TOREGUENE
– UMA MULHER GOVERNA A MONGÓLIA13
Se os
homens governantes do Império Mongol eram os Khans, uma mulher tinha o título
feminino de Khatun, ou Grã Khatum, no caso dela.
Toreguene
nasceu em 1246, era uma naimanita (nascida no território Naimã) e foi dada em
casamento a Cudu, o futuro Dair Usum (Líder) do clã dos merquites.
Quando
Gengis Khan conquistou o cã merquita tomou a esposa de Cudu e a deu a seu filho
Ogedai. Assim, Toreguene se tornou uma princesa da Mongólia.
Quando
Ogedai morreu, em 1241, quem assumiu a regência foi outra mulher, Moqe, que
fora uma das esposas de Gengis Khan, herdada pelo falecido Ogedai. No entanto,
Toreguene teve apoio de Chagatai, outro filho de Gengis Khan, para assumir o
poder regencial.
Uma
vez estabelecida no poder, Toreguene afastou a maioria dos auxiliares de seu
marido falecido e nomeou seu próprio ministério, por assim dizer, e fez de uma
mulher xiita de nome Fátima sua principal auxiliar.
Durante
cinco anos Toreguene administrou o Império Mongol com grande sabedoria,
conciliando os conflitos entre os clãs e entre os muitos familiares de Gengis
Khan.
O
reconhecimento internacional a seu governo veio pela visita de personalidades
reais como o sultão da Turquia e de Bagdá, enviados da Rússia e da Geórgia.
Toreguene
direcionou os esforços do governo para fazer de seu filho, Güyük, o novo Grão
Khan que, enquanto ela governava, evitou voltar à capital e viajou pelos clãs
em busca de apoio para a eleição que viria, o Kurultai.
O
Kurultai aconteceu em 1246, perto de Karakorum e Güyük foi eleito. Toreguene,
então, partiu para seu palácio perto do Rio Emit onde morreu no mesmo ano,
talvez por ordem do próprio filho.
Continua
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