CÉSAR x POMPEU
A BATALHA DE FARSÁLIA
Em um dia 09/08, no ano de 48 a.C., ocorria o confronto final entre Júlio César e Pompeu, que disputavam o poder sobre a República de Roma, que na prática deixaria de existir a depender do resultado daquela batalha, travada na Grécia, e do comportamento de seu vencedor.
A
Batalha de Farsália, ou Farsalos, foi parte da Guerra Civil iniciada
por conta do boicote e da perseguição de uma parte do Senado contra César, no final da Guerra na Gália.
Pompeu, o mais proeminente, poderoso
e popular cidadão da facção senatorial anti César, e membro do Primeiro
Triunvirato que fora desestabilizado pela morte de Crassus, liderou
essa disputa pelo poder, deixando a César, como única opção viável, a
reação e resistência armada.
O
que Pompeu e o Senado não esperavam é que a reação de César fosse tão
rápida e radical. Ele violou a Lei que proibia a entrada de generais
acompanhados por tropas no território da Itália e marchou para Roma sem
que Pompeu tivesse tempo de mobilizar tropas suficientes para
barrar-lhe o caminho. Só restou-lhes a fuga! Em pouco tempo, porém, Roma
estaria novamente em guerra!
|
O campo de batalha visto a partir do Leste, nas imediações de Paleofarsália. |
Após
seu retorno da Gália e da travessia do Rubicão, César conquistara Roma
sem batalha, mas correra em perseguição a Pompeu, que conseguiu escapar
do cerco em Brindisi, levando a guerra para o solo grego/macedônico.
Com
muito mais recursos humanos e materiais, Pompeu se dava ao luxo de
evitar um confronto direto, optando por minar as forças de seu
adversário.
A vitória de Pompeu em Dirráquio obrigara César a fugir, apresentando-se o momento em que Pompeu deveria persegui-lo, o que ele até fez, mas interrompeu logo depois.
Quando
a perseguição recomeçou e César estacionou suas tropas em Paleofarsália
(não Farsália, que fica bem ao sul do campo de batalha), não demorou
para que os exércitos ficassem frente a frente. Estava para começar o
confronto direto que César sempre desejara e que decidiria o destino dos
dois titans romanos.
César
reuniu suas forças com as que escaparam de Pompeu em Dirráquio e chegou
à planície de Tessália, onde encontrou campos cheios de trigo. A cidade
de Gomphos, ou Gomphi1 recusou-se a atendê-lo e foi cercada. Na ocasião César falou aos soldados das vantagens de saquear uma cidade bem abastecida como aquela e “...aproveitando
o entusiasmo extraordinário dos soldados, no mesmo dia de sua chegada
pôs-se a atacar a cidade […] entregou-a à pilhagem dos soldados.”2 Esta ação de César, pondo de lado a clemência, acabou fazendo com que Metrópolis3, a próxima cidade do caminho, fosse bem mais receptiva, assim como as demais cidades da região.4 |
Acima:
à esquerda a região intermediária entre as atuais Gomfoi e
Paleomonastiro, onde acreditamos ter sido localizada a antiga Gomphi. À
direita a periferia de Mitropoli que acreditamos ser, obviamente, a
antiga Metrópolis. Abaixo:
à esquerda a pequena Krini, a antiga Paleofarsália a oeste do campo de
batalha. À direita a Igreja Ortodoxa Grega de Farsália, bem ao Sul do
campo de batalha. |
Seguindo
sua marcha, César chegou à região de Paleofarsália (atual Krini – e não
Farsália, mais ao sul e que mantém o nome), acampando às margens do Rio
Enipeas. Pompeu também chegou à região e acampou próximo a elevações de
onde podia observar vasta área.5 |
Acompanhando
as formas geométricas brancas de cima para baixo: o primeiro elipse é o
acampamento de Pompeu, logo abaixo, os primeiros três retângulos são
suas tropas. Frente a eles as tropas de César, com um traço diagonal
representando sua reserva contra a cavalaria inimiga. No círculo a
localização de Paleofarsália e o segundo elipse aponta o acampamento de
César. A seta indica a direção de Farsália, que ficou com a fama, mas
nem aparece no mapa! |
Em
09/08/48 a.C., finalmente as forças de Pompeu avançaram em direção ao
acampamento de César. Eram compostas por 47 mil homens e 6.700
cavaleiros.6 César
possuía cerca de 22 mil homens e mil cavaleiros e quando as infantarias
ficaram frente a frente, as linhas de Pompeu eram bem mais robustas.7 Tendo
o Rio Enipeas à esquerda de César e direita de Pompeu, o grosso das
cavalarias foram posicionadas no lado oposto de cada um. Mas César
posicionou dois mil soldados da infantaria em uma linha diagonal, atrás
