NOVE DE JULHO
REVOLUÇÃO DE 1932
No
ano de 1932, no dia 09, ocorria o início da rebelião armada dos paulistas
contra o governo federal chefiado por Getúlio Vargas.
A
revolta vinha no ambiente da crise econômica mundial de 1929 e no início do
governo Vargas, que ascendera ao poder pela Revolução de 1930.
Para
responder à queda das exportações de café, o principal produto brasileiro,
Vargas criara o Conselho Nacional do Café, que decidira pela compra do grão aos
produtores e a subsequente queima, como forma de pressionar os preços para
cima.
Apesar
deste apoio, a elite paulista se ressentia pela perda do poder político, posto
que Vargas governava por decretos na ausência de um texto constitucional que o
limitasse.
Em
1931 começou a organização de um movimento em prol da promulgação de uma nova
constituição que se espalhou por RS, SP, MG e RJ. A oposição começou a formar
associações entre os partidos políticos para pressionar.
Do
outro lado o movimento dos tenentes pressionava pela não realização de
eleições, pois isso significaria a volta das elites da República Velha e do
coronelismo ao poder.
Atendendo
aos apelos por uma nova Carta Magna, em 24/02/1932 Getúlio Vargas publicou o
anteprojeto da Constituição, que previa grandes mudanças, e o novo código
eleitoral.
Este
projeto era um grande avanço, pois permitia o voto das mulheres e de classes
tais como sindicatos de patrões e empregados, que poderiam eleger deputados que
os representassem.
Isso,
obviamente, não agradava as elites, especialmente de São Paulo, pois a mudança
do sistema eleitoral que permitira a política do café com leite não garantia
que retomassem o poder. E uma onda de boatos começou a se espalhar, inflamando
a população, principalmente em
São Paulo.
Quando,
em 22/05/1932, Osvaldo Aranha foi a São Paulo, espalhou-se o boato de que ele
vinha fazer imposições ao Interventor Pedro de Toledo, que governava o estado.
Com
isso uma multidão saiu às ruas para protestar e, quando tentaram invadir a sede
do Partido Popular Progressista (tenentista), a reação policial resultou na
morte de quatro jovens, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, cujas iniciais
formaram o nome de uma entidade que simbolizou o movimento dali em diante: o
MMDC.
O
MMDC começou a arrecadar doações para compra de armas visando combater o
governo Vargas. Em 09/07/1932 eclodiu a luta armada na qual as tropas paulistas
eram comandadas pelos Generais isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger e pelo ex
Interventor Pedro de Toledo.
Os
paulistas contavam com o apoio dos gaúchos, cariocas e mineiros, mas o RS e MG
mudaram de lado e, no RJ, o líder revoltoso Agildo Barata e seus seguidores
foram presos, de modo que SP ficou sozinho na luta e acabou cercado.
Menos
de três meses depois, após muitos combates e a perda de 633 homens, São Paulo
se rendeu. Getúlio venceu mas atendeu aos apelos por uma nova Constituição,
promulgada em 16/07/1934.
A primeira mulher eleita para um cargo público no
Brasil, Drª. Carlota Pereira de Queirós, participou de sua confecção.
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Fonte
e Imagens:
http://reino-de-clio.com.br/Hist-Brasil.html.
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