IMPERATRIZ LEOPOLDINA – MATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Parte VIII
Em julho/1818 a primeira gravidez de Leopoldina foi anunciada. Daquele momento até o fim, foram poucos os períodos de vida em que a princesa não tenha estado grávida.
Considerando os sete filhos, terão sido nada menos que 63 meses gestante, diante dos 101 meses de vida que teve, a partir daquele julho/1818.
Sua escrita revela, já nesta época, solidão, melancolia e certa resignação diante das infidelidades do marido: “...os homens sempre serão homens, e nós, mulheres, devemos nos distinguir pela paciência, a virtude e os conselhos serenos […] eles sempre voltam e então nos apreciam mais.” (pg. 135)
E a Revolução no Porto, que ao final obrigou a volta da família real para Portugal, levou a princesa a momentos de grande desespero.
Ela temia que os eventos se radicalizassem, temia ser separada do marido e dos filhos, temia partir, temia ficar. Como estava grávida novamente, conseguiu convencer o esposo a atrasar a eventual partida que, por fim, não foi necessária.
A vida como casal regente não pareceu melhorar muito. Ambos almoçavam juntos, mas D. Pedro comia muito rápido. As visitas aos órgãos da administração faziam Leopoldina sofrer com a rispidez do marido, que “...era muito afeito ao uso do chicote para castigar os que não cumpriam as tarefas como ele queria.” (pg. 161)
Continua...
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