de sua cavalaria, oculta das vistas de Pompeu, mas prontas a entrar em
combate quando a cavalaria mais numerosa deste avançasse, impedindo-os,
assim, de cercar sua infantaria.8 Quando
o confronto começou de fato, a cavalaria de Pompeu avançou a galope,
mas a infantaria permaneceu parada, a esperar a chegada das tropas de
César.9 Pompeu queria manter a coesão de suas forças e desorganizar as tropas de César pela caminhada quando “...estariam sem fôlego e exauridos de cansaço.”10 Mas
as tropas de César não caíram na armadilha da correria. Avançaram em
intervalos, reagrupando e descansando e, quando chegou o momento,
atacaram.11 Pompeu
usou tudo que tinha, mas César, apesar de estar em menor número,
manteve reservas e, mesmo com a vantagem ainda maior que isso
proporcionava ao adversário, as linhas de ambos os lados resistiam.12 |
Acima:
à esquerda o Rio Enipeas nas proximidades do campo de batalha. À
direita a vista dos montes onde acampou Pompeu, a partir da área do
acampamento de César. Abaixo: à esquerda uma vista mais próxima dos
montes onde Pompeu montou seu acampamento. À direita o campo de batalha
visto da área logo abaixo do mesmo acampamento. |
A
decisão, então, só poderia vir do confronto de cavalarias. Quando a
mais numerosa cavalaria de Pompeu começou a ter vantagem, César ordenou o
recuo da sua. Acreditando na vitória, as forças adversárias começaram a
se dividir para cercar a infantaria de César por trás.13 Neste
momento, a infantaria obliqua de César recebeu ordem de ataque. Os
legionários investiram ferozmente assustando cavalos e atacando o rosto
dos cavaleiros com suas lanças e, surpresa das surpresas, a infantaria
de César venceu a cavalaria de Pompeu, que se colocou em fuga.14 Uma
vez liberada, a cavalaria de César pôde cuidar das tropas de arqueiros
de Pompeu e as reservas que tinha entraram no combate pelo flanco
esquerdo, onde antes estava a cavalaria fugitiva. As tropas menores
cercavam as tropas maiores!15 Sem
reservas para colocar em combate, Pompeu viu suas legiões abandonarem a
luta para escapar de um massacre. Foram recuando lentamente até
refugiarem-se nas colinas próximas do acampamento, para onde seu
comandante já se havia retirado. Vitória de César!16 César
vencera a batalha decisiva da Guerra Civil. Mas, mesmo com a vitória
assegurada, ele não agia como Pompeu e queria liquidar a partida, queria
a vitória total, de modo que avançou seu exército para o acampamento
adversário, invadindo-o e tomando-o. Pompeu e seus seguidores fugiram,
assim como as tropas remanescentes.17
César
colocou suas forças em perseguição e conseguiu cercar os restos do
exército de Pompeu na atual localidade de Kiparissos, uma colina que foi
cercada na base leste, cortando o acesso a um riacho. Sem água e sem
líderes, o restante das forças de Pompeu se renderam na manhã de 10 de
agosto de 48 a.C.18 A
Guerra Civil ainda duraria quase 3 anos, mas a Batalha de Farsália foi,
a nosso ver, decisiva. Não há um consenso absoluto sobre os motivos que
levaram Pompeu a conceder a César um combate total quando seria muito
mais vantajoso esperar que a fome e outros problemas minassem a força do
exército deste.
O
próprio César afirma que a confiança na vitória de Pompeu era tão
grande que os políticos e militares romanos que o acompanhavam já se
envolviam em disputas do poder que teriam ao retornar a Roma: “...
todos estavam ocupados em obter cargos ou compensações financeiras, ou
em dar livre curso aos seus ressentimentos pessoais...”19 Para
Rostovtzeff essas presenças políticas também foram motivo para a
derrota de Pompeu, que não tinha total liberdade de ação, dificuldade
causada “... pela presença de grande número de senadores em seu
quartel-general – homens que constantemente criticavam e interferiam nas
disposições do general e exigiam reuniões frequentes para discutir a
situação.”20 Sheppard
segue na mesma linha ao afirmar que o próprio Pompeu não desejava
conceder um combate direto, que foi obrigado a isso por seus
companheiros “... não por vontade própria...”21 Obrigado
ou não, Pompeu apostou tudo quando não precisava apostar nada. E
perdeu. César manteve-se senhor de Roma e de seus vastos recursos,
podendo dividir suas forças, enviando seus generais para lugares
diferentes. Pompeu buscou refúgio no Egito onde acabou assassinado de
forma traiçoeira.
