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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A "NUREMBERG" DO JAPÃO

O JULGAMENTO DE TÓQUIO
Em um dia como este 19 de janeiro, no ano de 1946, o General Douglas Mac Arthur, comandante das Forças Armadas dos Estados Unidos no Extremo Oriente, proclamou a Carta do Tribunal Internacional Militar para o Extremo Oriente, documento que estabelecia as bases legais para o julgamento de crimes cometidos pelos líderes do Império do Japão durante a II Guerra Mundial.
Esses crimes foram divididos em três categorias: "Classe A" (crimes contra a paz), "Classe B" (crimes de guerra) e "Classe C" (crimes contra a humanidade)” referindo-se, a primeira, a ação para iniciar a manter o conflito e as duas últimas referindo-se a atrocidades cometidas durante os conflitos.
Apesar de ser um tribunal que visava os líderes japoneses, o Imperador Hiroito não foi acusado, bem como nenhum outro membro da família imperial, como parte da estratégia estadunidense de pacificar o Japão deixando ao país um símbolo em torno do qual pudesse se reunir.
O tribunal também não serviu para julgar funcionários e militares subalternos, o que ocorreu em outros tribunais, realizados em outras cidades e países, a exemplo da China, que instituiu 13 tribunais que produziram “504 condenações e 149 execuções”.
O julgamento foi presidido por onze juízes, um de cada país aliado na Guerra do Pacífico: “Estados Unidos da América, República da China, União Soviética, Reino Unido, Países Baixos, Governo Provisório da República Francesa, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Índia Britânica e Filipinas”.
A abertura dos trabalhos ocorreu em 03/05/1946 com o discurso do Procurador-Geral Joseph Keenan. Quando chegou sua vez, a defesa dos 28 acusados rejeitou o nome de William Web como Presidente do Julgamento, no que foi atendida, e tentou anular o julgamento argumentando ser impossível não matar em guerras bem como individualizar culpas em crimes internacionais, o que foi rejeitado.
Nas sessões seguintes a acusação prosseguiu listando os acordos e tratados internacionais violados e a sequência de eventos que se iniciou com a invasão da China após o incidente da Manchúria em 1928, bem como as inúmeras violações, chacinas, pilhagens, torturas, etc.
A defesa questionou o direito do vencedor julgar o vencido, rejeitou a tese de conluio e defendeu algumas ações como defesa dos interesses e da própria existência do país.
Dos 25 acusados que chegaram ao final do julgamento (dois morreram antes e um enlouqueceu), apenas o General Hideki Tojo reconheceu a própria culpa nas acusações. Os demais alegaram-se não culpados, tendo agido sob ordens.
O veredito condenou à morte por enforcamento sete dos acusados, inclusive Tojo. Outros dezesseis foram condenados à prisão perpétua. Os demais receberam penas de 20 e 7 anos respectivamente.
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Militar_Internacional_para_o_Extremo_Oriente
https://en.wikipedia.org/wiki/International_Military_Tribunal_for_the_Far_East
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hideki_T%C5%8Dj%C5%8D

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