesa questionou o direito do vencedor julgar o vencido, rejeitou a tese de conluio e defendeu algumas ações como defesa dos interesses e da própria existência do país.
Dos 25 acusados que chegaram ao final do julgamento (dois morreram antes e um enlouqueceu), apenas o General Hideki Tojo reconheceu a própria culpa nas acusações. Os demais alegaram-se não culpados, tendo agido sob ordens.
O veredito condenou à morte por enforcamento sete dos acusados, inclusive Tojo. Outros dezesseis foram condenados à prisão perpétua. Os demais receberam penas de 20 e 7 anos respectivamente.
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Militar_Internacional_para_o_Extremo_Oriente
https://en.wikipedia.org/wiki/International_Military_Tribunal_for_the_Far_East
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hideki_T%C5%8Dj%C5%8D