Lissner escreve que o grande general foi apunhalado às vistas de sua esposa e filhos e que “...cobriu o rosto com sua toga. Não pronunciou uma palavra e nenhuma queixa lhe saiu da garganta.”22 Quando, na perseguição, César chegou ao Egito, foi-lhe entregue a cabeça de seu maior rival, “Profundamente perturbado, César cobriu a face e chorou.”23
1
Sheppard afirma que é a atual Paleo Episkopi (que não localizamos nos
mapas da região), mas nós acreditamos que a antiga cidade pode ser a
atual Gomfoi ou Paleomonastiro.
2 CÉSAR, BELLUM CIVILE – A Guerra Civil. Livro III: 80. pg. 273
3
Sheppard afirma que é a atual Paleo Kastro (que localizamos ao norte de
Gomfoi e não ao sul como deveria ser. Nós acreditamos que a antiga
cidade é a atual Mitropoli, ou Paleoklisi.
4 CÉSAR, BELLUM CIVILE – A Guerra Civil. Livro III: 81. pg. 273-275
5 (SHEPPARD: 2010) pg. 53
6 Ibid pg. 56
7 Ibid. pg. 56-60
8 CÉSAR, BELLUM CIVILE – A Guerra Civil. Livro III: 88-89. pg. 281-283
9 Ibid. Livro III: 92. pg. 285
10 Idem
11 CÉSAR, BELLUM CIVILE – A Guerra Civil. Livro III: 93. pg. 285
12 (SHEPPARD: 2010) pg. 73
13 Ibid pg. 74
14 CÉSAR, BELLUM CIVILE – A Guerra Civil. Livro III: 93. pg. 287
15 Idem
16 Ibid. Livro III: 94. pg. 285
17 CÉSAR, BELLUM CIVILE – A Guerra Civil. Livro III: 95. pg. 289
18 (SHEPPARD: 2010) pg. 81
19 CÉSAR, BELLUM CIVILE – A Guerra Civil. Livro III: 83. pg. 277
20 (ROSTOVTZEFF: 1983) pg 132
21 (SHEPPARD: 2010) pg. 56
22 (LISSNER: 1964) pg. 67-68
23 Ibid. pg.68
AS DUAS RENDIÇÕES DA ALEMANHA NAZISTA
Em um dia 07/05, no ano de 1945, a Alemanha Nazista assinava a rendição incondicional frente aos aliados na cidade francesa de Reims. Não foi o que você leu nos livros de História não é mesmo?
E se nós dissermos que a Alemanha começou a se render em 07 de Maio e só terminou quando já era dia 09? Curioso não? Vejamos pois!
Esta rendição, firmada às 02:41hs, foi a primeira a envolver o conjunto das forças armadas do III Reich e foi assinada pelo Coronel-General Alfred Jodl em nome dos alemães, representando o Almirante Karl Dönitz, sucessor de Hitler; Walter Bedell Smith, representando os aliados do ocidente, e por Ivan Susloparov, representando os Soviéticos. François Sevez assinou como testemunha, em nome dos franceses.
A nosso ver, a morte (ou fuga) de Hitler foi o fato que, realmente, consumou a derrota da Alemanha e ela se deu frente ao Exército Vermelho, que já tomava quase toda Berlim, a capital do III Reich. Dois dias depois, em 02/05, o General Helmuth Weidling, comandante da defesa da cidade, rendeu suas tropas ao General Vasily Chuikov. Assim sendo, a viagem de Alfred Jodl, a mando do novo governante alemão, Almirante Karl Dönitz, nada mais foi do que uma tentativa de evitar uma rendição aos soviéticos, única força estrangeira presente em Berlim naquele momento. Os alemães pediram para prosseguir resistindo contra os soviéticos, o que Eisenhower não aceitou, obrigando-os a assinar a rendição incondicional.
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Coronel-General Alfred Jodl assina a 1ª Rendição Alemã. |
A despeito deste gesto de lealdade, Stalin ficou furioso com o que parecia ser a comprovação de suas suspeitas de que EUA e Inglaterra negociavam uma paz em separado com a Alemanha. Esse temor era infundado mas compreensível, uma vez que, se os alemães pudessem deslocar todas as suas tropas da França, Holanda, Itália, Noruega, etc, para o Leste, o Exército Vermelho sofreria um pesado contra-ataque e as perdas cresceriam exponencialmente.
Por isso foi preparada uma segunda rendição, desta vez em Berlim, onde os soviéticos tiveram o papel principal com a presença do General Georgi Zhukov. Foi essa a rendição que entrou para os livros de História.
