PENNYWISE ASSUSTADOR COMO
SEMPRE!
Como sabem, raramente nos aventuramos no mundo das críticas de
filmes. Isso só acontece quando um filme chama muito nossa atenção, a ponto de
sentirmos vontade de falar sobre ele com nossos amigos.
O livro IT, de Stephen King, é uma obra prima incontestável,
embora não seja a única do autor, a nosso ver o maior escritor de suspense e
terror de todos os tempos, tal a sua quantidade de livros que figuram juntos no
topo das obras primas do gênero, superando, a nosso ver, nomes como Bram
Stoker, Mary Shelley, H. P. Lovecraft, Robert Louis Stevenson e Edgar Allan
Poe.
O filme em cartaz é uma refilmagem, sendo que a representação
anterior, de 1990, em forma de minissérie, foi um trabalho muito bom, conduzido
pelo diretor Tommy Lee Wallace, que fez o que precisam fazer quaisquer
diretores e roteiristas para ter sucesso em uma adaptação de obra de Stephen
King: não querer saber mais do que o mestre, ou melhor, serem o mais fieis
possíveis ao livro tema.
As modificações não
comprometeram o trabalho como foi o caso da última versão de Cemitério Maldito,
uma ofensa em termos de deturpação.
AS CRIANÇAS DE 1990 |
Na versão de 1990 os atores
crianças eram muito carismáticos e os adultos que as sucederam deram conta do
recado mesmo sem ter nomes consagrados de Hollywood no elenco. Não foram
brilhantes, mas trouxeram as emoções certas nos momentos certos.
OS ADULTOS DE 1990 |
O destaque, porém, ficou por
conta do ator Tim Curry, que encarnou com maestria o palhaço Pennywise, jogando
involuntariamente uma carga pesada nas costas de Bill Skarsgård, que atua nos
filmes recentes.
TIM CURRY, O PENNYWISE DE 1990 |
Nesta versão atual as
crianças são tão ou mais carismáticas do que as de 1990, trazendo no elenco
algumas carinhas já conhecidas e amadas como o talentoso Finn Wolfhard de
Stranger Things.
Os atores adultos, alguns
deles de já consagrado talento como James McAvoy e Jessica Chastain, também dão
conta do recado, sem superar, contudo, a turma de 1990.
Mais uma vez o destaque vai
para o ator escalado para dar vida a Pennywise. Bill Skarsgård entrega um
palhaço diferente daquele apresentado por Tim Curry, mas nem por isso menos
irônico, debochado e assustador, chegando a babar quando interage com suas
vítimas.
A trama traz algumas
diferenças e tem mais alterações da obra de Stephen King do que a minissérie,
mas, com exceção de duas ausências (a esposa de Bill e o marido de Beverlly, que
deveriam interferir de forma incisiva mas não aparecem nos momentos chave, é um
erro sério) bem como uma cena desnecessária numa casa de espelhos, as
alterações ajudam a contar a estória e não desrespeitam a obra tema.
As referências sutis à outras
obras de Stephen King bem como a empolgante participação do próprio, são
cerejas nesse bolo delicioso que é o filme.
Saí do cinema satisfeito
enquanto fã e recomendo 3 ações: leiam os livros, assistam os filmes atuais e,
depois, assistam à minissérie de 1990 (com o cuidado de desprezar as diferenças
tecnológicas de 29 anos que separam as duas filmagens).
E para Stephen King um
pedido: em 1957 a Coisa atacou Georgie em Derry, voltando depois em 1984. Mas,
considerando que o mal ainda persiste no mundo, que tal trazer A Coisa de volta
em nosso tempo, para que a geração Iphone a enfrente? Mãos à obra mestre King!
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