Total de visualizações de página

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

BATALHA DE GUADALCANAL

BATALHA DE GUADALCANAL
Em um dia 08/02 como este, em 1943, terminava a Batalha de Guadalcanal da II Guerra Mundial, entre os aliados (EUA e Grã Bretanha) e as forças do Império do Japão.
Quando a batalha começou, em 07/08/1942, o Império Japonês já tinha atingido sua expansão máxima e perdido a Batalha de Midway, na qual sua capacidade de ação militar no Pacífico foram bem reduzida.
A despeito disso, os japoneses enviaram tropas que tomaram as ilhas de Guadalcanal, onde iniciaram a construção de um aeroporto em Lunga Point, Tulagi, onde construíram uma base naval, e a Ilha Flórida, nas Ilhas Salomão.
O local era estratégico, pois uma vez terminado o aeroporto, o Japão poderia lançar ataques de longo alcance, prejudicando as rotas de suprimento e comunicação entre EUA, Austrália e Nova Zelândia.
Assim, com esse objetivo defensivo em mente, e também a ideia de usar as ilhas como bases de contra-ataques contra o domínio japonês na região, os aliados planejaram invadir as ilhas e expulsar os nipônicos.
A invasão aliada foi feita com o uso de soldados recém saídos do treinamento, utilizando equipamento antiquado, rações e munições reduzidas, considerando a prioridade que o Presidente Roosevelt dava à guerra na Europa.
Foram mobilizados 60 mil homens, "...seis cruzadores pesados, dois cruzadores leves, quinze contratorpedeiros, dezessete navios de transporte, seis de carga e cinco limpadores de minas.".
Devido ao mau tempo, entre os dias 06 e 07/08/1942 essa frota conseguiu se aproximar sem ser detectada e o ataque começou com bombardeios navais contra as praias e instalações japonesas espalhadas pelas ilhas.
O comando da frota coube ao "vice-almirante americano Frank Fletcher (que comandava a partir do porta-aviões USS Saratoga)" enquanto o comando das forças anfíbias ficou com o Almirante Richmond K. Turner. As tropas de desembarque, em sua maioria fuzileiros navais, agiam sob comando do Major-General Alexander Vandegrift.
Nas ilhas Tulagi, Gavutu e Tanambogo os invasores encontraram uma dura resistência, mas até 09/08 já haviam terminado a conquista. Em Guadalcanal a resistência foi pequena e já em 08/08 o aeroporto de Lunga Point estava sob posse dos aliados.
O contra-ataque japonês veio pelo ar, através de aviões que partiam da base de Rabaul (Nova Bretanha) e conseguiram danificar dois navios aliados e derrubar vários aviões dos porta-aviões americanos.
Apesar das perdas de aviões aliados serem inferiores às dos japoneses, os comandantes Fletcher e Turner retiraram suas embarcações da área antes de completar o desembarque de suprimentos, deixando os soldados aliados à mercê da força aérea japonesa, situação piorada pelo resultado da Batalha da Ilha Savo, na qual a Marinha Imperial do Japão causou sérios danos à frota de suprimentos aliados.
A despeito disso, da malária e diarréia, os fuzileiros se instalaram em Guadalcanal e começaram a trabalhar para recuperar o campo de pouso, agora chamado de Henderson, que lhes traria uma rota de suprimentos. Os japoneses se retiraram para além do Rio Maranikau.
As tentativas de retomar a ilha feitas pelos japoneses, a exemplo da Batalha do Rio Tenaru e a Batalha nas Ilhas Salomão Orientais, fracassaram, o que não impediu nenhum dos lados de seguir reforçando suas tropas com homens e material pois se os aliados dominavam os mares e ares durante o dia, utilizando o Campo Henderson, os japoneses dominavam à noite com o "Expresso de Tóquio", transportes navais que chegavam à ilha e voltavam na mesma noite.
Esse fortalecimento levou os japoneses, sob comando do General Kawaguchi, a planejar uma ofensiva dividida em três grupos no que ficou conhecida como Batalha de Edson´s Ridge. Porém, informados da movimentação japonesa, os aliados repeliram todos os ataques e ainda tomaram o quartel general japonês, roubando suprimentos e destruindo todo o equipamento que não poderia ser transportado. Com essa derrota o Japão se viu obrigado a interromper sua expansão para apoiar a retomada de Guadalcanal.

A partir dai uma série de pequenos combates em terra, mar e ar foram reduzindo a capacidade japonesa de impedir ou dificultar muito a chegada de reforços e suprimentos aos aliados. Em 12/12 os japoneses decidiram abandonar Guadalcanal e concentrar esforços em outras áreas.
A evacuação começou no início de fevereiro e foi completada dia 08/02. No dia 09/02/1943 os aliados tinham a posse total de Guadalcanal. Ao todo, os aliados tiveram até 60 mil homens na ilha, 7100 mortos, 7789 feridos, 4 capturados, além da perda de 29 navios e 615 aviões.
Os japoneses, que chegaram a ter 36.200 homens na ilha, perderam 31 mil deles mortos e 1000 capturados, além da perda de 38 navios e de 638 a 880 aviões abatidos.
A perda de Guadalcanal foi catastrófica para o esforço de guerra do Império do Japão e significou a virada do jogo para os aliados que instalaram importantes campos de pouso e portos a partir dos quais partiram a maioria das operações que expulsaram os japoneses de seus territórios conquistados no Pacífico.
Compre nosso livro CAMINHOS DO IMPERADOR - D. Pedro II em Sergipe clicando aqui.
Para ler outras mini-séries do Reino de Clio, clique aqui.
Para acompanhar nossa série sobre o Egito Antigo, clique aqui.
Para conhecer nossa seção de História Geral, clique aqui.
Para conhecer nossa seção de História do Brasil, clique aqui.
Para fazer visitas virtuais a alguns dos mais importantes museus do país, clique aqui.
Para conhecer a Revista Reino de Clio, clique aqui.
Conheça e curta nossa página no Facebook, clicando aqui.
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Guadalcanal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhas_Salom%C3%A3o

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lunga_Point

Nenhum comentário:

Postar um comentário