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Marechal Georgy Zhukov da URSS |
No dia 08/05, na Escola de Engenharia do Exército Alemão, naquele momento transformada em Administração Militar Soviética de Berlim (e atualmente Museu Alemão-Russo Berlin-Karlshorst), compareceram os oficiais superiores das três forças armadas alemãs: "O marechal Wilhelm Keitel (Exército), o general Hans-Juergen Strumpff (Aeronáutica) e o almirante Hans Georg von Friedeburg (Marinha)."1 |
Museu Alemão-Russo Berlin-Karlshorst |
Representando os aliados estavam presentes: Marechal Georgy Zhukov da URSS, Marechal Chefe do Ar Arthur Tedder da Inglaterra, General Carl Spaatz dos EUA e o General Jean de Lattre de Tassigny, da França como testemunha.2 A cerimônia começou com atraso, pouco antes da meia-noite (o que significava já ser 09 de maio em Moscou), e só terminou depois da meia-noite mesmo no horário ocidental, ou seja, também já no dia 09 de maio.
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O Marechal Wilhelm Keitel assina a 2ª Rendição Alemã. |
Assim sendo, temos três datas distintas para a rendição incondicional do III Reich: 07 de maio, em Reims, como primeira rendição; 08 de maio, em Berlim, como rendição oficialmente aceita por todos os aliados e pela História, mas que só ocorreu quando já era dia 09 de maio na URSS, país que verdadeiramente derrotara a Alemanha.
Mais abrangente do que a Rendição de Reims, a Rendição de Berlim exigia o desarmamento completo da Alemanha, a extinção do Partido Nazista e a libertação de todos os prisioneiros de guerra.
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Os dois documentos de rendição. À esquerda a 1ª rendição (em inglês), com assinatura de Jodl em destaque. À direita a 2ª rendição (em russo), com assinatura de Keitel em destaque. |
Encerrava-se, assim, o pior mal que já caminhara sobre a face da Terra, embora siga tentando ressurgir aqui e ali, desde então.
CONFERÊNCIA DE WANNSEE
Em um dia como este 20 de
janeiro, em 1942, ocorria a reunião que iria detalhar o planejamento da Solução
Final para o destino dos judeus dentro da Alemanha Nazista e territórios
conquistados. A Conferência de Wannsee foi um encontro de líderes nazistas,
realizadas no subúrbio berlinense de Wannsee, em uma mansão às margens do lago
denominado Grosser Wannsee.
O encontro foi marcado pelo
diretor do Gabinete Central de Segurança do Reich, SS-Obergruppenführer
Reinhard Heydrich e destinou-se a estabelecer a cooperação de todos os setores
envolvidos, especialmente no transporte, na eliminação dos judeus que seriam
trazidos de todos os lugares para a Polônia, onde seriam exterminados.
Heydrich
agia obedecendo uma ordem escrita e assinada por Hermann Göring
determinando que planejasse a solução da questão judaica, embora o extermínio
já tivesse começado logo após a invasão da URSS em junho do ano anterior, 1941.
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Hermann Göring e Reinhard Heydrich |
Portanto, ao contrário do que
alguns pensam, não foi na Conferência de Wannsee que a decisão de exterminar os
judeus foi tomada, pois a reunião teve, como primeiro objetivo, apenas
determinar a participação de cada órgão do governo nazista envolvido no processo
como, por exemplo, os Ministérios das Relações Exteriores, Justiça, Interior e
a SS. Em outras palavras, organizar o que já estava acontecendo.
A perseguição aos judeus
começou logo no início do governo de Hitler, em 1933 e se intensificou com as
Leis de Nuremberg em 1935. A
matança indiscriminada porém começou após a invasão da Polônia, em 1939. O
plano nazista para o Leste não previa apenas a morte dos judeus, mas também dos
eslavos e a ideia era reduzir a população, pela fome, com a morte de 30 milhões
de pessoas!
As colheitas fracas na
Alemanha nos anos de 1940 e 1941 levou o governo nazista a calcular que os
judeus não se encaixavam no número de pessoas que deveriam ser alimentadas e
que incluíam os próprios alemães e os trabalhadores escravos das fábricas do
III Reich.
Quando a invasão da URSS
começou, logo Heydrich estava autorizando a morte de membros do partido
comunista, comissários do povo, judeus em cargos públicos, adversários
políticos, sabotadores, agitadores e membros da resistência. Não demorou para
ordenar que todos os judeus fossem considerados membros da resistência, o que
autorizava sua morte indiscriminada.
Heydrich enviou as
convocações para a reunião em 29/11/1941, marcando a data do encontro para
09/12/1941 no escritório da Interpol. Porém, devido ao fracasso da tomada de
Moscou e a declaração de guerra de Hitler contra os EUA, após o ataque japonês
a Pearl Harbor, a conferência foi adiada. O local já havia sido alterado dias
antes.
|
CONVOCAÇÃO PARA A CONFERÊNCIA |
Esses eventos levaram Hitler
a perceber que a guerra não acabaria cedo como previra e, assim sendo, em
12/12/1941 ele transmitiu aos membros superiores do governo que decidira
eliminar os judeus logo, sem esperar pelo fim da guerra.
