http://www.mfa.org/collections/object/seventh-plague-of-egypt-33665 |
O ÊXODO E A HISTÓRIA – Parte V
Qualquer que tenha sido o motivo
para a morte de seus filhos, é possível imaginar que, após estas,
os egípcios praticamente imploraram pela partida dos israelitas.
Como se chegou a isso?
A Ma'at, ordem cósmica, estava
completamente desequilibrada, o que evidenciava uma falha do faraó e
a aparente “ira dos deuses”! O Deus dos israelitas demonstrara
seu poder e algumas das principais divindades egípcias haviam sido desmoralizadas. Mas as primeiras “Pragas do Egito” podem realmente ter
ocorrido?
Sem dúvida foram acontecimentos
extraordinários, mas naturalmente viáveis, dentro da lógica
irrefutável das Leis da Natureza, com exceção, claro, da
transformação do cajado em cobra, que tanto pode ter sido uma
visão, quanto uma metáfora.
Vamos, porém, partir do princípio.
O episódio da sarça ardente, avistada por Moisés: “E
apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma
sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se
consumia.” (Êxodo 3:2)
http://www.briancallart.com/?jud-gallery=moses-and-the-burning-bush |
Sem dúvida deve ter sido uma visão
impactante, mas sua ocorrência é perfeitamente possível. Em
regiões onde o gás natural aflora à superfície, e onde o calor o
faz se inflamar, alguns arbustos podem pegar fogo “espontaneamente”.
Evidentemente não será qualquer arbusto.
O Dr. Harold N. Moldenke, do Jardim
Botânico de Nova York, indica o arbusto Dictamnus
Albus L: “uma erva grande de um metro de altura, com panículas de
flores cor de púrpura. A planta toda é coberta de minúsculas
glândulas oleaginosas. Esse óleo é tão volátil que se evapora
continuamente, e a aproximação duma chama descoberta causa uma
inflamação súbita...”7
http://www.logbia.republika.pl/dyptam.html |
Já no Egito, como o faraó não
aceitou liberar os israelitas, Moisés deu início à sucessão de
pragas (Êxodo 7-10).
As águas do Nilo viraram sangue,
peixes morreram, rãs invadiram as ruas e casas, enxames de insetos
se apresentaram, doenças mataram pessoas e animais e choveu granizo
incandescente! Ufa!
É muita tragédia junta não? Mas é
tudo possível, mesmo concentrado, especialmente na sequência em que
ocorreu.
A região onde ficava Pi-Ramsés é
a foz do Rio Nilo, onde ele se divide em vários braços menores. Um
destes braços, já perto do mar e sob condições especiais de baixa
vazão, pode ter sido contaminado pela alga chamada Oscillatoria
rubescens8,
que tornou a água vermelha como sangue, e tóxica. Já aconteceu na
Austrália, nos arredores de Sidney, e no Brasil, no Ceará.9
http://www.telegraph.co.uk/travel/picturegalleries/9705809/Sydneys-beaches-closed-as-algae-turns-the-sea-blood-red.html |
Com a água tóxica é óbvio que os
peixes morreram, pois não poderiam sair. Já as rãs e sapos, que
podiam, sairam, invadindo a cidade. Ao ficar muito tempo fora da
água, porém, também morreram e seus corpos em decomposição
atraíram os enxames de insetos que atacaram pessoas e animais,
trazendo as doenças de pele.
Uma erupção vulcânica na região
do Mediterrâneo ou na Arábia certamente foi a causa da chuva de
granizo incandescente, o que é comprovado pelos exemplares de pedra
pomes que foram encontrados no Egito.10
Sabe-se que a pedra pomes é originada na lava vulcânica e o Egito
não possui vulcões.
E, depois de tudo isso, vieram os
gafanhotos para terminar o serviço, destruir o restante das
plantações e trazer a consequente fome.
A Bíblia relata que, a despeito de
todas essas catástrofes, os israelitas não foram atingidos e isso é
a prova de que os fenômenos foram concentrados nos arredores da
capital. Essa concentração está perfeitamente dentro da lógica
por dois motivos:
- o sofrimento deveria vir sobre quem de fato tinha o poder de decisão e que mais se beneficiava do trabalho servil, ou seja, a elite egípcia residente na capital, e em última instância, o próprio Faraó;
- os israelitas não foram atingidos pois não moravam na capital. Certamente residiam próximos aos locais das obras que executavam, perto de outros braços da foz do Rio Nilo que não foram atingidos pela água vermelha que desencadeou quase tudo.
Que
a mentalidade supersticiosa do homem antigo tenha atribuído tudo a
milagres arbitrários, não é de se estranhar, pois tanto os israelitas
quanto os egípcios pensavam assim. Aconteceu? Sim, acreditamos que
aconteceu. Mas de forma natural, dentro das Leis da Natureza, que são as
próprias Leis de Deus.
Continua...
Perdeu as primeiras partes do texto? Clique aqui.
Para navegar mais por este blog, clique aqui.
Para ler outros textos na seção "A Semana", clique aqui.
Para voltar ao site, clique aqui.
Continua...
Perdeu as primeiras partes do texto? Clique aqui.
Para navegar mais por este blog, clique aqui.
Para ler outros textos na seção "A Semana", clique aqui.
Para voltar ao site, clique aqui.
7 http://www.apologeticacatolica.com.br/agnusdei/livr31.htm
8 http://www.seuhistory.com/node/135506
9 http://www.feparaorapto.com.br/eventos-modernos/mar-de-sangue-praia-de-fortaleza-ce-fica-com-aguas-vermelha-e-fenomeno-despertam-curiosidades.html
10 GNotícias.
As 10 pragas do Egito
– Cientistas comprovam a existência, mas dizem que foram uma
cadeia de coincidências.
Acessado a 04/09/2015 em:
http://noticias.gospelmais.com.br/as-dez-pragas-do-egito.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário