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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ÊXODO x HISTÓRIA - 5

http://www.mfa.org/collections/object/seventh-plague-of-egypt-33665
O ÊXODO E A HISTÓRIA – Parte V

Qualquer que tenha sido o motivo para a morte de seus filhos, é possível imaginar que, após estas, os egípcios praticamente imploraram pela partida dos israelitas. Como se chegou a isso?

A Ma'at, ordem cósmica, estava completamente desequilibrada, o que evidenciava uma falha do faraó e a aparente “ira dos deuses”! O Deus dos israelitas demonstrara seu poder e algumas das principais divindades egípcias haviam sido desmoralizadas. Mas as primeiras “Pragas do Egito” podem realmente ter ocorrido?

Sem dúvida foram acontecimentos extraordinários, mas naturalmente viáveis, dentro da lógica irrefutável das Leis da Natureza, com exceção, claro, da transformação do cajado em cobra, que tanto pode ter sido uma visão, quanto uma metáfora.

Vamos, porém, partir do princípio. O episódio da sarça ardente, avistada por Moisés: “E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.” (Êxodo 3:2)
http://www.briancallart.com/?jud-gallery=moses-and-the-burning-bush
Sem dúvida deve ter sido uma visão impactante, mas sua ocorrência é perfeitamente possível. Em regiões onde o gás natural aflora à superfície, e onde o calor o faz se inflamar, alguns arbustos podem pegar fogo “espontaneamente”. Evidentemente não será qualquer arbusto.

O Dr. Harold N. Moldenke, do Jardim Botânico de Nova York, indica o arbusto Dictamnus Albus L: “uma erva grande de um metro de altura, com panículas de flores cor de púrpura. A planta toda é coberta de minúsculas glândulas oleaginosas. Esse óleo é tão volátil que se evapora continuamente, e a aproximação duma chama descoberta causa uma inflamação súbita...”7
http://www.logbia.republika.pl/dyptam.html
Já no Egito, como o faraó não aceitou liberar os israelitas, Moisés deu início à sucessão de pragas (Êxodo 7-10).

As águas do Nilo viraram sangue, peixes morreram, rãs invadiram as ruas e casas, enxames de insetos se apresentaram, doenças mataram pessoas e animais e choveu granizo incandescente! Ufa!

É muita tragédia junta não? Mas é tudo possível, mesmo concentrado, especialmente na sequência em que ocorreu.

A região onde ficava Pi-Ramsés é a foz do Rio Nilo, onde ele se divide em vários braços menores. Um destes braços, já perto do mar e sob condições especiais de baixa vazão, pode ter sido contaminado pela alga chamada Oscillatoria rubescens8, que tornou a água vermelha como sangue, e tóxica. Já aconteceu na Austrália, nos arredores de Sidney, e no Brasil, no Ceará.9
http://www.telegraph.co.uk/travel/picturegalleries/9705809/Sydneys-beaches-closed-as-algae-turns-the-sea-blood-red.html
Com a água tóxica é óbvio que os peixes morreram, pois não poderiam sair. Já as rãs e sapos, que podiam, sairam, invadindo a cidade. Ao ficar muito tempo fora da água, porém, também morreram e seus corpos em decomposição atraíram os enxames de insetos que atacaram pessoas e animais, trazendo as doenças de pele.

Uma erupção vulcânica na região do Mediterrâneo ou na Arábia certamente foi a causa da chuva de granizo incandescente, o que é comprovado pelos exemplares de pedra pomes que foram encontrados no Egito.10 Sabe-se que a pedra pomes é originada na lava vulcânica e o Egito não possui vulcões.

E, depois de tudo isso, vieram os gafanhotos para terminar o serviço, destruir o restante das plantações e trazer a consequente fome.

A Bíblia relata que, a despeito de todas essas catástrofes, os israelitas não foram atingidos e isso é a prova de que os fenômenos foram concentrados nos arredores da capital. Essa concentração está perfeitamente dentro da lógica por dois motivos:

  1. o sofrimento deveria vir sobre quem de fato tinha o poder de decisão e que mais se beneficiava do trabalho servil, ou seja, a elite egípcia residente na capital, e em última instância, o próprio Faraó;
  2. os israelitas não foram atingidos pois não moravam na capital. Certamente residiam próximos aos locais das obras que executavam, perto de outros braços da foz do Rio Nilo que não foram atingidos pela água vermelha que desencadeou quase tudo.

Que a mentalidade supersticiosa do homem antigo tenha atribuído tudo a milagres arbitrários, não é de se estranhar, pois tanto os israelitas quanto os egípcios pensavam assim. Aconteceu? Sim, acreditamos que aconteceu. Mas de forma natural, dentro das Leis da Natureza, que são as próprias Leis de Deus.
Continua...
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7  http://www.apologeticacatolica.com.br/agnusdei/livr31.htm
8  http://www.seuhistory.com/node/135506
9   http://www.feparaorapto.com.br/eventos-modernos/mar-de-sangue-praia-de-fortaleza-ce-fica-com-aguas-vermelha-e-fenomeno-despertam-curiosidades.html
10 GNotícias. As 10 pragas do Egito – Cientistas comprovam a existência, mas dizem que foram uma cadeia de coincidências. Acessado a 04/09/2015 em: http://noticias.gospelmais.com.br/as-dez-pragas-do-egito.html

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