Os novos convites para o
encontro, agora remarcado para 20/01/1942 foram enviados dia 08. Foram 15
participantes, dentre os quais Adolf Eichmann, que depois ficaria famoso por
ter sido sequestrado por agentes do Mossad na Argentina, para ser julgado em
Israel.
Heydrich iniciou a reunião
relembrando as medidas anti-judaicas tomadas desde 1933 e contabilizando a
existência de 11 milhões de judeus na Europa com cerca de metade deles fora dos
domínios da Alemanha. A intenção era levar os judeus sob domínio da Alemanha
para a URSS, onde morreriam “de causas naturais” na construção de estradas. Os
restantes deveriam ser “tratados adequadamente”, considerando que poderiam
voltar a se reproduzir, o que não era desejado.
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LISTA DE ADOLF EICHMANN - JUDEUS DA EUROPA |
Essa remoção em massa era uma
exigência do processo de mudança dos alemães que iriam colonizar o Leste,
especialmente aqueles que havia perdido suas casas nos bombardeios aéreos
aliados. O processo incluiria o transporte para guetos de transição na Polônia
e, depois, para a URSS.
Nem todos os judeus, porém,
seriam deportados rumo a morte pois, segundo Heydrich, “Judeus com mais de
65 anos de idade, e judeus veteranos da Primeira Guerra Mundial que tivessem
sido feridos com gravidade ou que tivessem recebido a Cruz de Ferro, podiam ser
enviados para o campo de concentração de Theresienstadt em vez de serem mortos.”
Os Mischlings de primeiro
grau (mestiços com avós judeus) seriam mortos, porém, se fossem casados e
tivessem filhos com não-judeus, seriam poupados. Mesmo caso dos que possuíssem
isenção concedida por altas autoridades. Mas deveriam ser esterilizados ou
deportados caso não aceitassem.
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TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DOS JUDEUS |
Os Mischlings de segundo grau
(com apenas um dos avós judeu) seriam considerados alemães, a menos que fossem
casados com judeus, mischlings de primeiro grau ou tivessem a aparência e o
comportamento marcadamente “judaicos”. Casamentos inter-raciais seriam analisados
individualmente.
Após a fala de Heydrich a
reunião seguiu menos formal. Não foi registrada nenhuma oposição dos presentes,
antes, porém, sugestões para “aperfeiçoar” o processo. Heydrich, que esperava
muita resistência, ficou satisfeito com a concordância geral.
|
PARTICIPANTES DA CONFERÊNCIA DE WANNSEE |
O documento final da
conferência, denominado Protocolo de Wannsee, foi redigido com termos
camuflados, para esconder o terror das decisões que continha.
Foram feitas 30
cópias da ata, que foram enviadas aos participantes. A maioria delas foi
destruída ao final da guerra, mas uma delas sobreviveu e serviu de prova no
Julgamento de Nuremberg.
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Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_de_Wannsee
https://en.wikipedia.org/wiki/Generalplan_Ost
https://warfarehistorynetwork.com/daily/wwii/the-wannsee-conference-hitlers-final-solution/
https://dirkdeklein.net/2017/07/14/the-minutes-of-the-wannsee-conference-meeting/
O CERCO A STALINGRADO OPERAÇÃO URANO
Após a derrota na periferia de Moscou em 1941, e a consequente primeira retirada da Wehrmacht na guerra, Hitler conseguira reorganizar suas forças e já tinha um novo alvo.
Seus generais aconselhavam que juntassem tudo que tinham em um novo e definitivo ataque à capital russa, mas Hitler preferiu rumar para o Sul da URSS, de olho nos cereais da Ucrânia e no Petróleo do Cáucaso, região que ele poderia ter tomado sem luta no ano anterior.
Mas o Sul da URSS também possuía um alvo de importância simbólica que fascinava o ditador alemão: Stalingrado, a Cidade de Stalin, às margens do Rio Volga, atual Volgogrado.
Situada na entrada do Cáucaso, Stalingrado era uma cidade modelo soviética, muito bonita e cheia de fábricas importantes.
Com outras forças engajadas na África, onde Erwin Rommel fora encarregado de tomar o Cairo e rumar para o Irã em busca do petróleo do Oriente Médio, Hitler se colocou numa posição de tudo ou nada pois, com suas forças tão divididas, ninguém receberia reforços ou suprimentos suficientes.
Em 28/06/1942 a ofensiva alemã começou e a tática da Blitzkrieg novamente se revelou devastadora, obrigando os soviéticos a recuar em todos os setores.
Entretanto, novamente, como no caminho rumo a Moscou no ano anterior, quanto mais longo o avanço alemão, maiores as dificuldades de abastecimento.
