Segundo Lissner7,
Maxêncio formou um exército composto de “...170.000
infantes e de 18.000 cavaleiros.”(pg.
480) e estabeleceu sua sede em Roma, ordenando a destruição do
acesso à cidade, as pontes sobre o Rio Tibre.
Ele contava com muitas vantagens. Um
exército duas vezes maior que o de Constantino, o apoio da Guarda
Pretoriana, as muralhas da cidade e um bom abastecimento de
alimentos.
Por seu turno, Constantino conseguiu
recrutar um exército composto de “...90.000
infantes e de 8.000 cavaleiros...”(pg.
480), com o qual chegou às portas de Roma.
Ele ainda conquistou apoio ao redor
de Roma, que fora isolada com a derrubada das pontes, e, mais ainda,
contava com a simpatia do próprio povo de Roma, dentro dos muros.
Lissner conta que o confronto
decisivo ocorreu em 28/10/312 d.C. Na Ponte Mílvia, sobre o Rio
Tibre. Maxêncio, que ordenara sua destruição para cortar o acesso
a Roma construíra, ao lado, uma ponte de barcos, para permitir
passagem às suas tropas.
A Historiografia da época revela um
acontecimento milagroso, relacionado a esta batalha. Com algumas
diferenças entre si, os relatos de Lactâncio8
e Eusébio de Cesaréia9
dão conta de que Constantino teve uma visão no céu (e depois um
sonho), onde lhe foi mostrada uma mensagem: in
hoc signo vinces10
(com este símbolo vencerás) e as letras “x” e “p”
conjugadas (que são as primeiras letras da palavra Cristo em grego:
ΧΡΙΣΤΟΣ11).
Constantino ordenou que o símbolo
fosse pintado nos escudos e nos estandartes de seu exército, que,
assim caracterizado, marchou para enfrentar as tropas de Maxêncio.
Este consultara os oráculos
sibilinos que lhe informaram que o inimigo de Roma morreria, de modo
que partiu convicto da vitória. Ele posicionou suas tropas em longa
linha de frente, tendo o Rio Tibre na retaguarda, o que dificultou a
mobilidade.12
Constantino ordenou um ataque de
cavalaria que, apesar do menor número, conseguiu romper a cavalaria
de Maxêncio e fazer carga sobre a infantaria cuja linha também
rompeu.
Na fuga por sobre a ponte de barcos
Maxêncio caiu no rio, morrendo afogado. Quem não conseguiu
atravessar antes do colapso da estrutura foi capturado ou morto pelos
soldados de Constantino.
Se Constantino teve realmente uma
visão espiritual, ou se apenas usou um habilíssimo estratagema para
encorajar seus soldados (provavelmente de maioria cristã), o fato é
que seu exército inferior derrotou as numerosas mas mal comandadas e
pouco motivadas tropas de Maxêncio.
Em 29/10/312 Constantino entrou
triunfalmente em Roma, sendo saudado pela população que também
podia ver a cabeça de Maxêncio exibida como prova de sua morte.
Parece que o inimigo de Roma era ele próprio!
Continua...
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