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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ÊXODO X HISTÓRIA - Final

http://www.deityandhumanity.com/12-mt-sinai--second-coming-compared.html
O ÊXODO E A HISTÓRIA –Final

Depois de escapar dos soldados do Faraó, o que seria mais lógico para Moisés, que, como pastor, conhecia bem a região: Adentrar mais ainda o território que queria deixar ou tomar o caminho mais curto para fora dele?

A resposta a essa pergunta vai colocar por terra a atual localização do Monte Sinai! Porque é óbvio que Moisés buscaria sair o mais rápido possível do Egito, mas, se fosse em direção à Península do Sinai, estaria entrando mais profundamente na terra de Ramsés II.

Assim sendo, o atual Monte Sinai, não é o Monte Horebe da Bíblia! E isso se dá por dois motivos:

(1) Conforme a Bíblia “... o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente.” (Êxodo 19:18). 
Sabe-se que montanhas que tremem e soltam fumaça só podem ser de um tipo: vulcões. E o atual Monte Sinai não é um vulcão.

(2) A Península do Sinai, e o monte nela, pertenciam ao Egito na época de Ramsés II, de modo que Moisés jamais adentraria ainda mais profundamente o território egípcio quando conhecia bem os caminhos e queria justamente sair dele.

Mas, onde fica, então, o Monte Sinai mencionado na Bíblia?

É preciso lembrar que Moisés o conheceria bem, pois levava seus rebanhos a pastar em seus arredores, de modo que não poderia ficar muito longe de Midiã, onde morava com Zípora.

E a própria Bíblia confirma essa constatação em duas passagens distintas:

E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. (Êxodo 3:1)

Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, ... (Gálatas 4:25)

Portanto, sabendo que o Monte Sinai da Bíblia fica na Arábia, qual seria o verdadeiro? Há duas opções:

(1) O monte Jebel el Lawz13, que tem pedras escuras no cume, que dão a aparência de queimadas, e em cuja região os arqueólogos encontraram muitos artefatos e símbolos israelitas e egípcios desenhados nas rochas.
http://www.cntravelre.com/sight/saudi-arabia/jabal-al-lawz
(2) O Monte Hala-'l Bedr, ou Monte Bedr14, mais distante de Pi-Ramsés, mas que é um vulcão de verdade.15

Qualquer que seja o correto, parece surgir diante de nós o provável acontecimento do Êxodo, muito mais plausível, dentro das Leis da Natureza e, mesmo assim, sem ofuscar a participação divina em todo processo.

Vemos essa participação na condução de Moisés, no uso de ocorrências simples para levar a um desfecho, na junção e no encadeamento de fenômenos naturais, na sua concentração sobre um ponto espaço-temporal específico. Só a força divina pode fazer tal coisa dentro da mais perfeita lógica e dentro das próprias Leis.

Aqui estamos colocando a nossa crença, o que é nosso direito. E construímos nossa narrativa diante dela. Escrevemos de forma a instigar os crentes e descrentes: àqueles mostramos a possibilidade, a estes questionamos a forma. E o vice-versa é igualmente válido.

Se, por um lado, acreditamos no acontecimento, por outro isso não nos impediu de questionar a fonte (Bíblia) a todo momento, até mesmo com provas contrárias, como no caso do primogênito de Ramsés II. 
É bem verdade que o Faraó do Êxodo, considerando ser um evento real, pode nem ser Ramsés II. Mas não é impossível que seja, pelo conhecimento que se tem hoje.

As chamadas “Pragas do Egito” muito provavelmente não atingiram todo o país, mas não é impossível que tenham assolado a capital. 
Não há registro de uma chuva de fogo na época, mas há pedras pomes no Egito, onde não existem vulcões.

Não há registros dos israelitas no Egito nos tempos de Ramsés II e antes, mas as cidades que os israelitas alegam ter construído existiram de fato.

Enfim, é certo que não foram encontrados registros do Êxodo no Egito. Mas não significa que eles não existam.
Isso é algo que não permite confirmar o acontecimento, mas também não permite negar. Deixa a situação em suspenso.

Por outro lado, sabe-se agora que quase todos os eventos fantásticos da narrativa bíblica são possíveis. É uma possibilidade, portanto, que o Êxodo tenha ocorrido. Acredita-se nela ou não.

Nós acreditamos em Deus e acreditamos que o Êxodo ocorreu, assim como outras passagens relatadas na Bíblia. Mas não todas e, certamente, não literalmente.

E por isso, fazemos a diferenciação de que nada pode ocorrer fora das Leis da Natureza, o que contradiz a narrativa bíblica em muitas partes. Mas isso não a torna, para nós, um tabu.

Pois é natural que o homem antigo, carente das explicações científicas que dispomos hoje, relatasse tudo como obra dos deuses.

Nosso objetivo, porém, foi alcançado. O Êxodo continua sendo um evento relatado apenas por fonte única, mas sabemos que a maior parte daquela narrativa extraordinária é fisicamente possível.

Se ocorreu ou não, é questão íntima de cada um acreditar. Para os que acreditam, porém, os textos possibilitaram uma visão mais realista do evento.

Para os que não acreditam, até que surja uma prova irrefutável, oferecemos a reflexão interessante de que, ao menos, não é impossível que tenha ocorrido.

Assim, atendemos ao objetivo que sempre move o Reino de Clio: contar uma boa História!

FIM

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14   Conteúdo Aberto In: https://es.wikipedia.org/wiki/Hala-%27l_Badr
      Redação Super. Milagres naturais - Os milagres do Êxodo sempre atraíram o interesse da ciência. E ela tem hipóteses para explicar cada um deles. Disp. e acessado em 25/06/2015 em: http://super.abril.com.br/historia/milagres-naturais
15  LOPES, Ana M. de Souza. Monte Bedr – o verdadeiro monte dos dez mandamentos - Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Disp. e acessado em 25/06/2015 em:
        http://observatoriocristao.com/monte-bedr-%E2%80%93-o-verdadeiro-monte-dos-dez-mandamentos/

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