Ao chegar nas imediações do Cáucaso, as forças alemãs foram divididas, cabendo ao 6º Exército, sob comando do General von Paulus, tomar Stalingrado, enquanto as demais forças deveriam atravessar as montanhas e tomar os campos petrolíferos de Maikop.
As forças soviéticas que defenderiam a cidade eram comandadas pelo General Vassili Chuikov. O planejamento era feito pelo Marechal Andrei Yeremenko e pelo comissário político Nikita Kruschev.
Os exércitos de apoio italianos, romenos e húngaros eram utilizados para proteger os flancos do exército alemão. Mas essas linhas se alongavam tanto que as defesas ficavam tênues, enfraquecidas por terem de guardar áreas tão extensas. E esse foi um erro fatal.
Inicialmente, porém, o ataque alemão foi muito bem sucedido. A Luftwaffe (força aérea nazista), sob comando do Marechal do Ar Wolfram von Richthofen (primo do lendário Barão Vermelho), quase eliminou as linhas de defesa e suprimentos dos soviéticos dos dois lados do Rio Volga com seus ataques aéreos e transformou Stalingrado em uma montanha de ruínas fumegantes.
A despeito disso, porém, a população civil, que Stalin não deixou ser evacuada, bem como os soldados, resistiam bravamente em cada rua, cada casa, cada quarto, sala e porão, causando pesadas baixas aos alemães em uma luta desesperada.
Diante do colapso total iminente, Stalin chamou o General
Chuikov para se encarregar da estratégia para Stalingrado, junto com Aleksandr
Vasilievsky.
Ao final de outubro os alemães já estavam perto das margens do Rio Volga, o que significava que tinham dominado mais de 90% da cidade, levando Hitler, enganado, a anunciar a vitória.
Contudo, na Colina Mamayev, na Fábrica de Aço Outubro Vermelho e na Casa de Pavlov, pequenos grupos de soldados soviéticos resistiam contra tudo que os alemães lançavam contra eles.
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Nas imagens acima, pela ordem, a Colina Mamayev, a Fábrica Outubro Vermelho e a Casa de Pavlov. Atiradores de elite soviéticos, como Vasily Zaitsev (espantosas 242 mortes computadas só em Stalingrado), não davam descanso aos invasores e minavam o moral das tropas alemãs. |
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Friedrich von Paulus, Vassili Chuikov, Wolfram von Richthofen e Vasily Zaitzev. Enquanto isso, o estrategista Zukhov conseguiu reunir, quase em segredo, um grande exército do outro lado do rio, enquanto os problemas de abastecimento só faziam diminuir as forças alemãs, principalmente a Luftwaffe. Em 19/11/1942 foi deflagrada a Operação Urano. Os soviéticos cruzaram o Rio Volga e atacaram as tropas romenas ao Norte e, no dia seguinte, o ataque começou pelo Sul. Os romenos resistiram no início, mas não possuíam armamento anti-tanque, de modo que as forças blindadas soviéticas logo os colocaram em debandada. |
ACIMA: O Comando Alemão, embora dispusesse da 16ª e 24ª Divisões Panzer (tanques) em Stalingrado, enviou o desgastado 48º Corpo Panzer, com apenas 100 tanques, para reforçar a posição dos romenos, mas já era tarde.
Embora as tropas ao Sul tenham resistido mais tempo ao avanço soviético, em 22/11/1942 o cerco se fechou e, em 23/11 estava consolidado ao repelir os contra-ataques que buscavam desfazê-lo.
Ao saber do cerco Hitler não permitiu novas tentativas de escapar de Stalingrado, pois ele queria que a cidade fosse tomada, e Göering o convencera de que a Luftwaffe poderia abastecer as tropas pelo ar, tarefa que o Marechal do Ar Wolfram von Richthofen sabia ser impossível, pois a necessidade do 6º Exército de von Paulus era de 800 toneladas de suprimentos por dia.
Começava a longa e lenta agonia do 6º Exército Alemão dentro das ruínas de Stalingrado, pois, mais uma vez, o general inverno estava chegando!
Fontes e Imagens:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Stalingrado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Urano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wolfram_von_Richthofen
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vassili_Zaitsev
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1brica_de_A%C3%A7o_Outubro_Vermelho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Pavlov
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mamayev_Kurgan
A 1ª BATALHA DE YPRE - FLANDRES
Em 19/10/1914, começava a Primeira Batalha de Ypre-Flandres na Grande Guerra.
Depois
da Primeira Batalha do Marne e após o estabelecimento da frente do Rio
Aisne, os exércitos inimigos tinham um vasto território para avançar e
tentar cercar o adversário.
Ambos
os lados realizaram tentativas de envolvimento que ficaram conhecidas
como Corrida para o Mar. Os resultados dessas manobras foram fracassos
que faziam a rede de trincheiras ir aumentando até que chegou a
Nieuport, no litoral da Bélgica, na saída do Estreito de Dover, entrada
do Mar do Norte. Neste setor ocorreu a Primeira Batalha de Ypre, que foi
o último grande combate de 1914.
Ypre
é uma cidade belga próxima à fronteira com a França, a Leste de onde
passou a linha de trincheiras dos franceses, ingleses e belgas que
barravam a passagem aos alemães.
Para
este local convergiram o IV Exército de Campanha alemão, sob comando do
Marechal-de-Campo Albrecht, Duque de Württemberg, e o VI Exército
Alemão, sob as ordens do Príncipe Rupprecht da Baviera. Ambas as forças
eram formadas, majoritariamente, por soldados ainda sem experiência de
combate e, portanto, ansiosos por entrar em ação.
|
Trincheira da batalha preservada. |
O
plano do Alto Comando Alemão era romper a linha dos inimigos e ao IV
Exército, que estava posicionado na ala direita da linha alemã, mais
perto do litoral, cabia a função principal, enquanto o VI Exército, que
estava à esquerda, deveria realizar um ataque que atraísse parte das
forças adversárias, facilitando o avanço do IV Exército.
Do
lado adversário, posicionado ao longo do Rio Yser, a Força
Expedicionária Britânica estava posicionada ao Sul, na ala direita da
linha defensiva, os franceses ocupavam o centro e os belgas estavam ao
Norte, na ala esquerda, mais perto do litoral e na área onde deveria vir
o grosso do ataque alemão.
|
O Rio Yser na atualidade |
O
avanço germânico começou em 20/10/1914 com o IV Exército atacando em
direção a Diksmuide, Houthulst, PoelKapelle, Passchendaele e Becelaere,
objetivos que custaram grandes baixas.
Os
belgas sofreram terrivelmente com o ataque da artilharia alemã e teriam
cedido passagem se não fossem a ordem de inundar a região tornando-a
intransponível.
Em
21/10 o avanço prosseguiu em direção a Langemark e Broodseinde. Apesar
dos devastadores ataques de artilharia, os alemães não tiveram êxito,
pois os aliados resistiram e montaram um contra-ataque que deteve os
alemães no dia seguinte.
Langemark em Outubro de 1914
Por
seu lado, o VI Exército atacou as forças britânicas em direção a Ypre.
Os alemães conseguiram romper a linha em 31/10 e tomar a vila de
Gheluvelt, mas o contra-ataque inglês fechou a brecha e retomou o lugar.
A cidade em si foi devastada pois “...em pouco tempo, a artilharia alemã destruiu completamente a cidade de Ypres atrás das linhas Aliadas.”[1]
No
alto, Diksmuide em 1914 e atualmente (à direita - Monumento Ijzerdjik –
Google Street View). Abaixo, à esquerda, Ypres em 1914 e atualmente (à
direita - Catedral – Google Street View).
A
batalha se estendeu até 22/11 quando, apesar dos reforços de infantaria
recebidos, por conta, em parte, da escassez de munição de artilharia,
os alemães desistiram da ofensiva e estabeleceram uma linha de
trincheiras.
1914 se aproximava do fim, mas ainda registraria um dos momentos mais lindos da História.
http://clevelode-battletours.com/the-first-world-war/belgium-in-the-first-world-war/#lightbox[auto_group1]/7/
[1] SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra Mundial – História Completa. Trad. Roberto Cataldo. Editora Contexto, 2011. pg. 106.
BATALHA DE ACTIUM
A Batalha Naval de Actium, na qual as forças de Otavio César, sob comando de Marcus Vipsanius Agripa, enfrentaram a frota de Marco Antônio e Cleópatra, aconteceu em 02/09/31 a.C.
Ocorrida no contexto da guerra civil romana que encerrou a aliança política conhecida como Segundo Triunvirato, ela foi o combate decisivo, que selou a sorte dos contendores e mudou a História do mundo antigo ocidental.
À época, o Segundo Triunvirato não existia mais na prática, pois Lépido, que estava na África, fora paulatinamente afastado das decisões importantes e apenas os demais membros, Otávio e Antônio, dividiam o poder de fato, com este governando as províncias do Oriente e aquele governando Roma.
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Marco Antônio - Lépido - Otávio César - Cleopatra |
Os inimigos de ambos estavam mortos ou exilados e a aliança fora selada com o casamento de Antônio com a irmã de seu parceiro, Otávia. Quando Marco Antonio se aliou a Cleópatra porém, a situação começou a mudar. Ele abandonou a esposa, irmã de Otávio, e passou a viver com a Rainha do Egito em Alexandria.
A crise política romana chegou ao ponto sem retorno quando Marco Antônio fez as chamadas Doações de Alexandria, na qual o general cedia territórios de Roma a seus filhos com Cleópatra:
O filho de Cleópatra e Antônio, Alexandre Hélio, foi proclamado rei da Armênia e da Pártia (por conquistar).
O outro filho do casal, Ptolomeu Filadelfo, recebeu a Síria e a Cilícia.
A filha, Cleópatra Selene, obteve a Cirenaica e a Líbia.1 |
Acima a divisão proposta por Antônio. |
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A loucura de Marco Antônio denunciada no Senado. |
Quando a notícia deste ato chegou a Roma, Otávio denunciou Antônio no Senado e conseguiu a aprovação dos Senadores para uma declaração de guerra contra o Egito. A batalha estava prestes a começar!
Marco Antônio se dirigiu à Grécia. Lá ele reuniu, com apoio de Cleópatra, entre 300 e 400 barcos, sendo naus de guerra e de transporte. Seu plano era invadir a Itália, levando suas tropas em direção a Roma.
Otávio, por seu lado, construiu uma frota nova, contando com 250 navios. Ele não queria travar combate em solo italiano e agiu de forma a manter as tropas de Antônio em território grego, bloqueando a seus navios o acesso à península italiana.
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Acima e abaixo, vistas aéreas atuais do local da batalha. |
Quando Antônio estabeleceu sua base no promontório de Actium, no atual Golfo de Arta, Grécia, Otávio desembarcou suas tropas, sob o comando de Marcus Vipsanius Agripa, ao Norte, avançando depois rumo ao Sul, para atacar os adversários por terra.
Mas o movimento que deu início às hostilidades foi naval: o afundamento da frota de transporte de Antônio, quando transportavam suprimentos para Actium. Quando a frota de Otávio chegou, bloqueou as rotas marítimas de seu adversário.
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Acima e abaixo, vistas atuais do local da batalha. |
Percebendo as dificuldades que teriam pela frente, muitos soldados de Antônio desertaram, obrigando-o a incendiar vários de seus navios que ficaram sem tripulação.
A situação deixou Marco Antônio com apenas duas alternativas: lutar em terra, opção preferida pelas tropas devido a maior experiência, ou atacar a frota de Otávio, na esperança de romper o bloqueio.
Esta última, que era a opção preferida por Cleópatra, foi a escolhida. Ela e Antônio acreditavam que seus navios, mais pesados e armados com disparadores de projéteis (balistras), levariam vantagem sobre as embarcações mais leves de Otávio.
Mas a leveza também garantia melhor margem de manobra e logo a frota de Otávio estava em vantagem. Na primeira oportunidade, Cleópatra fugiu com seus navios, sendo rapidamente seguida por Marco Antônio.
Diante da fuga de seu comandante, as tropas navais e terrestres de Antônio sucumbiram ou renderam-se naquele dia ou logo nos dias seguintes.
Algum tempo depois, Otávio desembarcou em Alexandria, capital do Egito, para terminar de vez o assunto com Antônio. Mas este cometeu suicídio.
Quando teve uma proposta de aliança recusada, seu filho Cesarion morto e na iminência de ser exibida em um desfile romano, Cleópatra também se suicidou.
Com o fim de seus inimigos, Otávio César anexou o Egito ao império e retornou a Roma como líder incontestável. Contudo, se na prática detinha o poder absoluto, também soube manter as aparências, preservando as instituições republicanas mas reservando-lhes um papel cada vez mais meramente decorativo.
Quando anunciou que renunciaria aos cargos que detinha, o Senado implorou que os mantivesse e outorgou-lhe o título de Augusto. Roma, que era um império, tinha agora um Imperador.
Começava um dos governos mais exitosos de toda a História!
AVE CÉSAR! AVE AUGUSTUS!
http://corvobranco.tripod.com/ArtigosHT/ht_batalhaActium.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_%C3%81ccio
Imagens:
Area of the Battle of Actium, Preveza. Harry Gouvas http://prevezamuseum.spaces.live.com
http://www.mlahanas.de/Greece/Cities/PrevezaActium01.html
Actium Battlefield – Aerial View
http://www.colorado.edu/classics/clas1061/Text/RFHO14.htm
The Donations of Alexandria Map
http://questgarden.com/72/85/5/081109184839/process.htm
Battle of Actium
http://ximene.net/home/research-topics/history/roman-empire/the-super-power/the-principate/
Anthony and Cleopatra. Painting by Agnes Pringle - photo credit: Laing Art Gallery
http://www.bbc.co.uk/arts/yourpaintings/paintings/the-flight-of-antony-and-cleopatra-from-the-battle-of-acti37069
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